A CANOA DE TOLDA NO "VELHO CHICO"
Quatro anos depois que escrevi essa crônica, a situação é a mesma, aliás, pior, o RIO DA INTEGRAÇÃO NACIONAL agoniza.
quinta-feira, 25 de junho de 2015
sábado, 20 de junho de 2015
ASSUNTOS ESPARSOS
Há um bom tempo não municio a " Crônica da cidade". Não sinto vontade de escrever, porque os assuntos surgem e desaparecem no dia seguinte. A voracidade do tempo não permite que a gente se fixe em um determinado tema. São assuntos econômicos, políticos, sociais. A Economia sofre com o destempero dos governantes, que alteram diariamente os seus fundamentos. Os Ministros da área usam mecanismos para ajustar o setor econômico e até agora nenhuma notícia alvissareira, porque não conseguem debelar a inflação , então aumentam a SELIC frequentemente; A política do País é um descalabro, ninguém se entende, é uma verdadeira Torre de Babel, cada qual fala uma língua e os projetos de lei sempre prejudicam os empregados, os assalariados. Legislam em causa própria, ocorre nas três áreas: federal, estadual e municipal. Os escândalos se suscedem, difícil apanhá-los, um Joaquim Barbosa tentou , mas forças superiores não permitiu que os alcançasse, tendo se aposentado da Corte Suprema em pleno vigor físico, intelectual e jurídico. Surge mais um vulto na judicatura brasileira tentando
apanhar os corruptos da chamada "Lava-Jato", faz um bom trabalho mas a nossa justiça é morosa, são muitos recursos e poucos são apenados; Os problemas sociais afloram diariamente, o povo paga pelo desgoverno, arrancam-lhe a "fórceps" os direitos outrora garantidos. A CLT desaparece com o número imenso de leis que são agregadas ao texto original de maio de 1943. Até o Brasil, pentacampeão de futebol sofre com os escândalos e a seleção não existe, dependendo apenas de um único craque, que um ASPRILLA colombiano diz que o NEYMAR é uma mentira. Mas para concluir, transcrevo uma mensagem recebida de meu filho : " Nós não temos jogador técnico, a Colômbia muito superior. Nosso futebol acabou em 1982 com a ascenção de técnicos gaúchos colocando 4 cabeças de área, colocando laterais para atacar e defender, extinguindo nossos meias. Os craque do meio de campo que comandam o jogo foram dizimados. Ontem domínio total do meio de campo da Colômbia. Não torci contra o Brasil mas a derrota me deixou alegre para não termos a ilusão da copa. Nada mudou, continuamos medíocres e o pior, não temos jogador".
quinta-feira, 10 de maio de 2012
CARLOS SÁ, meu primeiro amigo em Aracaju
Fins da década de 40, mais precisamente o ano de 1946, meu pai falece em Neópolis (SE), - não sou sergipano, mas alagoano-, e meus pais residiam na Vila da Passagem , meu pai trabalhava na fábrica Peixoto, Gonçalves & Cia., razão por que, de São Braz (AL), fomos morar nessa Vila, formada de casinhas de operários, com um cinema, uma igrejinha, onde fui coroinha.
Bem, após a morte de meu genitor, fixamos residência em Aracaju, na casa dos meus avós. Aracaju, para o menino de São Braz, era uma metrópole, tudo me encantava na nova cidade.
É nessa época, em 1947, que começo os meus estudos no Colégio Jackson de Figueirêdo, situado no Parque Teófilo Dantas e conheço CARLOS AUGUSTO DE SÁ.
Morávamos nas dunas da rua de Capela, com as ruas de Bonfim e Divina Pastora. Nossas casas ficavam no cimo do pequeno morro, um areial imenso em todas as direções, mas estávamos acostumados, afinal de contas estávamos no centro da cidade.
