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10/12/2019

Uau, vem aí uma nova moda... replicar fachadas para cima:


A CML e a sempre expedita Comissão Técnica de Apreciação (de que fazem parte os arq. Flávio Lopes, em representação da DGPC, e Catarino, em representação da CML), aprovaram esta "sofisticação" em pleno praça histórica do Príncipe Real, que há muito devia ser classificada mas que nunca o foi, já se vê porquê. O Palacete do nº 19, o tal "palacete rosa", até aqui intacto e em bom estado, apesar da clarabóia partida e de ter infiltrações no 1ºandar, vai ter o seu 1º andar copy paste num novo 2º andar. Resultado: o palacete sobre 4,5 metros e ainda terá uma mansarda em zinco, e a nova "clarabóia" vai ser iluminada por dentro com Led.

Mas isto é possível nesta Praça? Ninguém tem coragem de extinguir a dita comissão? Pouca vergonha.

10/04/2018

Palacete Príncipe Real, 19 - Pedido para intimação de obras de conservação


Exmo. Senhor Vereador
Arq. Manuel Salgado


Cc. PCML, AML, JF Misericórdia e media

Serve o presente para solicitar a V. Exa. que dê indicações aos serviços que tutela para intimarem o proprietário do palacete do nº 19 da Praça do Príncipe Real a fazer as necessárias e obrigatórias obras de conservação do edifício, dado o estado lastimável em que se encontram as fachadas do mesmo, janelas e clarabóia, conforme as fotos em anexo documentam.

Considerando que se trata de um palacete central do eixo Escola Politécnica-Príncipe Real, local turístico por excelência;
Considerando que já por diversas vezes se desprenderam materiais da fachada;
Considerando que o edifício se encontra ocupado por espaços comerciais;
E considerando que não se trata de um proprietário sem recursos para a execução dessas obras;

É uma vergonha que o edifício se encontre nesta situação deplorável.

Na expectativa, apresentamos os nossos melhores cumprimentos

Paulo Ferrero, Bernardo Ferreira de Carvalho, Júlio Amorim, Nuno Caiado, Rui Martins, Maria do Rosário Reiche, João Oliveira Leonardo, Beatriz Empis, António Araújo, Virgílio Marques, Maria Ramalho, Jorge Pinto, Miguel de Sepúlveda Velloso, Jorge D. Lopes, Maria João Pinto, Miguel Atanázio Carvalho, João Mineiro, Fátima Castanheira, Jozhe Fonseca, Irene Santos e Fernando Jorge

Fotos de Jorge Pinto

10/03/2014

Proposta exequível para a reabertura e a exploração da linha de eléctrico E-24


Exmos. Senhores
Secretário de Estado das Infraestruturas, Transportes e Comunicações,
Presidente da Câmara Municipal de Lisboa,
Presidente do Conselho Directivo do IMT,
Presidente do Conselho Executivo da ATML,
Presidente do Conselho de Administração da CARRIS,
Direcção da Associação de Turismo de Lisboa,


Considerando que se mantém, manifestamente, o interesse da população, da Câmara Municipal de Lisboa (vide os projectos de reordenamento do espaço público nos Largos Bordallo Pinheiro e Trindade Coelho) e de várias entidades ligadas ao turismo, a começar pela Associação de Turismo de Lisboa (
videhttp://cidadanialx.tripod.com/DocE24.pdf); na reabertura da linha de eléctrico E-24;

Considerando as declarações públicas do Sr. Paulo Marques (vide https://www.youtube.com/watch?v=QxV8ipijAC0), colecionador particular de eléctricos (fotos em anexo) segundo as quais pretende ceder a sua colecção à CML para que esta lhe dê uso turístico;

Considerando que os eléctricos que compõem esta colecção e que poderão ser postos em circulação na linha do E-24 são 3 - eléctrico 615, construído em Santo Amaro nas oficinas da CARRIS, em 1935; eléctrico 738, idem, em 1932, e eléctrico 442 (tipo caixote), idem, em 1961 - não precisam de adaptações muito dispendiosas, visto todos eles se encontrarem com motorizações e órgãos de travagem originais, e apenas necessitarem de uma revisão profunda desses componentes em virtude de estarem fora de serviço desde 1996;

Considerando que razão invocada pela CARRIS para ainda não ter reaberto a linha de eléctrico E-24 tem que ver com a falta de opções em termos de composições disponíveis para a sua efectivação;

