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segunda-feira, 31 de outubro de 2022

OPINIÕES CONVENCIONAIS

“A multidão respondeu: Tens demônio; quem procura matar-te?” (JOÃO, 7: 20)

Não te prendas excessivamente aos juízos da multidão. O convencionalismo e o hábito possuem sobre ela forças vigorosas.

Se toleras ofensas com amor, chama-te covarde.

Se perdoas com desinteresse, considera-te tolo.

Se sofres com paciência, nega-­te valor.

Se espalhas o bem com abnegação, acusa-te de louco.

Se adquires característicos do amor sublime e santificante, julga-te doente.

Se desestimas os gozos vulgares, classifica-te de anormal.

Se te mostras piedoso, assevera que te envelheceste e cansaste antes do tempo.

Se adotas a simplicidade por norma, ironiza-te às ocultas.

Se respeitas a ordem e a hierarquia, qualifica-te de bajulador.

Se reverencias a Lei, aponta-te como medroso.

Se és prudente e digno, chama-te fanático e perturbado.

No entanto, essa mesma multidão, pela voz de seus maiorais, ensina o amor aos semelhantes, o culto da legalidade e a religião do dever. Em seus círculos, porém, o excesso de palavras não permite, por enquanto, o reinado da compreensão.

É indispensável suportar lhe a inconsciência para atendermos com proveito às nossas obrigações perante Deus.

Não te irrites, nem desanimes.

O próprio Jesus foi alvo, sem razão de ser, dos sarcasmos da opinião pública.

Livro: Caminho, Verdade e Vida, lição 177 – Médium: Chico Xavier – Espírito: Emmanuel.
Imagem meramente ilustrativa – Fonte: Internet Google.
 

sexta-feira, 28 de outubro de 2022

LIÇÃO VIVA

“Duro é este discurso; quem o pode ouvir?” (JOÃO, 6: 60)

O Cristianismo é a suprema religião da verdade e do amor, convocando corações para a vida mais alta.

Em vista de religião traduzir religamento, é primordial voltarmo-nos para Deus, tornarmos ao campo da Divindade.

Jesus apresentou a sua plataforma de princípios imortais. Rasgou os caminhos. Não enganou a ninguém, relativamente às dificuldades e obstáculos.

É necessário, esclareceu o Senhor, negarmos a vaidade própria, arrependermo-nos de nossos erros e convertermo-nos ao bem.

O evangelista assinalou a observação de muitos dos discípulos: “Duro é este discurso; quem o pode ouvir?”

Sim, efetivamente é indispensável romper com as alianças da queda e assinar o pacto da redenção.

É imprescindível seguir nos caminhos d’Aquele que é a luz de nossa vida.

Para isso, as palavras brilhantes e os artifícios intelectuais não bastam. O problema é de “quem pode ouvir” a Divina Mensagem, compreendendo-a com o Cristo e seguindo lhe os passos.

Livro: Caminho, Verdade e Vida, lição 176 – Médium: Chico Xavier – Espírito: Emmanuel.
Imagem meramente ilustrativa – Fonte: Internet Google.
 

quarta-feira, 26 de outubro de 2022

COOPERAÇÃO

“E ele respondeu: Como poderei entender se alguém me não ensinar?” (ATOS, 8: 31)

Desde a vinda de Jesus, o movimento de educação renovadora para o bem é dos mais impressionantes no seio da Humanidade.

Em toda parte, ergueram-se templos, divulgaram-se livros portadores de princípios sagrados.

Percebe-se em toda essa atividade a atuação sutil e magnânima do Mestre que não perde ocasião de atrair as criaturas de Deus para o Infinito Amor. Desse quadro bendito de trabalho destaca-­se, porém, a cooperação fraternal que o Cristo nos deixou, como norma imprescindível ao desdobramento da iluminação eterna do mundo.

Ninguém guarde a presunção de elevar-se sem o auxílio dos outros, embora não deva buscar a condição parasitária para a ascensão. Referimo-nos à solidariedade, ao amparo proveitoso, ao concurso edificante. Os que aprendem alguma coisa sempre se valem dos homens que já passaram, e não seguem além se lhes falta o interesse dos contemporâneos, ainda que esse interesse seja mínimo.

