30 dezembro 2013

FESTAS FELIZES, COM O DESEJO DE UM BOM ANO 2014


Desejo: muita saúde, paz, amor, prosperidade e sucesso para todos.

FESTAS FELIZES, COM O DESEJO DE UM BOM ANO 2014
 


         A todos os que nos acompanharam durante este Ano de 2013, muito obrigado.

Postagens mais lidas no nosso blogue em 2013:


 1º - O segredo das castanhas assadas na rua ................................ 1054 visualizações

29 dezembro 2013

Primeiro Ministro manípula números do emprego e mente na mensagem de Natal

 
 
O primeiro ministro parece ter ignorado os dados divulgados pelo Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP) no passado Domingo, dia 22 de Dezembro, que apontavam para um aumento de 2,2% do desemprego jovem em Novembro.
 
Pedro Passos Coelho também parece não conhecer os dados oficiais do Instituto Nacional de Estatística (INE). As estatísticas disponíveis mais recentes apontam para uma criação de apenas 21,8 mil empregos líquidos entre Janeiro e Setembro de 2013.
 
 in resistir.info 27/12/2013
 
1. Na sua mensagem de Natal o Primeiro-Ministro afirmou que "o emprego começou a crescer e, em termos líquidos, até ao terceiro trimestre foram criados 120 mil postos de trabalho". Esta afirmação é falsa porque omite a destruição de cerca de 98 mil empregos ocorrida no primeiro trimestre. De facto, a evolução do emprego indica apenas uma evolução líquida cerca de 22 mil empregos em 2013:

Evolução do emprego (mil)
Trimestre
Emprego
Variação
2012 (4º) 4531,8
2013 (1º) 4433,2 -98,6
2013 (2º) 4505,6 +72,4
2013 (3º) 4553,6 +48,0
Variação em 2013 +21,6
Fonte: INE, Inquérito ao Emprego

2. Tão importante como conhecer a evolução global e líquida do emprego é avaliar a natureza dos empregos que estão a ser criados. A análise da distribuição do emprego segundo a situação na profissão, em conjunto com a variação do emprego em 2013 em cada uma das categorias, permite ter uma ideia mais clara sobre a qualidade dos empregos criados.

Emprego segundo a situação na profissão (trimestres, mil)

4º 2012
1º 2013
2º 2013
3º 2013
Var. total
Emprego 4531,8 4433,2 4505,6 4553,6
Variação -98,6 72,4 48,0 21,8
Assalariados 3538,2 3482,5 3523,1 3551,6
Variação -55,7 40,6 28,5 13,4
Contratos sem termo 2816,8 2745,4 2754,8 2780,1
Variação -71,4 9,4 25,3 -36,7
Contratos não permanentes 721,5 737,0 768,4 771,5
Variação 15,5 31,4 3,1 50,0
% do total 20,4 21,2 21,8 21,7
Familiares não remunerados 28,2 26,8 31,1 33,6
Variação -1,4 4,3 2,5 5,4
Patrões 239,5 231,9 221,7 239,6
Variação -7,6 -10,2 17,9 0,1
Trabalh. por conta própria 725,9 692,1 729,7 728,9
Variação -33,8 37,6 -0,8 3,0
Fonte: INE, Inquérito ao Emprego
Daqui resulta que:
  • A maioria dos novos empregos é assalariada, isto é trata-se de emprego por conta de outrem (61%);
  • Verifica-se a criação de cerca de 50 mil empregos não permanentes (contratos a termos e outros);
  • Ao mesmo tempo, registou-se uma diminuição na ordem dos 37 mil trabalhadores por conta de outrem com contratos permanentes (contratos sem termo); Ou seja, paralelamente ao aumento do emprego houve um processo de substituição de trabalhadores com contratos permanentes por trabalhadores com vínculos precários;
  • O número de trabalhadores familiares não remunerados (que constitui também um indicador de precariedade) aumentou 5,4 mil, o que representa um quarto do total do emprego líquido criado em 2013.
    3. A análise da variação do emprego por sectores nos três primeiros trimestres deste ano permite verificar que quase todas as actividades económicas perderam emprego, com destaque para a educação e a construção. A criação de emprego apenas se verifica em nalgumas actividades de serviços, em que se destaca a variação de emprego no alojamento e restauração. Esta variação positiva está porém concentrada no 3º trimestre, pelo que é influenciada por factores de natureza sazonal (turismo).

