Voltando a falar sobre os filmes que vi durante o mês. A ideia é fazer um breve resumo do que achei das obras, que por fim não terão críticas aqui no blog, e aproveitar e dar dicas do que assistir. Aproveitem e deixem nos comentários algo que viram em março e recomendam.
quinta-feira, 29 de março de 2018
segunda-feira, 26 de março de 2018
Crítica: Aniquilação
Depois de "Ex Machina", o roteirista e diretor Alex Garland volta a entregar uma ficção científica complexa, abusando de bons argumentos e questões existencialistas.
por Fernando Labanca
Apesar de veterano no cinema, este é apenas o segundo longa-metragem de Alex Garland como diretor, onde consegue, mais uma vez, criar uma ficção científica diferenciada, com algumas sequências perturbadoras que ficarão ecoando na mente do público, além das tantas questões que deixa em aberto com seu enigmático fim. Baseado no livro de Jeff VanderMeer, a trama é centrada em Lena (Natalie Portman), uma bióloga especialista em células, que sofre pela recente perda do marido, que desapareceu depois de fazer parte de um misterioso experimento. Eis que, para a surpresa dela, ele ressurge, mas com sérios problemas de saúde. Em uma tentativa de ajudá-lo, ambos são capturados e levados para a Área X, onde ela terá conhecimento sobre o verdadeiro paradeiro de seu marido e onde acaba se envolvendo com um grupo de outras cientistas que farão parte de uma expedição secreta. A missão é descobrir a origem e os efeitos do "brilho", uma misteriosa contaminação que está tomando conta de uma região e se alimentando de tudo o que encontra, provocando uma eminente aniquilação da Terra.
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quarta-feira, 21 de março de 2018
Crítica: Projeto Flórida (The Florida Project, 2017)
Por Fernando Labanca
Esnobado pela Academia, "Projeto Flórida" é apenas o segundo longa-metragem do diretor Sean Baker. É um indivíduo intrigante, que merece atenção e que continua a realizar um cinema inovador. Seu primeiro trabalho, "Tangerine", foi filmado por um iPhone e mostrava a dura realidade de uma transexual. Agora, ele volta a falar sobre minorias, sobre um universo a parte, sobre histórias e pessoas que não costumam ter voz. Sob a perspectiva de uma criança, Baker visita os terrenos fora do mundo mágico da Disney e toda a triste realidade existente além dos muros do parque, local que acolhe tantos turistas e dono de uma riqueza que não se vê fora dali.
A pequena Moonee (Brooklynn Prince) vive com sua mãe (Bria Vinaite) em uma hospedagem à beira de estrada e ocupa seu tempo fazendo novas amizades, brincando pelos espaços do local e inventando, constantemente, um mundo de possibilidades, nem que para isso ela prejudique a vida dos outros, como cuspir em carros ou desligar a corrente de energia por pura diversão. Os conflitos começam quando os outros moradores passam a se incomodar com a criação que Moonee recebe de sua jovem mãe.
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quinta-feira, 15 de março de 2018
Afinal, quem é Saoirse Ronan?
Muitas pessoas conheceram esta fada do cinema final do ano passado quando "Lady Bird" começou a ser divulgado e quando seu nome passou a estar presente em várias premiações. Mas afinal, quem é Saoirse Ronan?
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terça-feira, 13 de março de 2018
Crítica: Lady Bird: A Hora de Voar (Lady Bird, 2017)
Greta Gerwig parece entender como ninguém como é alcançar a fase adulta. Diretora e roteirista, ela cria uma obra que conversa e muito com seus outros trabalhos, "Frances Ha" (2012) e "Mistress America" (2015). Quase como uma trilogia não oficial, ela oferece uma espécie de manual sobre amadurecimento. Seu cinema é gostoso de ver porque é fácil se identificar e porque diz mais sobre nós do que queremos admitir.
por Fernando Labanca
É preciso ressaltar e não poderia iniciar essa crítica de outra forma a não ser dizendo que "Lady Bird" é um filme muito agradável. Parece pouco afirmar isso de alguma obra, mas a questão é que são poucas a conquistar isso. Aquela sequência de imagens que passam por nós e nem sentimos o tempo passar. Aquele conjunto de elementos tão bem orquestrados que nos impede de pensar em qualquer outra coisa. O coming of age de Greta Gerwig funciona porque nos leva para dentro da tela e é um prazer enorme acompanhar seus deliciosos minutos. Dá vontade de abraçar toda sua criação e agradecê-la por entender tão bem o que é ser jovem, o que é crescer. Por levar tão a sério os dilemas mais fúteis da adolescência e nos fazer enxergar naquela protagonista tão problemática um pouco de nós. O filme acompanha este momento de amadurecimento de uma jovem que se auto denomina Lady Bird. Estudante de uma escola católica, vive com sua família em Sacramento, uma cidade que parece não ter nada a lhe oferecer. E entre amores, desilusões e novas descobertas, tenta a todo custo ingressar em uma faculdade bem longe dali, sonhando sempre um pouco mais alto, tentando ser mais do que todos ali esperam dela e mais do que ela espera de si mesma.
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terça-feira, 6 de março de 2018
Oscar 2018 - Os Vencedores
Aconteceu neste domingo a Cerimônia de entrega do Oscar, apresentada por Jimmy Kimmel. "A Forma da Água" foi o grande vencedor, conquistando os prêmios principais como Melhor Filme e Direção para Guillermo del Toro, além de Melhor Direção de Arte e Melhor Trilha Sonora. "Dunkirk", de Christopher Nolan, também se destacou, levando 3 Oscars para casa: Melhor Edição de Som, Mixagem de Som e Montagem.
por Fernando Labanca
Minha torcida era para "Três Anúncios Para um Crime". É um filme que sai muito mais da zona de conforto, mais ousado, mais forte. "A Forma da Água" é uma obra incrível também e se pensarmos que a categoria premia a produção, há uma certa coerência nesta escolha. Nunca encarei o longa como "nível Oscar", mas confesso que fico feliz pela vitória. Fico feliz por del Toro também, logo que é um diretor que sempre admirei muito. Me enche de orgulho ver onde ele chegou e poder ver seu excelente trabalho sendo oficialmente reconhecido.
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