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12/06/2020

50 Anos da Morte de Cassiano - chamada de atenção à CML


Exmos. Senhores Vereadores
Eng. Ricardo Veludo
Dra. Catarina Vaz Pinto

CC. PCML, AML, DGPC e media

A propósito das comemorações dos 50 anos da morte de Cassiano Branco, em boa hora lembrados pela Câmara Municipal de Lisboa, vimos por este meio chamar a atenção de V. Exas. para a necessidade de não se permitir o regresso a um passado recente triste, de destruição do valioso património Modernista que a todos nos legou este Arquitecto, e de que o “caso” relativo ao projecto de "alterações" aprovado pela CML no início da 1ª década do século XXI e executado em 2007, para a moradia por ele desenhada em 1930 para o nº 14 da Av. António José de Almeida (na imagem), foi paradigmático.

Posteriormente, contudo, verificar-se-iam mais intervenções descaracterizadoras, com demolição de interiores, em edifícios circunstancialmente não assinados por Cassiano mas por colegas do seu atelier, como foram os casos do edifício de gaveto da Praça João do Rio (2009) e do nº 4 da Praça Ilha do Faial (2015).

Mais recentemente, e para total espanto da generalidade das pessoas que se interessam pelo Património da cidade, mais a mais tratando-se de um exemplar modernista dos mais elogiados pelos especialistas na área, constatou-se a demolição de um dos melhores edifícios modernistas da cidade, a moradia do eng. Bélard da Fonseca, desenhada por Cristino da Silva e que há muito deveria estar classificada de Interesse Público.

Não terão sido por acaso as sucessivas recusas por parte dos serviços da tutela do património, actual DGPC, aos pedidos de classificação submetidos, oportunamente, para o conjunto impressionante de modernistas modernistas da Avenida do México e da Av. António José de Almeida, de que apenas só existem algumas em estado original.

Aproveitamos esta ocasião para renovar o nosso pedido de atenção à Câmara Municipal de Lisboa, em tudo fazer para que os maus, péssimos exemplos acima apontados, não se repitam, colocando-nos também à disposição de V. Exas. no sentido de colaborarmos, na medida das nossas possibilidades, na comemoração desta data tão importante.

E aos serviços da Cultura para desenvolverem, o mais rápido possível, os procedimentos para a classificação como IIM dos prédios de habitação colectiva do Cassiano reconhecidos pelos especialistas como ícones do Movimento Moderno em Portugal como, por exemplo,os imóveis na R. Nova de São Mamede (nºs 3 a 7 e 17), na Rua Almeida Brandão (nº 3)* ou na Rua Castilho (nº 57).

Com os melhores cumprimentos

Paulo Ferrero, Bernardo Ferreira de Carvalho, Virgílio Marques, Maria Ramalho, Fernando Jorge, Júlio Amorim, Maria do Rosário Reiche, Rui Pedro Martins, António Araújo, Pedro Janarra, Ana Celeste Glória, João Oliveira Leonardo, Maria João Pinto, Maria Maia

Foto: Arnaldo Madureira (década de 60), in Arquivo Municipal de Lisboa

* Correcção

05/05/2018

Por favor P.C.P.....


Edifício de Cassiano Branco na Avenida necessita de vistoria (e intervenção na fachada)

17/09/2015

Protesto pelas demolições em curso de interiores em Prémio Valmor (1911) e prédio de Cassiano (1936)


Exmo. Senhor Presidente
Dr. Fernando Medina,
Exmo. Senhor Director-Geral do Património Cultural
Doutor Nuno Vassallo e Silva


C.c. SEC, AML, Gab. Vereador Manuel Salgado, Ga. Ver. Catarina Vaz Pinto, ICOMOS, OA, Docomomo, Media

Decorrem neste preciso momento 2 demolições de interiores em 2 prédios notáveis de Lisboa, representativos de dois estilos e épocas construtivas bem característicos da nossa cidade, respectivamente, a Lisboa ecléctica de finais do século XIX, princípios do XX, e a arquitectura modernista (no caso vertente o que os americanos designaram por “streamline”), sendo que ambos os prédios se encontravam genuínos até há poucos dias e em relativo bom estado de conservação:

· Edifício concebido pelo Arq. Ventura Terra, Prémio Valmor de 1911, e sito na Rua Alexandre Herculano, nº 25, conhecido por Prédio Thomaz Quartin;
· Edifício concebido pelo Arq. Cassiano Branco, em 1936.