    Variação do emprego em 2013 por sectores (trimestres, mil)
    1º 2013
    2º 2013
    3º 2013
    Var.
    População empregada - 98,6 72,4 48,0 21,8
    Agricultura, p. animal, caça, floresta e pesca - 33,7 46,2 - 16,5 - 4,0
    Indústria, construção, energia e água - 11,0 - 6,9 - 10,5 - 28,4
    Indústrias transformadoras - 18,1 10,2 1,6 - 6,3
    Construção 2,2 - 11,2 - 13,0 - 22,0
    Serviços - 53,8 33,0 75,0 54,2
    Comércio por grosso e a retalho - 25,3 6,4 13,4 - 5,5
    Transportes e armazenagem 0,8 2,4 6,7 9,9
    Alojamento, restauração e similares - 3,0 6,5 37,3 40,8
    Ativ. de informação e de comunicação - 3,6 - 3,5 14,1 7,0
    Ativ. financeiras e de seguros - 5,7 2,5 - 1,1 - 4,3
    Ativ. imobiliárias 0,8 - 0,8 6,3 6,3
    Ativ. de consultoria, científicas, técnicas 1,2 0,7 12,4 14,3
    Ativ. administrativas e dos serviços de apoio - 18,7 13,4 0,8 - 4,5
    Administração Pública, Defesa 5,3 3,1 7,2 15,6
    Educação - 16,7 0,4 - 30,7 - 47,0
    Ativ. da saúde humana e apoio social - 6,2 1,5 8,4 3,7
    Ativ. artísticas, de espetáculos, desportivas… 2,4 - 2,3 3,3 3,4
    Outros serviços 14,9 2,8 - 3,5 14,2
    Fonte: Calculado a partir de INE: Inquérito ao Emprego; variação face ao trimestre precedente

  •  
     
    4. Em suma, a evolução do emprego líquido foi apenas de 22 mil, nos primeiros três trimestres de 2013 e não de 120 mil como o Primeiro-Ministro afirmou;

    Os dados conhecidos indiciam que os empregos criados correspondem a empregos precários, de baixa qualidade, constituindo, na sua esmagadora maioria, uma ante câmara para novos despedimentos;

    Os empregos criados, têm na generalidade, baixos salários e alguns nem remunerados são;

    Decorrente da precariedade e dos baixos salários a média mensal do subsídio de desemprego continua a cair e a empurrar cada vez mais trabalhadores para a pobreza;

    Aumenta o número de desempregados de longa duração e os que não usufruem de qualquer subsídio;

    Se juntarmos a emigração, que entretanto ocorreu e outros factores como o efeito de medidas de políticas activas de emprego e de formação profissional (como o aumento de desempregados inseridos em contratos de emprego inserção, estágios e formação profissional), concluímos que o panorama do emprego não se alterou substancialmente este ano. Daqui decorre que o país continua refém de um modelo de baixo valor acrescentado, que importa ser alterado quanto antes. Para bem dos trabalhadores, da produção nacional, do desenvolvimento económico e social do país.



    28 dezembro 2013

    Bolo Rei - receita tradicional portuguesa



    Bolo rei é um bolo típico português que se come tradicionalmente entre o Natal e o Dia de Reis. O seu nome alude aos três reis magos.
    De forma redonda, com grande buraco no centro, é feito de uma massa branca e fofa misturada com passas, frutos secos e frutas cristalizadas.

    (...) Sendo quase presença obrigatória em todas as mesas da época natalícia. Este bolo está repleto de simbologia. Não é por acaso que tem forma de coroa e brilho nas suas frutas cristalizadas. Reza a lenda que este doce representa os presentes oferecidos pelos Reis Magos ao Menino Jesus aquando do seu nascimento.

    A côdea simbolizava o ouro, as frutas secas e cristalizadas representavam a mirra, e o aroma do bolo assinalava o incenso. Ainda na base do imaginário, a existência duma fava também tem a sua explicação: Quando os Reis Magos viram a Estrela de Belém que anunciava o nascimento de Cristo, disputaram entre si qual dos três teria a honra de ser o primeiro a entregar ao menino os presentes que levavam. Como não conseguiram chegar a um acordo e com vista a acabar com a discussão, um padeiro confeccionou um bolo escondendo no interior da massa uma fava. De seguida cada um dos três Magos do Oriente pegaria numa fatia.

    O Rei Mago que tivesse a sorte de retirar a fatia contendo a fava seria o que ganharia o direito de entregar em primeiro lugar os presentes a Jesus. O dilema ficou solucionado, embora não se saiba se foi, Gaspar, Baltazar, ou Belchior o feliz contemplado. É claro que isto é só uma lenda, históricamente falando, a versão é bem diferente. Aproveitando um inocente jogo de crianças, os Romanos inseriram a sua prática nos banquetes durantes os quais se procedia à eleição do rei da festa, que consistia em escolher entre si um rei tirando-o à sorte com favas, por isso designado por vezes também rei da fava.

     A Igreja Católica aproveitou o facto de aquele jogo ser característica do mês de Dezembro e decidiu relacioná-lo com a Natividade e com a Epifania, ou seja, com os dias 25 de Dezembro e 6 de Janeiro. A influência da Igreja na Idade Média determinou que esta última data fosse designada por Dia de Reis e simbolizada por uma fava introduzida num bolo, cuja receita se desconhece. Havia ainda a tradição de que os cristãos deveriam comer 12 Bolos Reis, entre o Natal e o Dia de Reis, festa que muito cedo começou a ser celebrada na côrte dos reis de França.