E no seguimento da consulta pública actualmente a decorrer sobre o modelo de abertura à iniciativa privada do serviço público de transporte de passageiros em Lisboa e Porto (vide http://www.imtt.pt/sites/IMTT/Portugues/Noticias/Paginas/Consultasobreomodelodeabertura%C3%A0iniciativaprivadadoservi%C3%A7op%C3%BAblicodetransportedepassageirosemLisboaePorto.aspx),

Propomos ao SEITC, ao IMT, à AMTL, à CARRIS, à Câmara Municipal de Lisboa e à Associação de Turismo de Lisboa:

1.O estabelecimento de um acordo de cedência com o Sr. Paulo Marques, com vista à utilização dos 3 eléctricos da sua colecção, referidos acima, com vista à reabertura e à exploração turística (ou não apenas turística) da linha E-24, desde o Cais do Sodré às Amoreiras, com extensão ao Largo do Carmo.

2.A definição de um conjunto de regras que permita que a futura gestão da linha E-24:

a) Seja dividida pela CARRIS - gestão da infraestrutura - e/ou por um concessionário privado - sem custos para o Estado - a escolher mediante concurso específico para a exploração da linha E-24, prevendo mesmo um tarifário específico e/ou mais elevado (o preço dos bilhetes e/ou a partilha de receitas com o sistema Lisboa Viva tem que assegurar a cobertura das despesas de exploração.), dirigido a turistas/passageiros normais, para assegurar a sua sustentabilidade financeira e /ou com tarifário integrado com outros meios de transporte turísticos (elevadores/eléctricos/autocarros/cruzeiros no Tejo), para assegurar o efeito rede e atractividade ou concurso integrado no caderno de concessões da Secretaria de Estado das Infra-estruturas, Transportes e Comunicações/CARRIS.

b) Possa ser subvencionada, ainda que de forma parcial, com recurso a comparticipações do QREN/Turismo para efeitos de promoção de transportes amigos do ambiente e redutores de emissões poluentes, bem como de regeneração/reabilitação/revitalização urbana e para adaptação dos eléctricos acima referidos ao cumprimento dos critérios de segurança em vigor, ou;

c) Que seja considerada a possibilidade de concessão das actuais e futuras linhas de eléctrico em Lisboa (onde se inclui a E-24) de forma separada da restante rede da Carris, caso esta ou um concessionário não tenha interesse na sua exploração, ou seja, no pacote de concessão da Carris dar a possibilidade a um concessionário privado ou à CML para poderem explorar esta linha E-24.

Com os melhores cumprimentos


Bernardo Ferreira de Carvalho, Paulo Ferrero, Virgílio Marques, Luís Marques da Silva, António Branco Almeida, Júlio Amorim, Miguel de Sepúlveda Velloso, Nuno Caiado, João Filipe Guerreiro, Pedro Henrique Aparício, Rui Martins, Jorge Pinto, Pedro Formozinho Sanchez, Rita Filipe Silva, Beatriz Empis, Inês Barreiros, João Mineiro

24/10/2013

Movimento "Em defesa do Príncipe Real" (3)


Movimento "Em defesa do Príncipe Real" (2)



Movimento "Em defesa do Príncipe Real"



Chegado por e-mail:

«Boa tarde,

Escrevo-lhe relativamente ao movimento recentemente criado na rede social Facebook "Em defesa do Príncipe Real". Este movimento nasceu quando a embaixada dos Emirados Árabes Unidos, em Lisboa, se sentiu no direito de entaipar vãos, cortar sistemas de drenagem de águas, fixar as suas estruturas nas paredes de um Palacete vizinho, propriedade particular.

Em plena praça do Príncipe Real em Lisboa, na zona oeste, existem dois palácios construídos há muitos anos pela Condessa de Penalva de Alva. Foi edificado primeiro o mais pequeno, nº18 actual propriedade de um particular e depois o maior, actual Embaixada dos Emirados Árabes. Naturalmente os edifícios, tendo sido mandados construir pela mesma pessoa, ocupam um terreno cujos limites de propriedade são difíceis de apurar, e não têm qualquer barreira física que os separe.

Durante anos esta situação não foi um problema, mesmo quando os palácios foram vendidos – a relação e gestão do espaço “comum” era civilizada e simples.

Acontece que há cerca de seis meses, sendo a embaixada dos Emirados vizinha do referido palacete nº18, a convivência de espaços comuns tornou-se claramente mais complicada – com a legitimidade própria de qualquer Embaixada ao querer garantir a segurança do seu espaço. A solução mais óbvia seria pensar num gradeamento, chegar a um acordo, dividir o espaço exterior conforme as respectivas cadernetas prediais, e assim se protegia a embaixada do seu vizinho.