Os apóstolos necessitaram do Cristo que, por sua vez, fez questão de prender os ensinamentos, de que era o divino emissário, às antigas leis.

Paulo de Tarso precisou de Ananias para entender a própria situação.

Observemos o versículo acima, extraído dos Atos dos Apóstolos. Filipe achava-se despreocupado, quando um anjo do Senhor o mandou para o caminho que descia de Jerusalém para Gaza. O discípulo atende e aí encontra um homem que lia a Lei sem compreendê-la. E entram ambos em santificado esforço de cooperação.

Ninguém permanece abandonado. Os mensageiros do Cristo socorrem sempre nas estradas mais desertas. É necessário, porém, que a alma aceite a sua condição de necessidade e não despreze o ato de aprender com humildade, pois não devemos esquecer, através do texto evangélico, que o mendigo de entendimento era o mordomo-­mor da rainha dos etíopes, superintendente de todos os seus tesouros.

Além disso, ele ia de carro e Filipe, a pé.

Livro: Caminho, Verdade e Vida, lição 175 – Médium: Chico Xavier – Espírito: Emmanuel.
Imagem meramente ilustrativa – Fonte: Internet Google.
 

segunda-feira, 24 de outubro de 2022

Prece: DIANTE DA MORTE

Diante da morte, Senhor, ensina-nos a louvar e glorificar a Vida, que não termina no túmulo.

Mostraste-nos, com a Tua própria ressurreição, que o homem não se resume à matéria que se desfaz...

Viveremos para sempre!

O corpo volta a ser pó, mas o espírito prossegue na jornada que não se interrompe.

Que não vejamos, pois, na morte mais do que indispensável processo de renovação.

Um dia, todos haveremos de nos reunir no Grande Lar e não mais conheceremos o adeus.

Tudo que é pertinente ao mundo físico é transitória ilusão...

Os que amamos não desaparecem do nosso amor.

Redivivos, simplesmente prosseguiremos trilhando outra estrada, ansiando pelo definitivo encontro Contigo.

Senhor, encoraja-nos a abrir os braços à cruz que se nos destina!

 
Livro: Preces e Orações – Médium: Carlos A. Baccelli - Espírito: Irmão José.

Fonte da imagem: Internet Google.
 

sexta-feira, 21 de outubro de 2022

Poesia: Voz dos Servidores

Senhor Jesus!
Por nossa própria imprevidência,
Embora a evolução que nos reveste,
O sofrimento áspero, profundo,
Invade, canto a canto, os distritos do mundo
E espalha o pranto e sombra ante o esplendor celeste.

Avança a Terra pelo espaço afora,
Carregando conquistas
Que lhe garantem plena exaltação.
Máquinas jamais vistas
Efetuam serviços colossais;
Satélites, além, na rota em que se vão,
Oferecem notícias e sinais.
Computadores poupam energias
Ou se fazem vigias
De caminhos e forças siderais.
E o homem, desde os céus ao subsolo,
Leva o próprio domínio polo a polo.

Entretanto, Senhor!
Em todos os lugares,
Há quem se desconforte,
No imenso festival de riqueza e cultura,

Transportando consigo a vocação da morte,
De coração cansado, ante a vida insegura.
Destacamos, Jesus, os que caem de tédio,
Que gastaram o tempo e o corpo sem proveito,
E são hoje doentes quase sem remédio
Na angústia sem razão que lhes oprime o peito.
Falamos dos que morrem na saudade,
Dos corações queridos que partiram
Para a imortalidade,
E tateiam chorando, ante a Vida Maior,
Vasos de cinza e pedra em derredor
Das lágrimas que vertem...

Falamos dos drogados,
Dos que largaram de servir,
Dos que se dizem desesperançados
Ante a luz do porvir;
Dos que afirmam que a fé
Hoje se guarda apenas em museus,
E proclamam, gritando desenfreados,
Que a ciência na Terra é a derrota de Deus.

É por isto, Senhor, que nós Te suplicamos:
Não nos deixes temer o vozeirão das trevas;
Da Infinita Bondade a que Te elevas,
Concede-nos a força da humildade
De modo a trabalharmos, dia-a-dia,
Em Teu reino de luz e de verdade.
Ajuda-nos, Senhor,
A esquecer-nos, a fim de acompanhar-Te,
Cooperando Contigo em qualquer parte.
Acolhe-nos no amor com que nos guardas,
Na condição de servos teus.
Porque, apesar de sermos pequeninos,
Encontramos, Senhor, em Teus ensinos,
A presença de Deus.

