quarta-feira, setembro 30, 2009
Danica em dois mundos
Danica Patrick decidiu. Indy e Nascar. Não uma ou outra, mas as duas. Já garantiu contrato de três anos na Andretti/Green equipe que logo depois do final da temporada terá seu novo nome anunciado, já que Michael Andretti assumirá sozinho o comando da parte competitiva da empresa. E ainda negocia com a Nascar.
Inteligente, sua assessoria percebeu que ainda tem muito dinheiro pra ser faturado com a presença dela na Indy e passar pra Nascar só pelo dinheiro colocaria muita pressão sobre ela.
Agora que já tem onde correr sendo competitiva, ela terá tempo pra se adaptar a Nascar, provavelmente acelerando numa divisão de base. As negociações ainda estão em adamento e devem envolver muitos detalhes. Uma pista sobre isso quem deu foi o próprio Michael Andretti que afirmou que com o contrato assinado Danica terá limites bem definidos do que é possivel fazer com seu tempo livre na Indy.
No Twitter Danica contou nesta semana que teve tempo pra arrumar a casa. Ano que vem ao invës de colocar tudo arrumado em pilhas diferentes e tirar o pó das revistas velhas, ela vai estar em algum oval trocando tinta com os marmanjos.
sábado, setembro 26, 2009
Entre uma moto e outra
Notícias da F-1 e da Indy atraem as nossas atenções e nos colocam diante de um mundo cada vez mais rápido nas transformações. Twitter tem sido a solução, a ferramenta pra acompanhar Danica Patrick contando que dormiu bem logo que chegou do Japão e que Tony Kanaan é mesmo viciado em academia. O cara Malha todo dia! Profissão atleta do volante. Grande Tony. E Danica vai estar como companheira de Tony até o final de 2012na equipe Andretti.
Mas não dá pra deixar passar os fatos mais recentes que marcam a F-1. Escrevi aqui que a Limpeza começou mas depois de encarar a realidade dos buracos das ações da FIA contra Flavio Briatore, acho que a limpeza não vai muito além de um ou dois excutores de tramóias.
Afinal Briatore é sócio de Bernie Eclestone na GP2 e também está na World Series. A ação da FIA contra o italiano não pode impedir seu trabalho de manager já que seus contratos com os pilotos são feitos na justição comum. Enquanto o australiano Mark Webber veio a público dizer que em 11 anos de parceira nunca teve problemas com o italiano comandando seus contratos, Eclestone e Montezemolo disseram que a punição da FIA a Briatore era pesada demais.
Briatore é desafeto de MAx Mosley que está, por sua vez, deixando a presidencia da FIA. Jean Todt, um dos candidatos a presidencia, é pai de Nicolas que tem pelo menos interesses em três equipes da GP2, que pertence a Briatore. A conta é simples e clara, como a música que anuncia o pra mim gênio Silvio Santos desde os anos sessenta, "...Briatore vem aí, lará, lararará, Briatore vem aí..." De volta, renovado, limpinho talvez, mas o mesmo Briatore.
Com Nelsinho limpo pela FIA desde o início o único sujo do caso Cingapura 2008 é mesmo o engenheiro Pat Symonds que calculou a falcatrua mandada por um e executada pelo outro. Ou será que Briatore virá resgatá-lo quando estiver de volta?
Pra encerrar com alguma esperança esse olhar desolado para tantos resultados supostamente trabalhados, bem que o projeto para este 2009 poderia contemplar um brasileiro campeão do mundo. Até pra compensar o título que não veio em 2007 (quando a Mclaren perdeu tão estranhamente o título para a Ferrari de Haikkonen) ou 2008 quando parecia tão claro, não fosse o resultado ainda passível de anulação de Cingapura. Acelera Rubens! Quem sabe...
Ela é demais!
Confesso que senti medo. Não é sempre que se tem uma dessas tão perto, a mercê de nossos desejos. Uma tentação e tanto ela alí, parada, esperando pra ser montada e domada! E se eu não fosse capaz de domá-la, pensei.
Quando montei e comecei a olhar os detalhes, cada curva, cada saliência, me perguntava ainda como é que tanta beleza tinha vindo parar assim tão perto. Até então uma dessas, pra mim, só mesmo nas páginas daquelas revistas. E agora eu ali...que delícia a sensação de estar sobre ela...
Ok, já que o exercício lugar comum de comparar moto com...sabe-se lá o que, é mesmo bem fácil de ser percebido, devo confessar que foi mesmo prazeroso andar na Kawasaki ZX10R. Uma máquina que parece que vai intimidar pela fama de esportivíssima com seus 188 CV de potência, pelo som do motor, pela posição de pilotagem e até mesmo pela reação incial aos comandos.