A nosso ver, são demolições inaceitáveis, que julgávamos terem sido abolidas pela CML, por traduzirem uma prática incompatível com as boas-práticas internacionais.

Não compreendemos como é possível à CML e à DGPC declararem-se empenhadas na salvaguarda e valorização do património arquitectónico de Lisboa e permitirem-se, por outro lado, aprovar projectos como os em apreço, altamente intrusivos e descaracterizadores desse mesmo património. De que serve à CML e à DGPC serem signatárias das convenções internacionais? De que serve à CML apresentar estatísticas de reabilitação urbana alimentadas por “reabilitações” como as presentes? De que serve à CML e à DGPC anunciarem inventários ou roteiros de património deste e daquele arquitecto?

À consideração de Vossas Excelências.

Melhores cumprimentos

Paulo Ferrero, Bernardo Ferreira de Carvalho, Vítor Vieira, Virgílio Marques, Mariana Ferreira de Carvalho, Luís Marques da Silva, Jorge Santos Silva, Júlio Amorim, Maria do Rosário Reiche, Inês Beleza Barreiros, Ana Celeste Glória, Miguel de Sepúlveda Velloso, José Arnaud, paulo Dias Figueiredo, José Filipe Soares, Maria de Morais Oliveira, João Oliveira Leonardo, Beatriz Empis, Jorge Pinto, Fátima Castanheira, Fernando Jorge, Nuno Caiado e Cristiana Rodrigues


Fotos: Miguel Jorge e João Filipe Guerreiro

22/04/2014

Tesouros do baú de Pedro J. #9


Ou quando se falou do Eden e de Cassiano, talvez o maior de todos os arquitectos lusos (11 docs pdf em https://sites.google.com/site/cidadanialxdocs/tesouros-do-bau-de-pedro-j)

15/06/2013

NOVO HOTEL LEVA A DEMOLIÇÃO DE EDIFÍCIO DE CASSIANO BRANCO


In O Corvo (14/6/2013)
Texto e fotografia: Samuel Alemão

«Prédio de habitação desenhado pelo arquitecto modernista, no número 233 da Avenida Almirante Reis, já tem parte da fachada principal destruída. Isto apesar de, na primeira proposta de alteração do edifício aprovada pela câmara, em 2009, se referir a sua manutenção integral.

Há muito que se esperava uma intervenção no edifício da Avenida Almirante Reis, nº233, na esquina com a Praça João do Rio, junto ao Areeiro. O prédio de habitação desenhado pelo arquitecto modernista Cassiano Branco vira partir, há já alguns anos, os últimos inquilinos e aguardava, com as suas portas e janelas emparedadas e a fachada repleta de graffiti, a transformação num hotel. Poucos suspeitariam é que tal operação envolvesse a sua demolição – até porque está classificado no Inventório Municipal de Património com o número 43.14, no âmbito do Plano Director Muncipal. É isso, porém, que está a acontecer, desde final do Maio. Neste momento, apenas resta parte da fachada, desconhecendo-se se a total destruição da estrutura original será o desfecho de uma obra com um percurso tortuoso.

Há sete anos, pelo menos, que se sabe das intenções da empresa Hotel do Aeroporto, Actividades Hoteleiras SA em abrir uma unidade hoteleira naquele edifício. Numa reportagem do “Diário de Notícias”, de 6 de Agosto de 2006, dava-se conta do projecto do Lisbon Hotel, com quatro estrelas e a abrir no ano seguinte. Teria 94 quartos e duas garagens e, segundo declarou ao mesmo jornal um responsável da empresa promotora, seria uma obra feita com a intenção de “alterar a imagem desta zona”. “Ao termos uma maior circulação de turistas e de pessoas que irão ao hotel para jantar ou para beber um copo, iremos trazer mais movimento a uma zona adormecida.”, dizia.