CARLOS, filho de "seu" IVO e D. AMÉLIA, se não me falha a memória, irmão de Reginalda, Diná e outra que no momento não me recordo o nome, levava a sua vida de estudante adolescente, como eu, mas não estudávamos no mesmo Colégio primário. Prestamos exame de admissão e aí, sim, temos uma convivência diária, nos dirigindo, todo dia, ao antigo ATHENEU. Recordo que saíamos às 12 hs. de nossas casas, em direção ao colégio. Íamos a pés - táxi era luxo - , havia o bonde, mas, para nós, era contramão. Seguíamos pela rua de Capela, Parque Teófilo Dantas, Av. Ivo do Prado (rua da frente) e chegávamos ao Atheneu. A nossa farda era militarizada, de cáqui, com punhos azuis e ai daquele que chegasse ao ATHENEU com a blusa aberta, o Diretor, Joaquim Sobral, dava os maiores esporros.
Eu e CARLOS testemunhamos fatos que jamais esqueceremos: de certa feita os estudantes colocaram paralelepípedos nos trilhos do bonde para o mesmo não passar; marcamos uma batalha campal na Praça Fausto Cardoso com a Escola Industrial, que já foi Escola Técnica Federal de Sergipe e hoje IFS (Instituto Federal de Ensino). Passávamos na porta das padarias (rua Santo Amaro, na esquina) e pegávamos as achas de lenha. Mas, para nossa felicidade, os estudantes da Escola Industrial,não vieram e , entre mortos e feridos, todos se salvaram.
Lembro que todas as noites eu e CARLOS íamos até a rua de João Pessoa (Calçadão), jogar snooker no bar de "seu" Freitas e voltávamos cedo para casa ( 21 hs) senão nossos pais nos exemplavam. Meus filhos, Hermes e Márcia, chegavam meia-noite e hj. meus netos vão para as baladas às 24 hs. e chegam em casa de manhã, são os novos tempos.
Bem, concluído o Ginásio precisávamos trabalhar, CARLOS, se não me engano, foi trabalhar em DANTAS KRAUSS, na Av. Rio Branco (rua da frente) e eu, inicialmente, na área comercial (pouco tempo) e depois no setor bancário.
CARLOS e outros colegas de DANTAS KRAUSS fundam a SOCIMEL. Nessa época deixei Aracaju e fui trabalhar em um Banco em Salvador e posteriomente no Banco do Brasil em Jequié(BA), onde nasceram meus filhos. Quando vinha a Aracaju sempre o visitava ali na SOCIMEL, estabelecimento com duas frentes: Av. João Ribeiro e Apulcro Mota. Revivíamos os nossos momentos, as nossas peraltices, as nossas brincadeiras de adolescentes.
Depois nos casamos, cada qual constituiu sua família e fomos cuidar de nossas vidas.
Foi, como já disse, meu primeiro amigo na terra: trabalhador, ético, correto nos seus atos, bom filho, bom irmão.
Quando vinha de São Paulo me procurava, e da última vez fomos até a orla rememorar nossos tempos em Aracaju.
Era paciente de meu filho Hermes (procto), colega de Dr. Hernan, filho da Sônia.
Tomei como surpresa o falecimento dele em Americana (SP), onde mora esposa e filha Ivana. Hoje sou um setentão e gravo no meu computador (memória), os bons momentos que vivemos na Aracaju provinciana, sem Atalaia, sem baladas, sem shows diários; a Aracaju menina, de 80.000 habitantes; a Aracaju da IARA (uma pequena "boite") no Parque; a Aracaju de Zé Peixe; A Aracaju do carrossel de "seu" Tobias; a Aracaju das retretas na Pça. Fausto Cardoso; a Aracaju dos bondes elétricos; a Aracaju do trem "Estrela do Norte"; a Aracaju das dunas em muitas ruas; a Aracaju dos aviões hidroviários (ponte do Imperador); a Aracaju do carnaval que começava na rua José do Prado Franco e chegava até a Praça Fausto Cardoso; a Aracaju, enfim, de nosso Atheneu, onde eu e o amigo CARLOS estudávamos e éramos felizes.
Estes são fatos que narro " ao correr da pena " (ou digital) sobre a vida de dois Amigos que o destino, e quem pode ir de encontro aos desígnios de DEUS, separou e levou um deles para a eternidade, juntar-se a tantos outros amigos que por lá estão, inclusive meu irmão, o jornalista Santos Santana, que também o conhecia, e que faleceu em 1982.
