CURSO BÁSICO DE ESPIRITISMO - 2º ANO - Terça Feira, 30.06.2009
10ª Aula - Lei do Progresso
a) Progresso da Legislação Humana
b) Influência do Espiritismo no Progresso
c) Dai a César o que é de César
Livro Jesus no Lar - Lição nº 46: A Árvore Preciosa
11ª Aula - Lei de Igualdade
a) Igualdade Natural - Desigualdade de Aptidões - Desigualdades Sociais
b) Desigualdades das Riquezas - Provas da Riqueza e da Miséria
c) Igualdade dos Direitos do Homem e da Mulher - Igualdade Perante o Túmulo
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PALESTRA NO EXPEDIÇÃO CARIDADE - Quarta Feira, 01.07.2009
FONTE VIVA
62 - DEVAGAR, MAS SEMPRE
“Mas ainda que o nosso homem exterior se corrompa,
o interior, contudo, se renova, de dia em dia”.
PAULO, (II Coríntios, 4:16).
Observa o espírito de seqüência e gradação que prevaleçe nos mínimos setores da Natureza.
Nada se realiza aos saltos e, na pauta da Lei Divina, não existe privilégio em parte alguma.
Enche-se a espiga de grão em grão.
Desenvolve-se a árvore, milímetro a milímetro.
Nasce a floresta de sementes insignificantes.
Levanta-se a construção, peça por peça.
Começa o tecido nos fios.
As mais famosas páginas foram produzidas, letra a letra.
A cidade mais rica é edificada, palmo a palmo.
As maiores fortunas de ouro e pedras foram extraídas do solo, fragmento a fragmento.
A estrada mais longa é pavimentada, metro a metro.
O grande rio que se despeja no mar é conjunto de filetes líquidos.
Não abandones o teu grande sonho de conhecer e fazer, nos domínios superiores da inteligência e do sentimento, mas não te esqueças do trabalho pequenino, dia a dia.
A vida é processo renovador, em toda parte, e, segundo a palavra sublime de Paulo, ainda que a carne se corrompa, a individualidade imperecível se reforma, incessantemente.
Para que não nos modifiquemos, todavia, em sentido oposto à espectativa do Alto, é indispensável saibamos perseverar com o esforço de auto-aperfeiçoamento, em vigilância constante, na atividade que nos ajude e enobreça.
Se algum ideal divino te habita o espírito, não olvides o servicinho diário, para que se concretize em momento oportuno.
Há ensejo favorável à realização?
Age com regularidade, de alma voltada para a meta.
Há percalços e lutas, espinhos e pedrouços na senda?
Prossegue mesmo assim.
O tempo, implacável dominador de civilizações e homens, marcha apenas com sessenta minutos por hora, mas nunca se detém.
Guardemos a lição e caminhemos para diante, com a melhoria de nós mesmos.
Devagar, mas sempre.
Livro Fonte Viva. Pelo Espírito Emmanuel. Psicografia Francisco C. Xavier
JESUS NO LAR
45 - O IMPERATIVO DA AÇÃO
Explanavam os aprendizes, acaloradamente, sobre as necessidades de preparação para o Reino Divino.
Filipe, circunspecto, salientava o impositivo da meditação.
Tiago, o mais velho, opinava pelo retiro espiritual; os discípulos do movimento renovador, a seu ver, deviam isolar-se em zona inacessível ao pecado.
João optava pela adoração constante, chegando ao extremo de sugerir o abandono das atividades profissionais, por parte de cada um, a fim de poderem entoar hosanas contínuos ao Pai Amantíssimo.
Bartolomeu destacava a necessidade do jejum incessante, com abstenção de todo contacto com as pessoas impuras.
Chamado à manifestação direta pela palavra indagadora de Simão, Jesus perguntou, nominalmente:
— Pedro, qual é a água que desprende miasmas pestilenciais?
— Sem dúvida — respondeu o apóstolo, intrigado —, é a água estagnada, sem proveito.
Sorridente, dirigiu-se ao filho de Alfeu, indagando:
— Tiago, qual é o peixe que flutua inerte na onda? — É o peixe morto, Senhor — redargüiu o discípulo, desapontado.
