Foi pequena, aliás, muito singela, e até contida, a homenagem que durante três dias foi feita a Mário Soares, em Arcos de Valdevez.
Frank Carlucci, ex-director da CIA, amigo de longa data do homenageado, limitou-se a enviar uma mensagem e Gorbachov, último presidente da URSS a quem o imperialismo muito deve, ficou-se pela sempre distante videoconferência. No plano nacional, só a presença do actual primeiro-ministro para uma troca de elogios mútuos conseguiu disfarçar a falta de mobilização das mais altas figuras da nação.
Mário Soares merecia mais. Muito mais. Afinal de contas foi ele que, à frente do PS, deu uma contribuição decisiva para o início e consolidação do processo contra-revolucionário em Portugal. Foi com ele que o PS primeiro vestiu a camisola do «socialismo», para a seguir tirar a máscara, transformando-se num dos principais executantes da política de direita contra a própria Constituição da República. Foi com ele que importantes conquistas de Abril como a Reforma Agrária foram liquidadas. Foi com ele que se deu importantes saltos qualitativos na ofensiva contra os direitos dos trabalhadores, como foi a introdução dos contratos a prazo. Foi com a sua acção e iniciativa que se liquidou parcelas determinantes da nossa soberania, desde logo com a integração do país na então CEE. E é com o apoio dele que, hoje, essa mesma política de abdicação dos interesses nacionais, de agravamento da exploração, de imposição de novos sacrifícios ao nosso povo, prossegue e se aprofunda.
E para que não restem dúvidas, elogiando Sócrates, MS vai pensando no futuro da política (de direita) que ele próprio concretizou e soltando palavras virtuosas para o actual líder do PSD.
Foi por isso muito curta a homenagem prestada a tão exemplar figura do nosso País. Os homens de mão do imperialismo norte-americano deveriam corar de vergonha. Não se pode esquecer um amigo assim. Grupos económicos, alguns deles recompostos depois do 25 de Abril – como é o caso dos Mello ou Espírito Santo – e outros que floresceram nestes mais de trinta anos de política de direita deveriam ter outra atenção para com o «pai da democracia» onde as suas volumosas fortunas florescem na exacta medida em que diminuem as condições de vida do povo português.
Frank Carlucci, ex-director da CIA, amigo de longa data do homenageado, limitou-se a enviar uma mensagem e Gorbachov, último presidente da URSS a quem o imperialismo muito deve, ficou-se pela sempre distante videoconferência. No plano nacional, só a presença do actual primeiro-ministro para uma troca de elogios mútuos conseguiu disfarçar a falta de mobilização das mais altas figuras da nação.
Mário Soares merecia mais. Muito mais. Afinal de contas foi ele que, à frente do PS, deu uma contribuição decisiva para o início e consolidação do processo contra-revolucionário em Portugal. Foi com ele que o PS primeiro vestiu a camisola do «socialismo», para a seguir tirar a máscara, transformando-se num dos principais executantes da política de direita contra a própria Constituição da República. Foi com ele que importantes conquistas de Abril como a Reforma Agrária foram liquidadas. Foi com ele que se deu importantes saltos qualitativos na ofensiva contra os direitos dos trabalhadores, como foi a introdução dos contratos a prazo. Foi com a sua acção e iniciativa que se liquidou parcelas determinantes da nossa soberania, desde logo com a integração do país na então CEE. E é com o apoio dele que, hoje, essa mesma política de abdicação dos interesses nacionais, de agravamento da exploração, de imposição de novos sacrifícios ao nosso povo, prossegue e se aprofunda.
E para que não restem dúvidas, elogiando Sócrates, MS vai pensando no futuro da política (de direita) que ele próprio concretizou e soltando palavras virtuosas para o actual líder do PSD.
Foi por isso muito curta a homenagem prestada a tão exemplar figura do nosso País. Os homens de mão do imperialismo norte-americano deveriam corar de vergonha. Não se pode esquecer um amigo assim. Grupos económicos, alguns deles recompostos depois do 25 de Abril – como é o caso dos Mello ou Espírito Santo – e outros que floresceram nestes mais de trinta anos de política de direita deveriam ter outra atenção para com o «pai da democracia» onde as suas volumosas fortunas florescem na exacta medida em que diminuem as condições de vida do povo português.
Vasco Cardoso, Jornal Avante nº 1909 de 1 de Julho de 2010
www.avante.pt
4 comentários:
Meus caros;
Tenham juizo. Então depois do PREC e REf Agrária, ainda atiram pedras a outros?!
CUMPS
Antes um PREC do que o PEC deste (des)governo!
Numa tentaiva de fugir ao Comunismo, resultou esta bela sociedade da qual desfrutamos todos hoje em dia! em liberdade e harmonia! E Campo Maior é um belo exemplo disso mesmo.
Lá vêm os habituais: e se, e se...
Ao qual respondo: se a minha vizinha tivesse rodas, era uma bicicleta!
Meu caro.
Juízo e bom senso ñ nos faltam!
A ferorma agraria pos o pais a produzir e acabou com o desemprego no Ribatejo e no nosso querido e tão mal tratado Alentejo. Hoje, 80% do que consumimos é importado(nesta sociedade "Socialista" de Mário Soares e seus correlegionarios, já vi contemporaneos nossos, a procurar comida nos contentores do lixo) e a desertificação social das nossas terras, é uma constante.
O anónimo ~edo dia 5 aconselhava-nos a ter juizo e lembrava-nos o Prec e Reforma Agrária.
Não estamos esquecidos pela primeira vez e por pouco tempo acabou a exploração nos campos do nosso Alentejo e a Terra foi de quem a punha a produzir.Mas a revolução tinha e tem muitos inimigos,por isso se meteu o socialismo na gaveta,os companheiros de luta passaram a ser inimigos e os inimigos de Abril passaram em muitos casos a ser compalheiros de luta contra os malditos comunistas que só queriam e querem a sociedade socialista.
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