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venerdì 26 ottobre 2012

È nato un bambino!

L'Angelo e il bambino.

Quando sulla terra nasce un bambino,
un angelo gli si mette vicino.
Il bimbo non avverte il compagno alato,
ma ne sente il cuore, ne vede la nuvola del fiato.
Giocano insieme, si lavano nello stesso catino,
ridono della stessa gioia, piangono nel medesimo spino.
E chel ch'è mio è tuo, chel ch'è tuo è mio,
mangiano nella stessa scodella e insieme pregano Dio.

(Renzo Pezzani)

mercoledì 8 agosto 2012

Pausa de verão.

Escutar a natureza, mais nada.
Sonhar e esperar...
.

martedì 21 giugno 2011

Poesia

Não comerei da alface a verde pétala
Nem da cenoura as hóstias desbotadas
Deixarei as pastagens às manadas
E a quem mais aprouver fazer dieta.

Cajus hei de chupar, mangas-espadas
Talvez pouco elegantes para um poeta
Mas pêras e maçãs ,deixo-as ao esteta
Que acredita no cromo das saladas.

Não nasci ruminante como os bois
Nem como os coelhos,roedor; nasci
Omnívoro; deem-me feijão com arroz

E um bife. e um queijo forte, e parati
E eu morrerei, feliz, do coração
De ter vivido sem comer em vão.

Vinicius de Moraes - 1947

PatchJoana

lunedì 17 maggio 2010

Poema


E há poetas que são artistas
E trabalham nos seus versos
Como um carpinteiro nas tábuas!...

Que triste não saber florir!
Ter que pôr verso sobre verso,como quem constrói um muro

E ver se está bem, e tirar se não está!...
Quando a única casa artística é a Terra toda
Que varia e está sempre bem e é sempre a mesma.

Penso nisto,não como quem pensa, mas como quem respira.

E olho para as flores e sorrio...
Não sei se elas me compreendem
Nem se eu as compreendo a elas,
Mas sei que a verdade está nelas e em mim
E na nossa comum divindade
De nos deixarmos ir e viver pela Terra
E levar ao colo pelas Estações contentes
E deixar que o vento cante para adormecermos
E não termos sonhos no nosso sono.

Do livro de Fernando Pessoa
Poemas de Alberto Caeiro


venerdì 19 marzo 2010

Poesia


Nem sempre sou igual no que digo e escrevo.
Mudo,mas não mudo muito.
A cor das flores não é a mesma ao sol
De quando uma nuvem passa
Ou quando entra a noite
E as flores são cor de sombra.

Mas quem olha bem vê que são as mesmas flores.
Por isso quando pareço não concordar comigo,
Reparem bem para mim:
Se estava virado para a direira,
Voltei-me agora para a esquerda,
Mas sou sempre eu, assente sobre os meus pés-
O mesmo sempre ,graças ao céu e à terra
E os meus olhos e ouvidos atentos
E à minha clara simplicidade de alma...
Do livro de Fernando Pessoa
Poemas de Alberto Caeiro

venerdì 5 febbraio 2010

Poesia


Hoje de manhã saí muito cedo,
Por ter acordado ainda mais cedo
E não ter nada que quisesse fazer...

Não sabia por caminho tomar
Mas o vento soprava forte, varria para um lado,
E segui o caminho para onde o vento me soprava nas costas.
Assim tem sido sempre a minha vida, e
Assim quero que possa ser sempre-
Vou onde o vento me leva e não me
Sinto pensar.

Fernando Pessoa