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domingo, setembro 25, 2011

Jon Stewart do Daily Show: Os ricos e os pobres da América "socialista", um sistema de impostos escandaloso e uns Media absolutamente execráveis

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De como os ultra-bilionários americanos estão a ser acusados de serem "socialistas" pelos Media que, por ironia do destino, são propriedade desses mesmos ultra-bilionários.

Um curto vídeo verdadeiramente imperdível

(Legendado em português)



Um cheirinho do vídeo:

Jon Stewart: Esta semana, o estranhamente não-excêntrico bilionário, Warren Buffett, entrou na guerra.

Canal Televisivo: O bilionário diz: "Enquanto a maioria dos americanos luta para sobreviver, nós, os mega-ricos, continuamos a ter reduções fiscais extraordinárias. Os meus amigos e eu já fomos mimados durante muito tempo."

Warren Buffett: Pago uma taxa muito inferior sobre a maioria dos meus rendimentos do que a minha empregada de limpeza.

Jon Stewart: Para sermos justos, a empregada de limpeza do Warren Buffet também é bilionária.
O artigo de opinião de Warren Buffett foi uma dissertação cuidadosa sobre as vantagens de que os super-ricos desfrutam, actualmente, ao abrigo do código fiscal, ou, por outras palavras…

Fox News: A seguir: Warren Buffett e a luta de classes…

Fox News: Mais luta de classes de um bilionário afável, que deveria deixar de presumir que os ricos são todos bilionários.

Fox News: O Warren Buffett escreveu um artigo de opinião… Será ele completamente socialista?

Jon Stewart: Se o Warren Buffett é um socialista? Nem fazes ideia do que é o socialismo, pois não?
Aquele George Clooney sempre a papar gajas diferentes... Que grande bicha!

Etc., Etc., Etc...

terça-feira, agosto 02, 2011

Jon Stewart entrevista o editor da revista "Time", Fareed Zakaria. Este especialista americano em filosofia política afirma que o avanço tecnológico está a destruir os empregos e a conduzir as pessoas à miséria

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Fareed Zakaria: Os trabalhadores têm de enfrentar a força da tecnologia, ou seja, as máquinas podem fazer o que antes era feito por pessoas.

Já lá vão uns anos, postei uma entrevista de Jon Stewart a Fareed Zakaria, editor da revista "Time". O neoliberalismo da blogosfera exultou, sobretudo a rapaziada do blogue Blasfémias. Contudo, Fareed Zakaria tem vindo, pé ante pé, a mudar de opinião...

VÍDEO legendado em português:


Jon Stewart tem por convidado Fareed Zakaria, apresentador de "GPS", na CNN e editor da revista "Time" que vem apresentar o seu ultimo trabalho e best-seller, o livro "The Post - American World".


Jon Stewart: Quero falar da nossa Economia em relação ao exterior. Perdemos o comboio? Continuamos a ser a superpotência económica que já fomos?


Fareed Zakaria: Ainda somos, de longe, a maior economia mundial, mas, neste momento, há uma grande diferença na Economia. As empresas americanas estão a sair-se lindamente. Têm acesso a capital barato, conseguem mão-de-obra barata em várias partes do mundo e têm tecnologia de ponta. O índice S&P 500 está óptimo, o mercado bolsista subiu 85%. Porém, o futuro do trabalhador médio Americano é muito diferente. Essas pessoas estão limitadas aos EUA, não têm poder de alcance, há dez anos que não há aumentos.


Jon Stewart: O capital é móvel, mas as pessoas…


Fareed Zakaria: Exactamente. Por isso, os trabalhadores têm de enfrentar a força da tecnologia, ou seja, as máquinas podem fazer o que antes era feito por pessoas. Já há programas informáticos que podem fazer coisas que só os advogados podiam.


Jon Stewart: O que podem os advogados fazer que os computadores não possam?


Fareed Zakaria: Mas o outro aspecto é que é possível produzir coisas em qualquer parte do mundo. Juntamos a tecnologia e a globalização, e temos uma situação muto difícil para o trabalhador americano. Se olharmos para o mercado de trabalho americano, neste momento, temos oficialmente sete milhões de desempregados, mas, se juntarmos todas as pessoas que deixaram de procurar trabalho e as que têm empregos a tempo parcial, que pagam metade do salário médio, temos 24 milhões de pessoas nos EUA com empregos precários ou que estão desempregadas. E esses números estão a piorar. Se olharmos para o orçamento, prevê a criação de 20 milhões de empregos nos próximos dez anos.


Jon Stewart: Ouvimos falar de emprego para aqui e para ali, da Economia… Mas não consigo apontar nada que alguém tenha feito para melhorar esta situação e, neste momento, só oiço falar do plano republicano de que temos de melhorar as condições para as empresas. Porém, acho um disparate achar que podemos criar para as empresas condições de competitividade como na Índia ou na China. Os americanos não vão viver, nem devem, como esses trabalhadores. Conquistámos o estatuto de classe média, e não sei… De que forma conseguimos isso favorecendo mais as empresas? Não podemos competir com esse sistema.


Fareed Zakaria: A curto prazo, não, sem dúvida. A curto prazo, se cortarmos despesa, o que vai fazer-se é despedir professores, despedir bombeiros, despedir polícias. Por mais que se pense nos efeitos a longo prazo desses cortes, ou seja, que se conseguirá um Estado menos despesista, a curto prazo, iremos ter mais pessoas desempregadas, menos pessoas com poder de compra, menos pessoas a ir comer fora e a contribuir para a Economia. O ideal - e é uma das coisas de que falo no meu livro...


Se pensarmos em Silicon Valley. Esta resulta de de um excelente sistema educativo público, com os excelentes campus de universidades da Califórnia, um excelente sistema educativo público. Foi criado devido à procura de engenheiros pelo departamento de Defesa, a Lockeed. Todas essas empresas. O Governo americano costumava comprar todos os chips que eram lá fabricados.


Jon Stewart: Estás a dizer que o segredo é a Educação e a Guerra. Se pudermos continuar a desencadear guerras mundiais e duplicar os gastos em formação, podemos resolver este problema.


Fareed Zakaria: As guerras mundiais são muito úteis. As pequenas guerras não ajudam o suficiente. Depois é preciso destruir a concorrência. Foi a grande vantagem da II Guerra Mundial. Arrasou-se com a concorrência, nós ficámos por cima... é o plano Stewart-Zakaria.


Jon Stewart: Não sei porque é que ninguém se apresenta com essa ideia – América, vamos arrasar com vocês…


Fareed Zakaria: E depois vendemos-vos coisas.


