quinta-feira, 25 de outubro de 2012

Fatos presenciados

Em outra crônica falei para vocês que "As ideias estão em todos os lugares que passamos ou frequentamos. O que conta é a criatividade e a inspiração para captá-las e depois desenvolvê-las."
No entanto, nem sempre elas geram crônicas, porque às vezes são apenas um pequeno fato a ser narrado. Então, procurei documentar algumas bizarrices que vi esta semana para compartilhar com meus queridos leitores, ou seja vocês.


Presenciei uma mulher falando ao telefone:
– Oi querida eu quero falar com o Zé Luís ... Ah é um gordinho que usa óculos.
Eu achei muito engraçado, porque a característica física do Zé Luís foi "mega" necessário para ela descrevê-lo para outra pessoa poder encontrá-lo.
Então fiquei pensando que no meu caso poderia ser:
– Oi meu amor. Eu quero falar com o Claudinho ... Humm! É um cara forte, lindo, muito simpático, um gato ... Só tem um cara parecido com o Gianecchini? É ele mesmo, só que bem mais bonito.
Pois é – gargalhadas – nem eu me aguento.


É impressionante até aonde chegou o ser "umano". Sim "umano", porque o "h" ele já perdeu. E daqui a pouco tempo perderá todas as letras e terá outra denominação porque os bichos não merecem ser comparados com esta espécie de espertinhos que querem levar vantagem até em segundos ou em um palmo de chão.
Após eu terminar minhas compras em um supermercado que sempre frequento, e que outrora era frequentado por pessoas de melhor educação, eu me encaminhei para o carro onde guardei as sacolas. Quando engatei a ré percebi  uma pessoa que vinha com o carrinho de compras. Então, como eu ainda acredito na gentiliza humana, agora sim com "h" eu esperei. Só que o filho de uma prostituta não queria passar e sim colocar as compras no carro dele que estava ao lado. O que tem isto de mais? Eu não precisava elogiar a doce mãezinha dele, que deve ser uma santa? Simples! O cara colocou o carrinho entre o carro dele e o meu e ficou junto atrapalhando minha manobra. Ele poderia ter colocado as compras no porta-malas, usar a porta do outro lado ou, mais prudente ainda, esperar eu sair. Entretanto, ele quis justamente usar a porta que estava do meu lado, mas tudo bem. Como na minha esquerda não havia carros, eu iniciei a manobra desviando do trouxa metido a esperto. Então tive que usar parte da vaga que estava livre. Ainda bem que não cheguei a completar a manobra, pois mesmo com o carro em movimento e luz de ré ligada, outro apressadinho, que desta vez devia ser um "traído pela esposa", entrou como um foguete na vaga ao lado como se fosse perdê-la para o fantasminha Pluft. Poderia ter acontecido um acidente dentro de um estacionamento de supermercado. Quer dizer três. Porque eu ia quebrar a cara deste usuário de marfim de testa e depois do cara cuja santa mãezinha estava iniciando o turno na zona.
Por que as pessoas não podem esperar um minuto para fazerem as coisas com mais segurança e conforto?
É! De repente eles estavam apressados para ver a estreia do Salve o Jorge e quase ferraram com o Claudio Jorge, que para quem não sabe é meu sobrenome do meio.
Ai eu penso:
Se em um estacionamento de super* os caras são doidões e fazem esta barbaridade, imagina nas estradas onde eles têm mais espaço. É por isto que todo dia se vê acidentes com mortes por ai.