     O Bolo Rei terá, aliás, surgido neste país no tempo de Luis XIV para as festas do Ano Novo e Dia de Reis. Vários escritores da época escreveram sobre esta iguaria, até mesmo Greuze celebrou-o num famoso quadro, com o nome de Gâteau dês Róis. Com a Revolução Francesa em 1789 este bolo foi proibido, "como mais tarde iria acontecer em Portugal", só que os pasteleiros que tinham um excelente negócio em mãos em vez de o eliminarem decidiram continuar a confeccioná-lo chamando-lhe Gâteau dês Sans-cullotes. Com isto parece não haver dúvidas que o Bolo Rei tem verdadeiras origens francesas, apesar do Bolo Rei popularizado em Portugal no século passado não ter a ver com o bolo simbólico da festa dos reis existente na maior parte das províncias francesas a norte do rio Loire, na região de Paris, onde o bolo é uma rodela de massa folhada recheada de creme.

     O nosso Bolo Rei segue a receita a sul de Loire, um bolo em forma de côroa feito de massa leveda. Acrescenta-se que ambos os bolos continham uma fava simbólica, podendo ser um objecto de porcelana. Tanto quanto se sabe, a primeira casa onde se vendeu Bolo Rei em Portugal foi em Lisboa na Confeitaria Nacional, por volta do ano de 1870, bolo esse feito pelo afamado confeiteiro Gregório através duma receita que Baltazar Castanheiro Júnior trouxera de Paris. Durante a Quadra Natalícia a Confeitaria Nacional oferecia aos lisboetas uma exposição de tudo quanto de mais delicado e original a arte dos doces podia então produzir.

    A pouco e pouco, outras confeitarias também passaram a fabricá-lo o que deu origem a várias versões. No Porto foi posto à venda pela primeira vez em 1890 por iniciativa da Confeitaria Cascais feito segundo receita que o proprietário Francisco Júlio Cascais trouxera de Paris. Assim o Bolo Rei atravessou com êxito os reinados da rainha D. Maria II e dos reis D. Pedro, D. Luis, D. Carlos e D. Manuel II. Vieram depois o Estado Novo de Salazar e Marcelo Caetano e a Revolução de 25 de Abril de 1974. Mas foi com a proclamação da República em 5 de Outubro de 1910 que vieram os piores tempos para o Bolo Rei ficando em risco a sua existência, tudo por causa da palavra "rei", símbolo do poder supremo que numa lógica de hoje nos faz rir.

    Ora morto este símbolo, o bolo tinha que desaparecer ou mascarar-se para evitar a guerra que lhe podia ser feita. Os confeiteiros partiram do principio de que negócio é negócio e política é política e continuaram a fabricar o bolo sob outra designação. Os menos imaginativos deram-lhe o nome de ‘ex-bolo rei’, mas a maioria chamou-lhe bolo de Natal ou bolo de Ano Novo. A designação de bolo Nacional seria a melhor, uma vez que remetia para a confeitaria que o tinha introduzido em Portugal, e também por estar relacionado com o país o que ficava bem em período revolucionário. Não contentes com nenhuma destas idéias os republicanos mais radicais chamaram-lhe bolo Presidente até houve quem he chamasse bolo Arriaga.

    Não se sabe como reagiu o Presidente da República, mas convenhamos que a homenagem não tivesse sido a melhor. Passado esse período negro, a história deste bolo tem sido um sucesso. A receita do Bolo Rei correu mundo, muito contribui para isso a fama que o bolo ganhou por proporcionar expectativa a quem comesse a fatia que continha a fava ou o brinde. A fava amaldiçoada pelos sacerdotes Egípcios que a viam como alojamento para os espíritos é considerado o elemento negativo, representando uma espécie de azar, tendo quem a encontra duas opções: Assumir o pagamento do próximo bolo ou correr perigo de engoli-la.

    Por sua vez o brinde era colocado no bolo com o objectivo de presentear os convidados com quem se partilhava o bolo. Havia quem colocasse nos bolos pequenas adivinhas complicadas por sinal, mas cuja recompensa seria meia libra de ouro. Porem outros incluíam propositadamente as moedas de ouro na massa, por uma forma requintada de agradecimento, como se o próprio bolo não chegasse.

     Infelizmente com o passar do tempo o brinde passou a ser um pequeno objecto metálico sem outro valor que não o do símbolo e pouco evidente para a maioria das pessoas. Como não bastasse, as leis comunitárias ditaram o fim da tradição, proibindo que no interior do bolo se encontre uma fava ou um brinde. Mesmo assim o Bolo Rei continua a ser um símbolo da época Natalícia, e hoje os confeiteiros e pasteleiros não se poupam a esforços na sua promoção, por isso se enchem de clientes para adquirir o rei das iguarias nesta quadra festiva, O Bolo Rei não se limita a ser um bolo com gosto agradável, ele é na verdade um verdadeiro símbolo desta época! (...)
    Jornal das Caldas  23/12/2008

    27 dezembro 2013

    Boas Festas - Feliz Ano 2014

    Carissimos, amigos e visitantes de " A Voz do Povo", em nome de todos os colaboradores deste blogue, desejo-vos Boas Festas e um Feliz Ano de 2014. Que este novo ano seja para todos vós, um ano de esperança, felicidade e de concretização de muitos sonhos.