Autora: Maria Dolores

Fonte da imagem: Internet Google.
 

quarta-feira, 19 de outubro de 2022

162 Pelos Inimigos do Espiritismo

O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO

Cap. 28 - COLETANIA DE PRECES ESPIRITAS

50. Bem-aventurados os famintos de justiça, porque serão saciados. 
Bem-aventurados os que sofrem perseguição por amor da justiça, porque deles é o reino dos céus.
 
Ditosos sereis, quando os homens vos carregarem de maldições, vos perseguirem e falsamente disserem contra vós toda espécie de mal, por minha causa. - Rejubilai-vos, então, porque grande recompensa vos está reservada nos céus, pois assim perseguiram eles os profetas enviados antes de vós. (S. MATEUS, cap. V, vv. 6 e 10 a 12.)

Não temais os que matam o corpo, mas que não podem matar a alma; temei, antes, aquele que pode perder alma e corpo no inferno. (S. MATEUS, cap. X, v. 28.)

51. PREFÁCIO. De todas as liberdades, a mais inviolável é a de pensar, que abrange a de consciência. Lançar alguém anátema sobre os que não pensam como ele é reclamar para si essa liberdade e negá-la aos outros, é violar o primeiro mandamento de Jesus: a caridade e o amor do próximo. Perseguir os outros, por motivos de suas crenças, é atentar contra o mais sagrado direito que tem todo homem, o de crer no que lhe convém e de adorar a Deus como o entenda. 
Constrangê-los a atos exteriores Semelhantes aos nossos é mostrarmos que damos mais valor à forma do que ao fundo, mais às aparências, do que à convicção. Nunca a abjuração forçada deu a quem quer que fosse a fé; apenas pode fazer hipócritas. E um abuso da força material, que não prova a verdade. 
A verdade é senhora de si: convence e não persegue, porque não precisa perseguir. 
O Espiritismo é uma opinião, uma crença; fosse (1) até uma religião, por que se não teria a liberdade de se dizer espírita, como se tem a de se dizer católico, protestante, ou judeu, adepto de tal ou qual doutrina filosófica, de tal ou qual sistema econômico? Essa crença é falsa, ou é verdadeira, se é falsa, cairá por si mesma, visto que o erro não pode prevalecer contra a verdade, quando se faz luz nas inteligências. Se é verdadeira, não haverá perseguição que a torne falsa. 
(1) Ver "Reformador" de 1946, pág. 253; "Revue Spirite", de dezembro de 1868; "Allan Kardec", de Zêus Wantuil e Francisco Thiesen, vol. III, pág. 100. Nota da Editora da FEB.

A perseguição é o batismo de toda ideia nova, grande e justa e cresce com a magnitude e a importância da ideia. O furor e o desabrimento dos seus inimigos são proporcionais ao temor que ela lhes inspira. Tal a razão por que o Cristianismo foi perseguido outrora e por que o Espiritismo o é hoje, com a diferença, todavia, de que aquele o foi pelos pagãos, enquanto o segundo o é por cristãos. 

Passou o tempo das perseguições sangrentas. É exato; contudo, se já não matam o corpo, torturam a alma, atacam-na até nos seus mais íntimos sentimentos, nas suas mais caras afeições. Lança-se a desunião nas famílias, excita-se a mãe contra a filha, a mulher contra o marido; investe-se mesmo contra o corpo, agravando-se lhe as necessidades materiais, tirando-se lhe o ganha-pão, para reduzir pela fome o crente. (Cap. XXIII, nº 9 e seguintes).
 
Espíritas, não vos aflijais com os golpes que vos desfiram, pois eles provam que estais com a verdade. Se assim não fosse, deixar-vos-iam tranquilos e não vos procurariam ferir. Constitui uma prova para a vossa fé, porquanto é pela vossa coragem, pela vossa resignação e pela vossa paciência que Deus vos reconhecerá entre os seus servidores fiéis, a cuja contagem ele hoje procede, para dar a cada um a parte que lhe toca, segundo suas obras. 