Apresento à família enlutada os meus pêsames; o faço também em nome de minha esposa Odete (tb. conheceu Carlos) e de meus filhos Hermes e Márcia.
Saibam todos vocês, membros da família SÁ, que CARLOS foi um homem na verdadeira acepção da palavra. Guardo, até meus últimos dias, os momentos felizes que passamos nesta Barbosópolis.
Bem, após a morte de meu genitor, fixamos residência em Aracaju, na casa dos meus avós. Aracaju, para o menino de São Braz, era uma metrópole, tudo me encantava na nova cidade.
É nessa época, em 1947, que começo os meus estudos no Colégio Jackson de Figueirêdo, situado no Parque Teófilo Dantas e conheço CARLOS AUGUSTO DE SÁ.
Morávamos nas dunas da rua de Capela, com as ruas de Bonfim e Divina Pastora. Nossas casas ficavam no cimo do pequeno morro, um areial imenso em todas as direções, mas estávamos acostumados, afinal de contas estávamos no centro da cidade.
CARLOS, filho de "seu" IVO e D. AMÉLIA, se não me falha a memória, irmão de Reginalda, Diná e outra que no momento não me recordo o nome, levava a sua vida de estudante adolescente, como eu, mas não estudávamos no mesmo Colégio primário. Prestamos exame de admissão e aí, sim, temos uma convivência diária, nos dirigindo, todo dia, ao antigo ATHENEU. Recordo que saíamos às 12 hs. de nossas casas, em direção ao colégio. Íamos a pés - táxi era luxo - , havia o bonde, mas, para nós, era contramão. Seguíamos pela rua de Capela, Parque Teófilo Dantas, Av. Ivo do Prado (rua da frente) e chegávamos ao Atheneu. A nossa farda era militarizada, de cáqui, com punhos azuis e ai daquele que chegasse ao ATHENEU com a blusa aberta, o Diretor, Joaquim Sobral, dava os maiores esporros.
Eu e CARLOS testemunhamos fatos que jamais esqueceremos: de certa feita os estudantes colocaram paralelepípedos nos trilhos do bonde para o mesmo não passar; marcamos uma batalha campal na Praça Fausto Cardoso com a Escola Industrial, que já foi Escola Técnica Federal de Sergipe e hoje IFS (Instituto Federal de Ensino). Passávamos na porta das padarias (rua Santo Amaro, na esquina) e pegávamos as achas de lenha. Mas, para nossa felicidade, os estudantes da Escola Industrial,não vieram e , entre mortos e feridos, todos se salvaram.
Lembro que todas as noites eu e CARLOS íamos até a rua de João Pessoa (Calçadão), jogar snooker no bar de "seu" Freitas e voltávamos cedo para casa ( 21 hs) senão nossos pais nos exemplavam. Meus filhos, Hermes e Márcia, chegavam meia-noite e hj. meus netos vão para as baladas às 24 hs. e chegam em casa de manhã, são os novos tempos.
Bem, concluído o Ginásio precisávamos trabalhar, CARLOS, se não me engano, foi trabalhar em DANTAS KRAUSS, na Av. Rio Branco (rua da frente) e eu, inicialmente, na área comercial (pouco tempo) e depois no setor bancário.
CARLOS e outros colegas de DANTAS KRAUSS fundam a SOCIMEL. Nessa época deixei Aracaju e fui trabalhar em um Banco em Salvador e posteriomente no Banco do Brasil em Jequié(BA), onde nasceram meus filhos. Quando vinha a Aracaju sempre o visitava ali na SOCIMEL, estabelecimento com duas frentes: Av. João Ribeiro e Apulcro Mota. Revivíamos os nossos momentos, as nossas peraltices, as nossas brincadeiras de adolescentes.
Depois nos casamos, cada qual constituiu sua família e fomos cuidar de nossas vidas.
Foi, como já disse, meu primeiro amigo na terra: trabalhador, ético, correto nos seus atos, bom filho, bom irmão.
Quando vinha de São Paulo me procurava, e da última vez fomos até a orla rememorar nossos tempos em Aracaju.