A imagem da zona já está alterada, de facto. O alvará das obras só foi emitido a 24 de Abril deste ano e refere a autorização (com o número 27/OD/2013) para realizar trabalhos de “alteração com demolição”. No mesmo aviso público refere-se que os trabalhos foram aprovados por despacho do vereador, e actual vice-presidente da Câmara Municipal de Lisboa (CML), Manuel Salgado, em 16 de Julho de 2010. O edifício terá uma cércea (dimensão vertical de uma construção) de 22,4 metros, seis andares e três pisos subterrâneos e uma área total de construção de 4.663 metros quadrados, ainda segundo o mesmo anúncio – afixado sobre uma tela cobrindo os andaimes, atrás dos quais se procede à operação de demolição.

A demolição da fachada não era, contudo, o que constava do processo de arquitectura com o número 1656/EDI/2006, aprovado pelo executivo municipal, sem votos contra, a 22 de Janeiro de 2009 – disponível na internet. A proposta, subscrita por Manuel Salgado, então como agora com o pelouro do Urbanismo, dizia no seu ponto quatro que se pretendia “adaptar um edifício de habitação tendo em vista a instalação de um empreendimento turístico – hotel, consistindo as obras de alteração na manutenção das fachadas principais, demolição integral do interior, execução de três caves e alteração da cobertura com um piso em mansarda”. Ou seja, referia-se explicitamente a “manutenção das fachadas principais”.

Algo terá mudado, entretanto. E não foi pela primeira vez. Este mesmo processo, que foi a reunião de câmara como a proposta número 87/2009, partiu de um pedido de licenciamento de obras de alteração do edifício feito à CML, pela Hotel do Aeroporto, Actividades Hoteleiras SA, a 19 de Setembro de 2006. Ou seja, pouco mais de um mês após a entrevista ao “Diário de Notícias”, em que se falava do projecto. Mas o mesmo promotor apresentara, a 11 de Abril desse ano, um pedido de demolição do prédio, ao qual a autarquia atribuiu o número de processo 613/EDI/2006. Um percurso burocrático atribulado para um desfecho que parece corresponder, afinal, às intenções iniciais dos promotores da obra: demolir o prédio de Cassiano Branco. Embora se desconheça se alguma parte da fachada sobreviverá.»

...

Fazemos o que podemos: queixa. Resultado? Zero, claro. Mas, também, quem se interessa por isto? Meia dúzia de líricos... Não fossemos meia dúzia e não seria assim, claro.


...

Segundo artigo de hoje do Público (disponível aqui), o Vereador Manuel Salgado mandou embargar as obras, uma vez que as mesmas não respeitam o projecto aprovado pela CML, que obrigava à manutenção da fachada. Veremos como isto acaba... e lembramos que caso idêntico poderá estar já a passar-se na Duque de Loulé/Santa Marta.


TEXTO EDITADO

22/02/2013

Portas de Lisboa....obras de arte !


Av. de Roma, 54....Cassiano Branco, 1951

18/10/2012

Cronologia das obras de Cassiano Branco em Lisboa....



Actualizada em: http://cassianobranco.tripod.com/

Álbum e mapa serão também actualizados num futuro breve....

06/10/2012

Mais e bom de Cassiano Branco....




..aqui na Rua Nova de S. Mamede, 17 (década de 30)

03/10/2012

Atenção....obras de Cassiano Branco degradadas !




As portas do Eden estão a ficar neste estado lastimoso (estamos no coração da cidade !)




Av. Almirante Reis, 204



Av. Almirante Reis, 233




Rua do Salitre, 179 A


..e segundo lista amavelmente cedida por familiares de Cassiano Branco, aqui fica o nr. 54 da Av. de Roma ! (este era muito difícil de adivinhar)





Av. de Roma, 54  (1951)

Brevemente aparecerão mais "novidades" na nossa página dedicada a este talentoso arquitecto.

