Confusão. Enlaces sem sentido, com todo o sentido do mundo quando gostar não chega, quando me deparo com sonhos que se destroem, o amor não conta, a desconfiança marca pontos, o desespero cruel de quem ainda vive em histórias de encantar que já não encantam nem as crianças mais lúcidas.
Levem-me para longe daqui, destes destruidores de cores claras, apaguem-me do mapa para que não me encontrem nunca mais.
O que faço às recordações? Como me encontro se se registam mudanças bruscas a todos os segundos? Quem sou eu e quem és tu? Para onde vamos? Para lugar nenhum, é sempre para lugar nenhum, sem respostas, com medos, com receios que no fim se confirmam e ganham dimensões ridículas, tão ridículas quanto eu que ainda escrevo e acredito no vermelho fluido a entrar pelas janelas ao amanhecer antes de me acordares com um beijinho a testa, falso, sempre falso.
Sai, sai rápido para não doer mais daquilo que já não suporto entre noites sem escuro, a virar lençóis, a ir à janela com esperança de ver um céu mais calmo.
Não quero sonhar mais, sai.