Carlos Carranca - neste lugar sem portas
segunda-feira, janeiro 31, 2011
sexta-feira, janeiro 28, 2011
quinta-feira, janeiro 27, 2011
in Público, 19/01/2011
Santana Castilho *
"Que patifes, as pessoas honestas" é uma citação atribuída ao escritor francês Émile Zola, que me revisita sempre que vejo os políticos justificarem com o manto diáfano da legalidade comportamentos que a ética e a moral rejeitam. E é ainda Zola que volta quando a incoerência desperta o meu desejo de falar, para não ser tomado por cúmplice.
Foi duplamente incoerente o apelo ao respeito e à valorização dos professores que Cavaco Silva fez há dias em Paredes de Coura. Incoerente quando confrontado com o passado recente e incoerente face ao que tem acontecido no decurso da própria campanha eleitoral. Em 2008 e 2009, os professores foram continuamente vexados sem que o Presidente da República usasse a decantada magistratura de influência para temperar o destempero. E foi directa e repetidas vezes solicitado a fazê-lo. Por omissão e acção suportou e promoveu políticas que desvalorizaram e desrespeitaram como nunca os professores e promulgou sem titubear legislação injusta e perniciosa para a educação dos jovens portugueses. Alguma ridícula e imprópria de um país civilizado, como aqui denunciei em artigo de 11.9.06. Já em plena campanha, Cavaco Silva disse num dia que jamais o viram ou veriam intrometer-se no que só ao Governo competia para, dias volvidos, aí intervir, com uma contundência surpreendente, a propósito dos cortes impostos ao ensino privado. Mas voltou a esconder-se atrás do silêncio conivente, agora que é a escola pública o alvo de acometidas sem critério e os professores voltam a ser tratados, aos milhares, como simples trastes descartáveis.
Imaginemos que o modelo surreal para avaliar professores se estendia a outras profissões da esfera pública. Que diria Cavaco Silva? Teríamos, por exemplo, juízes relatores a assistirem a três julgamentos por ano de juízes não relatores, com verificação de todos os passos processuais conducentes à sentença e análise detalhada do acórdão que a suportou. Teríamos médicos relatores a assistirem a três consultas por ano dos médicos de família não relatores; a verificarem todos os diagnósticos, todas as estratégias terapêuticas e todas as prescrições feitas a todos os doentes. Imaginemos que os juízes teriam que estabelecer, ano após ano, objectivos, tipo: número de arguidos a julgar, percentagem a condenar e contingente a inocentar. O mesmo para os médicos: doentes a ver, a declarar não doentes, a tratar directamente ou a enviar para outras especialidades, devidamente seriadas e previstas antes do decurso das observações clínicas. Imaginemos que o retorno ao crime por parte dos criminosos já julgados penalizaria os juízes; que a morte dos pacientes penalizaria os médicos, mesmo que a doença não tivesse cura. Imaginemos, ainda, que o modelo se mantinha o mesmo para os juízes dos tribunais cíveis, criminais, fiscais ou de família e indistinto para os otorrinolaringologistas, neurologistas ou ortopedistas. Imaginemos, agora, que um psiquiatra podia ser o relator e observador para fins classificativos do estomatologista ou do cirurgião cardíaco. Imaginemos, por fim, que os prémios prometidos para os melhores assim encontrados estavam suspensos por falta de meios e as progressões nas respectivas carreiras congeladas. Imaginemos que toda esta loucura kafkiana deixava milhares de doentes por curar (missão dos médicos) e muitos cidadãos por julgar (missão dos juízes). A sociedade revoltava-se e os profissionais não cumpririam. Mas este modelo, aplicado aos professores, está a deixá-los sem tempo para ensinar os alunos (missão dos professores), com a complacência de parte da sociedade e o aplauso de outra parte. E os professores cumprem. E Cavaco Silva sempre calou.