A exemplo dos primeiros cristãos, carregai com altivez a vossa cruz. Crede na palavra do Cristo, que disse: "Bem-aventurados os que sofrem perseguição por amor da justiça, que deles é o reino dos céus. Não temais os que matam o corpo, mas que não podem matar a alma." Ele também disse: "Amai os vossos inimigos, fazei bem aos que vos fazem mal e orai pelos que vos perseguem. Mostrai que sois seus verdadeiros discípulos e que a vossa doutrina é boa, fazendo o que ele disse e fez. 
A perseguição pouco durará. Aguardai com paciência o romper da aurora, pois que já rutila no horizonte a estrela d'alva. (Cap. XXIV, nº 13 e seguintes).
 
52. Prece. - Senhor, tu nos disseste pela boca de Jesus, o teu Messias: "Bem-aventurados os que sofrem perseguição por amor da justiça; perdoai aos vossos inimigos; orai pelos que vos persigam." E ele próprio nos deu o exemplo, orando pelos seus algozes. 
Seguindo esse exemplo, meu Deus, imploramos a tua misericórdia para os que desprezam os teus sacratíssimos preceitos, únicos capazes de facultar a paz neste mundo e no outro. Como o Cristo, também nós te dizemos: "Perdoa-lhes, Pai, que eles não sabem o que fazem." 
Dá-nos forças para suportar com paciência e resignação, como provas para a nossa fé e a nossa humildade, seus escárnios, injúrias, calúnias e perseguições; isenta-nos de toda ideia de represálias, visto que para todos soará a hora da tua justiça, hora que esperamos submissos à tua vontade santa.

Assim seja.

Imagem meramente ilustrativa – Fonte: Internet Google.
 

segunda-feira, 17 de outubro de 2022

Estória: O Melhor Pai do Mundo

Carlinhos, um menino muito arteiro, entrou em casa se sentindo muito chateado.

Estava no quintal jogando bola com os amigos e, sem querer, quebrou o vidro de uma das janelas.

O pai, que lia o jornal na varanda, percebeu o que tinha acontecido. Levantou-se na mesma hora e foi chamar a atenção do filho:

— Meu filho, tenha cuidado! Não chute a bola com tanta força. Você quebrou um vidro da nossa janela. E se fosse da casa do vizinho? Seu pai teria que pagar! E se você tivesse machucado alguém?

— Mas, papai, eu não tive culpa!

— Seja como for, você causou um prejuízo e descontarei da sua mesada.

Entrando na cozinha, Carlinhos sentou-se numa cadeira, revoltado. Maria, a empregada de sua mãe, que enxugava umas louças, perguntou:

— O que foi desta vez, Carlinhos?

— Meu pai brigou comigo só porque quebrei o vidro de uma janela. Disse que vai descontar da minha mesada. Sempre a culpa é minha! Tudo eu! Tudo eu!

Maria, que gostava muito do menino, com carinho respondeu:

— Carlinhos, todos temos que ser responsáveis pelas nossas ações. E seu pai estava apenas tentando ensinar-lhe responsabilidade, disciplina e respeito às coisas alheias.

— Maria, mas ele briga comigo o tempo todo! Para tomar banho, fazer a tarefa da escola, arrumar os brinquedos. Ufa! Estou cansado! Gostaria de ter outro pai. Olha Maria, acho que nem vou dar presente a ele nos Dia dos Pais.

— Ele faz isso por amor, Carlinhos. E não é verdade que seu pai chama sua atenção o tempo todo. Pense bem!

Carlinhos, já mais calmo, pensou um pouco e concordou.

Lembrou-se de todas as vezes que o pai o tinha levado para passear, pescar, tomar sorvete, andar de bicicleta, ao parque de diversões. Todas as vezes que o pai tinha chegado cansado do serviço, mas tinha se sentado para lhe ensinar os deveres da escola, que ele não conseguia fazer sozinho.

Mais ainda: lembrou-se das vezes que o pai tinha entrado na ponta dos pés em seu quarto para desejar-lhe boa-noite.

— Você tem razão, Maria. Meu pai se preocupa comigo.