Jon Stewart: E depois, vendemos-vos o que precisam para a reconstrução...

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segunda-feira, junho 20, 2011

Daily Show com Jon Stewart – Como os senadores americanos estão mais preocupados em baixar os impostos aos ricos do que em salvar a vida aos bombeiros do 11 de Setembro

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Jon Stewart - Quero-vos falar da Lei Zadroga. Zadroga era um polícia de Nova Iorque que morreu em 2006 de doença respiratória que se presume ter sido causada pelo seu trabalho no meio da poeira do "Ground Zero" [lugar onde caíram as Torres do WTC no 11 de Setembro], em 2001.

Esta lei atribuiria 7 mil milhões de dólares em benefícios médicos e financeiros aos trabalhadores do Ground Zero que adoecerem. A lei já passou na Câmara de Representantes mas o Senado está reticente em aprovar a lei.


Canal televisivo - Os Republicanos do Senado bloquearam a votação da Lei Zadroga mas aprovaram a lei para estender os cortes fiscais a todos os americanos, incluindo os mais ricos por uma votação esmagadora de 81 contra 19.




Jon Stewart - Boa! Isso são notícias extraordinárias para os bombeiros que ganham mais de 200 mil dólares por ano. Claro que todos os bombeiros não milionários estão com um azar do caraças! E nenhum dos canais generalistas mencionou isso nos noticiários da noite durante dois meses e meio. É uma abdicação escandalosa das nossas responsabilidades para com aqueles que foram mais heróicos no 11 de Setembro.

Mas houve uma estação de TV que deu aos socorristas do 11 de Setembro 22 minutos da cobertura intensa que mereciam. Infelizmente, essa estação foi a Al Jazeera. As nossas estações foram ultrapassadas com uma história apelativa da Lei Zadroga pela mesma estação para onde o Bin Laden manda as suas cassetes.

Gostaria de ver um destes senadores ter tomates para explicar porque é que uma extensão de cortes fiscais para os ricos é mais importante do que os trabalhadores doentes do Ground Zero.


Senador - Precisamos de abordar a questão dos bombeiros e vítimas do 11 de Setembro e iremos fazê-lo. Acho que a diferença da lei fiscal é que existe um prazo – 1 de Janeiro. Os impostos sobem a 1 de Janeiro. Temos de ter esta lei fiscal aprovada antes de 1 de Janeiro.


Jon Stewart - Sim, só há duas certezas na vida: a morte e os impostos. Aparentemente, a única que interessa a este marmelo são os impostos.


And so on


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segunda-feira, abril 18, 2011

Daily Show com Jon Stewart – A apropriação do petróleo Líbio pelos Estados Unidos da América

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Um vídeo a não perder:


Canal de TV - O Pentágono declarou que navios e submarinos das Nações Unidas e da Grã-Bretanha dispararam mais de 110 mísseis Tomahawk sobre Tripoli e Misrata. Atingiram vinte alvos líbios de defesa antiaérea e antimíssil.

Jon Stewart – Estamos em guerra? Outra vez? Não quero ser chato, mas já não temos duas guerras? As guerras não são crianças. Não podemos ignorar a mais nova, porque as duas mais velhas tratam dela...

And goes on, and on...


quinta-feira, outubro 21, 2010

No Daily Show, Jon Stewart mostra-nos uma Wall Street genuinamente revoltada contra os contínuos ataques do contribuinte americano

Anthony Scaramucci, gestor de hedge funds de Wall Street, queixa-se dos ataques de Obama ao mais importante centro comercial e financeiro do mundo:



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Jon Stewart: Acha que o governo o tem agredido? O que consideram agressão em Wall Street é visto pelos americanos como um apoio de um bilião de dólares à vossa indústria. Sabe o que muitos americanos diriam a Obama neste momento?

AGRIDA-ME DESSA MANEIRA!



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Wall Street está-se a preparar para pagar este ano (2010) um recorde de 144 mil milhões de dólares em bónus, prémios e benefícios aos seus executivos, um aumento em relação ao recorde anterior 139 mil milhões de dólares de 2009.
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segunda-feira, setembro 20, 2010

Jon Stewart conta-nos de que forma a Fox News classifica a 'Mesquita do Ground Zero' um antro de terrorismo, enquanto a financia subrepticiamente

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Uma desmontagem soberba, executada pela equipa do Daily Show, da campanha de terror levada a cabo pela estação televisiva Fox News.


Jon Stewart: "se queremos cortar o financiamento à mesquita do terrorismo, devemos, como nação, deixar de ver a Fox News."



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quinta-feira, agosto 26, 2010

Jon Stewart explica-nos de que forma a Fox News, a mais acérrima adversária da 'Mesquita do Ground Zero', está também a financiá-la com entusiasmo

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Uma lição bem-humorada a todos os que ainda não perceberam bem o que é a «Guerra ao Terrorismo» e como é possível manter um clima de permanente tensão entre o Ocidente e o Islão, tão proveitoso ao complexo militar-petrolífero norte-americano.



A estação televisiva Fox News tem sido impiedosa na sua crítica à 'Mesquita do Ground Zero.' Os comentadores da estação consideram a mesquita perigosa e politicamente extremista – e pensam que criar um centro islâmico nesse lugar mostra insensibilidade para com os sobreviventes do 11 de Setembro.

Os correspondentes da estação Fox News também têm perguntado repetidamente donde vêm os financiamentos da mesquita. Têm dado a entender que o dinheiro provém de fontes suspeitas… como, por exemplo, terroristas. Mas agora, soube-se que um homem que tem vindo a financiar a 'Mesquita do Ground Zero' é o segundo maior accionista da News Corporation, a empresa mãe da Fox News.

O Daily Show desenterrou a história toda. O Príncipe Saudita Al-Waleed bin Talal contribuiu com mais de 300.000 dólares para a organização que está a construir a 'mesquita do 11 de Setembro'. Mas Al-Waleed bin Talal também detém 7% da News Corporation, a empresa mãe que controla a Fox News. Portanto, quando a FOX pergunta de onde vem o financiamento, bom, vem muito simplesmente de um dos seus principais accionistas.


Rupert Murdoch e Al-Waleed bin Talal
repectivamente o 1º e 2º maiores accionistas da News Corporation


Jon Stewart e a sua equipa de repórteres estão aborrecidos e preocupados com tudo isto. Efectivamente, durante todo o tempo em que a Fox esteve a atacar a mesquita, esteve também, basicamente, a dar dinheiro para a mesquita.

Stewart quer saber se a FOX esteve intencionalmente a encobrir este facto – na esperança de que os seus espectadores não reparassem. E coloca a seguinte questão: a Fox News é "diabólica" ou "estúpida"?