— Bartolomeu, qual é a terra que se enche de matagais daninhos à plantação útil? O interpelado pensou, pensou e esclareceu:
— Indiscutivelmente, é a terra boa desprezada, porque o solo empedrado e áspero é quase sempre estéril.
O Mestre, evidenciando sincera satisfação, concentrou a atenção em Tadeu e inquiriu: Tadeu, qual é a túnica que se converte em ninho da traça destruidora?
— É a túnica não usada.
Endereçando expressivo gesto a Judas, interrogou: — Que acontece ao talento sepultado?
— Perde-se por inútil, Senhor.
Logo após, assinalou com o olhar um dos filhos de Zebedeu e falou, mais incisivo: — Tiago, onde se acoitam as serpentes e os lobos? — Nos lugares em ruína ou votados ao abandono.
— André — disse o Cristo, fixando o irmão de Pedro —, qual é, em verdade, a função do fermento?
— Mestre, a missão do fermento é dar vida ao pão.
Em seguida, pousando nos companheiros o olhar penetrante e doce, acrescentou, bem-humorado:
— O tempo está repleto de adoradores e a miséria rodeia Jerusalém.
Se a luz não serve para expulsar as trevas, se o pão deve fugir ao faminto e se o remédio precisa distanciar-se do enfermo, onde encontraremos proveito no trabalho a que nos propomos? O Reino Divino guarda o imperativo da ação por ordem fundamental.
Sigamos para diante e propaguemos a verdade salvadora, através dos pensamentos, das palavras, das obras e de nossas próprias vidas.
O Todo-Sábio criou a semente para produzir com o infinito.
Desce do alto a claridade do Sol cada dia para extinguir as sombras da Terra.
Não é outro o ministério da Boa Nova.
Amar, servindo, é venerar o Pai, acima de todas as coisas; e servir, amando, é amparar o próximo como a nós mesmos.
Pautar-se por estas normas, em nosso movimento de redenção, é praticar toda a Lei.
Livro Jesus no Lar - Francisco C. Xavier – Espírito: Néio Lucio
POEMA
DEUS ESPERA POR TI
Não digas, coração, que Deus não tem
Necessidade do teu abraço amigo,
Quando Deus ama, e anda contigo
Para a glória do bem!...
Contempla, em torno, a imensa caravana
De que vais, lado a lado,
E o caminho empedrado,
Em nevoa espessa da tristeza humana...
Deus aguarda o alimento
Que ainda hoje te sobre
Para atender ao prato humilde e pobre
Dos irmãos em penúria e sofrimento.
Deus espera de ti, ainda agora talvez,
A roupa que largaste em desuso ou fastio
Para vestir quem sofre, a tiritar de frio,
Entre angustia e nudez...
Deus conta receber-te a dádiva sem nome
Que quase nada ou pouco expresse embora,
Para dar pão e leite à orfandade que chora
E esmorece de fome...
Deus te pede a bondade oculta e santa
A suportar, com Ele, as lutas do caminho,
Injusta, lodo, fel, vinagre e espinho,
Para que o bem de todos se garanta.
Deus espera por ti, para sanar o caos
Provocado onde pises
Pelos irmãos rebeldes e infelizes
Que chamamos por maus.
Deus te reclama a voz generosa e serena
Com que fales de paz, tolerância e perdão,
A fim de remover a escuridão
Da cólera em que o mundo se envenena...
Seja agora ou depois, seja aqui, seja ali,
Onde enxergues sinais da dor alheia,
Onde a esperança morre e onde a fé bruxuleia,
Deus precisa de ti!...
Por isso, quando o bem por ti se aperfeiçoe,
Embora o mal te fira, espanque, estrague,
Diz o irmão a que apóias: “Deus te pague!...
Deus te ajude e abençoe!...”
Livro: Poetas Redivivos – Psicografia: Chico Xavier – Maria Dolores
PRECE
Prece por Trabalho
Senhor!
Auxilia-nos a servir para que aprendamos
a amar, segundo nos ensinastes.
Nas horas tranqüilas, induze-nos a trabalhar,
aproveitando os tesouros do tempo e nas
horas de crise, conserva-nos
em mais trabalho a fim de não perdê-los.
