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quinta-feira, novembro 01, 2007

POR UMA JUSTA LUTA: LEIAM!

meus caros amigos
os espaços dedicados aos comentários às nossas postagens têm, como sabem, um limite de caracteres.
recebi de uma das novas padeiras de Aljubarrota anti-tgv o comentários que ela quis inserir na minha postagem sobre o tgv.
Acho demais importante para, egoistamente, deixar só para mim, até porque acho que certas pessoas andam tão adormecidas como andou a nossa câmara municipal ,durante 2 anos, em relação a um assunto que afecta TODO O CONCELHO.

Assim, é com muito gosto que vos transcrevo na integra o email desta nossa colega de luta:

Sou membro do movimento Anti-TGV. Estou na luta de corpo e alma. Fiquei de alguma forma satisfeita com as Sessões efectuadas nos Moleanos e Ataíja de Cima. De alguma forma “satisfeita” mas, no fundo da minha alma estou triste e magoada. Trabalhamos tanto, dias houve, que nos deitamos de madrugada . Fins de semana que nem os “senti”. Tem saído tanto dinheiro dos nossos bolsos. Qual não é o meu espanto que quando chego aos locais das reuniões, verifico que ainda poderiam lá estar mais pessoas. Verifico ainda que as pessoas que ficam "coladas" ao TGV (se este por cá passar), não saíram das suas poltronas, e, se o fazem, fazem-no apenas para o café, com toda a certeza para se actualizarem nas “cusquices” da vida alheia. Estes “acomodados poltronais”não perceberam ainda que quem poderá “ser apanhado” pelo traçado, “apanhado”, aqui significa demolição, até é um (a) “sortudo(a)”, pois vai embora para outro lugar, (recebendo o seu valor), lugar que ele mesmo irá escolher e livrar-se-á definitivamente desta “aberração TGV”. Quem fica próximo do TGV, é que se vai “lixar” palavra adequada a este momento. O “vizinho” do TGV (o que fica colado ou próximo) vai perder o seu bem. Leu bem, vai perde-lo, sim, mas de uma forma diferente. Eu explico o bem vai começar a desvalorizar. Um dia o “indivíduo poltronal”, vai perceber na pele, ou melhor no corpo, pois além dos problemas de saúde já que como todos sabemos este comboio rápido é eléctrico e de Muita Alta Tensão. Como vem sendo hábito, diariamente vimos e ouvimos falar de problemas cancerígenos, consequência de Alta Tensão e antenas de telemóveis. Como tenho andado a falar para o “boneco” torno a repetir TGV é igual a Muita Alta Tensão, isto é bem pior, do que temos lido e ouvido. Falando agora de poluição sonora e vibratória. O TGV é de 300 k/h, (o sossego a paz por estes lados acaba). Como muitas destas casas foram construídas em banda, vão começar a desmoronar aos poucos, as mais recentes já são construídas por pilares, mas estes ditos pilares não foram inseridos nelas pensando na trepidação dos solos, já que nesta altura ninguém ouvia falar em TGV (pelos menos a maioria dos “habitantes” das aldeias em questão),o resto são outros “500”,eu já nem falo de “alguma má construção”, segundo o queixume de alguns habitantes. Quando “os adormecidos acordarem” quererão vender as suas habitações e qual não será o seu espanto ninguém as compra. Ninguém quer ir para aqueles locais. Descobrem então estes “adormecidos” que por muito valor que as habitações pudessem ter, passam a valer 0 ou quase isso. Não podem vender para ir comprar para outro lado. Não conseguem realizar dinheiro. Viverão ali continuamente sem condições e será só nessa altura que perceberão que alguém os quis defender e que eles fizeram tal qual “a história da Cigarra e Formiga”, senão acordaram mesmo assim poderão fazê-lo quando lhes aparecer na porta uma rectro-escavadora que lhes dirá “truz truz, cheguei...” e zás, a máquina empurra a tão falada poltrona ou sofá, como lhe queiram chamar” Ah! Diz o cidadão de “cú no chão”. Pestaneja um bocado e diz cheio de vergonha para si mesmo, “ai que aqueles desgraçados que andaram a dar a cara e o corpo na luta contra o TGV, tinham razão, sorte de quem foi, azar de quem ficou. Ai que eu fui um mal agradecido, o provérbio “Deus dá nozes a quem não tem dentes” tem razão de existir.
Tirando o espanto de quem não fez “népia”, lembro ainda do desbaste do nosso ex-libris ambiental, lá se irão manchas de carvalhais, (que tanto prezo) e ainda tantas outras, lá chega a poluição ao maior lençol freático da Europa, que coincidência é o nosso. Não esqueçam que os nossos solos são de uma infiltração máxima, isto é em 3 tempos a poluição chega á agua.
Por acaso alguém lembra que a próxima guerra mundial poderá ser pelo factor “água?. Por favor respeitem a nossa. Tenho vontade de vos deixar aqui a carta sobre a água.