Era paciente de meu filho Hermes (procto), colega de Dr. Hernan, filho da Sônia.
Tomei como surpresa o falecimento dele em Americana (SP), onde mora esposa e filha Ivana. Hoje sou um setentão e gravo no meu computador (memória), os bons momentos que vivemos na Aracaju provinciana, sem Atalaia, sem baladas, sem shows diários; a Aracaju menina, de 80.000 habitantes; a Aracaju da IARA (uma pequena "boite") no Parque; a Aracaju de Zé Peixe; A Aracaju do carrossel de "seu" Tobias; a Aracaju das retretas na Pça. Fausto Cardoso; a Aracaju dos bondes elétricos; a Aracaju do trem "Estrela do Norte"; a Aracaju das dunas em muitas ruas; a Aracaju dos aviões hidroviários (ponte do Imperador); a Aracaju do carnaval que começava na rua José do Prado Franco e chegava até a Praça Fausto Cardoso; a Aracaju, enfim, de nosso Atheneu, onde eu e o amigo CARLOS estudávamos e éramos felizes.
Estes são fatos que narro " ao correr da pena " (ou digital) sobre a vida de dois Amigos que o destino, e quem pode ir de encontro aos desígnios de DEUS, separou e levou um deles para a eternidade, juntar-se a tantos outros amigos que por lá estão, inclusive meu irmão, o jornalista Santos Santana, que também o conhecia, e que faleceu em 1982.
Apresento à família enlutada os meus pêsames; o faço também em nome de minha esposa Odete (tb. conheceu Carlos) e de meus filhos Hermes e Márcia.
Saibam todos vocês, membros da família SÁ, que CARLOS foi um homem na verdadeira acepção da palavra. Guardo, até meus últimos dias, os momentos felizes que passamos nesta Barbosópolis.
sábado, 28 de abril de 2012
ZÉ PEIXE - " O LOBO DO MAR"
Quinta feira passada, dia 25 deste mês, morre, aos 85 anos de idade José Martinho Ribeiro Nunes, mais conhecido na sociedade sergipana , brasileira e mundial, por ZÉ PEIXE. Foi uma lenda viva que desapareceu e dificilmente haverá um segundo ZÉ PEIXE, insubstituível portanto.
Durante as suas oito e meia décadas dedicou-se, diuturnamente, em desvendar os insondáveis segredos do mar. Fê-lo com persistência, deixando outras atividades de lado. Foi reconhecido e abençoado pelo Deus NETUNO dos romanos que o segurava, quando saltava dos navios, qual águia, a fim de orientar, como prático, os comandantes que aportavam em nossa cidade. E os guiava c om segurança profissional, tendo um capitão da Marinha informado que ele salvara muitas vidas, orientando as embarcações. O poeta dos escravos já houvera invocado o Deus dos Mares: " Netuno, fecha os teus mares". Castro Alves não aceitava a entrada de navios negreiros em nosso território. Porém para o nosso ZÉ PEIXE Netuno abriu os seus mares e recebeu-o em seu seio. Os saltos para o infinito no estuário do rio Sergipe tornaram-se uma façanha para nós outros, mas coisa corriqueira para Zé Peixe.Era quase que um segundo comandante, levando os navios, como prático, por locais onde eles poderiam navegar, sem sustos. Primeiro, porque em nossos oceanos não há "icebergs", mas a barra do rio sergipe é muito estreita e bem raza. Tanto que uma draga, há tempos atrás, veio fazer o serviço de dragagem no local.
Em poucos dias Sergipe perde dois vultos importantes em seus respectivos setores: Luiz Antonio Barreto, homem de letras, pesquisador, estudioso, biógrafo de Tobias Barreto e o herói das águas, o nosso Zé Peixe. O seu corpo foi velado na Capitania dos Portos de Aracaju e o seu féretro fez-lhe justiça: o seu caixão é carregado por 6 marinheiros e posto no carro do Corpo de Bombeiros; as embarcações acompanham o enterro; o povo também o leva " em seus braços". Finalmente o herói dos mares é sepultado no cemitério Santa Isabel. Adeus Zé Peixe, meu contemporâneo. A rua da frente não verá mais aquele homenzinho, simples, usando um calção de banho, diga-se banho do mar, porque, segundo ele, nunca tomou banho de chuveiro. Vá, Zé Peixe, os Deuses estão lhe esperando.