Se errarmos, faze-nos trabalhar na própria
corrigenda e sempre que acertarmos no
dever a cumprir, acrescenta-nos o trabalho
para sermos mais úteis.
Senhor, ajuda-nos a compreender
que o trabalho afasta a necessidade,
imunizando-nos contra o mal e auxilia-nos a
lembrar que unicamente aqueles que aprendem
a servir é que conseguem vencer.
Bezerra de Menezes
AÇÃO E REAÇÃO
A CADA UM SEGUNDO SUAS OBRAS
Nessa sentença de Jesus estão sintetizadas todas as leis que regem as questões ético-morais.
Mas de que maneira essa justiça se estabelece?
Que mecanismo coordena essa distribuição, com justiça?
Primeiro é importante lembrar que a justiça dos homens está calcada na legislação humana, com base em códigos legais criados pelos próprios homens.
Quando há um litígio qualquer, um grupo de pessoas especializadas nesses códigos analisa o processo, julga e define as penalidades aplicáveis ao réu.
A duração das penas também é estabelecida pelo juiz.
Então podemos concluir que a justiça dos homens se alicerça no arbítrio, segundo a visão dos magistrados. Mas com a justiça divina é diferente.
As conseqüências dos atos se dão de forma direta e natural, sem intermediários.
Em caso de uma falta qualquer, a penalidade se estabelece de maneira natural, e cessa também naturalmente, com o arrependimento efetivo e a reparação da falta.
Importante destacar que na justiça divina não há dois pesos e duas medidas. As leis são imutáveis e imparciais, e não podem ser burladas.
Um exemplo talvez torne mais fácil o entendimento.
Se alguém resolve beber uma dose considerável de veneno, as conseqüências logo surgirão no organismo, de maneira direta e natural.
Não é preciso que alguém julgue o ato e decida o que vai acontecer com o organismo do indivíduo. Simplesmente o resultado aparece.
Castigo? Não. Conseqüência natural derivada do seu ato, da sua livre escolha.
Os efeitos produzidos no corpo físico não fazem distinção entre o pobre ou o rico, o religioso ou o ateu, a criança ou o adulto.
As leis divinas não contemplam exceções, nem concessões. São justas e equânimes.
E essas conseqüências duram tanto quanto a causa que as produziu.
Uma vez passado o efeito do veneno, resta consertar o estrago e seguir em frente. Por isso a necessidade da reparação.
Nesse caso devemos considerar que a lei da reencarnação se torna uma necessidade, para que cada um receba conforme suas obras, segundo a justiça divina.
Se a pessoa bebe veneno e morre, as conseqüências do seu ato a seguirão no mundo espiritual, pois ela sai do corpo mas não sai da vida.
Por vezes, é necessário renascer num novo corpo marcado pelos estragos que o veneno produziu.
Castigo? Certamente não. Conseqüência direta e natural.
No campo moral a justiça divina se dá da mesma maneira, distribuindo a cada um segundo suas obras, sem intermediários. Mas como conhecer essas leis?
Ouvindo a própria consciência, que é onde se encontra esse código divino.
Não é outro o motivo que leva a pessoa corrupta, injusta, violenta, hipócrita, a tentar anestesiar a consciência usando drogas, embriagando-se para aplacar o clamor que vem da sua intimidade.
Uma vez mais podemos considerar que Jesus realmente é o maior de todos os sábios.
Numa sentença sintética ele ensinou tudo o que precisamos saber para conquistar a nossa felicidade.
Sim, porque se as conseqüências dos nossos atos são diretas e naturais, podemos promover, desde agora, conseqüências felizes para logo mais.
E se hoje sofremos as conseqüências de atos infelizes já praticados, basta colher os resultados, sem se queixar da sorte, e agir com uma conduta ético-moral condizente com o resultado que desejamos obter logo mais.
Nas leis divinas não existem penas eternas. As conseqüências infelizes duram tanto quanto a causa que as produziu.
Assim, como depende de cada um o seu aperfeiçoamento, todos podem, em virtude do livre-arbítrio, prolongar ou abreviar seus sofrimentos, como o doente sofre, pelos seus excessos, enquanto não lhes põe termo.
