CONSIDERAÇÕES GERAIS
Há fatos e versões.Nesta Bienal houve muito de ambos.
Minha posição de estranheza com as Bienais não mudou.Continuo preferindo as festas literárias de baixo custo,feitas com o coração,abertas a todos os autores e a todos os públicos.
Mas,qualquer festa literária é importante e não existe um reles maniqueísmo nelas.Não são inteiramente más ou inteiramente boas , como nas novelas.
Houve pontos positivos na Bienal.
A constante presença de Albino Rubin,Secretário da Cultura,foi um deles.Visitando os stands como um cidadão comum,comprando livros,conversando com autores, dou nota dez para o secretário.
O Secretário da Cultura,Miriam Sales,O rei dos quadrinhos,Cedraz e o escritor Hugo Homem
A participação da Fundação Pedro Calmon foi indiscutivelmente fantástica .
Foi criado um espaço para contação de estórias,um espaço aberto para escritores falarem para seu público,a Praça do Cordel,onde brilhou,entre outros,meu querido amigo Barretão,um stand da Biblioteca Pública,inclusive com o lançamento do livro comemorativo dos 200 anos desta entidade,um stand da própria fundação resgatando a memória baiana,entre outras coisas,inclusive a presença bem vinda do querido Professor,Historiador e Presidente da FPC,Ubiratan Castro,Bira para os íntimos (e,os íntimos são todo o povo baiano),ele mesmo,uma figura jorgeamadiana,querida por todos.
Outro ponto importante tem também o dedo da Pedro Calmon; a Fundação cedeu um espaço para Editoras Baianas,que,assim como a maioria dos autores baianos,estava fora dos planos da Fagga,neste evento.
No stand da Vento Leste: Sandra Stabile e Miriam Sales
No stand da Vento Leste: Sandra Stabile e Miriam Sales
A Editora Vento Leste,agraciada com o espaço, deu oportunidade ás outras editoras que,neste mesmo espaço,montaram seus pequenos stands e comercializaram seus livros.Esse espaço foi muito procurado pelos baianos o que prova que nosso povo não está divorciado da nossa cultura literária ,como se pensa.
Ainda sob o beneplácito da Vento Leste,do empreendedor Alfredo Cumming,os autores Hugo Homem,festejado autor infantil,a poetisa Ivone Soll e o Projeto Alma Brasileira,da Sandra Stabile,puderam mostrar seus livros,vendê-los e autografá-los.
Uma banca foi disponibilizada para todos os escritores da Bahia,mostrarem suas obras,como o querido Valdeck de Jesus.
Infelizmente, com meus livros esgotados e o “Bahia de Outrora” caminhando rumo á 2ª edição,não pude participar,a não ser com a minha presença.
Poetisa Ivone Soll,Miriam Sales,Valdeck de Jesus e Ramiro Ramalho
A poesia de Ivone Soll,no Fala Escritor
Presença do Projeto Alma Brasileira:Sandra Stábile
As poetisas Kau Elísio ,Ivone Soll e a escritora Miriam Sales
Na Praça do Cordel,Antonio Barreto
Projeto Alma Brasileira,Sandra Stabile
Poetisa Ivone Soll,Miriam Sales,Valdeck de Jesus e Ramiro Ramalho
A poesia de Ivone Soll,no Fala Escritor
Presença do Projeto Alma Brasileira:Sandra Stábile
As poetisas Kau Elísio ,Ivone Soll e a escritora Miriam Sales
Na Praça do Cordel,Antonio Barreto
Projeto Alma Brasileira,Sandra Stabile
Ainda dentro desse espaço,numa pracinha,o Projeto “Fala Escritor” apresentou um maravilhoso e bem concorrido sarau com vários autores,eu,inclusive,onde houve de tudo,música,poesia,leitura,e,sobretudo animação e alegria,uma espécie de Off-Bienal,oportunidade para os não escolhidos pela toda poderosa Fagga e seus auxiliares.
Miriam Sales lendo um texto no "Fala Escritor"
Miriam Sales lendo um texto no "Fala Escritor"
Esse espaço , lotado de talentos conhecidos,deu quinau no tal Café Literário,melhor chamado “Purgante Literário”,onde ,exceto nos fins de semana e feriado,ficou ás moscas, e os convidados ,a maioria inexpressivos,falavam para cadeiras vazias.
No domingo, muita gente prestigiou Nelson Motta e,finalmente,pode-se encher as cem cadeiras da sala.Notadas as presenças de Bira e Jorge Portugal,entre outros.