Mas em vez de uma solução civilizada a Embaixada entendeu ser mais apropriado construir um volume abarracado, e encostá-lo às janelas de sacada do palacete vizinho, literalmente colado. A imagem de quem está dentro do espaço é aterradora, e a situação é inaceitável.

Como se não bastasse, a Embaixada construiu uma estrutura também colada à parede do vizinho onde colocou um elevador que serve de acesso subterrâneo à Embaixada – esta estrutura impede o acesso a umas escadas que pertencem ao palacete. E para que houvesse espaço para a estrutura encostar serraram um tubo de queda de águas pluviais.

Podem consultar toda a informação na página do Facebook do movimento https://www.facebook.com/EmDefesaDoPrincipeReal?fref=ts Nesta sexta-feira dia 25 de outubro está convocada uma conferência de imprensa que terá ligar no Palacete (nº18 da Praça do Príncipe Real), pelas 11h00 com a presença do Olissipógrafo José Sarmento de Matos; Eng. João Appleton; Dr. Alexandre Melo, Crítico de Arte e Dr. António Rego, representante do proprietário.

Sem outro assunto.

Atentamente,
Inês Teixeira e Cristina Guerra»

03/10/2013

Bom senso e bom gosto (sobre uma barraca no Príncipe Real)


In Público (3.10.2013)
Por João Appleton

«Lisboa é uma cidade especial, linda para mim, que sou lisboeta, alfacinha mesmo, daqueles que lhe amam as virtudes e lhe perdoam os defeitos com uma ponta de um sorriso, como sucede sempre a quem ama.
Lisboa é a minha cidade, o meu lar, como era de Pessoa, e nela me revejo dia a dia, nas planuras e nas colinas, nas ruas estreitas e nas largas, e nos largos, nas praças onde se juntam e cruzam as gentes, ontem como hoje vindas de qualquer lado, de todos os lados.
Em todos os cantos de Lisboa há histórias e há História, e a Praça do Príncipe Real não foge à regra. Nos tempos mais antigos era a Cotovia, na passagem do Loreto para Campolide, ali no topo do Bairro Alto de São Roque, onde chegam e de onde saem caminhos, para a Praça das Flores de um lado e para a da Alegria do outro e mais para a rua que se chamou Formosa e que infelizmente deixou de o ser, a benefício de um jornal que já não é.
No Príncipe Real, muito antes de assim se designar, que ainda vinha longe quem lhe deu o nome, fizeram-se as intermináveis e não terminadas obras do Conde de Tarouca. Ali foi também o sítio da Patriarcal Queimada, de que resta memória em nome de rua estreita, e mais o Erário Régio, tudo enorme e fracassado - elefantes brancos como hoje se diria.
Depois de tantas histórias, quantas delas por lá enterradas, a Praça ganhou, em meados de oitocentos, a configuração que hoje tem: quase ao centro, sob as árvores, o belo reservatório da patriarcal e, a dar sombra a quem a quer, o enorme Cedro-do-Buçaco que é talvez a sua principal referência actual.
Aí estão o reservatório, o cedro e os edifícios que rodeiam a Praça, estes sem megalomanias mas distintos, quase todos especiais, invulgar harmonia na diversidade, de onde sobressaem pequenos palácios ou palacetes, como lhes chamamos, questão de escala que se ajusta à nossa dimensão.
Esses edifícios, cada um por si, no seu conjunto e mais o sítio, fazem desta uma das mais importantes e belas praças de Lisboa. Bela para ser amada e para ser cuidada, porque amar é cuidar, para respeitar, por todos, dos poderes públicos ao mais anónimo dos cidadãos, lisboetas e visitantes de hábito e de ocasião, passando pelos que detêm ou usam os seus magníficos edifícios.
As longas palavras anteriores são uma espécie de declaração de interesses, dos meus interesses, há muitos anos ligados ao património arquitectónico, ao respeito por este e pelo que representa como referência do nosso passado e, através deste, como ponte para o futuro do nosso destino comum. Acredito nisto, porque acredito que não há futuro sem memória, e não há memória sem património, sem patrimónios.
Por isso me escandaliza, me choca e me indigna o que vi feito ali mesmo, no Príncipe Real, na sua margem poente, quase à ponta. Que as embaixadas podem ser vizinhança dura, não deve surpreender, em tempos de todas as inseguranças, polícias e outros guardas à porta, dificuldades crescentes para quem quer parar carro ou simplesmente passear, que o diga quem caminha ali pela Rua de S. Bernardo à Lapa, onde o espaço público deixou de o ser por inteiro.
Mansos como somos, até aí tudo bem, é virar a cara perante os carrancudos ou fazer desvio que quase não pesa. Mas, ver tapar janelas de um vizinho, construindo um mono encostado a uma fachada, não é próprio de embaixada, no caso a dos Emirados Árabes Unidos, é coisa que nem em bairro de barracas, que aí respeita-se o vizinho e os seus direitos, mesmo quando estes são quase nenhuns.
Não lembra a ninguém, mas foi original a embaixada, ou quem a dirige. Nem água vai, nem água vem. Nada! Foi só apropriação de espaço e foi montar o mamarracho - um telhadozinho mixuruca, alumínios e vidros à maneira de um prédio de subúrbios (sem ofensa para o subúrbio, qualquer que seja, que me desculpem os ofendidos).
E, como os tubos de queda e as caleiras da casa do vizinho incomodavam, percebe-se olhando que foi fácil cortar ali, dar uma martelada mais além, tudo no sítio. A janela de sacada, que ali está há muitas dezenas de anos, foi entaipada a preceito - entende-se como é desagradável deixar que o vizinho possa usar a porta a seu gosto - e até, para garantir a limpeza da obra, uns cabos para alimentar não sei o quê, toca de os fixar à cantaria da fachada do vizinho, mesmo que a parede não lhe pertença.
É claro que se dirá que a questão é jurídica, que o pedaço do pátio será da embaixada, qual será do vizinho; até pode ser que a questão seja jurídica, quem sou eu para o dizer, mas para mim é de bom senso e de bom gosto, ou melhor, neste caso concreto é de falta de senso e de profundo mau gosto. E de falta de respeito. Pelo vizinho e, perdoe-me o vizinho, pelo belo edifício, que esse, pobrezinho, é que não tem culpa nenhuma.
Esta é uma história, entre muitas histórias de agressão ao património; verdadeira como muitas dessas que engolem o nosso passado, por ganância ou simples mas terrível ignorância.
Até talvez possamos falar de casos verdadeiramente importantes, quando comparados com a singeleza deste, apesar de tudo reversível. A mim, o que mais me chocou, pode parecer estranho, é que tudo isto não tem lógica, não tem qualidade, é simplesmente lixo.
Até quando, até onde, vamos continuar a olhar para o lado, deixando passar o que nos devia incomodar?