     

    23 dezembro 2013

    À atenção dos senhores Governantes

    in Facebook 23/12/2013
     
     
    Caros senhores do Governo: ontem, ao sair do autocarro, vi uma menina. Rosto de 15, corpo de 10. Sorri para ela, dois segundos e segui caminho. Veio ao meu encontro: mão estendida e olhos de vergonha no chão. Perguntou se não tinha moedas. Eu, que estou farta que me venham pedir nos estacionamentos dos supermercados e a cada esquina do Funchal, endureci a voz e questionei-a para quê queria o dinheiro.
    - Tenho fome.
    Fiquei eu envergonhada. Muito.
    - O que queres comer?
    - Tanto faz. Pode ser pão.
    Disse-lhe para vir comigo. Ela veio, aos pulinhos, sem dizer nada. Levei-a ao Pingo Doce, fiz-lhe um prato decente e sentámo-nos. Mastigou sem saborear, sem respirar. Disse-lhe três ou quatro vezes que podia comer devagar, que aquilo era dela, para ela. Mas só nas últimas garfadas vi-a realmente desfrutar da comida: já estava com o buraco da fome tapado e podia, então, experimentar os sabores com calma. Deixei-a acabar para conversarmos. Disse-me ter nove anos.
    Caros senhores do Governo: nove anos, às oito e pouco da noite, no Inverno, sozinha, na rua. Porque tinha fome.
    - Onde estão os teus pais?
    - A minha mãe está em casa. O meu pai está em “Jer” (presumo que seja Jersey).
    - E estão difíceis as coisas em casa?
    - Sim. A minha mãe costumava fazer limpezas mas agora já não há muitas casas para limpar e então ela só vai a uma. E o meu pai foi trabalhar para “Jer” mas não tem conseguido mandar dinheiro estes últimos tempos.
    - E tens irmãos?
    - Sim, cinco.
    - Assim pequenos como tu?
    - Tem um com dois, outro com quatro, outro com sete, outro com treze e outro com quinze.
    Olhei melhor para ela. Era bonita; lindíssima se penteasse o cabelo. Tive medo. Caros senhores do Governo: nove anos, à noite, na rua. Uma menina com fome, acessível, necessitada. Tive muito medo.
    - E eles também pedem dinheiro?
    - Sim, cada um tem que cuidar de si, não é?
    Não, não é. Não deveria de ser. Caros senhores do Governo: as crianças são para serem cuidadas.
    - Costumo pedir a quem parece simpático – continuou. Sinais de alerta na minha cabeça.
    - Sim, mas há pessoas que parecem simpáticas mas depois fazem coisas más. Por exemplo, há pessoas que só ajudam se lhes derem algo em troca. Já te aconteceu?
    Ela pensou. E eu agoniava por dentro.
    - Houve uma vez que uma vizinha pediu-me para levar muitos sacos ao lixo e deu-me dois euros.
    Sorri-lhe.
    - Eu sei que há homens que querem sexo e dão dinheiro – disse-me, com a voz mais baixa.
    Senti uma pontada na cabeça.
    - Como sabes?
    - A minha mãe disse que podíamos roubar e pedir. Roubar só a quem tiver mais que nós. Mas nunca fazer sexo. Está sempre a dizer isso. É bastante chata porque eu já lhe disse que nem sequer sei fazer sexo.
    Caros senhores do Governo: já imaginaram o que é uma mãe dizer aos filhos que roubar e pedir pode ser? Já imaginaram a angústia desta mãe, todas as noites, a pensar que os filhos, por precisarem, podem cair no vício da prostituição?
    - Já sabes que as mães são assim porque se preocupam connosco.
    - A tua também te diz para não fazeres sexo pelo dinheiro mesmo que tenhas muita fome?
    Caros senhores do Governo: o que se responde a isto?
    - Sim, diz….
    - Então é chata como a minha – sorriu.
    Nesse momento, começou a mexer-se na cadeira. Perguntei-lhe se queria ir embora. Disse-me que sim, antes que ficasse muito tarde. Pedi-lhe para vir comigo. Comprámos pão de forma, manteiga e leite. O saco quase que era maior que ela – mas não do que o sorriso e o brilho nos olhos.
    - A minha mãe vai ficar contente! – e olhou-me demoradamente. – Gosto muito dos teus brincos.
    - Ah, gostas?
    - Sim – levou a mão à orelha. – Eu tinha uns dourados em pequena, que a minha madrinha deu-me, mas a minha mãe teve que vender. Fiquei menos vaidosa. A minha mãe diz que essas coisas agora não importam.
    Tirei os brincos e coloquei-os nos buraquinhos quase fechados dela. Caros senhores do Governo: eu tinha diante de mim uma menina que deixara de ser menina para crescer à pressa nas curvas da crise, palavra que já me causa vómitos. Ela suspirou.
    - Vou guardá-los – e tirou-os à pressa. – Para quando casar.
    - Mas isso ainda falta muito tempo – admirei-me. – Já pensas nisso?
    - Eu sei que falta algum tempo – disse algum e não muito. - Mas é menos uma coisa que tenho que comprar. Mas ele tem que ter dinheiro porque não quero que os meus filhos passem fome. Quero ter dois filhos – e espetou-me dois dedos diante dos olhos.
    Caros senhores do Governo: uns brincos rafeiros, de plástico, vermelhos. Para o casamento de uma menina que já não era menina e que tinha o plano bem traçado de casar com um homem rico.
    - Olha, tu queres que eu fale com umas pessoas para tu e os teus irmãos poderem ir para um sítio seguro enquanto a vossa situação está assim?
    Vi o pânico na expressão.
    - Não! A minha família é feliz. Não quero separar-me deles. Isto vai mudar. O meu pai prometeu – meteu a mão na cintura, muito ofendida. – O meu pai faz sempre o que diz.
    Caros senhores do Governo: eu espero que vocês permitam que este pai cumpra o que prometeu à filha. É que vocês já lhe tiraram tudo: deixou de ser criança e de ter os pais juntos, obrigam-na a mendigar na rua e a passar fome. Não lhe tirem, também, o orgulho em ter um pai que cumpre o que promete.
    Caros senhores do Governo: dizem as mulheres da minha família que a vida é uma rodinha. Que o que fazemos aos outros, seja de bom ou de mau, volta sempre – mas sempre mesmo. Portanto, algum dia, em qualquer circunstância, em alguma vida, os senhores vão receber aquilo que estão a dar: miséria, desconforto, sofrimento e a impossibilidade de serem quem querem ser.
    Caros senhores do Governo: só vos desejo que a vida seja muito cruel convosco.