"Se queremos cortar o financiamento à mesquita do terrorismo, devemos, como nação, deixar de ver a Fox News."


sexta-feira, julho 23, 2010

Jon Stewart, do Daily Show, mostra-nos, com humor, como os sucessivos Presidentes americanos tentaram, debalde, acabar com a dependência petrolífera

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Jon Stewart: Obviamente, para além de ter de falar sobre a limpeza do Golfo, o discurso do Presidente Obama tinha um objectivo mais vasto:

Barack Obama: Sabemos há décadas que o petróleo barato e acessível não é eterno. Está na hora de esta geração embarcar numa missão nacional para dar largas à inovação e tomar as rédeas do nosso destino.

Jon Stewart: Com tecnologia que não esteja dependente do petróleo… Ou ímanes gigantes… Ou hamsters a correr em rodinhas… Ou outra fonte de energia que ainda não tenha sido aproveitada… Chegou o momento de melhorar seriamente o nosso ambiente e de avançar para lá de uma economia baseada no petróleo. Ao contrário de 2006:

George W. Bush (2006): Este país pode melhorar seriamente o nosso ambiente, avançar para lá de uma economia baseada no petróleo e fazer com que a nossa dependência do Médio Oriente se torne uma coisa do passado.

Jon Stewart: Isso! Mas naqueles tempos, em 2006, não fizemos… nada disso. Porque a dependência do petróleo, nessa altura, só nos tinha metido em duas guerras simultâneas. Mas agora meteu-nos em duas guerras e um derrame gigante. Era o empurrão de que nós estávamos a precisar. Mas não sei, duas guerras e um derrame gigante… é muita coisa para fazer ao mesmo tempo, além de largar o petróleo. O ideal era termos tratado deste problema da energia há dez anos, quando não havia guerra e a economia estava óptima. Essa é que tinha sido uma boa altura para criar um plano energético.

Bill Clinton (2000): Precisamos de um plano energético de longo prazo para maximizar a conservação de energia e o desenvolvimento de fontes de energia alternativa.


Jon Stewart: E teríamos conseguido… se ele não se tivesse distraído com aquele outro derrame. O qual… convém lembrar, também precisou de 9 km de bóias e de toda a Marinha para ser limpo. Por isso é que lhe chamam "o grande chefe". Se ao menos o tipo que veio antes de Clinton tivesse pensado nisto…

Bush pai (1988): Não existe segurança para os Estados Unidos se continuarmos a depender de petróleo estrangeiro.

Jon Stewart: Isso! E ele teria conseguido… se não tivessem aparecido estes [aparecem imagens de jipes no monitor]. Aquilo dava-me mesmo jeito para puxar o barco que não tenho pela estrada de montanha onde não moro. Aposto que os quatro tipos antes dele também tinham resolvido isto, se tivessem pensado nisso:

Ronald Reagan (1981): Vamos continuar a apoiar a pesquisa de novas tecnologias que nos tornem independentes do petróleo estrangeiro.

Jimmy Carter (1979): Esta dependência intolerável do petróleo estrangeiro…

Gerald Ford (1975): Preparar novos programas de emergência para alcançar a independência que desejamos…

Richard Nixon (1974): Colocaremos fim à crise da energia. Criaremos as fundações da nossa capacidade futura para satisfazer as necessidades energéticas da América a partir dos nossos próprios recursos.



Jon Stewart: Se me enganas uma vez… a vergonha é tua. Mas se me enganas duas vezes, a vergonha é minha. Se me enganas oito vezes, eu sou um idiota ou quê…?! Devo ser idiota. Contando com o Barack Obama, os últimos oito presidentes foram à televisão prometer independência energética. Antes disso, aposto que faziam o mesmo na rádio. Porque é que não resultou? Porque é que não conseguimos? Boas ideias não lhes faltavam…

Sucessão dos Presidentes a falar: - Turbinas eólicas - Energia nuclear - Bancos solares - Janelas mais eficientes - Casas eficientes - Gás natural – Hidroeléctrica – Carvão americano – Energia solar – Etanol, e não apenas de milho – Energia atómica - Aparas de madeira e ramos, ou a partir de ervas – Células de combustível – Gás natural – Centrais de carvão sem emissões poluentes – Painéis solares – Melhores baterias para carros eléctricos e híbridos – Metanol – Etanol – Produtos vegetais para produzir gasóleo…

Jon Stewart: que se f…, vamos mas é usar petróleo. Sabem que mais? Tem mesmo de ser. Não vou admitir que os dinossauros tenham morrido em vão. Portanto, tínhamos boas ideias. E somos boas pessoas.

Sucessão dos Presidentes a falar: - Temos o nível de tecnologia mais elevado do mundo – Temos os conhecimentos – Temos a capacidade – A nossa fé inabalável… - … digna de uma grande nação – Temos a mão-de-obra mais capaz – A nossa tenacidade… - A América é uma nação em ascensão.

Jon Stewart: Somos uma máquina imparável anti-dependência do petróleo! Infelizmente, essa máquina trabalha a petróleo, mas…! Isto é uma loucura. Se calhar só precisamos de um prazo bem definido, como fizemos com a Lua: "Dentro de dez anos chegaremos à Lua… e daí a outros dez anos vamos estar fartos de lá ir". Só precisamos que o Presidente defina prazos razoáveis.

Richard Nixon (1974): No fim desta década, no ano 1980, os Estados Unidos não estarão dependentes de país algum para obter energia.

Sucessão dos Presidentes a falar: - Em 1985… - No ano 2000… - Será uma questão de três ou quatro anos se nos aplicarmos e tratarmos isto como algo importante – Outro objectivo é substituir mais de 75% das importações de petróleo do Médio Oriente até 2025.



Jon Stewart: O quê…? O Nixon disse: "Vamos largar o petróleo estrangeiro até 1980." E isso entretanto transformou-se em: "Vamos usar menos petróleo estrangeiro em 2025." Redefinimos sucesso e mesmo assim conseguimos falhar. E assim chegamos àquele que é talvez o aspecto mais estranho desta saga triste e interminável. De entre estes oito presidentes de poder incalculável, que falharam na tentativa de nos fazer largar o petróleo, um está claramente acima dos outros, no que diz respeito a fazer algo pelo ambiente – Nixon! Foi ele que criou o departamento de protecção ambiental. Foi ele que assinou a lei das águas limpas de 1972. E a lei de protecção dos mamíferos marinhos. Quando o rio Cuyahoga pegou fogo em 1969, ele foi lá apagá-lo com a sua própria urina. Mas nem o Nixon… Nem o Nixon nos conseguiu fazer largar o petróleo. E ele era um tipo que não se importava de quebrar as regras para conseguir o que queria. Nem assim conseguiu! Porque, como se descobriu, Nixon tinha um grande defeito. Não, não estou a falar das ilusões paranóicas nem da falta de ética. Não. Sabem porque é que o Nixon não conseguiu?