Engenheiro»

...

O mais interessante é que o principal emir dos EAU estará em Portugal esta semana, para ser empossado como membro da Academia das Ciências. É a altura certa para lhe fazer ver que há profunda contradição entre o estatuto e a obra na sua embaixada.

25/09/2013

Embaixada dos Emirados Árabes Unidos tapa janela e porta a um vizinho


In Público Online (25.9.2013)
Por José António Cerejo

«Abre-se uma porta de um palacete no coração de Lisboa, e em vez do casario de São Bento, vê-se um barracão de chapa.

Nabil Aouad, um próspero promotor imobiliário libanês que há 24 anos se estabeleceu em Lisboa, ficou estarrecido quando há uns seis meses chegou ao palacete de que é proprietário no Príncipe Real. Agarrada à fachada lateral do edifício que adquiriu há 14 anos estava a ser montada - num pátio anexo ao prédio contíguo ao seu - uma sólida estrutura de vigas metálicas que lhe tapava uma das janelas do rés-do-chão. Junto à parede, por baixo dessa estrutura, que ainda não tinha (nem tem) cobertura, fora montada a caixa de um elevador de acesso às caves do edifício do lado. E na parte de trás do palacete, um barracão de chapa tapara-lhe completamente a porta de saída para o pátio de que sempre se servira e que a embaixada agora diz ser seu.

As obras que revoltaram o empresário libanês, um homem que declara incessantemente o seu amor a Lisboa e diz orgulhar-se de ter recuperado "exemplarmente" vários dos seus edifícios, são da responsabilidade da Embaixada dos Emirados Árabes Unidos, uma federação de sete pequenos estados do Golfo Pérsico, entre os quais o Dubai e o Abu Dhabi, que é um dos maiores produtores de petróleo do mundo.

O palacete de Nabil Aouad, cujos pisos superiores estão alugados a uma empresa de publicidade, serviu durante muitos anos de sede à Associação Nacional de Farmácias. Mais tarde esteve lá o BCP e em 2001 foi cedido pelo actual proprietário para sede da candidatura de Santana Lopes à Câmara de Lisboa.