Ultrapassámos os limites do tolerável e do suportável. Ontem, o estudo acompanhado e a área-projecto eram indispensáveis e causa de sucesso. Hoje acabaram. Ontem, exigiram-se às escolas planos de acção. Hoje ordenam que os atirem ao lixo. Ontem Sócrates elogiou os directores. Hoje reduz-lhe o salário e esfrangalha-lhes as equipas e os propósitos com que se candidataram e foram eleitos. Ontem puseram dois professores nas aulas de EVT em nome da segurança e da pedagogia activa. Hoje dizem que tais conceitos são impróprios. Ontem sacralizava-se a escola a tempo inteiro. Hoje assinam o óbito do desporto escolar e exterminam as actividades extracurriculares. Ontem criaram a Parque Escolar para banquetear clientelas e desorçamentar 3 mil milhões de dívidas. Hoje deixaram as escolas sem dinheiro para manter o luxo pacóvio das construções ou sequer pagar as rendas aos novos senhores feudais. Ontem pagaram a formação de milhares de professores. Hoje despedem-nos sem critério, igualmente aos milhares.
Os portugueses politicamente mais esclarecidos poderão divergir na especialidade, mas certamente acordarão na generalidade: os 36 anos da escola democrática são marcados pela permanente instabilidade e pelo infeliz desconcerto político sobre o que é verdadeiramente importante num sistema de ensino. Durante estes 36 anos vivemos em constante cortejo de reformas e mudanças, ao sabor dos improvisos de dezenas de ministros, quando deveríamos ter sido capazes de estabelecer um pacto mínimo nacional de entendimento acerca do que é estruturante e incontornável para formar cidadãos livres. Sobre tudo isto, o silêncio de Cavaco Silva é preocupante e obviamente cúmplice.
* Professor do ensino superior. s.castilho@netcabo.pt
quarta-feira, janeiro 26, 2011
Fernando Nobre não ganhou, mas ficou. O mesmo é dizer: não ficando, vai sendo. À imagem do sentido que, ao longo da História, é atribuído ao papa e à existência de um anti-papa, também, neste caso da política portuguesa, o candidato da esperança volveu-se num padrão vivo, espinho no sistema (ou no modo do seu funcionamento), uma sombra que fez tremer os representantes do statu quo da democracia lusa, actualmente com pouca luz. Assim – em mais um paradoxo português - ao invés dos profissionais da política e seus procuradores que, ao longo da campanha, deveriam ir vencendo os adamastores actuais que barram e asfixiam a sociedade portuguesa afrontando a fragilidade de ideias e acções, Fernando Nobre, não ele, mas para eles, tornou-se, pouco a pouco, um adamastor que lhes aparecia, ora a bombordo, ora a estibordo. No princípio, parecendo inofensivo, e nos últimos dias um arrepio de espinha.
Candidatura, portanto, marginal, dos “sem-abrigo” voluntariamente desabrigados dos tectos do gesso do compadrio e das vigas estafadas do sistema. Por vontade própria de cada um e na egrégora de todos, foi-se construindo uma rampa promissora que continuará certamente depois do resultado das eleições. A acção cívica, que engloba cidadania e aldeania, não cessa mesmo quando o candidato se retira ou faz uma pausa mais ou menos longa.
Todavia, dado que uma mesma paisagem ou um igual sonho pode não ser entendido do mesmo modo por muitos em questão, há sempre quem possa querer «pôr remendo novo em pano velho» ou «vinho novo em odres velhos». Pouco monta se um ou outro personagem desta comunidade cívica ainda possa pensar desta maneira, quando o que importa é que a sede de todos é de um licor nunca provado, numa taça outra.
Sendo certo que se impõe a dignidade do respeito e reconhecimento institucional, tomada a frase de um mestre que disse que «a verdade é um diamante de muitas faces», e tal como o dia se avalia pela noite, e vice-versa, assim se pode conceber que haja um presidente visível e um presidente oculto. A imagem é clássica, pois provém do mais alto simbolismo e não do rasteiro conceito de oposição, à maneira parlamentar deste desajeitado início de século. É dever, portanto, trazer aquela imagem, não por mera conveniência de circunstância, mas porque é inamovível. Quando se diz que Nobre é, a partir de agora, o presidente oculto, não significa que fique escondido ou mais ou menos acoitado, mas sim preservado para o que o tempo possa destinar. Presidente oculto ou sinal da expectativa manifestada na sociedade portuguesa que, fazendo jus à hora, se elegeu ela própria como consciência vigilante que repudia um paradigma de política portuguesa que tem, legitimamente é certo, um presidente eleito por aqueles que nele votaram.