Durante as suas oito e meia décadas dedicou-se, diuturnamente, em desvendar os insondáveis segredos do mar. Fê-lo com persistência, deixando outras atividades de lado. Foi reconhecido e abençoado pelo Deus NETUNO dos romanos que o segurava, quando saltava dos navios, qual águia, a fim de orientar, como prático, os comandantes que aportavam em nossa cidade. E os guiava c om segurança profissional, tendo um capitão da Marinha informado que ele salvara muitas vidas, orientando as embarcações. O poeta dos escravos já houvera invocado o Deus dos Mares: " Netuno, fecha os teus mares". Castro Alves não aceitava a entrada de navios negreiros em nosso território. Porém para o nosso ZÉ PEIXE Netuno abriu os seus mares e recebeu-o em seu seio. Os saltos para o infinito no estuário do rio Sergipe tornaram-se uma façanha para nós outros, mas coisa corriqueira para Zé Peixe.Era quase que um segundo comandante, levando os navios, como prático, por locais onde eles poderiam navegar, sem sustos. Primeiro, porque em nossos oceanos não há "icebergs", mas a barra do rio sergipe é muito estreita e bem raza. Tanto que uma draga, há tempos atrás, veio fazer o serviço de dragagem no local.
Em poucos dias Sergipe perde dois vultos importantes em seus respectivos setores: Luiz Antonio Barreto, homem de letras, pesquisador, estudioso, biógrafo de Tobias Barreto e o herói das águas, o nosso Zé Peixe. O seu corpo foi velado na Capitania dos Portos de Aracaju e o seu féretro fez-lhe justiça: o seu caixão é carregado por 6 marinheiros e posto no carro do Corpo de Bombeiros; as embarcações acompanham o enterro; o povo também o leva " em seus braços". Finalmente o herói dos mares é sepultado no cemitério Santa Isabel. Adeus Zé Peixe, meu contemporâneo. A rua da frente não verá mais aquele homenzinho, simples, usando um calção de banho, diga-se banho do mar, porque, segundo ele, nunca tomou banho de chuveiro. Vá, Zé Peixe, os Deuses estão lhe esperando.
domingo, 22 de abril de 2012
PROVOCAÇÕES ENTRE DOIS MINISTROS DO STF
A mídia nacional destaca as ofensas pessoais assacadas por dois Ministros do Supremo Tribunal Federal, o César Peluso e o Joaquim Barbosa. Segundo o Barbosa, Peluso é ditador e decide de acordo com as suas conveniências. Continua o Ministro queixando-se da maneira como é tratado pelo ex-Presidente do STF, que, por ocasião de um pedido de licença para tratamento de saúde não quís receber os exames, chegando ao ponto de querer aposentá-lo compulsoriamente. Diz mais o Ministro Barbosa:" o ex-Presidente, mesmo sabendo que fizera uma cirurgia dos quadris, designou-me para relatar processos a fim de exigir a minha presença na Corte". Acha que por ser de cor negra é discriminado pelo Peluso. Alega que o ex-Presidente votou duas vezes no processo em que era réu o Senador Jader Barbalho, a fim de revogar a sua pena e voltar ao Senado. É um rosário de reclamações do Ministro Barbosa. Por outro lado o Ministro Peluso acha que seu colega é arrogante, inseguro. Como se vê, os dois se digladiam, dando um mau exemplo aos operadores do direito como juízes, promotores, advogados. Atitudes partidas de dois Ministros de Alta Corte do País. Para os demais Ministros, que são 09 (nove), não são atitudes corretas daqueles que diariamente proferem julgamentos de pessoas, instituições, etc. O povo que já não está satisfeito com a justiça, por ser morosa e os processos dormem nos gabinetes, como ajuizarão tais procedimentos? É uma pena fatos desta natureza. Mas continuemos acreditando na justiça porque um País sem justiça se transformará em uma ditadura, tendo em vista que a democracia é a "menina dos olhos" da Constituição e não queremos mais passar por regime ditatorial. Como assumiu a Presidência da Corte um Ministro conciliador, probo, ético, inteligente, trabalhador e, como ele mesmo diz: " o homem, o político, o juiz, deve ser como a garça, que pousa em brejos, pantanais e não se suja, não se chafurda, volta a voar límpida, alva". E também que " aquele que tem um rei na barriga morre de parto".