Dessa forma, se você deseja um futuro mais feliz, busque ajustar seus atos a sua consciência, que é sempre um guia infalível onde estão escritas as leis de Deus.
E, se em algum momento surgir a dúvida de como agir corretamente: faça aos outros o que gostaria que os outros lhe fizessem, e não haverá equívoco.
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PALESTRA NO EXPEDIÇÃO CARIDADE - Quarta Feira, 01.07.2009
FONTE VIVA
62 - DEVAGAR, MAS SEMPRE
“Mas ainda que o nosso homem exterior se corrompa,
o interior, contudo, se renova, de dia em dia”.
PAULO, (II Coríntios, 4:16).
Observa o espírito de seqüência e gradação que prevaleçe nos mínimos setores da Natureza.
Nada se realiza aos saltos e, na pauta da Lei Divina, não existe privilégio em parte alguma.
Enche-se a espiga de grão em grão.
Desenvolve-se a árvore, milímetro a milímetro.
Nasce a floresta de sementes insignificantes.
Levanta-se a construção, peça por peça.
Começa o tecido nos fios.
As mais famosas páginas foram produzidas, letra a letra.
A cidade mais rica é edificada, palmo a palmo.
As maiores fortunas de ouro e pedras foram extraídas do solo, fragmento a fragmento.
A estrada mais longa é pavimentada, metro a metro.
O grande rio que se despeja no mar é conjunto de filetes líquidos.
Não abandones o teu grande sonho de conhecer e fazer, nos domínios superiores da inteligência e do sentimento, mas não te esqueças do trabalho pequenino, dia a dia.
A vida é processo renovador, em toda parte, e, segundo a palavra sublime de Paulo, ainda que a carne se corrompa, a individualidade imperecível se reforma, incessantemente.
Para que não nos modifiquemos, todavia, em sentido oposto à espectativa do Alto, é indispensável saibamos perseverar com o esforço de auto-aperfeiçoamento, em vigilância constante, na atividade que nos ajude e enobreça.
Se algum ideal divino te habita o espírito, não olvides o servicinho diário, para que se concretize em momento oportuno.
Há ensejo favorável à realização?
Age com regularidade, de alma voltada para a meta.
Há percalços e lutas, espinhos e pedrouços na senda?
Prossegue mesmo assim.
O tempo, implacável dominador de civilizações e homens, marcha apenas com sessenta minutos por hora, mas nunca se detém.
Guardemos a lição e caminhemos para diante, com a melhoria de nós mesmos.
Devagar, mas sempre.
Livro Fonte Viva. Pelo Espírito Emmanuel. Psicografia Francisco C. Xavier
JESUS NO LAR
45 - O IMPERATIVO DA AÇÃO
Explanavam os aprendizes, acaloradamente, sobre as necessidades de preparação para o Reino Divino.
Filipe, circunspecto, salientava o impositivo da meditação.
Tiago, o mais velho, opinava pelo retiro espiritual; os discípulos do movimento renovador, a seu ver, deviam isolar-se em zona inacessível ao pecado.
João optava pela adoração constante, chegando ao extremo de sugerir o abandono das atividades profissionais, por parte de cada um, a fim de poderem entoar hosanas contínuos ao Pai Amantíssimo.
Bartolomeu destacava a necessidade do jejum incessante, com abstenção de todo contacto com as pessoas impuras.
Chamado à manifestação direta pela palavra indagadora de Simão, Jesus perguntou, nominalmente:
— Pedro, qual é a água que desprende miasmas pestilenciais?
— Sem dúvida — respondeu o apóstolo, intrigado —, é a água estagnada, sem proveito.
Sorridente, dirigiu-se ao filho de Alfeu, indagando:
— Tiago, qual é o peixe que flutua inerte na onda? — É o peixe morto, Senhor — redargüiu o discípulo, desapontado.
— Bartolomeu, qual é a terra que se enche de matagais daninhos à plantação útil? O interpelado pensou, pensou e esclareceu:
— Indiscutivelmente, é a terra boa desprezada, porque o solo empedrado e áspero é quase sempre estéril.