Mas assim que a primeira volta foi concluída na pista de testes da Pirelli, durante o concurso da escolha da Moto do Ano da revista DUAS RODAS, do qual participei junto com outros 14 jurados,percebi que essa é uma moto do bem. Tem tudo pra ser "marvada" mas também tem um comportamento dinâmico e de motor que permite que ela seja usada como se quiser e como se puder. Mesmo pilotos menos dotados conseguem se divertir nessa moto de 58 mil reais.
Claro que empinar em terceira marcha, deitar nas curvas até detonar os raspadores é possível, mas uma "bandola" pelos bares da moda pra ser notado pela galera também cabe. Só não cabe tentar uma garupa que exija algum conforto. Aí você tem de lembrar que tudo tem limite. E nessa Kawa o limite é apenas um de cada vez. Pelo menos com o devido conforto e respeito ao projeto.
Se essa Kawa não tem freio ABS tem controle de tração e é moderna em tudo no seu visual. Durante o teste eu só não apaixonei por ela de forma exclusiva porque também deitei (nas cuvas da pista da Pirelli) com uma alemã de 1300cc que veio da Bavária pra fazer a quase perfeição em motos passar dos setenta mil reais. Mas isso é papo pra outro post.
quarta-feira, setembro 16, 2009
Limpeza
Poderia até se chamar renovação mas acho que o que se vê na F-1 é mesmo um processo de limpeza.
Depois que a Mclaren foi flagrada em espionagem explícita e perdeu o título. Depois que Max Mosley foi exposto publicamente no episódio das prostitutas fantasiadas. Depois que a Mclaren teve de trocar de dirigente. Depois que as equipes lideraram uma revolta ameaçando criar uma nova categoria e se opondo ao poder da FIA e de Bernie Eclestone. Depois que Max Mosley prometeu que não será mais candidato a FIA. E depois de escacarada uma farsa, a Renault teve de demitir hoje seu dirigente maior na F-1, Flávio Briatore.
Essas batalhas na guerra de poder da F-1 estão mostrando o quanto a categoria deve mudar, tem de mudar. É fato que essa publicidade toda na midia mundial, e de graça, garante exposição a todos que competem na categoria, mas é má publicidade. E os efeitos dela são negativos num futuro próximo. Aliar-se a imagem de falcatruas e falta de comando que hoje parece imperar alí, não é bom para nenhuma corporação.
Por isso a limpeza se faz necessária.
E eis que resurge no cenário o nome Lotus. Um nome que remete imediatamente aos tempos áureos do início da revolução esportiva e administrativa que Bernie Eclestone implantou na categoria. Era coisa de garagistas ingleses, virou negócio internacional. Um nome trazido por novos empresários, novo dinheiro de um país que sente menos os impactos da crise finaneira mundial que ainda perturba governos na Europa.
A mesma crise que faz as montadoras que estavam dominando a categoria, reverem seus planos e tamanhos de investimento, algumas se retirando do cenário. É bem verdade que coporações, como as montadoras, são comandadas pelo público que compra ações e carros de rua dessas marcas. Esse público forma o mercado que influencia os vários dirigentes nas muitas divisões de cada companhia e eles escolhem, bem ou mal, os homens que dirigem as ações esportivas nas pistas de corrida.
A limpeza que se faz na F-1 é resultado de um mercado chocado com notícias de espionagem e resultados manipulados, de egos maiores que os méritos. Mas não sejamos ingênuos em achar que isso feito tudo muda. O que muda na verdade é a fase. Outra realidade, com coisas boas e ruins vai se instalar. O que a gente espera, como amantes do automobilismo e de sua mais importante categoria, é que seja mesmo uma fase mais limpa.
Nas pistas uma pequena equipe com um piloto inglês desacreditado e um brasileiro duas vezes vice, tem tudo pra faturar o título. Limpeza.
sábado, setembro 12, 2009
terça-feira, setembro 08, 2009
sexta-feira, setembro 04, 2009
Cachoeira e Trilha no Mato Grosso
Dois dias na estrada e aqui estamos. Mato Grosso, Barra do Garças. Foram mais de mil quiloetros até aqui desde Cuiabá, com passagem pela Chapada dos Guimarães.
Me traz aqui o Rally Ecológico Berohokã, que na língua dos Carajás quer dizer Grande Rio, o rio Araguaia. Ele começa pequeno na cidade de Mineiros no estado de Goiás e foi lá que partimos com o comboio de pilotos nessa manhã.
O diretor técnico desta prova é Lourival Roldan que participou de seis edições do Dacar e traz sua experiëncia para fazer desta, apenas a primeira de muitas edições deste rally.
Pois entre longos deslocamentos de estrada de terra e trilhas com muito poeira vemos esta cachoeira. No caminho serão muitas mais e outras tantas histórias que pretendo contar aqui. Mas estas fotos, eu tinha de dividir já.
Espero que gostem. O programa Super Motor Especial que fazemos aqui para o Bandsports, vai ao ar em duas semanas.
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