E Maria, que era uma mulher muito sofrida, colocou a mão da cabeça dele, sentou-se a seu lado e disse:

— Vou lhe contar uma história, Carlinhos. Tem um rapaz que, desde pequeno, foi muito peralta, fazia coisas erradas, brigava com os vizinhos, não respeitava as pessoas, porém nunca teve alguém que o ensinasse. A mãe o amava muito e, como o menino já não tinha pai, ela não queria que ele sofresse. E assim, sempre desculpava tudo o que o filho fazia, cercando-o de cuidados e de atenções. Nunca acreditava nas professoras da escola e nem nas pessoas que vinham alertá-la sobre o péssimo comportamento do filho. Um dia, ele começou a roubar. No começo, eram pequenos furtos, depois passou a roubar coisas maiores, aparelhos de som, televisões, e até carros.

Carlinhos ouvia com os olhos arregalados de espanto:

— E depois? — perguntou interessado.

— Depois, acabou sendo preso. A mãe lamenta até hoje não ter dado a educação que ele precisava.

O menino estava impressionado.

— Você o conhece, Maria?

Com os olhos úmidos ela respondeu:

— Conheço sim, Carlinhos. Esse rapaz é meu filho.

Somente naquele momento o garoto percebeu que, embora Maria trabalhasse na sua casa desde que ele tinha nascido, nada sabia sobre a vida dela.

Maria parou de falar, enxugou os olhos no avental, e completou:

— Por isso, Carlinhos, agradeça a Deus todos os dias por ter um pai que se preocupa com você e que o ama muito. Se eu tivesse me preocupado em dar uma boa educação e orientações religiosas a meu filho, provavelmente hoje ele seria diferente.

Carlinhos, muito sério, lembrou:

— É por isso que o papai e a mamãe sempre dizem que o Evangelho de Jesus nos ajudará a sermos pessoas melhores.

— Isso mesmo, Carlinhos. Porém, na época, eu não sabia.

Voltando das compras, a mãe entrou em casa e Carlinhos correu ao seu encontro.

— Mamãe! Mamãe! Precisamos comprar o presente do papai!

— Calma, meu filho! Mas o que aconteceu para você estar assim tão ansioso?

— É que eu descobri que tenho um pai maravilhoso! O MELHOR PAI DO MUNDO!

Autoria: Célia Xavier Camargo – Imagem meramente ilustrativa – Fonte: Internet Google.
 

sexta-feira, 14 de outubro de 2022

Prece: NOS RISCOS DO DIA A DIA

Senhor, vivemos num tempo de violências e desrespeito à vida, e nem sempre temos certeza do nosso amanhã...

Por isso, aqui estamos para pedir ajuda e proteção, paz e segurança para nosso dia-a-dia, já tão naturalmente atribulado pelos problemas e dificuldades que lhe dizem respeito, rogando que nada de mal nos aconteça e que possamos viver um pouco melhor, com mais confiança e alegria, seja em nossos lares, seja na rua, no trabalho ou no lazer...

Temos muito medo, Senhor, de alguns irmãos infelizes que desconhecem o que seja amor ou compaixão; temos medo de sua audácia, de seu pouco caso com a vida alheia, temos medo, meu Deus, do que possam fazer conosco e com aqueles que amamos.

Por isso, guarda-nos se tivermos que passar por ruas nem sempre seguras; vigia-nos o passo se por obrigação ou lazer nos for necessário adentrar por locais ermos ou estranhos; protege-nos sempre, onde estivermos, e afasta de nós todo e qualquer perigo, se for de nosso merecimento, para que não carreguemos conosco, para o resto da vida, um trauma profundo e desnecessário...

Rogamos também, Senhor, luz e esclarecimento para os infelizes artífices de tantas aflições; pedimos a tua compaixão para eles, pois os mesmos com certeza praticam o mal sem a consciência de que ele será a dolorosa herança que receberão amanhã, para inequívoco ajuste de contas com a tua Soberana Justiça...

Abençoa a todos nós, Pai, e, guardando-nos do mal, permita que nossos espíritos compreendam a lição sofrida que nos proporcionas hoje, a de que a violência e o desrespeito são chagas morais de nosso próprio atraso, frutos amargos de nosso egoísmo milenar, a exigir, por isso mesmo, maior cota de dedicação e trabalho coletivo, para que a luz do esclarecimento resplandeça por sobre a imensa ignorância ainda reinante, em benefício de todos nós.

