O ano que passou foi o pior de sempre. Não consigo encontrar comparação.
O marido cá de casa perdeu a mãe a 3 de Janeiro, e a partir daí foi um descalabro total. Morreu o pai de uma amiga, morreu o meu padrinho. Isto tudo só em Janeiro.
Salvou-me a viagem de uma semana ao Dubai/ Abu Dhabi, também em Janeiro. Tudo em modo desconhecido, pessoas que me acompanhavam, o país, tudo. Foi assim uma espécie de pausa para publicidade. Mal sabíamos o que vinha aí...
Em Fevereiro fui ao meu último espetáculo ao vivo deste ano, o meu presente do dia dos namorados para o Filipe, a 14 de Fevereiro estivemos no altice arena completamente cheio. Um espetáculo do Bruno Nogeira que se chamava "Depois do medo". Ironia pura com o que o futuro nos reservava. Rimos muito, foi perfeito para descomprimir... o meu/nosso presente foi uma estadia no hotel nessa mesma noite.
Em Março já se sabe, telescola (o inferno na terra), teletrabalho (não sei mesmo como continuo a sobreviver a isto), milhares de memes, lay off para o marido cá de casa. Isto tudo a juntar ao luto, isolado da família e dos amigos.
Voltámos à "normalidade" em Maio, quando decidimos no fim de semana do 1º de Maio, de forma ilegal, ir para Tróia. Melhor decisão de sempre! Foi mesmo uma lufada de ar fresco. Uma praia espetacular só para nós. Ainda fui gentilmente expulsa pela Polícia Marítima mas mudei de praia, e continuámos a nossa vida...
A partir daí fins de semana quase todos em Tróia para recuperar a sanidade. Ainda passámos uma noite num hotel, sem crianças para comerar 50 mil anos que estamos juntos e soube muito bem.
Em Julho fomos o mês inteiro, com os miúdos, para Moledo, e foi uma ideia espetacular! Metade do mês estive em Teletrabalho mas soube a férias porque almoçava em família no jardim, e depois das 18h00 íamos para a praia (a 2 minutos de distância de carro). Era tudo o que estávamos a precisar.
Ainda recebemos várias visitas durante este mês de família e amigos.
Agosto e Setembro continuámos a aproveitar todos os fins de semana e ainda mais férias. Deu para carregar energias e recuperar a sanidade mental.
Em Outubro comemorei o meu (nosso) dia de anos, em família, fartinha de isolamentos, convidei a família mais chegada e correu tudo bem.
Ao mesmo tempo decorria a venda da nossa casa, que foi vendida num mês e 15 dias. Em Dezembro já sabem o que se passa, a viver em comunidade desde dia 1 e a rezar para que acaba depressa.
O Natal passei com a família mais próxima, em pequenos grupos, almoçar fora com uma tia e o afilhado do Filipe, em mesas separadas, jantar de 24 e almoço de 25 sempre com os meus pais e uma tia. Á noite jantar com um casal de primos do Filipe que tem 4 filhos, foi uma animação para as 5 crianças lá de casa. Foi um Natal diferente para o Filipe mas bastante normal ao mesmo tempo.
Para 2021 tenho zero resoluções, zero listas e zero pedidos. Vamos lá ver o que nos sai na rifa.
Estou a considerar fortemente ir a pé até Fátima SE tudo correr bem.
Bom ano!