15/02/2011

Diga «LISBOA»: Rua Nova de S. Mamede 7

Em prédio protegido no PDM, com projecto de 1934 do Arquitecto Cassiano Branco. Uma das obras de referência do Modernismo em Lisboa. Ainda não está classificado pelo Ministério da Cultura / IGESPAR. "Pérolas a Porcos"?

14/12/2010

Porque os bons exemplos do que se faz entre nós serão sempre os mais importantes....


Art DécoTratar os clientes pelo nome com arte por
RAQUEL TERESO
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O Hotel Britania foi considerado pelo diário britânico 'The Guardian' como um dos quatro hotéis Art Déco mais bem preservados da Europa. É o mais recente dos prémios que este hotel, da autoria do arquitecto Cassiano Branco, já recebeu. O Britania tem história(s). Por lá já passaram muitos clientes ilustres, como Natália Correia, Amália Rodrigues, Assis Pacheco ou Vinicius de Moraes. Inaugurado na década de 40, era um dos hotéis mais caros de Lisboa, primando pelo ambiente boémio e excêntrico das suas festas e pelo serviço personalizado, que ainda hoje é uma das suas imagens de marca, que já lhe valeu outros prémios. O estilo Art Déco alia-se assim ao perfeccionismo do arquitecto, visível no detalhe com que define os materiais e o desenho do espaço, ao rigor do atendimento. No hotel da Rodrigues Sampaio, 17, ao Marquês de Pombal, todos os clientes são tratados pelo nome e há muitos cujos hábitos de anos são bem conhecidos...
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Almofadas, malas e estojos da bar-ba são alguns dos objectos de clientes que se escondem nas arrecadações do Hotel Britania. Privilégios de clientes frequentes que assim evitam andar com a mala às costas.
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Quando chegam, é Lúcia Ponces quem vai buscar as suas coisas e as arruma no quarto, certificando-se de que está tudo em ordem. Aos 43 anos, é a funcionária mais antiga, com 22 anos de casa e muito orgulho por conhecer "todos os cantinhos" do hotel. Sabe qual é o tipo de quarto que os clientes preferem, o que gostam de lá ter e se se incomodam se as funcionárias arrumarem os seus objectos pessoais.
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"São clientes exigentes que sabem muito bem aquilo que querem", define a recepcionista Raquel Salas, de 34 anos. Essencialmente ingleses e americanos que vêm para fins-de-semana alargados ou viagens de negócios. Normalmente ficam um, dois ou três dias e, quer seja a primeira ou vigésima vez que visitam o hotel, à entrada são sempre cumprimentados pelo nome.
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Um "contacto personalizado" que só é possível devido à reduzida dimensão do hotel, que conta com 33 quartos, 16 funcionários e uma ocupação máxima de cerca de 70 hóspedes, e lhes permite ter mais tempo para atender aos seus pedidos. Para preparar um pequeno-almoço especial para um pedido de casamento no hotel, programar um bolo-rei brigadeiro para o aniversário de um cliente ou o fotógrafo para um registar o casamento feito em Lisboa, só com os noivos.
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"Coisas que a nível de hotel são recorrentes, mas às quais podemos dar uma atenção especial", explica Raquel Salas. "E esse acaba por ser o nosso cartão-de-visita", o "cuidado" com os clientes e a preocupação em criar um "ambiente familiar" e "cómodo". Um esforço reconhecido pelos clientes, que classificam o serviço como "excelente" e chegam atraídos pelas boas críticas feitas ao hotel em sites como o TripAdvisor, "o maior site do mundo de agentes de viagem", como define o administrador do hotel, Luís Alves de Sousa.
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A família Martin faz parte desse grupo de clientes. O casal e os dois filhos vieram de Minneapolis, nos EUA, em busca de um lugar menos frio para a despedida de solteiro do filho mais velho, prestes a casar. E escolheram o Hotel Britania pela Internet, com base nas descrições que o colocam no número um das recomendações de viajantes para hotéis em Lisboa.
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O espaço que mais os conquistou foi a sala de estar, pelo conforto que encontraram entre as paredes tons de bege, com estuques trabalhados e um lanternim que deixa passar a luz solar. O bar é outro dos lugares marcantes, com as suas pinturas originais representando os brasões das ex-colónias portuguesas, os anjos da República e motivos alusivos aos descobrimentos, como caravelas, uma rosa-dos-ventos, o Adamastor e a frase de Camões: "E se mais mundo houvera, lá chegara.
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"Pinturas que só se tornaram visíveis depois da recuperação que se iniciou em 1975, quando o hotel foi adquirido pelos actuais donos. Uma recuperação lenta, feita com o hotel em funcionamento, e que desde 1997 lhe tem valido vários prémios, entre os quais a classificação como imóvel de interesse histórico para a cidade de Lisboa.
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Além disso, foi preciso "adaptar o hotel à vida de hoje", adverte Luís Alves de Sousa. Instalar ar condicionado, Internet e todas as estruturas que permitissem oferecer as comodidades de um hotel moderno. Mas "encaixámos tudo dentro do que já existia, sem deitar uma parede a baixo".
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A única divisão que lhes viram suprimida foi o restaurante, por causa da construção do parque de estacionamento de um edifício contíguo. Uma perda colmatada com um pequeno-almoço alargado até ao meio dia, e reforçado com ovos mexidos e vários legumes salteados, além do pão, café e condutos habituais.
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Ainda assim, o mais difícil, aponta, não é conseguir cobrir os custos de manutenção, associados ao trabalho dos artesãos contratados para os restauros. "O que custa é encontrar pessoas que façam bem" e, acrescenta a mulher, Ana Alves de Sousa, sensibilizar os mestres-de- -obras para o facto de o valor do hotel estar na sua "autenticidade".
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No facto de os mármores da casa de banho serem os originais, de o chão de cortiça dos quartos ter sido refeito de acordo com as indicações e técnicas antigas. No toque perfeccionista que reconhece ao arquitecto, pelo rigor com que definiu todos os detalhes do espaço e pela "coerência" que imprimiu aos desenhos geométricos do chão, no desenho da porta e no hall marcadamente Art Déco. "Não quer dizer que seja fantástico, que seja lindíssimo, mas é único", remata.
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(in Diário de Notícias).