Richard Nixon (1974): Vamos estabelecer um novo sistema que permitirá a todos os americanos ter acesso a cuidados de saúde de uma forma digna e a um preço acessível.

Jon Stewart: Porque o Richard Nixon… era um comunista.


segunda-feira, junho 28, 2010

Jon Stewart do Daily Show explica-nos, com humor, como os bancos roubam tudo e todos na América

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Jon Stewart: Bem-vindos de novo. Recordam-se… Pensem. Há pouco mais de um ano, demos ao Bank of America, ao Citigroup, ao JP Morgan Chase e ao Goldman Sachs, entre 10 e 25 mil milhões de dólares a cada um, para evitar a implosão catastrófica do sistema de prémios deles, queria dizer, da economia. Que, aparentemente, depende deles.

Boas Notícias! Apesar da economia continuar volátil, como se viu, na semana passada, com a queda inexplicável de 1000 pontos em 20 minutos na bolsa de valores, um sector da economia parece ter estabilizado.


Canal de TV: O Bank of América, o Goldman Sachs, o Citigroup e o JP Morgan Chase fizeram o equivalente de Wall Street de um "jogo perfeito". No último trimestre, os grandes bancos ganharam dinheiro todos os dias. Zero dias de perdas, nenhum dia no vermelho, todos os dias no preto (nos lucros).


Jon Stewart: Sim, o jogo perfeito feito por quatro equipas distintas. Em 61 dias consecutivos. É como se as regras ditassem que é ilegal a equipa adversária utilizar tacos.

A 16 de Fevereiro, os dados de lucros e manufactura são melhores do que o esperado e a bolsa sobe 170 pontos. Não é de admirar que os bancos ganhassem nesse dia.

Mas, a 4 de Fevereiro, as notícias do desemprego fizeram a bolsa descer 268 pontos. E os bancos continuaram a ganhar dinheiro.

A 2 de Março, o mercado não fez nada, desceu dois pontos e os bancos ganharam dinheiro.

A 25 de Janeiro, os Kiss tocaram a campanha de abertura, seria de esperar que os investidores fizessem uma pausa, mas não. Ganharam dinheiro!

A 12 de Março, dragões atacaram Wall Street e os bancos ganharam dinheiro na mesma!

Afinal, os bancos tinham controlado o mercado de incêndios. O que se passa? E, a propósito, não é que tenham ficado no preto (nos lucros) todos os dias por um bocadinho.



Canal de TV: O Bank of America ganhou muito dinheiro. 3,2 mil milhões de dólares em dinheiro no primeiro trimestre. O Goldman Sachs voltou a ter uma média de 25 milhões por dia. O Citigroup, com cerca de 4,4 mil milhões… O JP Morgan ganhou, pelo menos, 118 milhões de dólares por dia, o que dá cerca de 5 milhões por hora.


Jon Stewart: A sério? Acho que temos um vídeo de como estão no negro (nos lucros). Eles não podem perder. Nós podíamos perder. Nós perdemos. Como é que isso aconteceu?


Canal de TV: É um ambiente de mercado de crédito muito estranho, neste momento, para os investidores.


Jon Stewart: Sim, é algo estranho. Se, por estranho, quer dizer que a Reserva Federal (Banco Central Americano) está a emprestar aos bancos a zero por cento - 0%. Sim, é um pouco estranho. E o que estão os bancos a fazer com o dinheiro grátis?



Canal de TV: As obrigações estão a ter um grande volume de transacções com o Governo dos EUA a tentar arranjar muito dinheiro para financiar o Programa de Compra de Activos Tóxicos.


Jon Stewart: Estou a ver… Estão a pegar no dinheiro de resgate que lhes demos, e a emprestá-lo novamente ao Governo… para pagar o plano de resgate. E cobram juros ao Governo. O nosso Governo é o pior agiota da História:

"Tens o meu dinheiro? Não? Toma mais do meu dinheiro. Não, vais ficar com ele. Não me obrigues a partir os meus polegares."

Sabem que mais? Desisto. Vocês ganharam. Os bancos ganharam. Estamos a içar a bandeira branca. Levem lá a merda do dinheiro. A esta altura, já nem me interessa! Sabem que mais? Levem a bandeira! Mas vão-se embora! Ganhem o dinheiro, fiquem com o dinheiro, nós vamos começar uma economia baseada em nozes. E sabem que mais? Vamos ter de rezar para que ninguém em Wall Street seja um esquilo.


quinta-feira, junho 17, 2010

Jon Stewart do Daily Show – Os abusos sexuais na Igreja Católica e o papel do Cardeal-Papa Ratzinger

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Jon Stewart: Vamos começar hoje com uma actualização no escândalo que está a abalar a Igreja Católica. Tem havido mais revelações de abuso sexual, incluindo relatos de abusos neste mosteiro bávaro. Mas para ser justo nada de bom pode acontecer por detrás de portas com cabeças de "frangos-bestas" que parecem abrir-se automaticamente. Não pode ser bom. "É aqui que vamos fazer o Bris (cerimónia de circuncisão judaica)?"

O escândalo tem sido tão devastador em parte devido a alegações de que os "dedos manhosos" chegam ao topo do Vaticano. Mas não há provas que liguem directamente o Papa Bento XVI, antigo Cardeal Ratzinger, ao tratamento brando dado aos padres pederastas até agora.

Esta carta de 1985 mostra que o Cardeal Ratzinger rejeitou um pedido do Bispo de Oakland, John Cummins, para despadrar um padre pedófilo. Ratzinger reconhece em Latim que era um caso gravíssimo. Mas recusou tomar medidas. Esta carta está assinada pelo então Cardeal Ratzinger.

Isso não são provas! Sabem a quantidade de tretas que os cardinais têm de assinar? Os formulários de renúncia, as anulações de casamentos… as fotos para os fãs.



Como poderia a Igreja Católica voltar ao caminho certo? Felizmente para eles, o nosso perito residente John Hodgman está aqui para ajudar, com o segmento: "Não Tem de Quê".

John Hodgman, muito obrigado por estares connosco. Quero falar já sobre isto. Este parece um problema profundamente difuso. Como é que a igreja católica pode começar a abordá-lo?