    Cumprimentos,
    Valentina Silva Ferreira

    18 dezembro 2013

    Francesinha à moda do Porto - Uma das dez melhores sanduíches do mundo

    in (wikipedia site visitado em 12 Novembro de 2013)

    Francesinha é um prato típico e originário da cidade do Porto, em Portugal.
    A francesinha é constituída por linguiça, salsicha fresca, fiambre, carnes frias e bife de carne de vaca ou, em alternativa, lombo de porco assado e fatiado, coberta com queijo (posteriormente derretido). É normalmente guarnecida com um molho à base de tomate, cerveja e piri-piri. Os acompanhamentos de ovos estrelados (no topo da sanduíche) e batatas fritas são facultativos.

    Variedades


    Existem variedades de francesinhas com cogumelos, galinha, bacalhau, atum, vegetais, entre outras.
    Na Póvoa de Varzim surgiu uma variedade na década de 1960 num snack-bar do Passeio Alegre, a denominada francesinha poveira.


             Fama

    Em Abril de 2011 foi considerada pelo Aol Travel , um megasite norte-americano sobre destinos turísticos e lazer, uma das 10 melhores sanduíches do mundo.


    História 

    Francesinha, com batatas fritas.
    Uma das teorias sobre a origem do prato remonta-o ao contexto da Guerra Peninsular, afirmando que as tropas napoleónicas costumavam comer umas sandes de pão de forma, onde colocavam toda a espécie de carnes e muito queijo. À época, no entretanto, não incluía um complemento que os portuenses passaram acrescentar – o molho.
    Actualmente parece haver alguma unanimidade em atribuir os créditos da criação do prato a Daniel David Silva, empregado do Restaurante A Regaleira na década de 50. Tendo trabalhado em França, ao retornar a Portugal Daniel Silva criou a francesinha com base na tosta francesa, o "croque-monsieur", e daí o nome.
     



          Referências

          Jornal Público (26 de Abril de 2011). EUA: Francesinha entre as dez melhores sanduíches do mundo. Página visitada em 27 de Abril de 2011.
        
        História da Francesinha Câmara Municipal da Póvoa do Varzim
     
        Apreciação da Aol Travel: 'Francesinha' - está entre as melhores sanduíches do Mundo (em inglês)

      Links externos
     

    16 dezembro 2013

    Irlanda - recuperação da soberania - Uma impostura do Governo Irlandês

     
    Hoje o "establishment" irlandês proclama em alta voz que este estado, e por extensão o povo irlandês, recuperaram a sua soberania. Isto está muito longe da verdade. O "establishment" irlandês abandonou há muito a pouca soberania que este estado alguma vez teve.

    Os Tratados de Maastricht, Nice e Lisboa asseguraram a camisa de força sobre a democracia e a independência da Irlanda, e as actuais conversações sobre união bancária são para apertar as cordas ainda mais.

    A troika UE-BCE-FMI e os "mercados" são controlados pelas mesmas forças, os mesmos especuladores financeiros e as mesmas corporações transnacionais. O controle directo e aberto por indivíduos instituições financeiras globais já não é mais considerado desejável ou necessário, as a mesma classe e as mesmas forças permanecem no comando – com a completa e abjecta aquiescência da troika política interna – Fine Gael, Fianna Fáil e o Partido Trabalhista – e dos negócios irlandeses que representam.