Porque não respeitam a nossa fauna e flora, o nosso património arqueológico de valor infindável. Não respeitam não, além do que lhe fazem pessoalmente, é o que vão permitir que o TGV lhes faça. Vocês que nada fazem terão esse peso na v/ consciência. A propósito disso, têm consciência, sabem o que é, ou será que é algo descartável?
Por acaso alguém lembra que depois vai ter de dar a volta ao “bilhar grande”, gastar mais combustível, e tempo para ir onde quiser.
Pois é! A mobilidade será afectada.
Pensam na desertificação?
Ninguém vai querer morar para a proximidade do monstro TGV. Pensaram nos prédios rústicos que ficarão divididos? Na divisão de famílias e amigos? Imaginam o que é viver na terra de ninguém, que é a zona que fica entre o TGV e a Serra dos Candeeiros? Pois é! Na terra de ninguém, o valor das habitações e prédios ficará abaixo do que deveria. Passará a ser uma zona esquecida. Ah pois, se as pessoas se queixam que a Câmara não vos liga, poderá depois ficar senil e ficarão definitivamente no esquecimento dos “Deuses Tgvinianos”
Alguém disse no domingo que eu estava na luta pela minha casa, também é verdade, mas neste momento estou muito mais pela casa de quem fica.
Deixo aqui uma pergunta, ao indivíduo dos Casais de Sta. Teresa que esteve nos Moleanos, e me acusou de estar nesta luta porque a minha casa poderá ser “abatida” segundo informações que ele obteve (já que não me conhece)obtidas de uma fonte que presumo “miserável, egoísta, sem escrúpulos e acobardado, para não dizer outros nomes” pois os cobarde falam nas nossas costas. Não me importo que falem nas costas é sinal que estou na frente, e incomodo.
Não sou feita daquela “matéria dos cãezinhos” que se usavam nos carros que diziam sim a tudo. Segundo também tenho aprendido, “os outros são o nosso espelho” e pelos vistos o que o “outro viu e o senhor como absorvedor do que não presta” transmitiu, é a v/maneira de estar na vida. Tirando este aparte presumo e quero acreditar que este Senhor, já que tem 2 casas em risco, tem estado a trabalhar o dobro de mim, pois eu infelizmente sou pobre e só tenho uma. Ainda bem. Pois eu tenho trabalhado muito, mas muito mesmo. Presumo que também esteja cansado. Bem se assim for, estamos a fazer um bom trabalho.
Pior é se é daqueles que fala fala, critica e não faz nada, essas pessoas têm um nome.... que eu não quero dizer....
Voltando ao que interessa (já que não temos de dar valor ao que não presta e o meu estômago não se alimenta destas coisas),como disse no início um dos traçados passará por cima da m/ habitação, se assim for eu irei embora. Traduzindo de novo, ficarei “livre”, mas também se for outro qualquer dos traçados, já não irei, terei de ficar, e a levar com todo o que não quero, por v/ causa que não nos deram a v/ presença.
A presença basta, não pagam nada nem fazem nada, é só comparecer. Não têm de falar á frente de ninguém (pois por trás é muito mais fácil).
Pobres gentes...que estão a ter ajuda para vossa defesa e não aproveitam. Tantas pessoas que nos pedem para lutar. A v/ ausência está a “tentar diminuir” a nossa força. Também queremos a v/poltrona asofazada”.
Acordem pessoal "infeliz e inerte". Quando acordarem pode ser tarde e como boa gente que nada faz irão acusar aqueles que se fartaram de trabalhar, e que bem puxaram por vocês gentes "acomodadas", de não fazerem nada. Pobres gentes, que estão a ter a hipótese de se defenderem, basta aparecerem nos locais, para mostrarem que estão connosco. Nós que estamos no terreno, só precisamos disso, da v/presença.
O v/ umbigo não é tão bonito assim.
ACORDEMMMMMMMMMMMM gente ACOMODADA!!!!!!!!!
Lutem pelo que é vosso, lutem pela dignidade a que têm direito!
Aproveitem-nos. A cada dia que sentimos a v/ ausência, estão a mostrar-nos falta de respeito para convosco, pela localidade que vivem e pior ainda FALTA DE RESPEITO, por quem anda no terreno, a lutar por todos, falta de respeito pelo resto das outras gentes e da nossa história.
Estes membros, abdicam do seu descanso, do seu lazer e das suas economias para estarem na luta.
Gentes ENVERGONHEM-SE, por MAGOAREM quem está em campo para se defender, para vos defender e defender estes lugares excelentes. Sintam VERGONHA E MEXAM-SE. Estou magoada com todos aqueles que souberam das reuniões e não compareceram, sabendo eu que estavam informados. Tenho vontade de ir a v/ casas e dizer-vos isso olhos nos olhos, ou tentar marcar uma reunião, onde diga o que me vai na alma em frente das pessoas que lutam pelos valores que acreditam..
Aproveito também para dizer que sinto a falta de outros Alcobacenses.AJUDEM-NOS , com a v/ presença na nossa luta.