John Hodgman: Há que começar com as coisas mais simples. A minha primeira recomendação é concentrarem-se na prevenção. Temos de encontrar um modo de evitar estes crimes antes que eles aconteçam. Por exemplo, vejam o vestuário dos padres. Batinas largas, leves, abertas... são uma brecha de confiança iminente. Juntar uma braguilha de botões pode parecer insignificante, mas daria a todos um pouco mais de tempo para se acalmarem, e, ou fugirem.

Jon Stewart: A braguilha de botões é um labirinto complicado. É só isso?

John Hodgman: Não Jon. Prepara-te para as duas palavras mais importantes na prevenção de escândalos na Igreja: acólitos chimpanzés.

Jon Stewart: Estás a sugerir a substituição dos meninos acólitos por chimpanzés?

John Hodgman: Vejo que estás a perceber o conceito. Os chimpanzés e os humanos partilham 96% do ADN, mas o mais importante é que não partilham os 4% que são sexualmente atraentes para os padres. Já vi chimpanzés. São perfeitamente capazes de apagar velas, recolher livros dos cânticos, passar a bandeja das esmolas e, no caso improvável de uma tentativa de abuso, sabem defender-se sozinhos. Podem atirar fezes aos padres ou arrancarem-lhes a cara à dentada.

Jon Stewart: Pelo que vejo, essas mudanças são sobretudo superficiais e umas são obviamente mais prováveis do que outras. Este é um problema sistémico.



John Hodgman: Sim, odeio admiti-lo, mas tens razão. É essencial que haja mudanças de base no modo como a Igreja actua. É aí que entra a minha segunda solução: acabar com a disposição. A igreja católica é um local demasiado sexy. São locais extremamente sensuais. A música suave, as velas, vinho, incenso. Toda aquela dança sedutora gera um clima em que os católicos só conseguem pensar em sexo e depois odiarem-se a eles próprios. Por isso...

Em vez de vinho da comunhão, obriguem as pessoas a beberem 5 litros de leite gordo. Em vez de espalharem o aroma estonteante do incenso, pulverizem-nos na cara com um ambientador.

E finalmente a música. Se tem de ter música, tem de ser o oposto sonoro de sedução. Sem ofensa, Jon, mas talvez possamos utilizar das tuas tradições religiosas (ouve-se música judaica). Não me interpretes mal, Jon. Klezmer é óptimo para afugentar cossacos. Mas não é... não é música para dar beijinhos, acho que deves concordar.

Jon Stewart: A prevenção é uma excelente medida, John. Mas e se, apesar destas precauções, e são boas sugestões, e se voltar a acontecer?

John Hodgman: Isso leva-nos à terceira solução, Jon: a responsabilização. Finalmente. Tem de haver um sistema em que os padres culpados possam desabafar, em que vão para uma sala pequena para falarem em privado e terem uma hipótese de se redimirem pelo que fizeram.

Jon Stewart: Acho que sei do que estás a falar e acredito que a Igreja Católica já tem isso. Chama-se confessionário e acredito que...

John Hodgman: Não, não é disso que estou a falar. A minha ideia é ligeiramente diferente. Em vez de paredes com painéis de madeira, utilizaríamos betão reforçado. Em vez de uma divisória de confessionário tradicional, podemos aumentar a transparência na igreja com um vidro à prova de bala de 12,5 cm de espessura. E para assegurar que este é um espaço seguro para padres, porque não colocar guardas armados junto deles?



Jon Stewart: Estou a ver. Pareces estar a dizer que devem ser colocados numa prisão.

John Hodgman: Podes chamar-lhe isso. Prefiro chamar-lhe um mosteiro de alta segurança...


terça-feira, maio 11, 2010

Jon Stewart do Daily Show - Taxar os pobres em vez dos ricos


Jon Stewart: Pessoal, temos um verdadeiro problema neste país. Estes últimos anos de uma economia fraca, combinada com um Governo despesista, transformaram o que foi, em tempos, uma mais-valia financeira num enorme défice federal. Agora, com esta história de impostos e tudo, tive uma ideia de como resolver o problema. Mas afinal enganei-me.

Fox News: As Finanças anunciaram um novo plano especialmente concebido para atingir os ricos. Os críticos perguntam agora: são os mesmos ricos que criam emprego neste país?

Jon Stewart: De facto, acho que não é para os ricos que criam empregos. Acho que são os que engendraram os esquemas financeiros fraudulentos que acabaram por destruir muitos empregos, mas... nada disso importa. É ponto assente dos pontos de vista conservadores da economia que não se cobra impostos aos que têm rendimentos mais altos! Espera-se que o dinheiro que ganham se torne tão pesado que lhes faça cair as calças. Espalhando os dobrões... para os esgotos em que vocês e a vossa família caçadora de ratazanas podem apanhá-los para poderem ser reintroduzidos na economia.

Portanto, se não se pode cobrar impostos aos ricos porque eles é que criam os empregos. Não se pode cobrar a classe média porque são quem faz o trabalho. Que grupo pode ser alegremente cobrado e que não está a pagar a sua parte e que também se encaixa na nova narrativa socialista de pesadelo que por aí circula? Os pobres!



Canal de TV: O pagamento de impostos está apenas a uma semana mas um estudo do centro de política fiscal verifica que quase metade dos lares menos privilegiados não paga um cêntimo ao Tio Sam.

Fox News: 47% dos lares não pagam um único cêntimo de impostos e alguns desses lares têm realmente lucro do Tesouro.

MSNBC: Metade porque os rendimentos são demasiado baixos ou incluem-se nos créditos de concessões que obviam o pagamento.

Jon Stewart: Grandes filhos da p*t*! Liberais do Starbucks, lavadores de rúcula, que têm volvos gastadores e vão à lavandaria e o seu esquema nojento do Governo federal deles para não pagarem IRS! Portanto, quem são esses contumazes? Geralmente, são um bando de zés-ninguém sem qualquer história: mães solteiras a ganhar o ordenado mínimo, chefes de família que ganham menos de 30 mil dólares por ano, e os piores de todos, avózinhas com rendimentos fixos! Não se ralem. O Glen Beck [da Fox News] tem um plano para estes abusadores!

Fox News: Que tal aqueles que não pagarem nada serem obrigados a ir para a tropa?

Jon Stewart: Sim! Vamos ver se gostam da paparoca em Fallujah, vóvó! A propósito, não são só os idosos e os pobres a lixar o Tio Sam.

Canal de TV: É interessante. A Exxon ganhou 35 mil milhões no ano passado e o Governo dos EUA não vê um chavo! A Exxon, no entanto, pagou a maioria dos seus impostos a governos estrangeiros e nem um chavo na América.