* Super - Gíria Porto-alegrense para supermercado


Ao ir almoçar no local de sempre, uma pessoa, que chegou segundos na minha frente, entrou no restaurante impedindo outras três de saírem, gerando um pequeno desconforto para todos, que por falta de espaço se esbarram.
Eu, em vez de entrar, esperei que os saintes passassem pela porta.  Não apenas para ser cortês, mas também porque acredito que quem sai tem preferência, pois libera espaço para quem entra. Os três me agradeceram gentilmente com um obrigado sorridente.
Neste estabelecimento, a gente se serve de imediato e depois vai para mesa. Então ao me servir, reparei melhor na pessoa que tinha gerado a pequena confusão. Conforme dei a entender lá em cima, não gosto muito de falar de caraterísticas físicas das pessoas, até porque tenho as minhas que podem ser consideradas esquisitas por muitos. Porém, esta pessoa é especial. Ela tem cabelos brancos acinzentados e armados de tão secos e um nariz pontudo. Usava um sobretudo preto a uma temperatura de 26º em Porto Alegre e óculos escuros, que não tirou por um segundo. Não dava para saber se era homem ou mulher. Não usava anéis ou pulseiras. Não consegui ver se estava com brincos por causa do cabelo. Ao julgar pelas rugas, que lhe marcam,  ela é de muita idade. Não sei se, com esta descrição que dei, vocês terão a mesma impressão que eu tive. Pois é! A grande verdade é que não creio nas bruxas, mas que elas existem, existem.
Para eu ficar ainda mais impressionado, ela sentou na mesma ala que eu e  ao alcance dos meus olhos. E meu espanto ainda não tinha acabado, pois, na mulher que sentou atrás da suposta bruxa, que antes tinha passado despercebida, notei tamanha feiura jamais vista. E seu acompanhante não ficava atrás. “Talvez eles tenham pisado na sombra dela”, eu pensei. Fiquei preocupado: "Será que ela fez isto comigo?" Tá certo que estou bem longe de "um Gianechini", mas gosto de como sou.
Enquanto eu imaginava como descrever tal situação para vocês, dei uma mordida no bolinho de arroz que adoro. Eca! Que susto. Eu tive que cuspir no guardanapo de tão ruim que estava. Não consegui engolir um pedacinho sequer. Foi um gosto tão ruim que não lembro ter provado algo parecido. Aí me apavorei: “Ela lê pensamentos e mandou um aviso”. E o que é pior, de vez em quando ela olhava para mim. Eu estava até esperando o momento que ela tiraria a varinha de condão do bolso e dissesse:  
– Qual é? Vai encarar? – E eu viraria um sapo.
Então comecei a pensar em tudo que era coisa para confundir a bruxa, na copa do mundo de 1970, na Shakira, até nas notas ruins que tirei na faculdade.
Assim eu achava que ela não conseguiria invadir meu cérebro e se invadisse não saberia nada de mais.
Terminei o almoço e nem olhei para trás, mas ao pagar peguei duas balinhas brinde de menta e reparei que a moça tinha digitado R$ 0,20 a mais. Não é pela quantia irrisória, mas sim para entender que eu perguntei o motivo.
– É R$ 0,10 cada balinha – disse ela.
Putz! Sempre foi brinde. E logo hoje resolvem cobrar. Isto só pode ser obra da bruxa.
Então pensei:  “Bom! Vou embora antes que ela resolva sair junto e me obrigue a dar uma volta de vassoura e me jogue lá de cima sem paraquedas”.
Ao sair do restaurante, cheguei a dar um passo em direção ao caminho habitual, mas mudei de ideia naquele momento. “Vai que a bruxa conseguiu captar o meu caminho e armou alguma coisa como um cofre caindo de um prédio ou um chihuahua nervoso morder meu calcanhar”.
Ao fazer um caminho mais comprido, porém mais seguro, tal como Zé Rodrix em latino americano, pelo menos eu pensava que sim, levei uma baforada de cigarro na cara.
“Eta bruxa poderosa tchê. Será que vou ter que arrumar um contrafeitiço?
Ai bateu o desespero. Eu fiquei preocupado até achar um espelho. Não sou narcisista e sempre ignoro quando esbarro com um. Porém, justamente desta vez que eu precisava muito mais do que uma mulher querendo retocar a maquiagem, não aparecia nem poça d´água.
Até que finalmente encontrei um. “Ufa! Continuo o mesmo feinho de sempre”.