Há cerca de quatro anos a Embaixada dos Emirados Árabes Unidos mudou-se para o prédio contíguo, depois de fazer algumas polémicas alterações na sua fachada, mas os problemas com o vizinho só surgiram com as actuais obras. Obras que tanto a Câmara de Lisboa como o Ministério dos Negócios Estrangeiros (MNE) consideram ilegais.

Em resposta ao PÚBLICO, a assessoria de imprensa do MNE disse ontem que a embaixada invocou "razões de segurança" para justificar os trabalhos, referindo que já no dia 29 de Maio deste ano os Serviços do Protocolo do Estado lhe enviaram uma "nota verbal a recordar que deveria solicitar o prévio licenciamento para quaisquer trabalhos" nos seus edifícios e "proceder à suspensão de quaisquer obras em curso que estivessem a decorrer sem as devidas autorizações municipais".

A mesma fonte informou que a Câmara de Lisboa "sublinhou" junto do Protocolo do Estado "a irregularidade da obra da embaixada" e disponibilizou os seus serviços "para se encontrar uma solução que satisfizesse as preocupações de segurança da embaixada e os direitos do vizinho". Posteriormente, o Protocolo do Estado promoveu uma reunião com a embaixada, o vizinho, a câmara e a PSP, mas o problema mantém-se. Por isso mesmo, o chefe do protocolo reiterou anteontem ao embaixador dos Emirados, Nasser Alraisi, "a necessidade de cumprir as leis municipais e acomodar a construção a essas regras".

Quem já perdeu a paciência foi Nabil Aouad, que diz ter tentado tudo, pessoalmente e através do seu advogado, José Miguel Júdice, para resolver o problema diplomaticamente. "Isto é um atentado da Embaixada do Abu Dhabi contra o património de Lisboa, contra os lisboetas e contra Portugal. Este país não é uma república das bananas", exclama indignado. "Eles julgam que o dinheiro lhes permite ser arrogantes e fazer tudo, mas a vida não é assim", conclui.

José Miguel Júdice, por seu lado, não tem dúvidas de que o próprio pátio onde a embaixada fez as obras ilegais é propriedade do seu cliente, mas esse é um assunto de que Nabil Aouad nem quer falar. Quanto às obras, Júdice não hesita: "Usaremos todos o meios jurídicos, judiciais e outros, para acabar com esta gravíssima ilegalidade." A embaixada não respondeu às perguntas do PÚBLICO.»

14/08/2013

EMEL fiscaliza estacionamento à noite no Príncipe Real a partir de quinta-feira


In Sol Online (14/8/2013)

«A Empresa Municipal de Estacionamento de Lisboa (EMEL) inicia na quinta-feira a fiscalização à noite do estacionamento no Príncipe Real e na Praça da Alegria, duas semanas depois de ter alargado o horário de fiscalização em Carnide.

A fiscalização nocturna - com bloqueadores e reboques - incide sobre os veículos parqueados nas áreas exclusivas para residentes sem o respectivo dístico e nos casos de ausência de pagamento nas áreas tarifadas ou outras infracções, indicou a empresa.

A partir de 01 de Setembro, a fiscalização estende-se às bolsas de residentes e lugares de estacionamento tarifados do Chiado e em São Paulo [...] A EMEL disse à agência Lusa que não dispõe de números sobre as infracções registadas nesta primeira fase de fiscalização nocturna do estacionamento, mas afirmou considerar que "correu bem".

Também o presidente da Junta de freguesia de Carnide, Paulo Quaresma (CDU), está satisfeito com o resultado. À Lusa, o autarca afirmou que foi a junta de freguesia que fez chegar à EMEL a necessidade, sentida pelos moradores nas zonas da Quinta da Luz, Bairro Novo de Carnide e Quinta do Bom Nome, de se fiscalizar os lugares de estacionamento reservados a residentes [...] Lusa/SOL»

...

Faltam Alcântara, Belém e Ajuda, que também são gente e também são Lisboa. Ou têm todos ou não tem nenhum.

02/04/2013

BAZAR ORIENTAL EM PALACETE LISBOETA


In O Corvo (2/4/2013)

«Em Maio, uma espécie de “souk” árabe vai ser inaugurado num palacete do Príncipe Real. Chamar-se-á Palace Bazar e será um espaço sofisticado e único, afirmam os seus promotores. Na origem do projecto está um cidadão austríaco, Anthony Lanier, que pretende transformar o Príncipe Real numa espécie de Georgetown (em Washington).