Jon Stewart: 35 mil milhões de lucro! Zero dólares de impostos federais? Por causa das subsidiárias offshore? Bom, quero ser justo, eles são os criadores de emprego, apesar de a maioria desses empregos seja a esfregar o crude das lontras. Mas, mesmo assim, a notícia da Exxon é de uma cadeia televisiva canadiana. Mas se os media de cá se sentissem ultrajados por os pobres não pagarem IRS suficiente, iriam achar delirante esta história da Exxon.

Fox News: Bem-vindos, a Exxon Mobil ganhou mais dinheiro do que qualquer outra companhia no ano passado, e pagou 50 mil milhões de impostos. Não pagou nenhum desse dinheiro de impostos à América. E na próxima semana, estávamos a falar disso, a semana do SPA!

Jon Stewart: É só? Pronto, não se ralem. Os poderosos também falaram na Exxon.

Vários canais de TV: E isso ajuda muito acções como as da Exxon... – Vejam a excitação na Exxon... – Grandes acções no petróleo como a Exxon, Chevron... estão do melhor que há!

Jon Stewart: Sim, e se estão do melhor que há, as Finanças não devem bater-lhes à porta, porque não ganham uma m...!


sexta-feira, abril 02, 2010

Jon Stewart, do Daily Show, apresenta-nos os "Quants", os génios que estoiraram com Wall Street


Jon Stewart: O meu convidado de hoje é repórter do Wall Street Journal. Tem um novo livro: "The Quants – Como uma nova raça de génios matemáticos conquistou Wall Street e quase a destruiu." Dêem as boas vindas a Scott Patterson.

Quem são os "Quants"? Quem são estes tipos?


Scott Patterson: São matemáticos, físicos, super-génios, como disse, que, com os seus conhecimentos matemáticos e informáticos, descobriram formas de controlar os preços no mercado de valores, formas de fazer grandes apostas, e que infelizmente, muitas vezes, provocam assim grandes estoiros.


Jon Stewart: Portanto, a ideia de que o preço de uma dada acção reflecte o valor criado por aquilo que a empresa fabrica... Eles olharam para isso e disseram: "isso é para trouxas! Vou mas é criar uma equação que não tem relação nenhuma com isso."


And so the story goes...


sexta-feira, março 26, 2010

Jon Stewart, do Daily Show, explica-nos, com humor, a nova moda da Internet chamada Chat Roulette


Jon Stewart: Há um novo site na Internet, chamado Chat Roulette e basicamente permite conversar, com vídeo, com pessoas ao calhas, e depois clicar num botão e passar à pessoa seguinte quando estamos fartos dessa pessoa.

É uma diversão inofensiva. É o género de coisa que toda a gente vai fazer uma vez. É como ter sexo na casa de banho do café de uma estação de serviço. Não é o género de coisa que preocupe muito as pessoas, excepto pelo facto de ser na Internet.

And so the story goes...


segunda-feira, julho 20, 2009

Jon Stewart - Estes bloggers linchadores não têm credenciais, fontes, ética, editores ou responsabilidades... Não têm credibilidade, só factos!


Jon Stewart: Há cinco anos, se ouvissem a palavra blogger, partiriam do princípio que se tratava de uma derivação ou truncagem referente a alguém que mantém um weblog e teriam razão! Boa malha, inquiridos hipotéticos!

Os repórteres internautas, ou bloggers, já são reconhecidos e agora, após terem desempenhado um papel fulcral na revelação do escândalo "Rather-gate", na CBS News, os bloggers arrecadaram mais dois troféus de Media.

Por exemplo, Jeff Gannon, um repórter destacado para a Casa Branca cujo estilo jornalístico despertou a nossa curiosidade durante a conferência de imprensa do Presidente, há duas semanas:

Jeff Gannon: Os líderes democratas do senado pintaram um quadro muito sombrio quanto à economia dos EUA. O Sr. Presidente afirmou que ia ajudar estas pessoas. Como vai trabalhar com pessoas que parecem ter-se divorciado da realidade?

Jon Stewart: Alguns ouviram a pergunta e interrogaram-se: Quem é este Jeff Gannon, paladino da verdade, que torce o braço do Presidente atrás das costas, apenas para mais facilmente o poder estimular por trás?

Os sites Ameriblog e Daily Kos investigaram este Jeff Gannon e descobriram que, ao que parece, ele se chama James Guckert. Ele é "repórter" num site de direita intitulado "Talon News", que apenas transcreve comunicados da Casa Branca e dos republicanos.

Um repórter a soldo dos republicanos que usa um pseudónimo para ter acesso à sala de imprensa da Casa Branca não é uma história muito interessante. A menos que o cavalheiro em questão [James Guckert] seja também proprietário de sites pornográficos gay, incluindo o Hotmilitarystue.com, onde o seu perfil indica que ele tem, e cito: 1:80m, 90 quilos, cabelo castanho curto, olhos verdes, e um pénis com mais de 20 cm circuncidado.

Uma analista de Media da CNN revelou de que forma a CNN desvendou esta história.

CNN: Fizemos esta descoberta. Ou melhor, um dos bloggers fez a descoberta e nós soubemos através do blog "Ameriblog.com", um site liberal. Até mostrávamos as fotos, mas são ousadas e preferimos não o fazer.

Jon Stewart: Foi a CNN a mostrar o motivo por que os blogs são mais interessante que a CNN. Esta e outras deram azo a grande agitação nos três canais noticiosos:

Debate na Fox News: Quero voltar ao que disse o Bob. Você está a defender estes bloggers linchadores, que divulgam estas notícias, 1/10 das quais são inventadas? Eles não usam provas ou fontes fidedignas. É esse o jornalismo que advoga? Na sua maioria são pessoas que não têm credenciais, não têm fontes, ética, editores ou responsabilidades.

Jon Stewart: Ao contrário dos jornalistas dos canais por cabo que têm… credenciais! Com mais informações sobre o papel dos bloggers nos media, tenho aqui o nosso perito em media, Stephen Colbert. Stephen, fazes parte dos media tradicionais. És um repórter dos media tradicionais, qual é a tua opinião sobre estes repórteres dos novos media?

Stephen Colbert: Jon, a grande maioria dos bloggers são repórteres responsáveis que abordam temas de nicho de forma séria, como histórias sobre a séria "Gilmore Girls", truque giros que os seus gatos fazem, ou fotografias das personagens de "Gilmore Girls" vestidas de gatas. Até aqui, tudo bem. O que eu não posso é com os bloggers agressivos. Gente com computador que recolhe, compila e divulga factos verídicos, que depois são lidos pelo público. Não têm credibilidade, só têm factos. Poupem-me!