26/11/2010

Britania eleito um dos melhores hotéis Art Déco da Europa


In Público (26/11/2010)

«O Britania, em Lisboa, foi considerado pelo jornal britânico Guardian um dos quatro melhores hotéis estilo Art Déco da Europa.

Situada na Rua de Rodrigues Sampaio (nas traseiras da Avenida da Liberdade), esta unidade foi desenhada pelo arquitecto Cassiano Branco na década de 1940. Os donos fizeram questão de manter o mobiliário original, recuperaram artesanalmente o chão de cortiça e restauraram as casas de banho e as paredes em mármore, os lustres e as portas com óculos de vidro. Inaugurado em tempo de guerra, aqui se cruzaram diplomatas e espiões, gente da alta finança e artistas. "Palco de muitas noites brancas, escândalos e conspirações, ficaram célebres, na pacata Lisboa dos anos 40, as festas e as requintadas ceias servidas de madrugada nos terraços", descreve uma nota informativa do hotel, famoso também pelas "noites sem fim dos campeonatos de brídge em que se perdiam fortunas".

Casada desde 1950 com o gerente do hotel, Natália Correia também contribuiu para o ambiente boémio do Britania, que no início se chamava Hotel do Império. Foi aqui que a poeta escreveu, já nos anos 70, a peça de teatro O Encoberto, a primeira a ser encenada no Teatro Maria Matos após o 25 de Abril de 1974. Quem o recorda é um dos responsáveis do grupo Heritage, ao qual pertence o hotel, Luís Alves de Sousa, que explica que não é a primeira vez que o edifício é distinguido a nível internacional. "Em Portugal é que realmente o reconhecimento tem sido pouco", admite. "Pedimos há uns meses para o imóvel ser classificado como imóvel de interesse municipal." Uma noite em quarto duplo custa entre 130 e 215 euros. O Hotel Martinez, em Cannes, o Burgh Island, em Devon, Inglaterra, e o Art Deco Imperial em Praga são os outros hotéis escolhidos pelo Guardian. A.H.»