terça-feira, outubro 30, 2007

DECLARAÇÃO DO EXMO GENERAL TOINO À GLORIOSA REGIÃO DOS MOLEANOS

meus amigos, não resisti a uma postagem que encontrei num blog amigo, da nossa região.
è por isso e porque acho que é importante tomar em linha de conta a opinião de um "importante general" do nosso concelho, que vos deixo a sua missiva:

MOLIANEIROS,MOLIANEIRAS, E OPERADORES DE CHARRUA, É POR ESTE MEIO QUE VOS VENHO COMUNICAR QUE TEMPOS DIFICEIS SE AVIZINHAM PARA A GLORIOSA REGIÃO MOLEANENSE.

COM A POSSIBILIDADE DA PASSAGEM DO TGV PELOS NOSSOS ILUSTRES TERRENOS E A CHUVINHA QUE TEIMA EM NÃO CAIR PARA QUE AS NABIÇAS DESABROCHEM E ASSIM SEJA POSSIVEL FAZER A SOPINHA QUE IMPEDE A PRISÃO DE VENTRE, CHEGA-SE À CONCLUSÃO QUE SÃO NOUTROS SÍTIOS, COM MAIS CADEIRAS E MENOS TERRA, QUE CRESCEM AS CABEÇAS DE NABO.

ESPECIALISTAS FRANCESES VIERAM AOS MOLEANOS PARA VERIFICAR O POTENCIAL TROÇO ONDE PASSARIA O TGV, E O POVO MOLEANENSE, NUMA TENTATIVA DE MOSTRAR QUE NÃO SERIA BOM TAL TRAJECTO, CONSTRUIU NO PASSADO FIM DE SEMANA A LINHA E UMAS CARRUAGENS PARA QUE ESSES MESMOS ESPECIALISTAS PUDESSEM TESTAR A VIABILIDADE DO PROJECTO.