Jon Stewart: A Internet como meio de comunicação pode ser uma novidade, mas o que os bloggers fazem, tal como tu descreveste, é muito semelhante ao que fazem os jornalistas.

Stephen Colbert: Ao que fazem os jornalistas, Jon? Como jornalista, acho que sei qual é o meu papel. Não fico sentado em casa em frente a um computador. Estou todos os dias na Casa Branca a esfalfar o coiro, a transcrever os seus comunicados, a repetir os seus argumentos.

Jon Stewart: Mas desde que estes bloggers corroborem os seus factos, porque haverias de te opor a este tipo de cobertura política?

Stephen Colbert: Porque não se trata de cobertura política, Jon! Eles divulgam informações sobre os repórteres. A primeira regra do jornalismo é não fales sobre jornalismo! Eles têm de aprender a não falar dos jornalistas, ninguém gosta de bufos. Se querem divulgar alguma coisa, porque não usam a sua genica para investigar esta Administração? Alguém devia fazê-lo. Nem imaginam o que eles andam a tramar!

Jon Stewart: Stephen, quer tu gostes, quer não, estes bloggers já conquistaram alguma legitimidade.

Stephen Colbert: É verdade Jon. E essa é a nossa única esperança. Com legitimidade, os bloggers serão considerados os nossos pares. E isso implica acesso, estatuto, dinheiro e poder. E se aprendemos alguma coisa com os media tradicionais, foi que isso fomenta a complacência ou coisa parecida...


segunda-feira, julho 13, 2009

No Daily Show - A nossa única hipótese como país é o Osama bin Laden colocar e detonar uma grande bomba nos Estados Unidos


Jon Stewart: Ontem à noite estava a ver o programa do Glenn Beck na Fox News. Ele estava a falar com um ex-analista da CIA, Michael Scheuer, sobre como esta Administração não nos está a proteger dos terroristas… E depois ouvi uma coisa tão demente que ia caindo…

Michael Scheuer: A nossa única hipótese como país é o Osama bin Laden colocar e detonar uma grande bomba nos Estados Unidos. Só o Osama é capaz de executar um ataque que obrigue os americanos a exigir que o Governo os proteja.

Jon Stewart: Mas que m… foi aquela? E, já agora, sabem o que é fascinante na nossa cultura? Aposto que censuraram quando eu disse merda. Porque o Governo Federal decidiu proteger-vos e aos ouvidos dos vossos filhos desse tipo de linguagem. Entretanto, o gémeo malvado do Pai Natal [Michael Scheuer]... está à vontade para propor um massacre de americanos, para conseguir apoios para o programa de segurança dele. Mas claro, toda a gente tem direito às suas ideias, incluindo as idiotas. Felizmente está um verdadeiro compatriota ali ao lado [Glenn Beck] para o criticar por sugerir que seria útil o bin Laden matar mais americanos.

Michael Scheuer: Só o Osama é capaz de executar um ataque que obrigue os americanos a exigir que o Governo os proteja de uma forma eficaz e com toda a violência necessária.

Glenn Beck: Por isso, neste fim-de-semana, eu estava a pensar que, no lugar dele [Osama], era a última coisa que eu faria.

Jon Stewart: Pois, aquele bin Laden é um desmancha-prazeres! Quando não queremos que ele mate americanos, ele mata, e quando queremos, não mata. É um parvalhão! E quando ele detonar uma bomba na América, esperemos que não seja nas partes "boas e verdadeiras".


sexta-feira, junho 19, 2009

Jon Stewart – «Guerra ao Terrorismo» ou a interminável propaganda do medo nos EUA


Jon Stewart: Aqui em Nova Iorque, foi travado um atentado terrorista na cidade. Quatro homens foram presos porque iam fazer explodir sinagogas no Bronx. Onde teve origem este plano diabólico? No Iraque? No Irão? Não, em Newburgh, Nova Iorque. Newburgh! Sabem o que isso significa?

Flashes televisivos: Plano terrorista interno… Terroristas internos… Um plano terrorista interno… Terroristas internos…

Jon Stewart: Internos? Fazem um plano terrorista parecer erva de m… São internos. Não é como o plano terrorista de qualidade de Humboldt County. Porquê uma sinagoga no Bronx?

Canal televisivo: Afirmaram que era uma Jihad. Ficaram perturbados com o que está a acontecer no Afeganistão e no Paquistão, onde há muçulmanos a morrer.

Jon Stewart: Então, porquê uma sinagoga no Bronx? Devia ser isso ou um restaurante Jamba Juice em Schenectady. Por favor! "Vamos ver como os infiéis se safam sem os preciosos Femme Boosts." Mas as sinagogas não eram os únicos alvos.

CNN: Os quatro planeavam abater aviões militares a partir de uma base da Air national Guard em Nova Iorque.

Jon Stewart: Embora os suspeitos de terrorismo tenham podido iniciar o plano antes de serem presos, o público nunca esteve em perigo.

CNN: As autoridades infiltraram-se neste grupo terrorista há um ano forneceram-lhes armas falsas.

Fox News: As bombas foram feitas com o que os terroristas pensavam ser C-4, mas era só uma mistela que técnicos do FBI criaram.

Jon Stewart: Deviam ser terroristas muito experientes. "Este C-4 parece uma mistela. Está óptimo." Uma grande vitória contra o terrorismo também para a Fox News que pôde usar as capturas como prova de que o presidente Obama está a pôr a América em perigo.

Fox News: Estamos a falar com o que faremos com os prisioneiros de Guantánamo e de talvez os trazer para prisões americanas. Ao que parece, três deles estiveram presos e congeminaram este plano na prisão. As pessoas pensam que essas coisas não podem acontecer se trouxermos estes terroristas para território americano. Isto não provará que acontecem?

Jon Stewart: Não! Na verdade acabou de argumentar que não se deve mandar ninguém para a prisão. Os prisioneiros de Guantánamo ainda não chegaram cá...


sexta-feira, maio 29, 2009

Jon Stewart – O Papa Bento XVI utilizou a palavra "mortos" e não "assassinados" ao referir-se às vítimas do Holocausto



Jon Stewart: Nunca se cansam de carregar o mundo às costas? Fechados na vossa cidade-estado soberano, sempre o mesmo, Sua Santidade isto, Sua Santidade aquilo... Devíamos pôr o Cálice de Viagem na mala, e fazer-nos à estrada.

Esta semana, Sua Santidade o Papa Bento XVI fez a sua primeira visita à Terra Santa, uma passeata de cinco dias com uma agenda modesta.