Texto: Isabel Braga Fotografia: David Clifford

O palacete Ribeiro da Cunha, no Príncipe Real, em Lisboa, vai abrir ao público em Maio, transformado num espaço comercial que tem, como modelo de negócio, um “souk” árabe e irá chamar-se Palace Bazar. Moda, design, jóias, objectos “lifestyle”, arte e restauração estarão à disposição do público no palacete que faz esquina com a Calçada da Patriarcal.

“Vamos pôr em prática um conceito novo, dum espaço que funcione como uma extensão do comércio de rua. Queremos lojas que reflictam o espírito do Príncipe Real, que tenham algo de único, sofisticado e autêntico”, afirmou ao Corvo Catarina Lopes, representante da empresa Eastbank, proprietária do edifício e promotora do projecto.

[...] “Pensamos nisto como um organismo vivo, que irá mudar com o tempo. Haverá produtos para todas as bolsas, de modo nenhum queremos um comércio de luxo. Vamos implementar um conceito novo, em termos de espaços comerciais, e, até agora, tem-se revelado um sucesso. Os candidatos têm sido sete cães a um osso“, sublinha a representante do Eastbank. A contribuir para isso está ainda, na opinião de Catarina Lopes, o facto de as rendas “não serem caras”. “Os preços das salas variam entre os 800 e os 2000 euros mensais, e incluem os custos com o aquecimento, a segurança e a limpeza”, especifica. [...] O palacete Ribeiro da Cunha é o coração do projecto que a empresa Eastbank iniciou em 2005/2006, quando o proprietário da firma, Anthony Lanier, um austríaco de 61 anos, nascido no Brasil e residente em Washington, decidiu começar a investir em Lisboa.

Desde então, a Eastbank adquiriu um conjunto de 20 edifícios, todos na zona do Príncipe Real, entre eles o palacete Castilho, no início da Rua da Escola Politécnica, sede da firma de Anthony Lanier.

“Tudo o que interessa, em Lisboa, fica a cinco ou dez minutos a pé daqui. Também em Washington, todos os edifícios que comprei ficam a dez minutos a pé ou de bicicleta do meu escritório. [...] Lanier explica qual o princípio subjacente aos seus projectos imobiliários: “A minha ideia foi sempre investir, não num edifício isolado, mas em vários, se possível numa rua inteira. Desse modo consegue-se rentabilizar melhor o investimento. Os bancos apoiaram a minha ideia e tenho tido bastante sucesso nos Estados Unidos. Mas é um negócio que demora a dar frutos. É preciso adquirir património em quantidade suficiente e poder esperar que o mercado apareça.”

Dada a situação de crise em que Portugal se encontra, Anthony Lanier optou por adiar as reabilitações de fundo dos edifícios que a Eastbank adquiriu, alguns pegados uns aos outros, para melhor aproveitamento de infraestruturas comuns, como, por exemplo, garagens.

“Uma vez que, com a actual situação de crise, não há crédito para nós investirmos na recuperação dos imóveis nem para os compradores poderem adquiri-los, decidimos alugá-los para lojas e escritórios. O resultado é que os edifícios, que antes estavam vazios, estão todos ocupados. E as ruas mudaram para melhor”, defende...»

25/03/2013

Protesto por mega-telas de Publicidade em imóveis património



Exmo. Sr. Presidente da CML
Dr. António Costa,
Exmo. Sr. Vereador do Espaço Público
Dr. José Sá Fernandes


Junto enviamos fotografias documentando o que consideramos ser 2 péssimos exemplos de publicidade em mega-telas, e dessa forma impróprios para Lisboa, uma cidade que se pretende seja cada vez mais uma capital europeia de referência a todos os níveis.

Como é possível que em Lisboa ainda se permita que estes telões publicitários tapem por inteiro imóveis históricos e em zonas emblemáticas da cidade?

Porque demora a Câmara Municipal de Lisboa em seguir os exemplos de outras capitais onde, em casos como estes, a regra é, pura e simplesmente, permitir-se APENAS uma tela neutra ou com a reprodução da fachada, mitigando-se dessa forma o impacto visual?

Chamamos a atenção de V. Exas. para a tela colocada no Rossio pois não se vislumbram quaisquer sinais de obras a decorrer... será mais um exemplo igual ao que se passou no Largo de Camões?

Com os melhores cumprimentos

Paulo Ferrero, Fernando Jorge e Bernardo Ferreira de Carvalho

CC: AML, Eastbanc

20/08/2012

Passeios impermeabilizados no jardim do Príncipe Real?

