domingo, 17 de abril de 2016


Exploração de papel higiénico colorido
Registo de Raquel Quintinha – Estagiária do Mestrado Pre e Pri da ESE de SETUBAL – 2015/2016
 




 
Os nossos bebés brincam todos os dias com brinquedos convencionais... Brincar com outros materiais pode ser um desafio! E assim foi, a equipa que integra o berçário e sala rosa planificou um momento em que “os brinquedos” foram rolos de papel higiénico!
Sim rolos de papel higiénico... Só rolos de papel higiénico, espalhados pela sala! Rolos de papel de cores diferentes: brancos, verdes e laranjas! Rolos de papel no chão, dar tempo às crianças para explorarem estes materiais e observar as suas reações.
Os simples rolos de papel deram origem a diferentes explorações... Desde cortar o papel em pedacinhos, até levar os pedacinhos à boca (retirados pelos adultos atentos). Até brincar ao esconde-esconde debaixo das fitas de papel. Transportar rolos de um lado para o outro. Fazer fitas para o cabelo e colares... Muitas foram as explorações!
É através de momentos como este que podemos perceber que as crianças gostam de explorar diferentes materiais, e que elas são umas verdadeiras investigadoras! Com os seus cinco sentidos elas descobrem, inventam e reinventam diversas situações com materiais  que fazem parte do nosso dia-a-dia. Como dizem Formosinho e Araújo (2006), “materiais económicos encontrados dentro e fora de casa despertam um fascínio especial por parte das crianças.” (p. 138)
Criar oportunidades e dar espaço às crianças para explorarem os materiais com os seus cinco sentidos ocupa por isto um papel central na educação e no desenvolvimento das nossas crianças.
“A holicidade da sensorialidade da criança, que no sentir descobre o inteligir, que no sentir descobre o emocionar-se, só pode afirmar-se se o ambiente educativo e a mediação pedagógica forem abertos à experencialidade, à exploração, à descoberta, se a criança for imersa num mundo de experiências sensoriais que são a primeira forma de razão, inteligência e emoção.” (idem, p. 15) “ 
Raquel Quintinha, abril 2016