Assim seja!

André Luiz

Fonte da imagem: Internet Google.
 

segunda-feira, 10 de outubro de 2022

Estória: O Pequeno Órfão

Morando numa casa confortável, Ricardo era um menino que levava vida tranquila e segura. Uma família amorosa supria-lhe as necessidades, e ele frequentava uma boa escola onde tinha muitos amigos.

Ricardo, porém, não se contentava com o que Deus lhe concedera.

Estava sempre desejando algo mais e suspirando por tudo o que seus amigos tinham.

Sabem o que é isso? É um sentimento muito feio chamado: INVEJA.

Se os pais o presenteavam com um carrinho, ele reclamava com raiva:

— Não quero essa droga. Quero um carrinho de controle remoto, como o que o Dudu ganhou no aniversário!

— Mas, filhinho, é muito caro! — dizia a mãe, triste.

— Não me interessa. Quero, quero e quero! — gritava, batendo os pés.

Quando a mamãe carinhosa lhe comprava uma roupa, ele falava com desprezo:

— Que coisa horrível! Acha que vou usar “isso”? Essa roupa não vale nada!

— Quando a vi na loja achei bonita e lembrei-me de você, meu filho — justificava-se a mãe, pesarosa.

— Pois pode devolver. Não vou usar. Gosto de roupas caras e de lojas chiques. Na verdade, eu quero mesmo é uma calça “jeans” como a do Beto.

Na hora da refeição era o mesmo problema sempre. Ricardo reclamava de tudo:

— Legumes novamente?

— Sim, meu filho. Legumes fazem bem à saúde e são gostosos.

— Pois não como! — gritava o menino, empurrando o prato com grosseria. — Ainda se fosse um frango assado, como o que eu vi outro dia na casa do Adriano, eu comeria.

— Meu filho — respondia a mãe desgostosa — essas coisas são caras e a vida está difícil. Você sabe que nada nos falta, mas o papai trabalha muito para manter a casa. Devemos é agradecer a Deus por tudo o que possuímos e pela vida tranquila que temos.

O garoto balançava os ombros com desprezo e saía resmungando.

A mãe de Ricardo, em suas orações, sempre pedia a Deus que ajudasse seu filho, tão invejoso e egoísta, a ver a vida com outros olhos.

Certo dia, o garoto havia brigado com os pais; exigira a compra de uma bicicleta nova e, como eles se negaram, o menino saiu batendo a porta, chorando e reclamando:

— Ninguém gosta de mim! Ninguém me dá o que peço! Sou um infeliz abandonado. Tenho vontade de sumir de casa!

Ricardo chegou até uma praça e sentou-se num banco. Amuado, ali ficou, resolvido a não voltar logo para casa; queria dar um susto nos pais.

Após alguns minutos percebeu uma criança um pouco menor do que ele que, sentada no chão, parecia muito triste.

Aproximou-se sem saber por quê. Na verdade, nunca se interessara pelos problemas dos outros.

— Olá! — disse, a guisa de cumprimento.

O menino levantou a cabeça e Ricardo percebeu que chorava.

— Aconteceu alguma coisa? — perguntou sem muito interesse.

— É que me sinto muito sozinho. Não tenho ninguém que goste de mim. Sou órfão e vivo na rua — murmurou o garoto.

— Como assim? Não tem casa?

— Não. Quando meus pais morreram fui morar com uma tia. Mas ela me maltratava e obrigava-me a roubar, alegando que eu comia bastante e lhe dava muitas despesas. Depois de algum tempo, não aguentei mais; fugi de casa e, desde esse dia, durmo nos bancos das praças.

— E onde você come?

O garoto sorriu. Um sorriso triste e desconsolado.

— Normalmente, peço um prato de comida em alguma casa rica, mas nem sempre consigo. Então, reviro as latas de lixo à procura de algo para comer. Você não imagina quanta coisa boa a gente acha numa lata de lixo!

Ricardo, que nunca imaginara que existissem pessoas passando por tanta necessidade, estava surpreso e chocado.

— Quantos anos você tem? Como se chama?