O Mestre, evidenciando sincera satisfação, concentrou a atenção em Tadeu e inquiriu: Tadeu, qual é a túnica que se converte em ninho da traça destruidora?
— É a túnica não usada.
Endereçando expressivo gesto a Judas, interrogou: — Que acontece ao talento sepultado?
— Perde-se por inútil, Senhor.
Logo após, assinalou com o olhar um dos filhos de Zebedeu e falou, mais incisivo: — Tiago, onde se acoitam as serpentes e os lobos? — Nos lugares em ruína ou votados ao abandono.
— André — disse o Cristo, fixando o irmão de Pedro —, qual é, em verdade, a função do fermento?
— Mestre, a missão do fermento é dar vida ao pão.
Em seguida, pousando nos companheiros o olhar penetrante e doce, acrescentou, bem-humorado:
— O tempo está repleto de adoradores e a miséria rodeia Jerusalém.
Se a luz não serve para expulsar as trevas, se o pão deve fugir ao faminto e se o remédio precisa distanciar-se do enfermo, onde encontraremos proveito no trabalho a que nos propomos? O Reino Divino guarda o imperativo da ação por ordem fundamental.
Sigamos para diante e propaguemos a verdade salvadora, através dos pensamentos, das palavras, das obras e de nossas próprias vidas.
O Todo-Sábio criou a semente para produzir com o infinito.
Desce do alto a claridade do Sol cada dia para extinguir as sombras da Terra.
Não é outro o ministério da Boa Nova.
Amar, servindo, é venerar o Pai, acima de todas as coisas; e servir, amando, é amparar o próximo como a nós mesmos.
Pautar-se por estas normas, em nosso movimento de redenção, é praticar toda a Lei.
Livro Jesus no Lar - Francisco C. Xavier – Espírito: Néio Lucio
POEMA
DEUS ESPERA POR TI
Não digas, coração, que Deus não tem
Necessidade do teu abraço amigo,
Quando Deus ama, e anda contigo
Para a glória do bem!...
Contempla, em torno, a imensa caravana
De que vais, lado a lado,
E o caminho empedrado,
Em nevoa espessa da tristeza humana...
Deus aguarda o alimento
Que ainda hoje te sobre
Para atender ao prato humilde e pobre
Dos irmãos em penúria e sofrimento.
Deus espera de ti, ainda agora talvez,
A roupa que largaste em desuso ou fastio
Para vestir quem sofre, a tiritar de frio,
Entre angustia e nudez...
Deus conta receber-te a dádiva sem nome
Que quase nada ou pouco expresse embora,
Para dar pão e leite à orfandade que chora
E esmorece de fome...
Deus te pede a bondade oculta e santa
A suportar, com Ele, as lutas do caminho,
Injusta, lodo, fel, vinagre e espinho,
Para que o bem de todos se garanta.
Deus espera por ti, para sanar o caos
Provocado onde pises
Pelos irmãos rebeldes e infelizes
Que chamamos por maus.
Deus te reclama a voz generosa e serena
Com que fales de paz, tolerância e perdão,
A fim de remover a escuridão
Da cólera em que o mundo se envenena...
Seja agora ou depois, seja aqui, seja ali,
Onde enxergues sinais da dor alheia,
Onde a esperança morre e onde a fé bruxuleia,
Deus precisa de ti!...
Por isso, quando o bem por ti se aperfeiçoe,
Embora o mal te fira, espanque, estrague,
Diz o irmão a que apóias: “Deus te pague!...
Deus te ajude e abençoe!...”
Livro: Poetas Redivivos – Psicografia: Chico Xavier – Maria Dolores
PRECE
Prece por Trabalho
Senhor!
Auxilia-nos a servir para que aprendamos
a amar, segundo nos ensinastes.
Nas horas tranqüilas, induze-nos a trabalhar,
aproveitando os tesouros do tempo e nas
horas de crise, conserva-nos
em mais trabalho a fim de não perdê-los.
Se errarmos, faze-nos trabalhar na própria
corrigenda e sempre que acertarmos no
dever a cumprir, acrescenta-nos o trabalho
para sermos mais úteis.
Senhor, ajuda-nos a compreender
que o trabalho afasta a necessidade,
imunizando-nos contra o mal e auxilia-nos a
lembrar que unicamente aqueles que aprendem
a servir é que conseguem vencer.