É difícil saber se o grito inicial «mais além» poderia ter sido de outro modo. Foi-o, o do momento e no momento. Passámos vitoriosamente o Cabo da Boa-Esperança e muitos cabos das tormentas de vária ordem. Postos já a caminho, não chegámos (ainda) à Nova Índia, aqui tão perto de nós, na certeza de que também no longe bem sabemos navegar.
Eduardo Aroso
terça-feira, janeiro 25, 2011
JN on line
MANUEL ANTÓNIO PINA
Opinião
Os patrões queriam despedimentos baratos, indemnizações de 21 ou 15 dias por cada ano de trabalho em vez dos 30 actuais e, mesmo assim, com um limite de 12 anos, isto é, 12 salários.
Por outras palavras: o patronato foi aos saldos do Estado Social abertos em Portugal desde 2005 a ver se comprava dois despedimentos pelo preço de um.
Coube a uma ministra ex-sindicalista de um governo socialista a duvidosa honra de entregar numa bandeja o direito ao trabalho dos portugueses à voracidade patronal com o generoso pretexto de, assim, "aliviar" os encargos das empresas com os trabalhadores despedidos (passando esses encargos para os contribuintes através do subsídio de desemprego, quem é amigo?).
O patronato queria 21 dias de indemnização por cada ano de trabalho em vez de 30? O Governo deu-lhe 20. Queria um limite máximo de 12 salários, que lhe permitisse despedir os trabalhadores mais antigos e substitui-los por precários (se não despedi-los e contratá-los depois "a recibo verde" de modo a livrar-se dos descontos para a Segurança Social)? O Governo deu-lhe os 12 salários.
Explicou a ministra que em Espanha também é assim.
Com admirável honestidade intelectual, "esqueceu-se" de dizer qual é o salário mínimo em Espanha e que, em Espanha, os 12 salários de indemnização são 'brutos", isto é, com todos os suplementos e em Portugal incluem só o salário-base.
Mas não podia lembrar-se de tudo, não é?
quinta-feira, janeiro 20, 2011
domingo, janeiro 16, 2011
Fernando Nobre protestou hoje pela falta de cobertura da sua campanha no semanário Expresso, considerando que mostra que querem «silenciar» a sua candidatura presidencial, o que motivará uma queixa forma na Comissão Nacional de Eleições.
Fernando Nobre vai apresentar uma queixa formal na Comissão Nacional de Eleições.
«Como é que isto é possível? Isto é intolerável», exclamou o candidato perante algumas dezenas de apoiantes num comício na Guarda.
Fernando Nobre apontou que na edição desta semana do Expresso «há reportagens e fotografias de página inteira sobre outros candidatos e não há uma palavra, uma mini-foto» da sua campanha.
«Isto é um facto político que demonstra que esta é a candidatura que é preciso silenciar, a única que incomoda o sistema», declarou.
O candidato referiu que após uma semana de campanha, a sua candidatura conseguiu mostrar «do Porto ao Algarve» que tem «muita gente» a apoiá-la.
«O candidato que, pese embora o que digam, é o terceiro nas sondagens não tem direito a uma palavra», reiterou, pondo os seus apoiantes a gritar «Vergonha! Vergonha!».
Fernando Nobre pediu «decência e dignidade para um povo que não está a ser respeitado» e afirmou que não vai aceitar «discriminação».
«É impossível calar uma consciência. Ainda não aprenderam isso?», questionou-se Fernando Nobre.
Dirigindo-se aos apoiantes, afirmou que terão «orgulho» no futuro de poder dizer que estiveram em 2011 com a «única candidatura da cidadania, sem vergonha».