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

Noite em claro



O vento assobia lá fora com tamanha força que chega a dar medo. Não me amedronto com qualquer coisa, mas o último vendaval desta intensidade arrancou o telhado da minha casa.
Que insônia bandida! Por que ela não me deixa em paz?
Li a última linha deste livro e o sono está longe de aparecer. Doze mandamentos – risos – eu sempre achei que eram dez. Mas, o Siney Sheldon sabe o que escreve.
Pronto! Foram-se os ventos, mas veio a tempestade. Não há mais receios, mas o quarto vira dia com estes relâmpagos, e o barulho dos raios são ensurdecedores.  
Agora não temo mais nada, meu problema era o vento, mas dormir com um barulho destes é impossível. Ainda mais com a cadela medrosa arranhando a porta querendo entrar. O que ela está pensando? Nunca lhe dei esta liberdade. Que vá para o canil que mandei construir. É mais do que um dormitório de cães. Para eles é uma mansão.  Tem até beliche.
Minha mulher dorme suavemente. Parece uma criança. Ela chega a sorrir. O sonho deve ser bom. Espero que seja com uma barra de chocolate e não com o Brad Pitt.
Lembrar da música da Rita Lee agora seria uma boa. A falta de vontade de dormir tem tudo a ver com fazer amor de madrugada. É melhor não. Ela pode não gostar. Ninguém quer ser acordado as três horas da manhã. E dormir no canil com uma tempestade destas não é uma boa. Nem na sala. Pior ainda é ficar lá sem sono.
O sofá está muito ruim. Eu deveria trocar. Não segui meu próprio conselho.
Eu sempre alerto os jovens que a prioridade é a sala. Devemos ter boas televisões e sofás confortáveis. Em caso de brigas é sempre onde o homem vai parar.
Mas, é para lá que vou. Ficar rolando na cama e só imaginando o que poderia fazer com esta bela mulher é coisa de adolescente. E depois posso acordá-la, e se rolar mau humor vou ter que ir na força.
Hum! A lareira ainda está quentinha. É largar uma lenha e um álcool que o fogo pega fácil.
Três e meia da manhã e eu aqui tentando achar alguém no Facebook. Todo mundo dormindo ou na balada. Não há com quem conversar.
As notícias ainda não foram atualizadas. Já li todas antes de ir deitar. Nada de novo. Que saco! Ô tédio.
Para complicar esta tempestade com raios barulhentos. Se na cama eu não conseguia dormir, aqui neste sofá horroroso é que não rola.
Até a cachorra conseguiu dormir. Só falta eu. Mas, e ai? Se ela falasse perguntaria qual o sonífero que encontrou.
Que droga! Meu Martini acabou e eu esqueci de comprar.
Este filme é horrível, mas é o único que esta passando. Nos outros canais, mais porcaria ainda.
Que fome! Ah! Sobrou pizza. Vou traçar. Mas, no seco não dá.  Preciso de algo para beber e esta hora da noite só desce um refri. Quem que estou querendo enganar. Este néctar desce bem qualquer hora. Tudo estava gostoso. Ainda bem, porque a esta hora da madrugada não se tem muita opção. Bom! Voltarei para o sofá. A garrafa eu levo comigo.  A cunhada do meu filho, a Gabriela, vai me trucidar. Ela é nutricionista.
E continua este filme chato.
O que me resta é esta revista velha do MAD. Alguém esqueceu aqui. Já li faz tempo. Não lembro das piadas.
Opa! Sátira de lenhador. Isto me deu uma ideia.
Vou pegar a motosserra(*) e ir atrás de vizinhos barulhentos.
Diacho. Não dá. Gastei todo combustível da outra vez.
Maldito preço da gasolina.


sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Desnecessidades



Adeus Ranilda
Começo a postagem da semana, com muito pesar, comunicando que a Ranilda(*1) foi encontrada morta em seu mais recente adotado habitat natural no litoral gaúcho, a minha piscina. A causa mortis é “cansaçus extremus”, ou seja nadou, nadou e de fato morreu na praia. A causa foi provocada pelo vírus “burricis tapadis”, pois por já ter tido usado a ilha flutuante da outra vez, ela deveria ter aprendido que era literalmente uma taboa da salvação.
Estou muito triste porque perdi a mascote e o futuro jantar.