    O endividamento deste estado no montante de 125 por cento do PIB pela socialização da odiosa dívida corporativa imposta sobre o nosso povo é simplesmente impagável. O programa de privatização de companhias e serviços públicos de propriedade estatal continuará. A riqueza do povo será liquidada a preços de saldo. Os assim chamados "mercados" terão os primeiros direitos sobre a riqueza criada pelos trabalhadores irlandeses na forma de serviço da dívida.

    O "establishment irlandês", em activa colaboração com a UE, tem utilizado e utilizará a dívida como uma cadeia de sufoco, impondo e intensificando ataques selvagens ao povo trabalhador, aqueles na segurança social, pensionistas, doentes e crianças. Eles continuarão a criar uma economia de baixo salário com emprego precário. A escala da dívida só pode resultar na imposição constante e permanente da austeridade, afectando as vidas desta e de futuras gerações.

    O desafio desta geração de trabalhadores é mobilizar e combater uma estratégia económica e social transformativa e radical que seja centrada nas necessidades do povo e não nos lucros dos monopólios e de outros elementos parasitas.

    O único caminho daqui por diante para o povo trabalhador e ou aceitar a servidão da dívida permanente ou construir um sistema político, económico e social alternativo. Só o povo trabalhador plenamente estabelecer e garantir soberania e independência política e económica real e significativa. Um primeiro passo é o repúdio desta odiosa dívida anti-povo.

    15 dezembro 2013

    Licor Beirão o licor de Portugal

     
    Licor Beirão é um licor típico de Portugal.
    A sua produção teve início no século XIX, na vila da Lousã, com base em diversas plantas - entre as quais o eucalipto, a canela, o alecrim e a alfazema - e sementes aromáticas, submetidas a um processo de dupla destilação. O produto assim obtido apresenta uma tonalidade de topázio transparente, de sabor doce.
    É normalmente consumido como digestivo, simples ou com gelo.

    História

    A bebida, ainda sem o apelido que a caracterizaria, nasceu na vila da Lousã no século XX.
    De acordo com a tradição, um caixeiro-viajante do Porto, de passagem pela vila para a venda de vinho do Porto, apaixonou-se pela filha de um farmacêutico local, e com ela se casou, ali se estabelecendo. A farmácia de seu sogro vendia, além dos remédios habituais, licores preparados com ingredientes naturais, segundo receitas ancestrais e secretas.
     
    Com a entrada em vigor, no país, de uma lei que proibia a atribuição de efeitos medicinais a bebidas alcoólicas, o jovem caixeiro decidiu montar uma fábrica em separado, onde veio a desenvolver os processos artesanais do sogro.
    Em 1929 teve lugar em Castelo Branco, capital da então Beira Baixa, o Congresso Beirão, e este licor foi assim batizado para celebrar esse evento. De notar que o próprio evento premiou o Licor com a medalha de ouro pela excelência e qualidade apresentadas.
     
    Em 1940, devido às dificuldades impostas pela Segunda Guerra Mundial, a fábrica e a receita secreta foram adquiridas pelo jovem José Carranca Redondo, natural da Lousã, que nelas investiu as suas economias, passando a dedicar-se inteiramente ao negócio. A produção do licor passou a estar a cargo da esposa deste e, desde então, o licor tornou-se um dos mais populares do país, sendo hoje consumido por todas as gerações.

    Processo de fabrico

    É na Quinta do Meiral que o filho e dois netos do fundador fazem perdurar no tempo o sabor único do Licor Beirão. Produzido, segundo a formula secreta original, por uma dupla destilação de 13 sementes aromáticas, plantas e especiarias criteriosamente seleccionadas, o Licor Beirão de cor âmbar e sabor único, é ideal para ser bebido como digestivo, puro ou com gelo, mas também excelente para cocktails e doçarias.
     

    Publicidade

    Nos anos 40, 50 e 60 uma campanha massiva nas estradas e cafés de Portugal deu a conhecer o Licor Beirão à maioria dos portugueses. Está ainda na memória de todos o cartaz da tabuleta de madeira com um passarito pousado e a serra da Lousã como fundo, bem como o da “Majorette” que escandalizou pela escassez de roupa. Muitas outras formas de publicidade criativas e inovadoras mantiveram o Licor Beirão como um ícone da publicidade em Portugal. Já neste século campanhas com Manuel João Vieira, José Diogo Quintela, os apresentadores do programa “5 para a meia noite” e Paulo Futre têm mantido o espírito irreverente da marca.

    Curiosidades

    • O licor é utilizado na preparação de uma variante da caipirinha, denominada caipirão;
    • O rótulo do licor inclui o nome da vila de origem, Lousã, escrito à maneira do século XIX, Lousan;
    • Na década de 1950, foram colocados painéis nas estradas portuguesas, em diversas curvas perigosas, publicitando o licor. Estes painéis acabaram por ser proibidos, mas, de acordo com a imprensa à época, os desastres nesses trechos diminuíram de facto, uma vez que os condutores, com curiosidade pelos cartazes, acabavam por abrandar a velocidade dos veículos.
    • Na década de 1960, o licor foi publicitado na imprensa com o "slogan" "Licor Beirão - O Beirão de quem se gosta"1 . A frase referia-se, veladamente, a António de Oliveira Salazar. Diz-se que este já conhecia o anúncio mesmo antes de ser lançado, mas limitou-se a sorrir perante a audácia.
    • Em 2007, a marca levou a cabo uma mudança de imagem, modernizando os rótulos das garrafas e produzindo anúncios com o "slogan" "A primeira bebida da noite é um Licor Beirão", protagonizados por Zé Diogo Quintela vestido de forcado.
     