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Tal qual o nosso Júlio Amorim tinha anunciado em primeira mão, trata-se de um merecidíssimo prémio; só falta é conseguir-se repor a porta principal tal qual o desenho o original de Cassiano, que vai ser difícil...

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Fomos entretanto esclarecidos por mão amiga que a porta actual é a reprodução da original: «...a porta que lá está foi feita por nós com base no desenho de pormenor do Cassiano que está na parede da recepção. Deu-nos imenso gozo porque aquela porta nunca tinha sido construída. E deu também um trabalho medonho porque é em ferro e muito pesada e por isso as dobradiças, molas, etc. tiveram que ser reforçadas e especiais...»

E pronto, correcção feita.

25/11/2010

Hotel Britânia entre os melhores Art Deco da Europa....

Hotel Britânia, Cassiano Branco, 1943 (foto: Lisboa SOS)
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Escolhido por The Guardian como um dos melhores da Europa....
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Parabéns aos seus proprietários pelos cuidados que tiveram com esta pérola e que resultou em empreendimento de alta qualidade.

13/02/2010

Portas de Lisboa....pequenas obras de arte!

Maravilhas de Cassiano Branco na Av. Alvares Cabral....

Cassiano Branco....em Algés ?



Fotografias amavelmente enviadas pelo leitor BMS

É provável que este edifício situado na Av. dos Combatentes da Grande Guerra 62, em Algés, seja da autoria de Cassiano Branco. O desenho das varandas e, a envolvente do portão lateral de entrada, são portadores de semelhanças com outras obras de Cassiano.....

varandas: Hotel Victoria e Rua Nova de S. Mamede 7, pedra de revestimento: Hotel Victoria, Av. Alvares Cabral 46, Rua Fialho D`Almeida 15, Av. Defensores de Chaves 27.

Continuamos a deixar um apelo a todos os interessados pelo modernismo de Lisboa para deixarem o seu contributo sempre que puderem. Esta riquíssima herança com que Lisboa foi brindada....não pode seguir o mesmo destino do período romântico.

02/02/2010

Obrigado PT....é só continuar!

"No dia 11 de Dezembro uma equipa da Portugal Telecom iniciou a remoção de cabos no nosso Bairro. O nr. 31 da Ressano Garcia, projecto de Cassiano Branco, foi um dos prédios onde andaram, conforme fotografia que anexamos. Ficámos entusiasmados e esperançados que a PT tivesse aceite o nosso desafio de, em conjunto com a CML, contribuir para a reabilitação do bairro. Alguns dias depois desapareceram…".

....obrigado A.A.S. !
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Agosto de 2009

20/01/2010

Portas de Lisboa....pequenas obras de arte!



....três belíssimas portas da autoria de Cassiano Branco.. .
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....e outra substituída num edifício do mesmo arquitecto..
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As portas da época modernista (e muitas outras) são um espólio único da nossa cidade (será que vão seguir o mesmo destino que muitas janelas ?)

20/11/2009

X-metros de cabo....qual é o problema ?

Av. Defensores de Chaves, 27....um dos mais belos edifícios de Cassiano Branco
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A (infeliz) opção de instalar fios e cabos nas fachadas de Lisboa já é mais que centenária (tradições e maus hábitos são tramados de mudar). Agora esta modalidade em pleno séc. XXI de usar cabos demasiado longos para depois os deixar enrolados nas fachadas de Lisboa…não compreendo mesmo !

07/10/2009

Cassiano Branco....

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Depois de uma visita às "54" obras de Cassiano em Lisboa, a nossa página dedicada a este arquitecto será (aos poucos) actualizada com novas fotografias e algumas correcções na cronologia.
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Quem queira participar com informações complementares sobre estes edifícios, fotografias, etc., poderá enviá-las para o nosso e-mail.