sexta-feira, 13 de abril de 2012
O "DOUBLÉ" DE MÉDICO E POETA - MARCELO RIBEIRO
Hoje, já que me encontro sozinho e posso pensar, resolvi fazer uma crônica sobre o meu médico particular, Dr. Marcelo Ribeiro, que, nas horas vagas é um poeta de "boa cepa", " viajando" pelas entranhas do ser humano, desnudando os assuntos, traçando perfis de pessoas, de coisas, em seu linguajar, criando termos, vocábulos, inventando um novocabulário, com a licença poética que só é permitida aos grandes escritores, como o padre Antonio Vieira, que usou " me melem", Camões, e, entre nós, Drumond, Bandeira e muitos outros.
Antes de conhecer o médico/poeta, fui aluno de seu pai, Dr. José da Silva Ribeiro, mestre do direito penal, na vetusta Faculdade Federal de Direito de Sergipe. Nessa época, década de 60, o menino Marcelo, de calças curtas, jogava bola no campo Alberto Azevedo, atrás de sua casa e rezando e comungando no Salesiano.
Um dos seus irmãos, o Wagner, uma das inteligências maiores de nossa Barbosópolis, também escritor, foi meu colega no Dep. de Direito da UFS, ministrando Direito Processual do Trabalho.
Ambos hoje pertencentes à Academia Sergipana de Letras, presidida pelo meu colega do Dep. de Direito Dr. José Anderson Nascimento e tendo como decano, assim me parece, o professor José Amado do Nascimento.
Bem, mas voltemos ao médico. Tive um problemazinho auditivo (cerumen) e visito Dr. Marcelo, fato ocorrido no dia 11.04.2012. Chego ao seu consultório às 13 horas e a sala já está cheia de pacientes. A atendente me diz que eu sou o 14º. a ser atendido. Tudo bem. Me sento ( e não sou poeta para ter a chamada licença poética), mas estou bem acompanhado, em uma das cadeiras do consultório e vejo na mesa da atendente vários livros. Por curiosidade vou vê-los e lá estão livros escritos pelo poeta. Debruço-me sobre os compêndios e escolho o primeiro para ler. Título: "Algum Poema Conciso". Prefácio de Léo A. Mittaraquis e "orelha" do também poeta Vieira Neto.
O prefaciador analisa com acuidade e sabedoria os poemas insertos no livro, fala do "ato solitário de criar" do poeta ,no primeiro poema "Fragmentos" e conclui " testemunho minha gratidão para com o vate". E Vieira Neto escreve", mais adiante, no poema "Eclipse", dedicado ao irmão Wagner Ribeiro, o bardo mostra sua capacidade de invenção verbal: " Acontece/anoitecer-me/em pleno dia/e sombrio aguardar/ficar manhã". Brilhante, segundo Vieira Neto. A imagem é muito profunda, própria dos poetas de alma limpa, mas os vates nunca se encontram na escuridão e sim na claridade meridiana.Em "Sedução" Marcelo compara a lua a uma mulher, que cobre-se de nuvens e, como a mulher, depois desnuda-se.
O poeta vive, em seus poemas, o dia-a-dia de nossa cidade, de nosso Estado, de nosso País, do Mundo; penetra no âmago da sociedade; vê coisas que os pobres mortais não vislumbram. A sua alma está inquieta, quer descobrir, quer ver.
sexta-feira, 15 de abril de 2011
JORNALISTA ARNULFO SANTOS SANTANA
Hoje, 15 de abril, é o dia do seu aniversário. Nasceu no dia 15 de abril de 1928, portanto, hoje faria 53 anos, mas, em 23.10.82, nos deixou, ainda com 54 anos de idade e uma vida produtiva.