INFELIZMENTE, OS NOSSOS PERITOS AFINARAM DEMASIADO O RAIO DAS CARRUAGENS, E ESTAS, EM VEZ DE DAREM 20 KMS/H, COMO ESTARIA PREVISTO, DERAM 574 KMS/H, INCLUINDO DESTA FORMA UM NOVO CONCEITO NO VOCABULÁRIO FERROVIÁRIA, SURGE O CQATDQABAC - COMBOIO QUE ANDA TÃO DEPRESSA QUE ATÉ BORRA AS CUECAS.

CONTUDO, SE NÃO DESISTIREM DA IDEIA, DE PASSAR A LINHA DE TGV PELAS NOSSAS ASNAGAS, ONDE OS PÉS DE FEIJÃO CRESCEM A OLHOS VISTOS E ONDE AINDA É POSSIVEL ARRANHAR AS NÁDEGAS NAS ORTIGAS QUANDO SE ESTÁ A "OBRAR", COISA QUE EM CERTOS LOCAIS JÁ NÃO ACONTECE, SABOTAREMOS A LINHA DE TODAS AS FORMAS POSSIVEIS, DESDE PLANTAÇÕES DE FORQUILHAS A COLECÇÃO DE PIONÉS NOS CARRIS.

DESTA FORMA ME DESPEÇO, INCITANDO À LUTA A FAVOR DA PRESERVAÇÃO DOS NOSSOS PÉS DE FEIJÃO E DA PROLIFERAÇÃO DE ORTIGAS

aSS: GENERAL TOINO

leiam este email- vale a pena! TGV

recebi este email sobre o TGV e achei que o deveria partilhar convosco:
Quem vai pagar a construção do TGV?

A avaliar pelas propostas destes gajos vão ser os contribuintes em vez dos investidores.Não percebo nada deste nosso país.Segundo as contas do GovernoBilhete de TGV entre Lisboa e Madrid vai custar 100 euros 03.05.2007 - 09h34 Carlos Cipriano PÚBLICOOs bilhetes em comboio de alta velocidade (TGV) entre Lisboa e a capital do país vizinho deverão rondar os 100 euros.Quem o diz é a secretária de Estado dos Transportes, Ana Paula Vitorino, em entrevista ao “Acção Socialista” (30/04/2007), acrescentando que é um “valor que se apresenta altamente competitivo, sobretudo face aos preços praticados pela aviação comercial”.José Manuel Viegas, especialista em transportes, diz que os 100 euros referidos pela governante foram precisamente o valor a que ele chegou num estudo que fez em 2001 para o Instituto Nacional do Transporte Ferroviário.

(ver Link)
http://ultimahora.publico.clix.pt/noticia.aspx?id=1292834&idCanal=63Pior ainda. Foi abandonada a aposta estratégica do transporte de mercadorias, que poderia amortizar o custo da linha, tornando mais rentável o TGV.E precisavamos de transportar mercadorias para embaretecer os custos de transportes rodoviários, que consomem muitos recursos. (E poluição.)Alguma vez eu irei entender estas coisas? Não. Mas sei que, tal como nas SCUTs, alguém vai pagar. Pode não haver dinheiro para pagar operações aos doentes em Portugal, que pagam os seus impostos, mas para dar de mamar a determinados interesses...PS Que acções devo comprar para aproveitar a construção de TGVs, aeorportos, auto-estradas, e o fim da prestação dos cuidados de saúde, obrigado os pobres contribuintes a utilizarem os serviços privados?