A visita de Fernando Nobre a uma fábrica de cortiça em São Brás de Alportel
sábado, janeiro 15, 2011
ACÇÕES DE CAMPANHA COM FERNANDO NOBRE - DIA 19 DE JANEIRO EM COIMBRA
09:00h - Visita ao Mercado Municipal de Coimbra
18:30h - Arruada na Baixa de Coimbra
(concentração no Largo da Portagem (Homenagem ao poeta Miguel Torga) » Rua Ferreira Borges » Rua Visconde da Luz » Café Santa Cruz » Rua da Sofia
Nota: Animação com os TOCÁ RUFAR)
20:15h - Comício-Festa no Hotel Dona Inês em Coimbra
(Nota: Animação com Paco Bandeira e Canção de Coimbra
- Só comício/sem jantar)
A HORA É DE MOBILIZAÇÃO TOTAL! NINGUÉM VAI FICAR EM CASA! REENCAMINHEM PARA OS VOSSOS CONTACTOS.
OBRIGADO
A Comissão Executiva Distrital de Coimbra
quinta-feira, janeiro 13, 2011
quarta-feira, janeiro 12, 2011
por Eduardo Aroso
Dito desta maneira, pode ser incompreensível para muitos e até chocante para alguns. O certo é que Fernando Nobre, que não é travesti da política, traz, como a primavera que lenta mas seguramente se aproxima, a semente sã para ser lançada na sociedade portuguesa. Ele é a cor que pode lavar o cinzento da nossa democracia, cada vez mais cinzenta, entenda-se, de cinzas. De facto, Portugal, há já muito tempo, que está em quarta-feira de cinzas. Fernando Nobre pode anunciar a ressurreição ou renascimento, como cada um queira entender. O Estado providência, transformado em Estado indecência, ficou-nos um Estado hipnótico. Os hipnotizadores, sabemos quem são. Amarram o sonho, colocam a máscara pegajosa do velho paradigma que agoniza desesperado: o dos políticos que nunca tiveram profissão e que lançam estranhas inquisições sobre o povo que, elegendo os fazedores da lei, deles recebe a lei que amesquinha quem elege o legislador. É urgente que se diga, no círculo de cada um, que Fernando Nobre tem sabido utilizar a chave para abrir estas grades que nos acorrentam diariamente: a de ter que ouvir os mesmos políticos que foram carrascos e agora, miraculosamente, se apresentam como salvadores. E a chave de Fernando Nobre não é feita de metal pesado, e muito menos a do «vil metal» utilizada pela partidocracia: é a que ele sempre teve, feita do metal nobre da sua competência, da sua honestidade e – vale dizê-lo – da sua simpatia e afabilidade. É de todos conhecido o magistral painel de Almada Negreiros, intitulado «Começar», patente na Fundação Gulbenkian. Desconheço as razões que levaram o artista – se é que ele as explicou - a denominar a sua obra «Começar», ou se terá hesitado no nome «Recomeçar». O certo é que aquilo que escreveu nos pode servir de modelo para a candidatura de Fernando Nobre que, quis o Destino, adoptou como palavra-chave RECOMEÇAR PORTUGAL.
Ponto de Bauhütte:
Um ponto que está no círculo
E que se põe no quadrado e no triângulo.
Conheces o ponto? tudo vai bem.
Não o conheces? tudo está perdido.
(Almada Negreiros)
Coimbra, 12 de Janeiro 2011
Eduardo Aroso
terça-feira, janeiro 11, 2011
Na passada 4ª feira, dia 5 de Janeiro, realizou-se mais um jantar mensal do Clube de Reflexão Política A Linha, que se tornou já uma referência no âmbito da actividade política desenvolvida pelo Partido Socialista em Cascais, e que teve como convidada a Ministra do Trabalho e da Solidariedade Social, Maria Helena André.
Com objectivo trazer à reflexão e ao debate questões relacionadas com a importância da competitividade e suas necessárias implicações no modelo laboral português, Maria Helena André, perante mais de noventa pessoas, traçou as linhas orientadoras que têm feito avançar a sua actividade governativa tendo em consideração a crise económica e financeira em que Portugal se viu envolvido por força da sua presença no mundo Global.
No decurso da sua intervenção, Maria Helena André focou a importância do reforço competitividade no sistema e a sua articulação com o modelo em que assentam as relações laborais, recordando que os Estados se confrontam com fortes limitações orçamentais impostas pela crise financeira internacional.