ARNULFO, este era seu prenome, não gostava, preferia LUIZ, JOSÉ, FRANCISCO. Mas seu pai deu-lhe, na pia batismal, o nome de ARNULFO, em homenagem a um irmão sacerdote.
Nasceu na cidadezinha de São Brás, à margem esquerda do rio São Francisco, mas logo cedo foi estudar em Penedo (AL) e, posteriormente, em Barra da Estiva (BA), levado por um tio padre ede nome Fernando Santana.
Em São Brás, aluno da Profa. Alice, estudou as primeiras letras, destacando-se pela inteligência precoce. Em Penedo estudou no Colégio Jácome Calheiros. É aí que aparece o padre, - que todo ano levava um sobrinho para educar na Bahia -, e levou-o para a cidade baiana.
Terminado o estágio na Bahia ARNULFO volta para sua terra e logo depois aporta em Aracaju(SE).
Mas, por enquanto, não ficaria na terra de Tobias Barreto, faz concurso para a Marinha de Guerra, é aprovado e lá vai para o Rio de Janeiro, embarcando no encouraçado Minas Gerais.
No Rio estuda no Colégio Santa Rosa, concluindo o ginásio. Faz exame para oficial da Marinha, é aprovado, mas face demorar a promoção naquela arma, dá baixa daquela força e volta para sua Aracaju, que, nos fins de seus dias, presta-lhe homenagem, concedendo-lhe o nome de uma artéria, a Av. Jornalista Santos Santana, próxima à Sementeira, indo até a rótula do bairro Jardins.
Teve uma vida profícua no jornalismo/radialismo, tendo sido locutor/narrador de todas as emissora da época: Difusora (hj. Aperipê), Cultura, Liberdade. Me parece que não trabalhou na Jornal.
Com o advento da TV me confidenciava que ficava triste por não ter sido convidado para trabalhar na emissora.
Considerado dos melhores narradores das emissoras, não foi fácil a sua admissão nas rádios.
Lembro que em sua residência, à rua Capela, n° 454, rua hj. inexistente, ficava nos morros de areia, ele lia os jornais em voz alta, dando entonação de locutor. E foi assim que fez teste para a rádio Liberdade e foi aprovado. Foi contemporâneo de Antônio Leolino, Raimundo Silva, Santos Mendonça (seu cunhado), Silva Lima, Santo Souza, Carlito Melo e outros que me fogem à memória.
Percorreu as três principais emissoras da época. Na Cultura fazia o jornal da manhã com Gilvan Fontes; Na Difusora encontrou o hoje decano da radiofonia sergipana, José Eugênio de Jesus.
Também prestou serviços a muitos políticos da época, como Luiz Garcia, Leandro Maciel, Augusto Franco e por último o seu grande amigo, que pranteou a sua morte, o ex-prefeito Heráclito Rollemberg.
Após seu falecimento seus amigos pesquisaram crônicas esparsas de ARNULFO e publicaram o seu livro póstumo "ARACAJU DOS MEUS AMORES", obra que em uma de suas orelhas o jornalista Juarez Conrado ( tb. falecido) escreve " Uma voz a serviço de Deus" e o tb. desaparecido jornalista Hugo Costa escreve: " Como diz o Evangelho que os humilhados serão exaltados e os exaltados serão humilhados, é justo concluir que, atualmente, no Governo Divino, SANTOS SANTANA é o locutor oficial do céu.
É uma pena para nós, que SANTOS MENDONÇA, HUGO COSTA, JUAREZ CONRADO, CARLITO MELO e outros não estejam mais conosco , mas estou certo que todos estes estão com SANTOS SANTANA no reino divino. E ARNULFO fará de lá o seu programa " A VOZ DE PENEDO" e escreverá sobre sua querida Aracaju; SANTOS MENDONÇA fará o seu calendário; JUAREZ CONRADO fará suas belas crônicas e CARLITO MELO lerá, pausadamente, ao microfone da rádio celestial,como fazia, DEZ QUILOWATS . E todos eles e outros mais se foram e nós estamos aqui lembrando a sua vida entre nós, porque ARNULFO SANTOS SANTANA era meu irmão.