     

    Bibliografia

    • Müller, Margarida Pereira, Licor Beirão, o licor de Portugal : história e receitas. - Sintra: Colares, 2008
    • http://www.publico.pt

    11 dezembro 2013

    Cavaco Silva, fez um exame de consciência? Vai estar presente no funeral de Nelson Mandela!

              Este senhor Aníbal Cavaco Silva,  Presidente da República Portuguesa, vai estar presente nas cerimónias fúnebres de Nelson Mandela. Comentava eu sobre hipócrisia de alguns que estariam presentes, quando soube desta notícia, que não me espantou, conhecendo eu o perfil deste nosso Presidente, sempre esteve do lado que lhe dava mais jeito, antes da Revolução de Abril estava com o regime Fascista, depois de Abril de 1974, passou a estar com os Democratas. Em 1987 quando a Assembleia das Nações Unidas aprovou por 129 votos a favor e 3 votos contra um apelo para a libertação incondicional de Nelson Mandela, um desses votos contra, foi de Portugal cujo Primeiro Ministro era Aníbal Caváco Silva.
     
     

     
        Outros exemplos que definem o perfil deste Presidente, que é bem o espelho da actual classe política que nos Governa.
     
               Como diz o ditado popular "mudam-se os tempos, mudam-se as vontades", afinal também foi este senhor Cavaco Silva  que em 1989 recusou conceder ao capitão de Abril, Salgueiro Maia, quando este já se encontrava bastante doente, uma pensão por " Serviços exepcionais e relevantes prestados ao país", isto depois do conselho Consultivo da Procuradoria Geral da República ter aprovado o parecer por unanimidade.

    Curiosamente, Cavaco Silva,em 1992 assinou os pedidos de reforma por “serviços excepcionais ou relevantes prestados ao país",a António Augusto Bernardo, último e derradeiro chefe da PIDE/DGS em Cabo Verde, e Óscar Cardoso, um dos agentes que se barricaram na sede desta mesma polícia e dispararam sobre a multidão que festejava a liberdade, e o fim da ditadura.
     


    10 dezembro 2013

    Nelson Mandela - Um exemplo mundial para a(s) resistência(s),

    "Estadistas como Mandela, quando morrem, não são pranteados: são celebrados como conquistas eternas da humanidade". Luis Nassif GGN online (08/12/2013)

    Nelson Rolihlahla Mandela (Mvezo, 18 de julho de 1918Joanesburgo, 5 de dezembro de 2013) foi um advogado, líder rebelde e presidente da África do Sul de 1994 a 1999, considerado como o mais importante líder da África Negra, ganhador do Prémio Nobel da Paz de 1993, e Pai da Pátria da moderna nação sul-africana.(...) No seu foro íntimo, enfrentou dramas pessoais e permaneceu fiel ao dever de conduzir o seu país. Foi o mais poderoso símbolo da luta contra o regime segregacionista do Apartheid, sistema racista oficializado em 1948, e modelo mundial de resistência. No dizer de Ali Abdessalam Treki, Presidente da Assembleia Geral das Nações Unidas, "um dos maiores líderes morais e políticos de nosso tempo". (wikipedia.org 09/12/2013)

    Nelson Mandela, é sem dúvida um modelo mundial para a(s) resistência(s), um exemplo de abnegação à causa da Liberdade, Igualdade e Fraternidade - à luta contra o racismo e sobretudo contra o apartheid.
    A África do Sul, presta-lhe uma última e justa homenagem com honras de Estado.


     

    08 dezembro 2013

    Realidade sobre a Taxa de desemprego é bem mais preocupante


    O Eurostat estima uma taxa de desemprego de 15,7% em Outubro, a quinta mais alta da UE 28. Segundo este organismo a taxa terá descido em relação ao mês de Setembro e ao mês homólogo. Entre os jovens a taxa foi de 36,5% e aumentou em relação ao mês anterior.
    Esta variação não se explica pela melhoria da situação económica, como o Governo tem vindo a afirmar, mas antes pelo retorno dos portugueses à emigração em massa, que num ano fez diminuir a população activa em 135 milhares, bem como pelo aumento dos desempregados desencorajados (os que já não procuram emprego embora estejam disponíveis para trabalhar) em 57,5 milhares, e ainda dos desempregados inseridos em contratos emprego inserção, estágios e formação profissional que cresceram mais 56 mil desde Outubro de 2012.
    A realidade é bem mais preocupante do que fazem crer os números do Eurostat. Basta ter em conta que o desemprego de longa duração aumentou 12% no último ano, tendo um peso superior a 64% no total no 3º trimestre, e que mais de metade dos desempregados não tem acesso a qualquer prestação de desemprego, nomeadamente os mais jovens. Estes dados demonstram que o número de desempregados não diminui por via da redução da protecção no desemprego, como o Governo fez em 2012 reduzindo o tempo de atribuição da prestação. Pelo contrário, os desempregados mais jovens e (teoricamente) com mais possibilidades de encontrar emprego saem em massa do país e os restantes desempregados arrastam-se nas filas dos centros de emprego de mês para mês porque não há criação de emprego.
    Há que pôr termo a esta situação. O país precisa de uma nova política, de Esquerda e Soberana, que rompa com o programa de agressão, que aponte para a renegociação da dívida, que promova o investimento produtivo e o desenvolvimento sustentado, que crie riqueza e empregos de qualidade, que aumente os rendimentos, nomeadamente dos salários e pensões e que reforce a protecção social.
    (cgtp.pt, 29/11/2013).