Conflito desnecessário

Uma manifestação, com princípios pacíficos, que mobilizou centenas de pessoas para protestar contra a privatização de espaços públicos terminou em uma verdadeira batalha campal em frente à prefeitura de Porto Alegre no dia 4 de outubro.
O conflito iniciou quando alguns jovens resolveram furar o bloqueio policial, pulando as grades proteção, para danificar o Tatu inflável, símbolo da copa e patrocinado pela Coca-Cola.
A partir da invasão, começou a reação policial e ai o mundo inteiro sabe o que acontece.
O que mais me irrita nesta democracia de bosta é que as pessoas acham que podem fazer o que querem para depois reclamarem das consequências.
Não quero que pensem que eu estou a favor da Brigada Militar, pois sabemos que não é preparada psicologicamente e muitas vezes cometem abusos de autoridade. Não estou a favor e nem contra, mas tenho ciência que ainda há muito que melhorar. Entretanto, não podemos esquecer que eles são serem humanos, muito mal pagos e precisam manter a ordem, e contra qualquer ato hostil irão reagir. Eles também têm medo.
Não estou dizendo com isto que se deva dar a eles a licença para matar. Mas, eu já vi centenas de manifestações públicas, acompanhadas pela Brigada Militar, que terminaram da mesma forma que começaram, na paz.
Neste caso, no Largo Glênio Peres em frente à prefeitura de Porto Alegre, é claro que houve excessos. Mas, quando irão aprender que manifestações por mais pacíficas que sejam sempre são tensas e nem todos os participantes são “santinhos”. Ainda mais que na noite anterior já havia ocorrido um vandalismo contra um balão inflável da mesma patrocinadora em outro local.
Violência não leva a nada. Porém, em manifestações sempre há idiotas que provocam e são agressivos se baseando que têm direitos, e acabam colocando tudo a perder. Inocentes são machucados, as vezes mortos, porque depois que começa a confusão ninguém consegue parar. Os policiais não param de bater e quem realmente estava na paz reage. Vira uma guerra. 
Ninguém tem o direito de destruir algo só porque não gosta.
Quando vamos para uma manifestação, temos que ir na paz e não provocar. Podemos cantar, gritar as frases da manifestação, apitar, agitar bandeira e faixas. Quando passarmos pelos policiais não devemos olhar para eles ou fazer movimentos hostis e provocações, muito menos tomar as dores de vândalos ou provocadores.
A maior hipocrisia de tudo isto é que quando começar a copa, a grande maioria que participou deste conflito vai assistir, torcer e a cada vitória do Brasil vai comemorar nas ruas, e alguns ainda tomando Coca-Cola.

Princípios morais
Certa vez, em um restaurante, o garçom esqueceu de marcar um refrigerante na minha comanda.  Eu o chamei e avisei. Ele saiu agradecido ao mesmo tempo em que espantado por estar acostumado a levar calote. Mal ele se distanciou, um colega me repreendeu por eu ter deixado de ganhar um refri na marra. Eu respondi a ele que não seria honesto e me admirava em vê-lo falando aquilo, uma vez que ele sempre reclamava de “políticos ladrões”.
Ele voltou a me repreender falando que os “políticos ladrões” roubam milhões.
Então eu o silenciei com a seguinte frase: “Os políticos ladrões roubam milhões porque tem oportunidade de roubar milhões. Talvez eles tenham começado com a oportunidade de roubar um refrigerante”.
O fato é que minha vó sempre dizia que a “oportunidade faz o ladrão”. Logo, cabe a nós “aproveitar” a oportunidade ou não.
Então eu fico pensando: Nós votamos em corruptos, eles se tornam corruptos ou votamos em nossa própria imagem e semelhança?

Ficha suja

Eu já havia falado na crônica Democracia Infiel que esperava não haver jeitinho brasileiro no caso da ficha limpa, ou melhor, ficha suja. Mas, inocência minha comentar aquilo. Em várias cidades brasileiras, candidatos acusados de corrupção, que estão com recurso em julgamento, foram eleitos ou estão no segundo turno. Nestas cidades, o pleito terá que ser repetido caso os recursos destes candidatos a prefeituras sejam indeferidos.
O incrível neste país é que se meu CPF for parar no SPC, mesmo que acidentalmente, eu fico sem crédito até na padaria da esquina. Mas, os candidatos com o crédito político em baixa podem se candidatar.
Fico dividido quanto à nova eleição para prefeito. Por um lado acho correto anular, pois apenas invalidar a candidatura seria jogar todos os votos no lixo. Mas, por outro, seria o castigo que estes eleitores merecem por votarem em alguém que não esteja quite com a justiça. Mas, ai os candidatos que tiraram terceiro lugar em diante seriam muito prejudicados porque poderiam ter recebido mais votos se não fosse o suspeito.
Outra coisa que me preocupa é que não tem uma definição de como será o tratamento dos vereadores eleitos nesta situação. Como fica a legenda partidária? Também falei da legenda partidária em Democracia Infiel. Imaginem um candidato muito popular, como nosso querido Rouboerto Nemai(*2), mas com a ficha suja sob recurso.  Podemos imaginá-lo sendo o vereador mais votado, com uma quantidade expressiva de votos carregando com ele candidatos de menor votação por causa da legenda. Há corrente que defende que os votos anulados seriam apenas do candidato e não da legenda. Se isto acontecer, os candidatos caronas não perderão as cadeiras e possivelmente o suplente assumirá. Ou seja, muitos mesmo com a ficha limpa, se beneficiarão da popularidade de um suspeito de corrupção. Não concordo com nada disto e como os vereadores limpos não tem nada a ver com isto e uma nova eleição os prejudicaria, acho que simplesmente, o candidato ficha suja deveria ser anulado com todos os seus votos. Assim o partido perderia o ganho na legenda o que seria uma punição por usar o jeitinho brasileiro.
Nada disso acima seria necessário se a lei fosse mais objetiva e clara.
Mas, o que mais me incomoda é que teve vários casos de políticos envolvidos em escândalos votados pelo povo. Então para que julgamento do mensalão, Cachoeira e etc. se é a própria população que fornece a massa para a pizza?
(*2) Gravura ilustrativa em Democracia Infiel.



sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Eu!



Não sei se esta crônica será divertida ou instrutiva. Porque hoje vou falar de um cara que pode ser considerado chato e sem graça, mas que para mim é uma pessoa espetacular e lindão: Eu!
Acho que, as pessoas que acessam meu blogue e não me conhecem, ou aquelas que me conhecem pouco, devem ter um mínimo de curiosidade de saber como eu sou. E como domingo é meu aniversário, “me dou” este presente, homenageando a mim mesmo. Entretanto, não vou colocar aqui meu currículo, mas se alguém se interessar, já que estou sem emprego fixo, é só me falar que mando por e-mail.
Eu sou casado e tenho dois filhos. Não gosto muito de expor a família na internet, sem bem que com redes sociais, mesmo com opções de restrição, sempre há alguma exposição. Também tenho três cachorros, Sultão, Lambrusco e Falua. E agora, a mais nova integrante da casa, a Ranilda, que é uma rã que de vez em quando vem usufruir da minha piscina. Ela entrava e não conseguia sair, logo, eu tinha que tirá-la. Hoje ela já tem autonomia. Eu coloquei um pedaço de madeira, tipo uma ilha flutuante, para que ela possa usar de apoio e sair. E não é que a danada aprendeu! Depois a mal agradecida some por um tempo sem telefonar, passar mensagens ou escrever no meu mural do Facebook. Já pensei em fazer um convite para jantá-la, mas ela ainda é meio magricela. Precisa comer muito mosquito antes de pular para minha panela. 


Voltando a mim...
Eu nasci em Porto Alegre no hospital Beneficência Portuguesa, que na época era um dos poucos da cidade. Minha família é de classe média. Eu já tive o padrão de classe média alta, mas nos últimos anos estou para classe média cada vez mais baixa. Choradeira a parte, eu tive uma infância muito feliz, uma boa estrutura e muito amor dos pais. Ocorreram as tradicionais brigas com irmãos, mais com minha irmã do que com meu irmão, por incrível que pareça, mas isto tudo não passou de amor de manos.
Eu fui criado em apartamento logo era fera em jogo de botão, War e Detetive, mas bolinha de gude e pião era e sou uma negação. Neste último eu nem sei enrolar a cordinha no dito cujo. E é até bom nem tentar para não ter o risco de furar o pé.
Naquele tempo, os computadores existiam somente em empresas e exigiam muito espaço. Videogame então, ninguém sabia que um dia existiria, nem mesmo Atari e Odyssey que apareceram quando eu já tinha uns 20 anos. Ah! Mas, tinha o Telejogo. Só os mais antigos sabem daquele aparelhinho preto acoplado a uma caixinha de madeira de tom marrom, com dois botões giratórios, que produzia uma imagem de fundo preto com linhas brancas e o som tuc tuc tuc conforme a bolinha ia e voltava.