OS PONTOS NEGATIVOS
Não,não é implicância,mas,o principal fator negativo foi a própria Fagga.Na Bahia ela conseguiu superar-se a si própria.
Não,não é implicância,mas,o principal fator negativo foi a própria Fagga.Na Bahia ela conseguiu superar-se a si própria.
Primeiro,o preço dos ingressos- $8.00-muito altos,se a gente incluir famílias e estacionamento.
Uma burocracia sem precedentes para o chamado “povo do livro” ter direito á gratuidade.Eu e a poetisa Ivone Soll tivemos que mostrar nossos livros,que têm nossas fotos para conseguir o aval deles.Eu ainda mostrei minha carteirinha da U.B.E.
Resumo da ópera,se um sujeito fosse escritor,tivesse livros publicados,mas,não constasse sua foto,só entraria pagando.Nesse caso, a Fagga pagou mico.
Outro desrespeito. Minha amiga,a escritora Anna Paula Maia,veio participar do Café Literário;desde a FLIMAR,em Maceió,combinamos nos ver aqui.Chegando lá,apresentei-me como escritora,mostrei minha carteirinha e falei para a porteira que gostaria de conversar um pouco com Anna,na chamada Sala Vip;dois dedinhos de prosa baiana,apenas.Foi-me negado;eu como não escolhida não poderia ascender ao Olimpo.Acostumada a ser tratada como VIP em todos os lugares do Brasil onde me apresento,conformei-me.
Sendo Anna uma figura incrível que circulou por toda Bienal, passeando despreocupada, acabei encontrando-a.
Acho que não fui a única descontente com a organização do evento;todos os expositores com quem conversei disseram o mesmo;até ensaiaram uma paralisação para mostrar seu protesto e decepção.
Notei a ausência das grandes editoras como a Rocco,a Record e a Companhia das Letras.A Biblioteca Nacional ,sempre presente,desta vez caiu fora.
Convidados, nomes de peso,não aceitaram;alguns irão para a FLIPORTO,ratificando o que eu afirmo,a vantagem das festas literárias.
AS AUSÊNCIAS
As entidades baianas do livro,na sua maioria,fizeram forfait.Ausentes,a Academia Baiana de Letras,outras Academias de menor porte, a CBaL,autores e alguns livreiros.Não é de se estranhar que,alguns autores das editoras baianas,presentes,não aparecessem para divulgar suas obras?Pois é,estava lá a Sodisluna,a Quadrante,a Fundação Pierre Verger ,entre outras ,seus diretores trabalhando com vontade,mas,...nenhum autor.Uma vergonha!Parece que a mosca azul anda picando muita gente.
AS FALHAS
Gente, o rico espaço da Bienal transformou-se numa bienalguai.Isso mesmo.O vale-livro dado pelo governo para que os estudantes comprassem livros,foi gasto em ioiôs,dentaduras e bugigangas” made-in-China-“ e como citei no artigo publicado no JB,livros infantis de quinta categoria vendidos a $1.
Praça de Alimentação,péssima. O que salvou nossa fome foi uma lanchonete situada perto do Café Literário,onde se comia um lanche decente.
Nelson Motta,concorridíssimo
Nelson Motta,concorridíssimo
CONCLUSÃO
Foi bom? Foi.Antes lamber que cuspir,dizia meu pai.Pudemos ver e ser vistos,rever amigos,visitar stands,comprar livros,confraternizar e,sobretudo,aprender.
Quem sabe a idéia que dei ao Secretário,vingue,e todo ano tenhamos uma festa literária de porte feita por nós e para nós,com a participação da Academia de Letras, da UFBA e demais Universidades,da Pedro Calmon,da cadeia produtiva do livro,editores,livreiros e autores,com diversidade cultural,presença maciça de escritores independentes,-pois,essa é a tendência,-seria um sonho?
Pois é,pode ser.Mas,toda útil realidade brotou dos ideais de um sonhador.
O QUE SE DIZ:
Amiga conta ai como é esse negocio de trocar bienal por Festa Literária, me diz ,sabe que estou com você pode contar comigo;
Amiga conta ai como é esse negocio de trocar bienal por Festa Literária, me diz ,sabe que estou com você pode contar comigo;
, e parabéns pela matéria esta d+++++++++++++++++++++++,
Bjãoooooooooooooooo
SandraStabile,p/mail