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sexta-feira, 6 de março de 2009

JL nº 1001


Da Felicidade, de João da Encarnação Reis



Livro sobre a felicidade que nos desceve como "onda de energia no oceano do vazio universal" de acordo com os conceitos da física quântica com referência à física e filósofa Danah Zohar. a ideia de uma outra inteligência, a espiritual, ou a nossa ligação ao todo. João da Encarnação Reis reflecte sobre uma sociedade que uniformiza o ser humano, é hedonista e materialista na pretensão de confundir o ser com o ter e se afunda sem ver; sustentando-se nos exemplos que recolhe de histórias que nos conta, nos livros que refere, nas experiências que analisa (...)
Margarida Sobral Farrajota, in Os Meus Livros, Março 2009

segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Sobre José Saramago e o Alentejo, de Maria Graciete Besse


Maria Graciete Besse é de um rigor, precisão e esplendor de linguagem muito raros, neste ensaio que analisa a fundo o imorredouro romance de José Saramago.

Urbano Tavares Rodrigues, in JL nº 1000

sábado, 7 de fevereiro de 2009

Sobre A Claridade, de Joel Henriques

"Encontramos nos poemas de A Claridade não exactamente uma luz que tudo pretenda ofuscar, mas antes uma luz que incide sobre uma superfície quase evanescente, como se a vida, com seus lugares concretos e pessoas, suas misérias e seus sucessos mais não fosse que uma pressentida realidade sempre distante do poeta."
António Carlos Cortez, in JL

sábado, 10 de janeiro de 2009

Sobre O que Sobra, de Manuel Silva-Terra

"Manuel Silva-Terra procura na poesia a dúvida do mundo e em particular a dúvida
que advém do mistério da natureza na sua relação com os homens."

António Carlos Cortez, em JL

segunda-feira, 10 de novembro de 2008

Ambiguidade oriental

Sempre houve a tendência, ao longo do tempo, para aproximar a sensibilidade da poesia. Quando a poesia anda muito próxima de uma experiência vivencial, de uma impressão tingida emocionalmente, logo tal aproximação se faz. O mesmo acontece quando a poesia se aproxima de uma expressão que se encontra marcada pela ambiguidade. É bem conhecida a circunstância de algumas línguas da Ásia Oriental serem imanentemente ambíguas. A ambiguidade que é própria da poesia acaba por incorporar a ambiguidade que existe já na língua que a exprime.
Vem isto a própósito de uma sensibilidade muito especial. Manuel Silva-Terra publicou uma ampla recolha de haiku com o título As cigarras vão morrer. A exiguidade verbal desta forma da poesia japonesa - apresenta-se como uma sequência de três breves versos - não compromete a sua irradiação a partir de uma implícita asociação de imagens. Daí a sua plenitude. (...)
(Fernando Guimarães, JL, 24 de Setembro de 2008)

quarta-feira, 30 de julho de 2008

Sobre Beltenebros - Contos Venusianos

"(...) Jorge Mantas nasceu em 1972 e publicou duas obras de ficção em edições confidenciais: "Sensurround" (2002) e "Os Ruídos Românticos de Fausto" (2003). Parece óbvio que vive mergulhado em livros - o primeiro texto desta nova colectânea começa dizendo: "A literatura é a minha casa." E o último texto termina: "E uma noite, a literatura produziu o milagre da carne." "Beltenebros" é menos um exercício da "literatura erótica" do que uma tentativa de escrever erotismo através da literatura. Os contos estão cheios de musas misteriosas, aparições em escadarias, sereias coroadas de flores. E a dimensão "venusiana" nasce desses ecos culturais e não tanto das cenas propriamente carnais. Toda a figuração feminina aponta aliás para o fantasmático e o mitológico.
É uma fantasia não estritamente sexual. As personagens masculinas têm de facto uma "ideia do amor" e procuram amor pelas cidades europeias: Potsdamer Platz, no cemitério de Highgate ou nuns Champs-Élysées que se transformaram literalmente nos Campos Elísios gregos. Viciados da beleza feminina, estes belos tenebros vivem em exaltação constante e excitação casional. As raparigas que por aqui passam não são pessoas mas utopias, impossíveis ou fugidias. Daí que os contos privilegiem estados de transição, como sono agitado e as madrugadas insones. Uma das histórias imagina mesmo uma "sociedade secretas de sonhos" que lembra os anjos de Wim Wenders. (...)"
Pedro Mexia, in Público (18-7-08)