Porém, em dois esportes de rua eu era bom. No futebol, onde eu não chegava a ser um craque, mas me destacava, tanto é que joguei na seleção dos dois colégios que estudei, e no jogo tacos. Neste, eu era o cara. Nunca perdi uma partida independente da dupla. As vezes, só para poderem ganhar, me davam um parceiro “mão de pau”, mas mesmo assim, não tinha jeito, o jogo era meu.
No colégio fui relativamente bem. Estudava o suficiente para ser aprovado. Peguei algumas recuperações, principalmente no segundo grau, hoje ensino médio. Porém, nunca repeti de ano. 
Movido pela emoção e influência da família, que tem médicos, no meu primeiro vestibular escolhi medicina. Não passei porque não estava bem preparado. Foi até bom, porque meu negócio é números, sempre gostei de matemática. Então fui aprovado em Análise de Sistemas no ano seguinte. Da minha turma, fui um dos quatro alunos que se formaram no prazo correto, em oito semestres.
Quanto às empresas que trabalhei, conforme falei mais acima, mando no meu currículo para quem interessar.
Meu time é o Internacional. Espero que eu não perca leitores por causa disto, mas prometo que não vou falar (muito) mal do time adversário. Melhor! Nem vou tocar no assunto.
Meus ídolos, tirando minha família, são Airton Sena, Guga Kuerten e P.R. Falcão. Meus atores preferidos são José Wilker, Sean Connery, Adriana Esteves, Claudia Abreu, Giovanna Antonelli e ela, a maravilhosa Angelina Jolie. Entre os filmes de minha preferência destaco Malícia, Risco Duplo e Dormindo com o Inimigo. Mas, em geral gosto dos tipos policial, mistério e suspense e claro 007 - James Bond, principalmente se for com o Sir Sean. Os filmes do último ator, aquele alemão sem graça, não gostei muito.
Eu gosto de músicas diversas, mas meus cantores são Shakira (suspiro), Fagner, e podem rir a vontade, Sidney Magal.
Os livros prediletos são: Conde de Monte Cristo e Admirável mundo novo.
Quando eu comecei a escrever e o por que, vocês  podem ler na minha primeira  postagem, O início.
A minha inspiração, coisa que muitos me perguntam, vem de tudo que é lugar. Histórias de amigos e as minhas próprias, brincadeiras, ideias tiradas de livros, filmes, novelas, claro que neste caso de cenas isoladas que geram outras ideias para não ser plágio. Elas vêm de acontecimentos e vontades como o Karaokecídio, e também, de outros desejos, opiniões, pedidos de amigos, frases e etc.
As ideias estão em todos os lugares que passamos ou frequentamos. O que conta é a criatividade e a inspiração para captá-las e depois desenvolvê-las.
Parece simples né? Mas é! Só que a pessoa precisa ter vontade e gostar de escrever.
Eu uso muito a técnica de misturar história com estória. É bom porque, além de mexer com a imaginação dos leitores, um acontecimento verdadeiro pode e dá inspiração para uma ficção. Mas, as “his” e as “es” também são contadas em particular. Eu também gosto de expressar minha opinião sobre assuntos atuais ou assuntos antigos que acho importante mencionar. E normalmente, este tipo de texto gera polêmica. Considerando todos estes estilos é que surgiu o nome do blogue.
A crônica que mais tem a cara do meu blogue é “Bater ou não bater eis a questão”. Não por ser a minha preferida, mas sim porque ela é uma mistura de ficção, realidade e confusão. A primeira parte é verdadeira, portanto uma história. Claro que levando em consideração a minha narrativa e não o que as minhas amigas me disseram, pois na verdade, elas estavam tirando uma onda com a minha cara. A segunda parte onde entra a Ritinha, é ficção, portanto uma estória. Para dar o troco na zombaria delas, eu mandei a primeira parte para o site de um escritor que publicou em forma de brincadeira. Mas, muitas mulheres não gostaram e reagiram negativamente gerando muita polêmica. Logo, esta crônica é a cara de Histórias, estórias e outras polêmicas.
Quem não leu eu recomendo. Aliás, recomendo todas. 
O ser humano é meio preguiço para ler. Mas, se fosse um vídeo comigo subindo em um poste com o traseiro de fora e nele pintado a bandeira do Brasil e ainda eu cantando esganiçadamente “para nossa alegria” aposto que eu ia ser recordista de acessos. Olha ai pessoal, não falei que as ideias estão em todo lugar. Quem sabe esta?
- O que meu amor? ...  Ah tá bom... Não não, estou só brincando.
Desculpe pessoal. Era minha esposa dizendo “menos querido, menos” .
Bom, acho que deu. Já sabem um pouco mais de mim.
Quem quiser saber mais é só perguntar.
Ah! E não esqueçam de mandar o e-mail para que eu possa enviar o currículo.