Que cores e nomes posso jogar
nesse vento de calcanhar de Aquiles?
Intertextual de brisa e furacão
sopra os varais da solidão.
O céu aberto me engole
fico como um candelabro
sinto a máxima culpa
invadindo meu bocados
se há palavras
as pego, não renego
sinceridade
não há quem rogue
controvento da diversidade
é ventar num blog...
O vento que venta daqui é o mesmo que venta de lá? Não, eu sou controvento, ventania de esparramar, até virar brisa, desabotoar a camisa, para o sangue ventilar. Liquificar sem ar controvento suado, prá na liberdade do vento tocar, no sino, um dobrado e ventando poder voar, soando um verso molhado...
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segunda-feira, 30 de agosto de 2010
domingo, 29 de agosto de 2010
porrada ao vento
Ventania inesperada
reguei vento
e tempestade
com tanto sentimento
com tanta vontade
que não vi nada.
Os raios me cegaram
trovões gritaram
pela minha boca
não me contaram
nem me protegeram
deixaram-me oca.
Ponto de contato,
convergência dos ventos
sopro de impacto
de todos os momentos
Eu aqui e agora
armação de catavento
com olhar de banderola
quebrada pelo tormento
a filha que soprei
do meu colo quente
hoje enfrentei
menina e mulher:
frente a frente.
O que a gente quer?
Ventar, de repente.
O que não se quer?
Fingir-se contente.
Troveja. Venta,
Tempestades...
Alimenta
as verdades
desorienta
os covardes.
Quanto a nós?
Prá aprender
nunca é tarde.
reguei vento
e tempestade
com tanto sentimento
com tanta vontade
que não vi nada.
Os raios me cegaram
trovões gritaram
pela minha boca
não me contaram
nem me protegeram
deixaram-me oca.
Ponto de contato,
convergência dos ventos
sopro de impacto
de todos os momentos
Eu aqui e agora
armação de catavento
com olhar de banderola
quebrada pelo tormento
a filha que soprei
do meu colo quente
hoje enfrentei
menina e mulher:
frente a frente.
O que a gente quer?
Ventar, de repente.
O que não se quer?
Fingir-se contente.
Troveja. Venta,
Tempestades...
Alimenta
as verdades
desorienta
os covardes.
Quanto a nós?
Prá aprender
nunca é tarde.
domingo, 22 de agosto de 2010
Eparrê, minha carta!
Eparrê,
vento que sopra...
leva carta
que não escrevi.
Atravessa-mata
do caule a raiz
daquilo que vivi
e conta o que fizo que falei,
o que não ouvi.
Leia na folha torta
aquilo que não vi
ponto final
letra morta.
Eparrê,
bate na porta
a carta
em que dizer-me...
atrevi.
sexta-feira, 20 de agosto de 2010
Vento caiçara
Lançada a flecha
o tempo não para
bate janela
a porta fecha
a vida dispara
oca fortalecida deixa
machucado que sara
pena, penacho ameixa
sobre a cabeça rara
sopra uma madeicha
é o vento caiçara...
o tempo não para
bate janela
a porta fecha
a vida dispara
oca fortalecida deixa
machucado que sara
pena, penacho ameixa
sobre a cabeça rara
sopra uma madeicha
é o vento caiçara...
terça-feira, 17 de agosto de 2010
Escalando o vento
Ultrapassar o finito
Tocar um vento esquisito,
que amenize a dor,
indo além do grito
prá lá dessa verve
prá lá dessa verve
percebendo a flor...
num jardim de neve
promessa sem cor
promessa sem cor
Escalar o aroma
a amora
ir a roma
ao mar
o amor,
por favor, sem demora.
segunda-feira, 16 de agosto de 2010
Um movimento
de dentro
não cabe mais em mim.
Sacode-me
ao vento
cria asas
livra-se assim...
leve sigo
parada
apenas comigo
de dentro
não cabe mais em mim.
Sacode-me
ao vento
cria asas
livra-se assim...
leve sigo
parada
apenas comigo
em revoada
me afasto do fim
Quero-me
neblina
nesse frio molhado
escondendo
a vontade
de guardar
a estátua da elevação
sustento a árvore
do desejo,
mantendo em mim
a tempestade
e no ensejo
de ser presa
da liberdade,
nego o chão.
segunda-feira, 2 de agosto de 2010
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