A relação
entre a ficção científica e a realidade é antiga, mas ainda assim, é
surpreendente. Sou fã de carteirinha de livros e filmes do gênero de
ficção científica. Adoro imaginar as mudanças que a evolução tecnológica
trará a vida da população e é muito interessante fazer simulações
mentais sobre o impacto social que certas experiencias podem ter.
Durante uma aula de física clássica, na semana passada, meu professor
relatou sobre as descobertas tecnológicas que foram idealizadas muito
antes por histórias de ficção científica. A aula foi uma verdadeira
viagem sobre o tema e fiquei muito empolgada com as histórias, o que
resultou nesse post.
Os autores de ficção científica e os cientistas usam como inspiração
para o seu trabalho as descobertas tecnológicas já ocorridas, projetos
científicos e a imaginação. A diferença entre ambos é que os cientistas
estão presos as leis da natureza, já a ficção científica, como um gênero
literário, se permite imaginar o que seria se pudesse fazer aquela
experiência dar certo. Dependendo da história, há possibilidade sim do
cenário criado pelo autor ocorrer realmente.
Um exemplo recente disso é o que ocorreu no mês passado. A Nike lançou o
tênis que se ajusta automaticamente no pé do usuário, o mesmo
idealizado no filme De volta para o futuro 2. No filme de 1989, o
personagem principal se surpreende com a evolução do tênis do ano de
2015. Aposto que muitos dos leitores desejam comprar, certo? Como
esperado, o problema é o custo financeiro do par. Os tênis foram
vendidos por um leilão virtual com lançamento mínimo de US$ 5.500,00,
quase R$ 10.000,00. Acho que vou esperar 2015, quem sabe o preço diminui
e o tênis se torna mais popular, como dito no filme.
O magnífico carro do Batman
também é inspiração para pesquisas. O que ocorre é que há grupos de
cientistas trabalhando com a finalidade de desenvolver um carro que não
necessite de um motorista fisicamente no interior do veículo, lembra o
carro do super-herói, certo? Infelizmente, ainda não há esse carro,
porém, avanços tecnológicos permitiram a criação pela Valeo do Park4U
Remote. O sistema permite que o motorista estacione o carro sem
necessariamente estar dentro dele, para isso, o motorista usa o iPhone.
Segunda a empresa, até o final desse ano o sistema estará presente em 38
modelos na Europa.
No filme Minority Report, lançado em 2002, há uma cena em que o personagem interpretado pelo ator Tom Cruise controla um computador movimentando apenas as mãos no ar, sem contato direto com nenhum objeto físico. No final do ano passado a Microsoft lançou o Kinect, aparelho que permite o usuário jogar sem a necessidade de manter contato com aparelho físico. Parecido, não? Já há pesquisas avançadas desenvolvendo formas de utilizar a mesma tecnologia para controlar computadores. Lembro quando eu vi a reportagem sobre o lançamento, no ano passado, e morri de vontade de jogar, nesse ano tive a oportunidade e me divertir muito, meu jogo favorito é o de dança! Com a notícia divulgada nesses últimos dias de que o XBox 360 será fabricado no Brasil e, por esse motivo, os preços irão reduzir bastante, aproxima ainda mais essa tecnologia as nossas vidas.
Lembra da mão biônica do Exterminador do Futuro,
ela está muito mais no presente do que pensamos. Nos últimos anos houve
diversos pacientes submetidos a implantação de mãos biônica controlada
pelo cérebro e há diversas pesquisas aperfeiçoando a tecnologia atual.
Em agosto de 2011, Chloe Holmes, 15 anos, voltou a poder utilizar a mão
esquerda após implante de uma mão biônica. Antes apenas idealizada no
filme, hoje ela já faz parte da vida de muitas pessoas proporcionando
uma alternativa, embora ainda cara, para as pessoas que não possuem
mãos.
Há diversas outras tecnológicas idealizadas nas histórias que após
muito estudo e dedicação dos cientistas, tornam-se realidade. A questão
que me intriga é, qual será a próxima tecnologia a sair das histórias e
chegar nas nossas vidas?
Um grande abraço, Thai Braga.