domingo, outubro 07, 2007

Proposta do PS na Assembleia Municipal de 04.10.07

1 – Nota Preliminar
Em meados dos anos oitenta, o Transporte Ferroviário de Alta Velocidade surge como uma realidade possível em Portugal.
Atravessou consecutivos Governos e orientações políticas, que foram sendo sucessivamente confrontados com decisões tomadas anteriormente, condicionando claramente as opções políticas e técnicas.
O TGV é um projecto de âmbito Europeu e de compromissos estratégicos assumidos no âmbito do Rede Transeuropeia de Transportes.
É um projecto de interesse nacional que visa minorizar a periferia geográfica do nosso País e fazer a ligação à Europa.
Este projecto inserido na estratégia nacional para o desenvolvimento sustentável, parte integrante do Programa Operacional de Acessibilidades e Transportes tem sido articulado nas Cimeiras Luso-Espanholas e representa uma oportunidade única de aproveitamento de um enorme investimento europeu que será feito no nosso País, num meio de transporte mais rápido, mais cómodo e menos poluente, criando também mais riqueza e mais postos de trabalho.
O período de discussão pública, tempo exigido por lei, para que autarquias e cidadãos se pronunciem, acautelando e minimizando os impactos negativos identificados, através de pequenos acertos do traçado em planta, assim como na definição das soluções das obras do ponto de vista conceptual e de construção, começou no dia 06 de Agosto de 2007.
A Assembleia Municipal teve a primeira apresentação e discussão dos traçados alternativos apresentados no dia 21 de Setembro de 2007 pela Câmara Municipal, cerca de um mês e meio depois do início da discussão pública, condicionando claramente em tempo e recurso a documentos técnicos toda a discussão técnica, política e prática, que poderia eventualmente reduzir os impactos menos positivos no nosso Concelho.
2 – Enquadramento
Como autarcas e cidadãos responsáveis, temos o dever e a obrigação de dar o nosso contributo nesta discussão pública dos traçados, acautelando o interesse do Concelho e das suas populações, mas tendo também em referência o superior interesse nacional.
É vital que se perceba que a posição assumida é uma posição política, pois é de todo impossível em tão pouco espaço de tempo, analisar com rigor todos os documentos sobre os traçados, impactos ambientais e económicos e proceder com rigor ao levantamento dos efeitos práticos da passagem pelo nosso Concelho.
A complexidade técnica envolvida na escolha dos traçados e das suas várias opções, quer ao nível do impacto ambiental, quer ao nível técnico, é de tal forma complexo que como é hábito nestas grandes obras infraestruturais nunca se consegue alcançar uma unanimidade, nem técnica, nem política.
Assim sendo, com o pouco tempo tido e com as competências exigidas para uma análise séria, completa das inúmeras variantes em estudo, resulta que a natureza desta tomada de posição é claramente política e da defesa das populações directa e indirectamente abrangidas pelas envolvências desta obra.
3 – O traçado Alenquer/ Pombal
A localização do futuro aeroporto internacional de Lisboa foi e será condicionador das alternativas que estão em discussão. Não sendo despropositado presumir que uma eventual localização alternativa à OTA poderá acrescentar ou reformular os traçados agora propostos.
A Assembleia Municipal de Alcobaça bem como a Câmara Municipal de Alcobaça são clara e publicamente favoráveis à localização do futuro aeroporto internacional na OTA, acreditando na mais valia económica que esta infra-estrutura trará à região e ao concelho, apesar de sabermos que essa é uma forte condicionante às opções da localização do traçado do TGV em discussão.
A ligação Lisboa - Madrid está genericamente aceite como uma mais valia para o País, talvez com um consenso menos alargado, a ligação Porto - Vigo é também caracterizada como uma importante mais valia ao forte tecido empresarial e industrial nortenho.
Resta optar, escolher e decidir como e onde passará a óbvia e necessária ligação Porto - Lisboa. Uma das mais importantes e vitais decisões foi servir a região envolvente de Viseu ou Leiria. Quando a decisão recaiu sobre Leiria ouve um forte e natural sentimento de satisfação, quer por solidariedade, quer pelas mais valias que uma estação na nossa região poderia trazer.