ARNULFO, este era seu prenome, não gostava, preferia LUIZ, JOSÉ, FRANCISCO. Mas seu pai deu-lhe, na pia batismal, o nome de ARNULFO, em homenagem a um irmão sacerdote.
Nasceu na cidadezinha de São Brás, à margem esquerda do rio São Francisco, mas logo cedo foi estudar em Penedo (AL) e, posteriormente, em Barra da Estiva (BA), levado por um tio padre ede nome Fernando Santana.
Em São Brás, aluno da Profa. Alice, estudou as primeiras letras, destacando-se pela inteligência precoce. Em Penedo estudou no Colégio Jácome Calheiros. É aí que aparece o padre, - que todo ano levava um sobrinho para educar na Bahia -, e levou-o para a cidade baiana.
Terminado o estágio na Bahia ARNULFO volta para sua terra e logo depois aporta em Aracaju(SE).
Mas, por enquanto, não ficaria na terra de Tobias Barreto, faz concurso para a Marinha de Guerra, é aprovado e lá vai para o Rio de Janeiro, embarcando no encouraçado Minas Gerais.
No Rio estuda no Colégio Santa Rosa, concluindo o ginásio. Faz exame para oficial da Marinha, é aprovado, mas face demorar a promoção naquela arma, dá baixa daquela força e volta para sua Aracaju, que, nos fins de seus dias, presta-lhe homenagem, concedendo-lhe o nome de uma artéria, a Av. Jornalista Santos Santana, próxima à Sementeira, indo até a rótula do bairro Jardins.
Teve uma vida profícua no jornalismo/radialismo, tendo sido locutor/narrador de todas as emissora da época: Difusora (hj. Aperipê), Cultura, Liberdade. Me parece que não trabalhou na Jornal.
Com o advento da TV me confidenciava que ficava triste por não ter sido convidado para trabalhar na emissora.
Considerado dos melhores narradores das emissoras, não foi fácil a sua admissão nas rádios.
Lembro que em sua residência, à rua Capela, n° 454, rua hj. inexistente, ficava nos morros de areia, ele lia os jornais em voz alta, dando entonação de locutor. E foi assim que fez teste para a rádio Liberdade e foi aprovado. Foi contemporâneo de Antônio Leolino, Raimundo Silva, Santos Mendonça (seu cunhado), Silva Lima, Santo Souza, Carlito Melo e outros que me fogem à memória.
Percorreu as três principais emissoras da época. Na Cultura fazia o jornal da manhã com Gilvan Fontes; Na Difusora encontrou o hoje decano da radiofonia sergipana, José Eugênio de Jesus.
Também prestou serviços a muitos políticos da época, como Luiz Garcia, Leandro Maciel, Augusto Franco e por último o seu grande amigo, que pranteou a sua morte, o ex-prefeito Heráclito Rollemberg.
Após seu falecimento seus amigos pesquisaram crônicas esparsas de ARNULFO e publicaram o seu livro póstumo "ARACAJU DOS MEUS AMORES", obra que em uma de suas orelhas o jornalista Juarez Conrado ( tb. falecido) escreve " Uma voz a serviço de Deus" e o tb. desaparecido jornalista Hugo Costa escreve: " Como diz o Evangelho que os humilhados serão exaltados e os exaltados serão humilhados, é justo concluir que, atualmente, no Governo Divino, SANTOS SANTANA é o locutor oficial do céu.
É uma pena para nós, que SANTOS MENDONÇA, HUGO COSTA, JUAREZ CONRADO, CARLITO MELO e outros não estejam mais conosco , mas estou certo que todos estes estão com SANTOS SANTANA no reino divino. E ARNULFO fará de lá o seu programa " A VOZ DE PENEDO" e escreverá sobre sua querida Aracaju; SANTOS MENDONÇA fará o seu calendário; JUAREZ CONRADO fará suas belas crônicas e CARLITO MELO lerá, pausadamente, ao microfone da rádio celestial,como fazia, DEZ QUILOWATS . E todos eles e outros mais se foram e nós estamos aqui lembrando a sua vida entre nós, porque ARNULFO SANTOS SANTANA era meu irmão.
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