Bezerra de Menezes
AÇÃO E REAÇÃO
A CADA UM SEGUNDO SUAS OBRAS
Nessa sentença de Jesus estão sintetizadas todas as leis que regem as questões ético-morais.
Mas de que maneira essa justiça se estabelece?
Que mecanismo coordena essa distribuição, com justiça?
Primeiro é importante lembrar que a justiça dos homens está calcada na legislação humana, com base em códigos legais criados pelos próprios homens.
Quando há um litígio qualquer, um grupo de pessoas especializadas nesses códigos analisa o processo, julga e define as penalidades aplicáveis ao réu.
A duração das penas também é estabelecida pelo juiz.
Então podemos concluir que a justiça dos homens se alicerça no arbítrio, segundo a visão dos magistrados. Mas com a justiça divina é diferente.
As conseqüências dos atos se dão de forma direta e natural, sem intermediários.
Em caso de uma falta qualquer, a penalidade se estabelece de maneira natural, e cessa também naturalmente, com o arrependimento efetivo e a reparação da falta.
Importante destacar que na justiça divina não há dois pesos e duas medidas. As leis são imutáveis e imparciais, e não podem ser burladas.
Um exemplo talvez torne mais fácil o entendimento.
Se alguém resolve beber uma dose considerável de veneno, as conseqüências logo surgirão no organismo, de maneira direta e natural.
Não é preciso que alguém julgue o ato e decida o que vai acontecer com o organismo do indivíduo. Simplesmente o resultado aparece.
Castigo? Não. Conseqüência natural derivada do seu ato, da sua livre escolha.
Os efeitos produzidos no corpo físico não fazem distinção entre o pobre ou o rico, o religioso ou o ateu, a criança ou o adulto.
As leis divinas não contemplam exceções, nem concessões. São justas e equânimes.
E essas conseqüências duram tanto quanto a causa que as produziu.
Uma vez passado o efeito do veneno, resta consertar o estrago e seguir em frente. Por isso a necessidade da reparação.
Nesse caso devemos considerar que a lei da reencarnação se torna uma necessidade, para que cada um receba conforme suas obras, segundo a justiça divina.
Se a pessoa bebe veneno e morre, as conseqüências do seu ato a seguirão no mundo espiritual, pois ela sai do corpo mas não sai da vida.
Por vezes, é necessário renascer num novo corpo marcado pelos estragos que o veneno produziu.
Castigo? Certamente não. Conseqüência direta e natural.
No campo moral a justiça divina se dá da mesma maneira, distribuindo a cada um segundo suas obras, sem intermediários. Mas como conhecer essas leis?
Ouvindo a própria consciência, que é onde se encontra esse código divino.
Não é outro o motivo que leva a pessoa corrupta, injusta, violenta, hipócrita, a tentar anestesiar a consciência usando drogas, embriagando-se para aplacar o clamor que vem da sua intimidade.
Uma vez mais podemos considerar que Jesus realmente é o maior de todos os sábios.
Numa sentença sintética ele ensinou tudo o que precisamos saber para conquistar a nossa felicidade.
Sim, porque se as conseqüências dos nossos atos são diretas e naturais, podemos promover, desde agora, conseqüências felizes para logo mais.
E se hoje sofremos as conseqüências de atos infelizes já praticados, basta colher os resultados, sem se queixar da sorte, e agir com uma conduta ético-moral condizente com o resultado que desejamos obter logo mais.
Nas leis divinas não existem penas eternas. As conseqüências infelizes duram tanto quanto a causa que as produziu.
Assim, como depende de cada um o seu aperfeiçoamento, todos podem, em virtude do livre-arbítrio, prolongar ou abreviar seus sofrimentos, como o doente sofre, pelos seus excessos, enquanto não lhes põe termo.
Dessa forma, se você deseja um futuro mais feliz, busque ajustar seus atos a sua consciência, que é sempre um guia infalível onde estão escritas as leis de Deus.
E, se em algum momento surgir a dúvida de como agir corretamente: faça aos outros o que gostaria que os outros lhe fizessem, e não haverá equívoco.