Jornalista: O que espera ele conseguir?

Um Padre: Paz no Médio Oriente. Paz entre cristãos e judeus, paz entre judeus e muçulmanos. Segundo, relações entre cristãos e judeus. Terceiro, entre cristãos e muçulmanos...

Jon Stewart: Ena, o que será que ele vai fazer no segundo encontro? Meu, ele só vai estar aí cinco dias. Vai com calma. A Kate Hudson demorou o dobro do tempo a perder um só tipo.

Que comece a cura. O Papa aterrou em Israel e foi acolhido de trompetes abertos. Israel presenteou Sua Santidade com um belo prato de iguarias, bem como um ramo de trigo geneticamente modificado, baptizado com o nome do Santo Padre, ao que ele respondeu: "Isto é muito agradável. Sabem que a minha casa é feita de ouro, certo? Mas pronto, fruta e trigo... obrigadinho. O meu decorador foi o Miguel Ângelo. Obrigado pelo trigo."

Houve outras paragens cerimoniais. O Papa depositou uma coroa de flores no Yad Vashem e reacendeu a chama eterna para relembrar o Holocausto. A viagem ao Yad Vashem foi complicada para este Papa. Recentemente, removeu a excomunhão de um bispo que nega o Holocausto. E, claro, na sua juventude fez parte de um grupo algo controverso chamado… Juventude Hitleriana. Estou certo que o fez para melhorar o currículo para a faculdade. Bento XVI tentou acalmar a ansiedade dos judeus devido ao Holocausto com o seu discurso:

Papa Bento XVI: Vim ficar em silêncio perante o monumento erigido para honrar os milhões de judeus mortos na terrível tragédia do Shoah.

Jon Stewart: Os milhões de judeus mortos no Shoah. Muito bem, até utilizou a palavra hebraica para Holocausto - Shoah, foi atencioso, estou certo de que os habitantes não podem arranjar uma razão de queixa.

Rabino: Ele não utilizou a palavra "assassinados", mas sim "mortos".

Jon Stewart: Então agora estão a acusar o santo Padre de ser anti-semântico? De qualquer modo, o Pontífice reuniu-se com clérigos muçulmanos, que também lhe deram um presente... Talvez o momento mais significativo para o Papa tenha sido a reunião com o líder palestiniano Mahmoud Abbas, onde afirmou ser a favor de um Estado palestiniano independente e, depois, ofereceu a sua solução para o conflito, que afecta esta região há dois mil anos.

Papa Bento XVI: Faço este apelo aos muito jovens que vivem hoje nos territórios palestinianos. Não permitam que a perda de vidas e a destruição que testemunharam faça nascer a amargura e o ressentimento nos vossos corações.

Jon Stewart: Acabou de dizer às pessoas para não guardarem rancor? Porque vocês são a Igreja católica. Pediram desculpa ao Galileu apenas há uns dez anos atrás. Eles perderam um país em 1948, ainda falta muito para lhes passar o rancor.

And goes on and on


Vídeo legendado em português:


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terça-feira, maio 19, 2009

Jon Stewart – A gripe suína e a pandemia do medo


Jon Stewart: Há quem chame a fase que estamos a atravessar "um mau período de notícias", com a... Acho que lhe podemos chamar "depressão económica". Há as guerras, grandes gastos que fazem aumentar o défice, mas só quero dizer que, este fim-de-semana, saí à rua e o tempo estava fantástico. Assim, é impossível evitar sentir alguma esperança. Estamos prestes a dar a volta por cima.

Fox News: Alerta da Foz News! A Casa Branca declarou o estado de emergência para a saúde pública para lidar com a ameaça crescente da gripe suína.

CNN: Notícia de última hora. Há uma nova estirpe altamente contagiosa da gripe e, neste momento, o número de mortos está a aumentar. Vamos a caminho de uma pandemia?

Jon Stewart: M... para isto! Uma pandemia? A sério? Uma pandemia também. [Jon vira-se para Deus] É obra Sua? Uma pandemia? Não acha que já é demais? Elegemos Obama, o muçulmano cristão. Que mais quer Ele de nós? Agora, devia tirar o pé do acelerador! Mas há cerca de duas horas que não vejo as notícias, portanto, vamos ver em que ponto estamos.

Flashes noticiosos: Nos Estados Unidos houve oito casos. Dois casos confirmados no Kansas. Houve mais um caso na Califórnia. Ohio, Nova Iorque. Podem acrescentar o Michigan à lista. A doença altamente contagiosa pode já estar na Europa. França, Espanha. Israel, Nova Zelândia... O Canadá também já confirmou seis casos pouco graves do vírus.

Jon Stewart: Gosto de apanhar um bom susto, mas, por causa de seis casos pouco graves de gripe, vão pôr dez mil milhões de km2 a vermelho vivo? Não quero ser alarmista, mas qual é o aspecto de um surto de herpes por lá? Parece-me que temos um susto à moda antiga na calha.

Jornalista: Há indicações... Sei que ainda é muito cedo, mas há indicações de que a causa desta nova estirpe de gripe seja o bioterrorismo?

Especialista: Não observámos nada no nosso trabalho que sugira outra coisa que não uma ocorrência natural.

Jornalista: Mas, da perspectiva da segurança, também não há nada que exclua a possibilidade de bioterrorismo?

Jon Stewart: Ele disse não! Também pode ser uma das dez pragas profetizadas na Bíblia? Não temos provas disso. Então, não podemos excluir Deus? Alguém faz melhor que transformar febre e garganta inflamada num ataque terrorista?

CNN: A gripe suína pode matar dezenas de milhões de pessoas, se não for travada.

Jon Stewart: É a m... mais assustadora que ouvi a semana toda. Conseguiram. Estou em pânico. Mais alguma coisa que queiram acrescentar?

Flashes noticiosos: 1 - Não quero entrar em pânico. 2 – Não queremos causar pânico. 3 – Não queremos causar o pânico com esta notícia, mas é uma notícia importante.

Jon Stewart: Nem sequer vêem as vossas próprias estações de televisão? Vocês são a única razão para estarmos em pânico! Já que vamos morrer todos, acho que é justo perguntar: O que é a gripe suína?

Especialista: Tem componentes genéticos de uma série de fontes, incluindo humanas, suínas e aviárias.

Jon Stewart: É uma mistura de fontes humanas, suínas e aviárias. Só há duas formas de isso acontecer: uma mutação genética que atravessa as três espécies ou um idiota que f… uma sanduíche de peru e bacon.

And goes on and on...


Vídeo legendado em português: