Convido os amigos e simpatizantes deste blog a participar do CURSO BÁSICO DE ESPIRITISMO - 2º ANO, a iniciar nesta terça feira, 28.04.2009 no Expedição Caridade: Alameda dos Ubiatans, 469 (entrada pela porta da rua lateral) - Planalto Paulista - São Paulo/SP, às 20:00 horas.
Nosso objetivo é apenas a divulgação da Doutrina Espirita, portanto, quem não participou do 1º ano Básico, pode assistir as aulas normalmente.
1ª Aula: Não Vim destruir a Lei
a) A Lei - Moises e Cristo
b) Aliança da Ciência com a Religião - A Nova Era
c) Sócrates e Platão - Precursores da Doutrina Cristã e do Espiritismo
1 - A Pré existencia da alma
2 - Pluralidade das existencias
3 - A possibilidade de comunicação entre o mundo espiritual e material
4 - O amor - lei universal
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PALESTRA NO EXPEDIÇÃO CARIDADE, QUARTA FEIRA, 29.04.2009
PRECE
ORAÇÃO DA AMIZADE
Agradeço Senhor,
Cada afeição querida
Com que me deste a vida
Alegria, esperança, entendimento, amor!
Enaltece, por mim, a amizade que vem
Resguardar-me a fraqueza em caridade infinda,
Sem perguntar porque não posso ainda
Entregar-me de todo a prática do bem.
Sê louvado Jesus, pela criatura boa
Que me escora no caminho.
Estendendo-me paz, reconforto e carinho
Toda vez que me encontra, auxilia ou perdoa.
Faze brilhar, no mundo, o olhar brando e perfeito
Que me tolera as faltas, de hora a hora
Que me percebe o anseio de melhora
E me ensina a servir sem notar meu defeito...
Santifica, na terra, o ouvido que me escuta,
Sem espalhar a queixa e as aflições que faço,
Nos erros que cometo, passo a passo,
Nos meus dias de mágoa, sombra e luta!...
Abrilhanta, onde esteja, aquele coração.
Que me acolhe nos dons da palavra serena
E nunca me censura e nem condena,
Quando me vejo em treva e irritação.
Reclama de esplendor para a Glória Celeste
A mão, cuja bondade, em júbilo, proclamo,
Que me socorre e ampara aqueles que mais amo
No refúgio do lar que me fizeste
A Ti, Jesus, meu pálido louvor!...
Pelo gesto mais leve e pequenino
Das santas afeições que me deste ao destino.
Agradeço Senhor!....
Maria Dolores
PARA REFLETIR
EVANGELHO E VIDA
Sheilla
No mundo de hoje, há boa vida e há vida boa.
Boa vida é bem-estar.
Vida boa é estar bem.
Por isso, temos criaturas de boa vida e criaturas de vida boa.
As primeiras servem a si mesmas.
As segundas respiram no auxílio incessante aos outros.
A boa vida tem rastros de sombra.
A vida boa apresenta marcas de luz.
A desordem favorece a boa vida.
A ordem garante a vida boa.
Palavra enfeitada costuma escorar boa vida.
Bom exemplo assegura vida boa.
Preguiça mora na boa vida.
Trabalho brilha na vida boa.
Ignorância escurece a boa vida.
Educação ilumina a vida boa.
Egoísmo alimenta a boa vida.
Caridade enriquece a vida boa.
Indisciplina é objetivo da boa vida.
Disciplina é roteiro da vida boa.
Vejamos as lições do Evangelho.
Madalena, obsidiada, perdera-se nos encantos da boa vida, mas encontrou em nosso Divino Mestre a necessária orientação para vida boa.
Zaqueu, afortunado, apegara-se em demasia às posses efêmeras da boa vida, entretanto, ao contato de Nosso Senhor, aprendeu como situar os próprios bens na direção da vida boa.
Judas, os discípulo invigilante, procurando a boa vida, entregou-se à deserção, e sentindo extrema dificuldade para voltar à vida boa, foi colhido pela loucura.
Simão Pedro, o apóstolo receoso tentando conservar a boa vida, instintivamente, negou o Divino Amigo por três vezes numa só noite, entretanto, regressando, prudente, à vida boa, abraçou o sacrifício pela própria ascensão em trabalho incessante.
Pilatos, o juiz dúbio, interessado em desfrutar boa vida, lavou as mãos quanto ao destino do Excelso Benfeitor, adquirindo o arrependimento e o remorso que o distanciaram da vida boa.
Todos os que crucificaram Jesus pretendiam guardar-se nas ilusões da boa vida, no entanto, o Senhor preferiu morrer na cruz da extrema renúncia para ensinar-nos o caminho da vida boa.
Como é fácil observar, nas estradas terrestres, há muita gente de boa vida e pouca gente de vida boa, porque a boa vida obscurece a alma e a vida boa mantém a consciência acordada para o desempenho das próprias obrigações.
Estejamos alertas quanto à posição que escolhemos, porquanto, pelo tipo de nossa experiência diária, sabemos com segurança em que espécie de vida seguimos nós.
Livro “Comandos do Amor”- Espírito Sheilla – Psicografia Chico Xavier
CONTO
O PIOR INIMIGO
Neio Lúcio
Um homem, admirável pelas qualidades de trabalho e pelas formosas virtudes do caráter, foi visto pelos inimigos da Humanidade que conhecemos por Ignorância, Calúnia, Maldade, Discórdia, Vaidade, Preguiça e Desânimo, os quais tramaram, entre si, agir contra ele, conduzindo-o à derrota.
O honrado trabalhador vivia feliz, entre familiares e companheiros, cultivando o campo e rendendo graças ao Senhor Supremo pelas alegrias que desfrutava no contentamento de ser útil.
A Ignorância começou a cogitar da perseguição, apresentando-o ao povo como mau observador das obrigações religiosas. Insulava-se no trato da terra, cheio de ambições desmedidas para enriquecer a custa do alheio suor. Não tinha fé, nem respeitava os bons costumes.
O lavrador ativo percebeu as notícias do adversário que operava, de longe, sorriu calmo e falou com sinceridade:
- A Ignorância está desculpada.
Surgiu, então a Calúnia e denunciou-o às autoridades por espião de interesses estranhos. Aquele homem vivia, quase sozinho, para melhor comunicar-se com vasta quadrilha de ladrões. O serviço policial tratou de minuciosas averiguações e, ao término do inquérito vexatório, a vítima afirmou sem ódio:
- A Calúnia estava enganada.
E trabalhou com dobrado valor moral.
Logo após, veio a Maldade, que o atacou de mais perto. Principiou a ofensiva, incendiando-lhe o campo. Destruiu-lhe milharais enormes, prejudicando-lhe a vinha, poluiu-lhe as fontes. Todavia, o operário incansável, reconstruindo para o futuro, respondeu sereno:
- Contra as sombras do mal, tenho a luz do bem.
Reconhecendo os perseguidores que haviam encontrado um espírito robusto na fé, instruíram a Discórdia que passou a assediá-lo dentro da própria casa. Provocações cercaram-no e amigos da véspera relegaram-no ao abandono.
O servo diligente, dessa vez, sofreu bastante, mas ergueu os olhos para o céu e falou:
- Meu Deus e meu Senhor, estou só, no entanto, continuarei agindo e servindo Teu nome. A Discórdia será por mim esquecida.
Apareceu, então, a Vaidade que o procurou nos aposentos particulares, afirmando-lhe:
- És um grande herói... Venceste aflições e batalhas! Serás apontado à multidão na auréola dos justos e dos santos!...
O trabalhador sincero repeliu-a, imperturbável:
- Sou apenas um átomo que respira. Toda glória pertence a Deus!
Ausentando-se a Vaidade com desapontamento, entrou a Preguiça e, acariciando-lhe a fronte com mãos traiçoeiras, afiançou:
- Teus sacrifícios são excessivos... Vamos ao repouso! Já perdeste as melhores forças!...
Vigilante, contundo, o interpelado replicou sem hesitar:
- Meu dever é o de servir em benefício de todos, até ao fim da luta.
Afastando-se a Preguiça vencida, o Desânimo compareceu. Não atacou de longe, nem de perto. Não se sentou na poltrona para conversar, nem lhe cochichou aos ouvidos. Entrou no coração do operoso lavrador e, depois de instalar-se lá dentro, começou a perguntar-lhe:
- Esforçar-se para quê? servir por quê? Não vê que o mundo está repleto de colaboradores mais competentes? que razão justifica tamanha luta? quem mandou nascer neste corpo? não foi a determinação do próprio Deus? não será melhor deixar tudo por conta de Deus mesmo? que espera? Sabe, acaso, o objetivo da vida? tudo é inútil... não se lembra de que a morte destruirá tudo?
O homem forte e valoroso, que triunfara de muitos combates, começou a ouvir as interrogações do Desânimo, deitou-se e passou cem anos sem levantar-se...
Francisco Cândido Xavier, . Da obra: Alvorada Cristã. Ditado pelo Espírito Neio Lúcio..
POESIA
DIA DE ALEGRIA
Um grande dia está para chegar,
Um novo tempo até de magia.
Onde o que mais importa é saber amar,
Para poder cultivar a alegria.
A alegria de sentir renascer
A fé, tão necessária em nosso dia,
Para assim poder bem melhor viver
E cultivar muito bem a alegria.
Será um tempo da fé desabrochar,
Tempo de bem viver o dia a dia.
Época para muito, muito pensar
Em viver somente para a alegria.
Vivenciar o momento mágico
Momento de muita paz e oração.
Onde não há lugar para o trágico
E vive-se a alegria da emoção.
Sem Autor
PÃO NOSSO
127 – LEI DE RETORNO
Emmanuel
“E os que fizeram o bem sairão para a ressurreição da vida;
e os que fizeram o mal, para a ressurreição da condenação .”
– Jesus. (João, 5:29).
Em raras passagens do Evangelho, a lei reencarnacionista permanece tão clara quanto aqui, em que o ensino do Mestre se reporta à ressurreição da condenação.
Como entenderiam estas palavras os teólogos interessados na existência de um inferno ardente e imperecível?
As criaturas dedicadas ao bem encontrarão a fonte da vida em se banhando nas águas da morte corporal. Suas realizações no porvir seguem na ascensão justa, em correspondência direta com o esforço perseverante que desenvolveram no rumo da espiritualidade santificadora, todavia, os que se comprazem no mal cancelam as próprias possibilidades de ressurreição na luz.
Cumpre-lhes a repetição do curso expiatório.
É a volta à lição ou ao remédio.
Não lhes surge diferente alternativa.
A lei de retorno, pois, está contida amplamente nessa síntese de Jesus.
Ressurreição é ressurgimento. E o sentido de renovação não se compadece com a teoria das penas eternas.
Nas sentenças sumárias e definitivas não há recurso salvador. Através da referencia do Mestre, contudo, observamos que a Providência Divina é muito mais rica e magnânima que parece.
Haverá ressurreição para todos, apenas com a diferença de que os bons tê-la-ão em vida nova e os maus em nova condenação, decorrente da criação reprovável deles mesmos.
Pão Nosso – Psicografia: Francisco Cândido Xavier – Ed.: FEB.
O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO
Cap. 18 – Muitos os Chamados e Poucos os Escolhidos
A porta estreita
3. Entrai pela porta estreita, porque larga é a porta da perdição e espaçoso o caminho que a ela conduz, e muitos são os que por ela entram. - Quão pequena é a porta da vida! quão apertado o caminho que a ela conduz! e quão poucos a encontram! (S. MATEUS, cap. VII, vv. 13 e 14.)
4. Tendo-lhe alguém feito esta pergunta: Senhor, serão poucos os que se salvam? Respondeu-lhes ele: - Esforçai-vos por entrar pela porta estreita, pois vos asseguro que muitos procurarão transpô-la e não o poderão. - E quando o pai de família houver entrado e fechado a porta, e vós, de fora, começardes a bater, dizendo: Senhor, abre-nos; ele vos responderá: não sei donde sois: - Pôr-vos-eis a dizer: Comemos e bebemos na tua presença e nos instruíste nas nossas praças públicas. - Ele vos responderá: Não sei donde sois; afastai-vos de mim, todos vós que praticais a iniquidade.
Então, haverá choro e ranger de dentes, quando virdes que Abraão, Isaac, Jacob e todos os profetas estão no reino de Deus e que vós outros sois dele expelidos. -Virão muitos do Oriente e do Ocidente, do Setentrião e do Meio-Dia, que participarão do festim no reino de Deus. - Então, os que forem últimos serão os primeiros e os que forem primeiros serão os últimos. - (S. LUCAS, cap. XIII, vv. 23 a 30.)
5. Larga é a porta da perdição, porque são numerosas as paixões más e porque o maior número envereda pelo caminho do mal. E estreita a da salvação, porque a grandes esforços sobre si mesmo é obrigado o homem que a queira transpor, para vencer suas más tendências, coisa a que poucos se resignam. E o complemento da máxima: "Muitos são os chamados e poucos os escolhidos."
Tal o estado da Humanidade terrena, porque, sendo a Terra mundo de expiação, nela predomina o mal. Quando se achar transformada, a estrada do bem será a mais freqüentada. Aquelas palavras devem, pois, entender-se em sentido relativo e não em sentido absoluto. Se houvesse de ser esse o estado normal da Humanidade, teria Deus condenado à perdição a imensa maioria das suas criaturas, suposição inadmissível, desde que se reconheça que Deus é todo justiça e bondade.
Mas, de que delitos esta Humanidade se houvera feito culpada para merecer tão triste sorte, no presente e no futuro, se toda ela se achasse degredada na Terra e se a alma não tivesse tido outras existências? Por que tantos entraves postos diante de seus passos? Por que essa porta tão estreita que só a muito poucos é dado transpor, se a sorte da alma é determinada para sempre, logo após a morte? Assim é que, com a unicidade da existência, o homem está sempre em contradição consigo mesmo e com a justiça de Deus. Com a anterioridade da alma e a pluralidade dos mundos, o horizonte se alarga; faz-se luz sobre os pontos mais obscuros da fé; o presente e o futuro tornam-se solidários com o passado, e só então se pode compreender toda a profundeza. toda a verdade e toda a sabedoria das máximas do Cristo.
ORAÇÃO DA AMIZADE
Agradeço Senhor,
Cada afeição querida
Com que me deste a vida
Alegria, esperança, entendimento, amor!
Enaltece, por mim, a amizade que vem
Resguardar-me a fraqueza em caridade infinda,
Sem perguntar porque não posso ainda
Entregar-me de todo a prática do bem.
Sê louvado Jesus, pela criatura boa
Que me escora no caminho.
Estendendo-me paz, reconforto e carinho
Toda vez que me encontra, auxilia ou perdoa.
Faze brilhar, no mundo, o olhar brando e perfeito
Que me tolera as faltas, de hora a hora
Que me percebe o anseio de melhora
E me ensina a servir sem notar meu defeito...
Santifica, na terra, o ouvido que me escuta,
Sem espalhar a queixa e as aflições que faço,
Nos erros que cometo, passo a passo,
Nos meus dias de mágoa, sombra e luta!...
Abrilhanta, onde esteja, aquele coração.
Que me acolhe nos dons da palavra serena
E nunca me censura e nem condena,
Quando me vejo em treva e irritação.
Reclama de esplendor para a Glória Celeste
A mão, cuja bondade, em júbilo, proclamo,
Que me socorre e ampara aqueles que mais amo
No refúgio do lar que me fizeste
A Ti, Jesus, meu pálido louvor!...
Pelo gesto mais leve e pequenino
Das santas afeições que me deste ao destino.
Agradeço Senhor!....
Maria Dolores
PARA REFLETIR
EVANGELHO E VIDA
Sheilla
No mundo de hoje, há boa vida e há vida boa.
Boa vida é bem-estar.
Vida boa é estar bem.
Por isso, temos criaturas de boa vida e criaturas de vida boa.
As primeiras servem a si mesmas.
As segundas respiram no auxílio incessante aos outros.
A boa vida tem rastros de sombra.
A vida boa apresenta marcas de luz.
A desordem favorece a boa vida.
A ordem garante a vida boa.
Palavra enfeitada costuma escorar boa vida.
Bom exemplo assegura vida boa.
Preguiça mora na boa vida.
Trabalho brilha na vida boa.
Ignorância escurece a boa vida.
Educação ilumina a vida boa.
Egoísmo alimenta a boa vida.
Caridade enriquece a vida boa.
Indisciplina é objetivo da boa vida.
Disciplina é roteiro da vida boa.
Vejamos as lições do Evangelho.
Madalena, obsidiada, perdera-se nos encantos da boa vida, mas encontrou em nosso Divino Mestre a necessária orientação para vida boa.
Zaqueu, afortunado, apegara-se em demasia às posses efêmeras da boa vida, entretanto, ao contato de Nosso Senhor, aprendeu como situar os próprios bens na direção da vida boa.
Judas, os discípulo invigilante, procurando a boa vida, entregou-se à deserção, e sentindo extrema dificuldade para voltar à vida boa, foi colhido pela loucura.
Simão Pedro, o apóstolo receoso tentando conservar a boa vida, instintivamente, negou o Divino Amigo por três vezes numa só noite, entretanto, regressando, prudente, à vida boa, abraçou o sacrifício pela própria ascensão em trabalho incessante.
Pilatos, o juiz dúbio, interessado em desfrutar boa vida, lavou as mãos quanto ao destino do Excelso Benfeitor, adquirindo o arrependimento e o remorso que o distanciaram da vida boa.
Todos os que crucificaram Jesus pretendiam guardar-se nas ilusões da boa vida, no entanto, o Senhor preferiu morrer na cruz da extrema renúncia para ensinar-nos o caminho da vida boa.
Como é fácil observar, nas estradas terrestres, há muita gente de boa vida e pouca gente de vida boa, porque a boa vida obscurece a alma e a vida boa mantém a consciência acordada para o desempenho das próprias obrigações.
Estejamos alertas quanto à posição que escolhemos, porquanto, pelo tipo de nossa experiência diária, sabemos com segurança em que espécie de vida seguimos nós.
Livro “Comandos do Amor”- Espírito Sheilla – Psicografia Chico Xavier
CONTO
O PIOR INIMIGO
Neio Lúcio
Um homem, admirável pelas qualidades de trabalho e pelas formosas virtudes do caráter, foi visto pelos inimigos da Humanidade que conhecemos por Ignorância, Calúnia, Maldade, Discórdia, Vaidade, Preguiça e Desânimo, os quais tramaram, entre si, agir contra ele, conduzindo-o à derrota.
O honrado trabalhador vivia feliz, entre familiares e companheiros, cultivando o campo e rendendo graças ao Senhor Supremo pelas alegrias que desfrutava no contentamento de ser útil.
A Ignorância começou a cogitar da perseguição, apresentando-o ao povo como mau observador das obrigações religiosas. Insulava-se no trato da terra, cheio de ambições desmedidas para enriquecer a custa do alheio suor. Não tinha fé, nem respeitava os bons costumes.
O lavrador ativo percebeu as notícias do adversário que operava, de longe, sorriu calmo e falou com sinceridade:
- A Ignorância está desculpada.
Surgiu, então a Calúnia e denunciou-o às autoridades por espião de interesses estranhos. Aquele homem vivia, quase sozinho, para melhor comunicar-se com vasta quadrilha de ladrões. O serviço policial tratou de minuciosas averiguações e, ao término do inquérito vexatório, a vítima afirmou sem ódio:
- A Calúnia estava enganada.
E trabalhou com dobrado valor moral.
Logo após, veio a Maldade, que o atacou de mais perto. Principiou a ofensiva, incendiando-lhe o campo. Destruiu-lhe milharais enormes, prejudicando-lhe a vinha, poluiu-lhe as fontes. Todavia, o operário incansável, reconstruindo para o futuro, respondeu sereno:
- Contra as sombras do mal, tenho a luz do bem.
Reconhecendo os perseguidores que haviam encontrado um espírito robusto na fé, instruíram a Discórdia que passou a assediá-lo dentro da própria casa. Provocações cercaram-no e amigos da véspera relegaram-no ao abandono.
O servo diligente, dessa vez, sofreu bastante, mas ergueu os olhos para o céu e falou:
- Meu Deus e meu Senhor, estou só, no entanto, continuarei agindo e servindo Teu nome. A Discórdia será por mim esquecida.
Apareceu, então, a Vaidade que o procurou nos aposentos particulares, afirmando-lhe:
- És um grande herói... Venceste aflições e batalhas! Serás apontado à multidão na auréola dos justos e dos santos!...
O trabalhador sincero repeliu-a, imperturbável:
- Sou apenas um átomo que respira. Toda glória pertence a Deus!
Ausentando-se a Vaidade com desapontamento, entrou a Preguiça e, acariciando-lhe a fronte com mãos traiçoeiras, afiançou:
- Teus sacrifícios são excessivos... Vamos ao repouso! Já perdeste as melhores forças!...