     

    04 dezembro 2013

    Reestruturação da dívida ou trafulhice?

    Por: Grazia Tanta
    in:GRAZIA TANTA (O3/12/2013)


    Reestruturação da dívida ou trafulhice?

    Na operação de hoje o governo transferiu o pagamento de dívida de € 6.640 M de 2014/15 para 2017/18.

    No exercício abaixo a que se procedeu considerou-se o prazo de maior esforço de pagamento à troika – 2014/21 - uma taxa constante de 5% e o valor do PIB em 2012.

    Estimativa do serviço de dívida de médio/longo prazo para 2014/21 (€ milhões)

    2014
    2015
    2016
    2017
    2018
    2019
    2020
    2021
    soma
    Antes da operação de 3/12/2013





    amortização
    13779
    15029
    12540
    12178
    10698
    11470
    12273
    10766
    98733
    juros
    4592
    3872
    3183
    2565
    1993
    1439
    845
    269
    18758
    % do PIB
    11,1
    11,5
    9,5
    8,9
    7,7
    7,8
    8,0
    6,7

    Depois da operação de 3/12/2013





    amortização
    11279
    10869
    12540
    14858
    14668
    11470
    12273
    10766
    98723
    juros
    4654
    4100
    3515
    2830
    2092
    1439
    845
    269
    19745
    % do PIB
    9,7
    9,1
    9,7
    10,7
    10,2
    7,8
    8,0
    6,7

    http://grazia-tanta.blogspot.com

    A referida operação conduz a:

    • Um alívio da tesouraria durante três anos mas que aumenta em três anos o tempo de pagamento de juros sobre aquele valor.
    • Um aumento adicional de € 100 por habitante, uma vez que no período 2014/18 os juros acumulados aumentam em € 988 milhões. E não considerando novas reestruturações criativas como esta, nem novos empréstimos;
    • O governo sacode as suas responsabilidades de 2014/15 – haverá eleições em 2015 - para 2017/18, denotando que o atual convénio PSD/CDS não irá perdurar como agora. Será que esperam atrair o PS para a sociedade promotora do empobrecimento?
    • O governo pretende dourar a situação económica e financeira de Portugal, com previsões macroeconómicas infantilmente falsas e convencer “os mercados” da bondade da sua gestão;
    • Esta operação não foi certamente gratuita e permitiu comissões elevadas por parte de bancos e/ou consultores cujo montante se desconhece;

    Que soluções?

    Com ou sem a operação de reestruturação, a dívida não é pagável na sua atual dimensão, como se observa nas parcelas do PIB a comprometer com o serviço de dívida para os próximos anos.

    2. Uma economia capaz de melhorar a vida da população e absorver a procura de trabalho tem de ter um crescimento razoável, superior a 3%;

    3. Mesmo que se consiga um crescimento dessa ordem, num prazo que, na atual situação económica e política não é previsível, esse acréscimo estará sempre longe de poder fazer face ao serviço de dívida;

    4. Dito de outro modo, um crescimento que permita simultaneamente pagar o serviço de dívida e melhorar a vida da população, atrair os que emigraram, reduzir o desemprego e conter o empobrecimento galopante a que se assiste, esse crescimento teria de ser variar, no período considerado entre 10 e 14% o que é inimaginável;

    5. Falar de reestruturação é uma burla política para ocultação da realidade por parte do governo e devido a cálculos políticos de uma oposição falsa, mansa, ou inútil, todos à margem da população;

    6.           Qualquer real solução para a precária situação global em que vive a esmagadora maioria dos residentes em Portugal passa por:

      1. Suspensão imediata do pagamento da dívida pública por motivos de força maior
      2. Avaliação da parcela da dívida a declarar como nula por não ter sido aplicada no bem estar das pessoas e eventual reescalonamento de algumas das suas parcelas legítimas;
      3. Criação de um regime político democrático, com um outro modelo de representação, em que as pessoas possam decidir a todo o momento e não vejam os seus direitos usurpados por uma classe política;
      4. Apuramento das responsabilidades criminais e financeiras dos decisores políticos dos últimos governos.

    Prémio

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    Atribuído Pela nossa querida amiga e colaboradora deste espaço, a Marcela Isabel Silveira. Em meu nome, e dos nossos colaboradores, OBRIGADO.

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