Construir juntos – Acabar com a pobreza persistente, respeitando todas as pessoas e o nosso planeta: é o tema para 2021 do Dia Internacional para a Erradicação da Pobreza, que é assinalado, todos os anos, a 17 de Outubro, desde 1992.
No entanto, está tudo sempre – não digo na mesma (como a lesma) mas – cada vez pior. Nestes tempos em que a pandemia veio acentuar a pobreza ainda mais.
Fala-se muito, escrevem-se Resoluções, há múltiplas Agendas, mas no final das contas tudo não passa de lindas cantigas para boi dormir.
E empurra-se com a barriga para o sector privado, sociedade civil, voluntariado, iniciativas filantrópicas, que vão fazendo o que podem, mas que não têm como atacar o mal pela raiz.
Parece que das mãos de quem tem o Poder sai tudo ao contrário do apregoado com falinhas mansas; e aos pobres é tirado ainda o pouco que lhes resta – até a dignidade – e são atirados para as ruas da amargura.
Este dia, que foi criado com o objectivo de mobilizar decisores políticos, organizações intergovernamentais e não governamentais, bem como a sociedade civil, para corrigirem as causas e consequências da pobreza, pouco ou nada tem trazido de melhorias concretas ao mundo dos pobres – sejam quais forem os temas propostos em cada ano.
Não tenho fé de que este ano seja diferente, e que este dia, com este tema proposto, venha acabar com a pobreza ou contribuir para a sua erradicação.
Daqui a um ano voltaremos a falar do mesmo.