— Tenho oito anos e me chamo Zezé. E você? Você também está triste! Também não tem ninguém?

— Tenho sim, Zezé — falou Ricardo com satisfação. — Tenho uma família maravilhosa e gostaria que você a conhecesse. Minha mãe é muito boa e faz uma comida simples, mas muito gostosa. Quer almoçar comigo?

Zezé aceitou com alegria. Desde o dia anterior não se alimentara e estava faminto.

Chegando ao seu lar, Ricardo apresentou o novo amigo e, em lágrimas, pediu desculpas pelo seu comportamento.

— Mamãe, eu compreendo agora que Deus foi muito bom dando-me uma casa boa e confortável e uma família amorosa que se preocupa comigo. Que mais posso desejar?

Muito contente com a mudança que se operara em seu filho, a mãe abraçou-o emocionada, dizendo-lhe com carinho:

— Que bom, meu filho, que você pense assim. Deus ouviu minhas preces e, se não somos ricos de dinheiro, somos ricos de amor, de paz, de alegria e de saúde. Não é verdade?

— É verdade, mamãe — concordou Ricardo, sorridente.

Zezé ficou por alguns dias naquele lar e, tão bem se adaptou ao ambiente da casa que, a pedido de Ricardo, que se afeiçoara muito a ele, foi adotado, passando a fazer parte da família, para alegria de todos.

Autoria: Célia Xavier Camargo – Imagem meramente ilustrativa – Fonte: Internet Google.
 

sexta-feira, 7 de outubro de 2022

Poesia: União e Amizade

União e Amizade,
Azas de luz da paz e da alegria,
Com que nossa alma voa, cada dia,
Ao reino augusto da fraternidade!...

Da união nasce a fonte soberana
Do poder que redime
Pelo amor milagroso, amplo e sublime,
De que todo o universo se engalana.

Da amizade provém
A santa vibração
Das aleluias de renovação,
Das claridades do infinito bem.

Sem que a luta nos uma, passo a passo,
E sem que nos amemos,
Dormirão nossos sonhos nos extremos
Da aflição, da amargura e do cansaço.

União e Amizade –
Fadas celestes da felicidade...
Quem ouvi-las submisso,
Agindo para honrá-las e atendê-las,
Guarda os braços na Bênçãos do serviço
E o coração no brilho das estrelas.

Autora: Maria Dolores

Fonte da imagem: Internet Google.
 

quarta-feira, 5 de outubro de 2022

161 Ação de Graças Pelo Bem Concedido aos Nossos Inimigos

O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO

Cap. 28 - COLETANIA DE PRECES ESPIRITAS

48. PREFÁCIO. Não desejar mal aos seus inimigos é ser apenas meio caridoso. A verdadeira caridade quer que lhes almejemos o bem e que nos sintamos felizes com o bem que lhes advenha. (Cap. XII, nº 7 e nº 8).
 
49. Prece - Meu Deus, entendeste em tua justiça encher de júbilo o coração de N... Agradeço-te por ele, sem embargo do mal que me fez ou que tem procurado fazer-me. Se desse bem ele se aproveitasse para me humilhar, eu receberia isso como uma prova para a minha caridade.

Bons Espíritos que me protegeis, não permitais que me sinta pesaroso por isso. Isentai-me da inveja e do ciúme que rebaixam. 

Inspirai-me, ao contrário, a generosidade que eleva. A humilhação está no mal e não no bem; e sabemos que, cedo ou tarde, justiça será feita a cada um, segundo suas obras.

Assim seja.

Imagem meramente ilustrativa - Fonte: Internet Google. 
 

segunda-feira, 3 de outubro de 2022

Biografia: JOÃO TORRES

1873 – 1958

Desencarna no Rio de Janeiro em 14 de agosto de 1958 tendo nascido no Ceará em 08 de março de 1873.

Foi um ativo colaborador na Liga Espírita do Brasil, onde exerceu as funções de Vice Presidente e Presidente.

Foi militar da Marinha.

Na Liga iniciou a campanha contra o analfabetismo. Sua gestão foi muito produtiva, e sob a bandeira do Educar Para Salvar, desenvolveu grandes campanhas para a erradicação do analfabetismo.

Fonte do texto: Biografias Espíritas – Imagem: Internet Google.