Chegado por e-mail:

«Quero em primeiro lugar felicitá-los pelo vosso blog e pelo vosso olhar cirúrgico sobre os problemas da cidade de Lisboa.

Sou também um cidadão atento às questões do urbanismo e por vezes sinto que o poder autarca sente uma necessidade doentia de se exprimir com obras de fachada em vez que resolver pequenos problemas que melhorariam muito a qualidade de vida das pessoas.

O estado e manutenção dos jardins e passeios das cidades é um bom exemplo, pois aí exige-se um cuidado com o pormenor que se dispensa nas grandes intervenções de regime. Aliás, o vosso blog tem demonstrado à saciedade os bons "maus exemplos" da cidade de Lisboa.

Pois, é sobre um assunto dessa natureza que vos deixo a seguinte nota, apesar de não a acompanhar com suporte fotográfico, já que o adiantado da noite não me permitiu tirar fotos com uma resolução aceitável, por falta de luminosidade.

Passei este fim de semana no jardim do Príncipe Real e pude constatar que os passeios de terra batida foram cobertos com um material areado irregular e indiscritível a fazer lembrar os passeios construídos pelos “patos bravos” idos anos 80 em tudo o que era urbanizações nos subúrbios.

Têm conhecimento desta intervenção?

Cumprimentos,

Jorge Duarte»

19/10/2011

A atenção da CML


principe real
1151 na entrada da d.pedro V, mantém-se assim desde há dois anos, mais coisa menos coisa.
por outro lado, agravou-se o mau estado das bases de cimento os suportes da grande árvore do jardim do principe real que não foram devidamente recuperadas quando da "exemplar reabilitação".


meses depois de ter denunciado a existência de sinalização "cega", invisível e inútil devido à sua má colocação na esquina da dq ávila com a defensores de chaves, tudo na mesma. que explicação haverá?


diariamente, junto ao edificio PT nas picoas, dezenas de motos no já estreito passeio para peões

aliás, uma das entradas para um local assinalado pela CML para estacionamento faz-se precisamente pelo passeio/passagem de peões
quando remediará a CML esta aberração?


há anos que esta caldeira frente à Igreja de S. Mamede espera sua vez
poderá ser para breve?

cumprimentos
NC

07/09/2011

Já não é preciso pagar para estacionar nas ruas de Lisboa durante a madrugada

In Público (7/9/2011)
Inês Boaventura

«A presidente da Junta de Santa Catarina afirma que os moradores vão ser prejudicados mas a Emel responde que pouco muda porque "era muito raro" haver fiscalização


O estacionamento à superfície na zona do Príncipe Real e na fronteira do Bairro Alto, que até aqui era pago até às 2h ou às 3h da madrugada, deixou de ser pago para lá das 22h. A presidente da Junta de Freguesia de Santa Catarina diz que esta alteração é "inacreditável" e vai agravar o "problema dramático" do estacionamento para moradores.

Os novos horários entraram em vigor no início de Julho, em simultâneo com o tarifário que, pela primeira vez, introduziu diferenciações no preço do estacionamento consoante as zonas da cidade. Desde então, a maioria das ruas na área de actuação da Empresa Municipal de Mobilidade e Estacionamento de Lisboa (Emel) passou a ter estacionamento pago entre as 9h e as 19h.

Mas há excepções. Na zona de São Paulo, em vários arruamentos do Príncipe Real e da área da Avenida da Liberdade, à sexta-feira paga-se para deixar o carro até às 22h. O mesmo sucede no Chiado, nas ruas de São Pedro de Alcântara, D. Pedro V e da Escola Politécnica, e na Praça do Príncipe Real, onde o estacionamento também é tarifado ao sábado, entre as 9h e as 13h.

"Tomei conhecimento só agora e estou absolutamente contra", disse ao PÚBLICO a presidente da Junta de Freguesia de Santa Catarina, quando questionada sobre os novos horários.

Até aqui, lembra Irene Lopes, eram várias as artérias - como as ruas do Século, João Pereira da Rosa e Nova do Loureiro - em que o estacionamento à sexta-feira era pago até às 2h da madrugada.

Já no Chiado, o estacionamento era tarifado de segunda a sábado, das 8h às 3h do dia seguinte. Como o PÚBLI- CO noticiou recentemente, em meados de Agosto a sinalização vertical na Rua Nova da Trindade ainda não tinha sido alterada, apesar de nessa altura o estacionamento já só ser pago até às 22h.

