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segunda-feira, 7 de novembro de 2011

BIENAL DO LIVRO,SALVADOR,2011


                    CONSIDERAÇÕES GERAIS
Há fatos e versões.Nesta Bienal houve muito de ambos.
Minha posição de estranheza com as Bienais não mudou.Continuo preferindo as festas literárias de baixo custo,feitas com o coração,abertas a todos os autores e a todos os públicos.
Mas,qualquer festa literária é importante e não existe um reles maniqueísmo nelas.Não são inteiramente más ou inteiramente boas , como nas novelas.
Houve pontos positivos na Bienal.
A  constante presença de Albino Rubin,Secretário da Cultura,foi um deles.Visitando os stands como um cidadão comum,comprando livros,conversando com autores, dou nota dez para o secretário.

O Secretário da Cultura,Miriam Sales,O rei dos quadrinhos,Cedraz e o escritor  Hugo Homem
A participação da  Fundação Pedro Calmon foi indiscutivelmente fantástica .



Foi criado um espaço para contação de estórias,um espaço aberto para escritores falarem para seu público,a Praça do Cordel,onde brilhou,entre outros,meu querido amigo Barretão,um stand da Biblioteca Pública,inclusive com o lançamento do livro comemorativo dos 200 anos desta entidade,um stand da própria fundação resgatando a memória baiana,entre outras coisas,inclusive a presença bem vinda do querido Professor,Historiador e Presidente da FPC,Ubiratan Castro,Bira para os íntimos (e,os íntimos são todo o povo baiano),ele mesmo,uma figura jorgeamadiana,querida por todos.
              Ubiratan  Castro e a mesa que decidiu a Bienal

Outro ponto importante tem também o dedo da Pedro Calmon; a Fundação cedeu um espaço para Editoras Baianas,que,assim como a maioria dos autores baianos,estava fora dos planos da Fagga,neste evento.


No stand da Vento Leste: Sandra Stabile e Miriam Sales

A Editora Vento Leste,agraciada com o espaço, deu oportunidade ás outras editoras que,neste mesmo espaço,montaram seus pequenos stands e comercializaram seus livros.Esse espaço foi muito procurado pelos baianos o que prova que nosso povo não está divorciado da nossa cultura literária ,como se pensa.
Ainda sob o beneplácito da Vento Leste,do empreendedor Alfredo Cumming,os autores Hugo Homem,festejado autor infantil,a poetisa Ivone Soll e o Projeto Alma Brasileira,da Sandra Stabile,puderam mostrar seus livros,vendê-los e autografá-los.
Uma banca foi disponibilizada para todos os escritores da Bahia,mostrarem suas obras,como o querido Valdeck de Jesus.
Infelizmente, com meus livros esgotados e o “Bahia de Outrora” caminhando rumo á 2ª edição,não pude participar,a não ser com a minha presença.


Poetisa Ivone Soll,Miriam Sales,Valdeck de Jesus e Ramiro Ramalho


A poesia de Ivone Soll,no Fala Escritor




Presença do Projeto Alma Brasileira:Sandra Stábile


As poetisas Kau Elísio ,Ivone Soll e a escritora Miriam Sales


                            Na Praça do Cordel,Antonio Barreto




                      Projeto Alma  Brasileira,Sandra Stabile

Ainda dentro desse espaço,numa pracinha,o Projeto “Fala Escritor” apresentou um maravilhoso e bem concorrido sarau com vários autores,eu,inclusive,onde houve de tudo,música,poesia,leitura,e,sobretudo animação e alegria,uma espécie de Off-Bienal,oportunidade para os não escolhidos pela toda poderosa Fagga e seus auxiliares.