Este facto condicionou sobremaneira mais uma vez as opções geográficas do traçado.
O litoral onde se concentra 74% da população nacional e onde se encontra concentrada a maioria das empresas e actividades económicas é em si um incontornável factor para a decisão da ligação Lisboa – Porto, tendo como objectivo servir a população não só na sua mobilidade, como, e sobretudo, na mais valia económica gerada por um turismo com potencial crescente da zona Oeste.
Talvez seja este o motivo que levou a Associação de Municípios do Oeste a apoiar fortemente as opções apresentadas.Desta forma foram abertos dois concursos internacionais, um, prevendo opções de traçados a Oeste da Serra de Aires e Candeeiros, outro, a Este.
O que nunca nos foi convenientemente explicado foi a decisão do anterior governo de anulação do concurso a Este da Serra de Aires e Candeeiros. Traçado este que passaria fora dos limites do concelho de Alcobaça.
Assim, ficaram fora do processo de decisão qualquer estudo de traçados alternativos ao concelho de Alcobaça.
Não estando identificadas grandes mais valias para o nosso concelho estão claramente identificadas menos valias e claros prejuízos económicos e emocionais para as populações do Concelho.
Confiantes que um projecto desta envergadura irá ressarcir monetariamente os prejuízos provocados, estamos também certos que a ligação emotiva das pessoas às suas terras será inquantificável e irreparável, por muitas passagens e ligações que se façam entre os dois lados da via.
Estamos certos de algumas escolhas óbvias das alternativas apresentadas, exemplo: eixos 1.1 e 1.3, tornando-se óbvia a escolha do eixo que passa no sopé da Serra dos Candeeiros, minimizando danos às populações e empresas da Vila da Benedita. Neste aspecto reforçamos o que foi explanado pelo Professor Fernando Nunes da Silva, no sentido de aproveitar o período de discussão pública para perspectivar alterações aos eixos e traçados de forma a reduzir ao mínimo os danos dos habitantes das zonas em discussão.
Acrescentamos uma referência à intersecção entre a via do TGV e o IC2/N1 e a necessidade de resolver também os problemas que há anos se arrastam, sendo este o momento de planear e intervir nesta via que tanto sofrimento e problemas tem trazido às pessoas.
O Professor Fernando Nunes da Silva, contratado há apenas duas semanas pela Câmara Municipal de Alcobaça, alerta para a importância de uma tomada de posição que não só questione o porquê da anulação do estudo de impacto ambiental do traçado a Este da Serra de Aires e Candeeiros, mas também para, de uma forma coerente e responsável apresentarmos pequenas correcções optimizadas minimizando impactos negativos, como prevê qualquer período de discussão pública ou estudo de impacto ambiental e que o bom senso exige.
Exemplo, é importante pôr a hipótese de o traçado passar colado ao sopé da encosta da Serra dos Candeeiros.
Bem como a introdução de túneis e eixos afastados dos núcleos urbanos reduzindo ao essencial os prejuízos
4- Conclusão
Como é natural num período de discussão pública, há que ter em linha de conta todas as opiniões reunidas, quer dos cidadãos, quer dos diversos autarcas do Concelho.
Considerar os inconvenientes económicos e sociais da população, que foram apresentados. E considerando que apesar de há dois anos a Câmara Municipal de Alcobaça ter conhecido um estudo preliminar do TGV, e há oito meses lhe terem sido apresentados os traçados para o Concelho, apenas o mês passado o apresentou às populações das zonas atravessadas pelas várias hipóteses de traçado, não havendo tempo para estudar ou reagir em tão curto período de tempo. Como é óbvio, três semanas não chegam para analisar de uma forma séria uma infra-estrutura desta natureza. Apelamos à RAVE, empresa responsável pela Linha de Alta Velocidade Ferroviária, que apesar do hipotético atraso que poderá trazer ao projecto,
1º - Reabra os estudos para uma alternativa além da Serra de Aires e Candeeiros ou prove categoricamente da valia das opções apresentadas.
2º - Que estude uma hipótese de traçado mais próximo da base da Serra dos Candeeiros, que teria a vantagem de ter menos impacto na população e poderia ser enquadrado com as tão necessárias obras da Est. Nacional 1/ IC2.Estamos conscientes dos soberanos interesses do País, mas acreditamos que podem e devem ser conciliados com os legítimos interesses da população.