Referiu ainda que estamos perante uma crise sistémica do capitalismo, a qual carece de uma resposta sistémica, em que nos vemos confrontados com ofensivas neo-liberais que põem em causa condições de vida e de trabalho conseguidas nas últimas década, devendo-se, como tal, tentar promover a regulação dos sistemas sociais ao nível europeu.
As próprias relações de trabalho se alteraram e às formas típicas sucederam-se outras atípicas, em que nomeadamente a relação de trabalho já não é definitiva.
Actualmente, os países europeus, onde Portugal não é excepção, vêm-se confrontados com a necessidade de aumentar os níveis de competitividade das suas economias, podendo assim fazer frente a outras que assentam a respectiva competitividade nos baixos salários e na quase total ausência de direitos sociais.
No entanto, qualquer modelo que se possa implementar passa necessariamente pelo envolvimento de todas as partes envolvidas, não se circunscrevendo apenas ao Governo.
A Ministra do Trabalho terminou a sua intervenção com uma mensagem de esperança, reiterando a sua confiança pessoal em Portugal e nos portugueses, e desde logo manifestando a sua disponibilidade para regressar a um debate promovido pelo Clube de Reflexão Política A Linha.
À intervenção da Ministra do Trabalho, seguiu-se uma sessão de poesia a cargo de Carlos Carranca que declamou poemas de Miguel Torga e de Manuel Alegre.
DISSE O ALEGRE POETA MAS ESTOU COM O NOBRE NA LUTA PARA A PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA.
DISSE O TORGA E TODOS ENTENDERAM QUE EU NÃO ESTAVA ALI PARA APLAUDIR A MINISTRA .
E O CURIOSO É QUE GOSTARAM
sexta-feira, janeiro 07, 2011
na foto António Salvado
ESPERANÇA
Tu és de sempre como o tempo,
tu és de longe como o espaço!
Súplica de cada momento,
falas – se o ânimo quebrado
nos enregela o pensamento.
Reapareces na tristeza
de uns olhos baços perseguidos
e és bem mais alta que a beleza!
Âncora, os teus ganchos são vivos
gumes de sol e de certeza!
Deixa-me, ó luz, acreditar
que um dia não serás precisa:
que foste apenas a passagem
para a real e definida
forma de que és agora imagem!
ANTÓNIO SALVADO
Nota – António Salvado (professor, poeta, prosador e tradutor) nasceu em Castelo Branco, a 20 de Fevereiro de 1936. Poeta que tem cantado, como raros o têm feito, a axial região da Beira-Baixa. Não obstante este «espírito de lugar», sempre revelou pendor universal, atestado nas dezenas de obras, quer originais quer de tradução, labor que o poeta costuma designar por verter. Poesia fecunda – a sua marca singular - que adivinha todas as redenções pelo amanhã da humanidade. Mas também uma voz que não esquece e sabe recuperar os perenes ecos antigos, plasmada em linguagem que muito tem enriquecido a Língua Portuguesa de palavras e expressões a que já nos desabituaram os que escrevem, na actualidade. Lírica de uma intensidade que não renega o tempo, mas que dele se quer livre, ou seja, na exaltação e também na sublimação dos sentidos.
Desde que começou a publicar, em 1955, assim tem sido o percurso de António Salvado, ao longo de cinquenta anos de vida literária. Muitas são as figuras que se têm referido à sua obra, desde Teixeira de Pascoaes e J. Gaspar Simões a Natália Correia e Pinharanda Gomes, entre muitos outros de várias sensibilidades e quadrantes do pensamento. De uma carta do poeta de Amarante, dirigida ao então ainda jovem poeta de Castelo Branco, podemos ler: «Meu querido amigo: Trato-o assim, pois considero da minha família todas as pessoas que amam a minha obra. Assim ela mereça esses amores! Trabalhe! E que a Musa de Orfeu o não abandone, é o que mais desejo!» (Teixeira de Pascoaes, 1951).
Festa dos Reis Magos, 2011
Eduardo Aroso
quinta-feira, janeiro 06, 2011
Meus Bons Amigos
Cidadãos de Portugal:
Profundamente comovido, quero agradecer a todos quantos ( e são tantos) fazem parte desta ONDA DA CIDADANIA.