Miriam Sales lendo um texto no "Fala Escritor"
Esse espaço , lotado de talentos conhecidos,deu quinau no tal Café Literário,melhor chamado “Purgante Literário”,onde ,exceto nos fins de semana e feriado,ficou ás moscas, e os convidados ,a maioria inexpressivos,falavam para cadeiras vazias.
No domingo, muita gente prestigiou Nelson Motta e,finalmente,pode-se encher as cem cadeiras da sala.Notadas as presenças de Bira e Jorge Portugal,entre outros.
OS PONTOS NEGATIVOS


Não,não é implicância,mas,o principal  fator negativo foi a própria Fagga.Na  Bahia ela conseguiu superar-se a si própria.
Primeiro,o preço dos ingressos- $8.00-muito altos,se a gente incluir famílias e estacionamento.
Uma burocracia sem precedentes para o chamado “povo do livro” ter direito á gratuidade.Eu e a poetisa Ivone Soll tivemos que mostrar nossos livros,que têm nossas fotos para conseguir o aval deles.Eu ainda mostrei minha carteirinha da U.B.E.
Resumo da ópera,se um sujeito fosse escritor,tivesse livros publicados,mas,não constasse sua foto,só entraria pagando.Nesse caso, a Fagga pagou mico.
Outro desrespeito. Minha amiga,a escritora Anna Paula Maia,veio participar do Café Literário;desde a FLIMAR,em Maceió,combinamos nos ver aqui.Chegando lá,apresentei-me como escritora,mostrei minha carteirinha e falei para a porteira que gostaria de conversar um pouco com Anna,na chamada Sala Vip;dois dedinhos de prosa baiana,apenas.Foi-me negado;eu como não escolhida não poderia ascender ao Olimpo.Acostumada a ser tratada como VIP em todos os lugares do Brasil onde me apresento,conformei-me.
Sendo Anna uma figura incrível que circulou por toda Bienal, passeando despreocupada, acabei encontrando-a.
Acho que não fui a única descontente com a organização do evento;todos os expositores com quem conversei disseram o mesmo;até ensaiaram uma paralisação para mostrar seu protesto e decepção.
Notei a ausência das grandes editoras como a Rocco,a Record e a Companhia das Letras.A Biblioteca Nacional ,sempre presente,desta vez caiu fora.
Convidados, nomes de peso,não aceitaram;alguns irão para a FLIPORTO,ratificando o que eu afirmo,a vantagem das festas literárias.
AS AUSÊNCIAS
As entidades baianas do livro,na sua maioria,fizeram forfait.Ausentes,a Academia Baiana de Letras,outras Academias de menor porte, a CBaL,autores e alguns livreiros.Não é de se estranhar que,alguns autores das editoras baianas,presentes,não aparecessem para divulgar suas obras?Pois é,estava lá a Sodisluna,a Quadrante,a Fundação Pierre Verger ,entre outras ,seus diretores trabalhando  com vontade,mas,...nenhum autor.Uma vergonha!Parece que a mosca azul anda picando muita gente.
AS FALHAS
Gente, o rico espaço da Bienal transformou-se numa bienalguai.Isso mesmo.O vale-livro dado pelo governo para que os estudantes comprassem livros,foi gasto em ioiôs,dentaduras e bugigangas” made-in-China-“ e como citei no artigo publicado no JB,livros infantis de quinta categoria vendidos a $1.
 Praça de Alimentação,péssima. O que salvou nossa fome foi uma lanchonete situada perto do Café Literário,onde se comia um lanche decente.


                                Nelson Motta,concorridíssimo
CONCLUSÃO
Foi bom? Foi.Antes lamber que cuspir,dizia meu pai.Pudemos ver e ser vistos,rever amigos,visitar stands,comprar livros,confraternizar e,sobretudo,aprender.
Quem sabe a idéia que dei ao Secretário,vingue,e todo ano tenhamos uma festa literária de porte feita por nós e para nós,com a participação  da Academia de Letras, da UFBA e demais Universidades,da Pedro Calmon,da cadeia produtiva do livro,editores,livreiros e autores,com diversidade cultural,presença maciça de escritores  independentes,-pois,essa é a tendência,-seria um sonho?
Pois é,pode ser.Mas,toda útil realidade brotou dos ideais de um sonhador.

O QUE SE DIZ:
Amiga conta ai como é esse negocio de trocar bienal por Festa Literária, me diz ,sabe que estou com você pode contar comigo;
,  e parabéns pela matéria esta d+++++++++++++++++++++++,

Bjãoooooooooooooooo
SandraStabile,p/mail