"Um dos problemas mais dramáticos que temos é a falta de estacionamento. Em vez de dissuadirem as pessoas de trazerem o carro à noite, isto é um incitamento que vai prejudicar os moradores", afirma Irene Lopes. A autarca eleita pelo PS critica também o facto de, segundo garante, as juntas de freguesia não terem sido consultadas sobre os novos horários.

E chega mesmo a defender que, durante a noite, quem não morasse nesta zona de Lisboa devia ser impedido de circular em transporte particular entre o Rato, o Cais do Sodré e a Avenida D. Carlos I.

"Acho inacreditável", conclui Irene Lopes, que adianta que o seu desagrado é partilhado pelo presidente da Junta de Freguesia das Mercês, com quem o PÚBLICO tentou sem sucesso falar durante o dia de ontem.

Já a Emel explicou, através de um responsável da área de marketing e comunicação, que os novos horários "resultam de uma análise que foi feita pela Câmara de Lisboa" que "teve em conta as características de cada zona da cidade e de cada artéria" - entre elas, segundo Diogo Homem, "ser uma zona residencial ou comercial, a pressão do estacionamento ao longo dos diferentes períodos, as alternativas de estacionamento existentes, a existência de transportes públicos e as opiniões transmitidas pelas juntas de freguesia".

Confrontado com o facto de ser agora mais fácil quem sai à noite no Bairro Alto ou no Príncipe Real levar os seus carros até lá, Diogo Homem afirma que o horário antigo "era mais legal e teórico do que prático". "Era muito raro haver fiscalização até essas horas [2h nalguns casos e 3h noutros] ", admitiu o porta-voz da Emel, acrescentando que agora a fiscalização será "mais efectiva e coerente com os horários".

Diogo Homem acrescenta que a empresa está "a monitorizar com regularidade" a eficácia dos novos horários, remetendo para daqui a um mínimo de seis meses uma avaliação "em relação à necessidade de realizar algum ajuste".

Fórum Cidadania pede mais fiscalização

O Fórum Cidadania Lisboa deu ontem conta do seu descontentamento com a redução do horário em que o estacionamento é pago na Rua do Século. Este movimento defende, numa carta enviada aos órgãos autárquicos e à comunicação social, que "as novas regras passam a penalizar ainda mais os moradores e beneficiam ainda mais os não moradores".

O Fórum Cidadania acredita que o facto de o estacionamento deixar de ser pago a partir das 22h incentiva quem vai ao Bairro Alto "para a diversão nocturna" a utilizar o seu carro.

Ainda mais, acrescenta este grupo de cidadãos, quando a fiscalização da Empresa Municipal de Mobilidade e Estacionamento de Lisboa na vizinha Rua da Academia das Ciências (reservada a moradores) "é apenas esporádica e diurna".

Face a esta situação, aquele movimento pede à câmara de Lisboa que tome medidas "rapidamente", promovendo uma fiscalização diária, pelo menos, até às 22h. »

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Hum, está cada vez "melhor" esta história da EMEL e do estacionamento pago ...

26/05/2011

Príncipe Real - 30 estabelecimentos abrem as portas até à meia-noite

In Diário de Notícias (26/5/2011)
por Lusa Ontem

«Cerca de 30 estabelecimentos do Príncipe Real, em Lisboa, vão deixar as portas abertas até à meia-noite nos próximos três dias, com um leque de eventos para atrair novos clientes e com o objectivo de dinamizar aquela zona.

No âmbito da 5.ª edição do Príncipe Real Live, promovido pela empresa de gestão e desenvolvimento imobiliário Eastbanc, cerca de 30 estabelecimentos daquela zona nobre da capital vão estar abertos das 11:00 às 24:00 de quinta-feira a sábado. "Mais do que nunca os comerciantes do Príncipe Real querem mostrar a sua força e dinamizar uma zona que tanto tem para oferecer aos lisboetas", lê-se num comunicado da organização.

"À semelhança do que tem acontecido nas últimas edições, nos próximos três dias os clientes que visitarem as lojas, restaurantes, antiquários e até uma farmácia no Príncipe Real vão poder desfrutar também de exposições de arte, joalharia e design, degustações e performances de tango.

O evento decorre na Praça e jardim do Príncipe Real, na Rua da Escola Politécnica, na Rua D. Pedro V, na Rua Cecília de Sousa, na Rua de S. Marçal e no Palácio Ribeiro da Cunha, e estabelecimentos como o Orpheu Caffé, British Council e a Garrafeira Internacional são alguns dos participantes.»