A todos quantos permanentemente me vão dirigindo palavras de incitamento, confiança e concordância
com a NOSSA Candidatura, deixo aqui uma palavra de agradecimento.
A partir de 09/01 entramos na recta final.
É hora de dar o tudo por tudo.
A cada um de VÓS quero pedir que dê o seu melhor.
Pela primeira vez na nossa História, um Cidadão livre e independente está em condições de ser o futuro Presidente da República.E numa altura em que só a CIDADANIA poderá trazer a ESPERANÇA e a MUDANÇA que Portugal tanto necessita, dada a profunda crise económica, social, política e de valores que atravessa.
Não tenhamos ilusões: para os Portugueses só há duas opções:
- eleger os mesmos de sempre... e ter mais do mesmo.
- eleger um Cidadão livre, com um projecto de Cidadania e Desígnios Nacionais...e Recomeçar Portugal.
Digam isto a toda a gente.
Ainda e mais uma vez desafio-vos:
ERGAM-SE COMIGO. ERGAM-SE POR PORTUGAL.
Abraço Forte e Amigo
Fernando Nobre
segunda-feira, janeiro 03, 2011
Domingo, 2 de Janeiro de 2011 às 19:22
SEMPRE FUI CONTRA O PROJECTO DA METRO MONDEGO
Sou pela modernização da linha férrea da Lousã. A Metro só serviu os interesses dos especuladores e mais uns políticos que se "safam” com cunhas para amigos e correligionários. A Metro não serviu nem as populações limítrofes de Coimbra, nem o património histórico-arquitectónico da Cidade. Era de esperar um resultado destes. Alertei para o problema há já algum tempo. Entenderam sempre que eu era um pessimista e que estava contra o progresso. O resultado está à vista. Estou com este movimento porque, finalmente, o Povo se levantou e fez ouvir a sua voz. O Povo percebeu que perdeu uma linha férrea centenária e ganhou promessas a metro. Defendo a recolocação da linha férrea, modernizada. A Metro Mondego morreu. Paz à sua alma.
Carlos Carranca, Porta-voz da Candidatura de Fernando Nobre Distrito de Coimbra
domingo, janeiro 02, 2011
10 de Janeiro, pelas 19:30h
FIGUEIRA DA FOZ
(Restaurante Quinta da Salmanha, Fontela » estrada antiga de Coimbra ao lado do armazém "O Recheio", quando se vai para Vila Verde)
APELAMOS À PARTICIPAÇÃO DE TODOS!
As inscrições devem ser realizadas até 07 de Janeiro de 2011
• Preço: 10,00 € por pessoa
Para confirmar a sua presença:
Móveis: 962313330 / 915 137 533
Via e-mail: coimbracomfernandonobre@gmail.com
Proceder ao pagamento através de duas opções:
• Transferência bancária para a conta com o NIB - 0035 0255 0011 0037 8009 1
• Entregando pessoalmente dinheiro ou cheque a um dos membros da Comissão Executiva Distrital ou dos Núcleos Concelhios e enviar-nos o respectivo comprovativo (basta que nos envie um email referindo que fez o pagamento).
TRAZ UM AMIGO TAMBÉM!
A Comissão Executiva Distrital de Coimbra
sábado, janeiro 01, 2011
CANDIDATURA de FERNANDO NOBRE - HINO OFICIAL
HINO OFICIAL DA CAMPANHA FERNANDO NOBRE
http://www.youtube.com/watch?v=Flv4MvNSDyA&feature=related
Música e letra: Rui Veloso, Tocá Rufar e Luis Represas
Rui Meleiro
Fernando Nobre será o mais jovem de todos os presidentes.
É o único até agora nascido depois da Segunda Guerra Mundial!
CAUSAS que APOIAMOS
http://www.causes.com/causes/535374-contra-a-impunidade-em-portugal?m=fc7cd738
2. petição "Em Prol da Escola Pública"
http://www.peticaopublica.com/PeticaoVer.aspx?pi=P2010N4265
3. Petição Pública contra o Desperdício Alimentar
http://www.peticaopublica.com/?pi=Cidadao
CARLOS LEMOS
António Caldeira