Vigilante, contundo, o interpelado replicou sem hesitar:
- Meu dever é o de servir em benefício de todos, até ao fim da luta.
Afastando-se a Preguiça vencida, o Desânimo compareceu. Não atacou de longe, nem de perto. Não se sentou na poltrona para conversar, nem lhe cochichou aos ouvidos. Entrou no coração do operoso lavrador e, depois de instalar-se lá dentro, começou a perguntar-lhe:
- Esforçar-se para quê? servir por quê? Não vê que o mundo está repleto de colaboradores mais competentes? que razão justifica tamanha luta? quem mandou nascer neste corpo? não foi a determinação do próprio Deus? não será melhor deixar tudo por conta de Deus mesmo? que espera? Sabe, acaso, o objetivo da vida? tudo é inútil... não se lembra de que a morte destruirá tudo?
O homem forte e valoroso, que triunfara de muitos combates, começou a ouvir as interrogações do Desânimo, deitou-se e passou cem anos sem levantar-se...
Francisco Cândido Xavier, . Da obra: Alvorada Cristã. Ditado pelo Espírito Neio Lúcio..
POESIA
DIA DE ALEGRIA
Um grande dia está para chegar,
Um novo tempo até de magia.
Onde o que mais importa é saber amar,
Para poder cultivar a alegria.
A alegria de sentir renascer
A fé, tão necessária em nosso dia,
Para assim poder bem melhor viver
E cultivar muito bem a alegria.
Será um tempo da fé desabrochar,
Tempo de bem viver o dia a dia.
Época para muito, muito pensar
Em viver somente para a alegria.
Vivenciar o momento mágico
Momento de muita paz e oração.
Onde não há lugar para o trágico
E vive-se a alegria da emoção.
Sem Autor
PÃO NOSSO
127 – LEI DE RETORNO
Emmanuel
“E os que fizeram o bem sairão para a ressurreição da vida;
e os que fizeram o mal, para a ressurreição da condenação .”
– Jesus. (João, 5:29).
Em raras passagens do Evangelho, a lei reencarnacionista permanece tão clara quanto aqui, em que o ensino do Mestre se reporta à ressurreição da condenação.
Como entenderiam estas palavras os teólogos interessados na existência de um inferno ardente e imperecível?
As criaturas dedicadas ao bem encontrarão a fonte da vida em se banhando nas águas da morte corporal. Suas realizações no porvir seguem na ascensão justa, em correspondência direta com o esforço perseverante que desenvolveram no rumo da espiritualidade santificadora, todavia, os que se comprazem no mal cancelam as próprias possibilidades de ressurreição na luz.
Cumpre-lhes a repetição do curso expiatório.
É a volta à lição ou ao remédio.
Não lhes surge diferente alternativa.
A lei de retorno, pois, está contida amplamente nessa síntese de Jesus.
Ressurreição é ressurgimento. E o sentido de renovação não se compadece com a teoria das penas eternas.
Nas sentenças sumárias e definitivas não há recurso salvador. Através da referencia do Mestre, contudo, observamos que a Providência Divina é muito mais rica e magnânima que parece.
Haverá ressurreição para todos, apenas com a diferença de que os bons tê-la-ão em vida nova e os maus em nova condenação, decorrente da criação reprovável deles mesmos.
Pão Nosso – Psicografia: Francisco Cândido Xavier – Ed.: FEB.
O EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO
Cap. 18 – Muitos os Chamados e Poucos os Escolhidos
A porta estreita
3. Entrai pela porta estreita, porque larga é a porta da perdição e espaçoso o caminho que a ela conduz, e muitos são os que por ela entram. - Quão pequena é a porta da vida! quão apertado o caminho que a ela conduz! e quão poucos a encontram! (S. MATEUS, cap. VII, vv. 13 e 14.)
4. Tendo-lhe alguém feito esta pergunta: Senhor, serão poucos os que se salvam? Respondeu-lhes ele: - Esforçai-vos por entrar pela porta estreita, pois vos asseguro que muitos procurarão transpô-la e não o poderão. - E quando o pai de família houver entrado e fechado a porta, e vós, de fora, começardes a bater, dizendo: Senhor, abre-nos; ele vos responderá: não sei donde sois: - Pôr-vos-eis a dizer: Comemos e bebemos na tua presença e nos instruíste nas nossas praças públicas. - Ele vos responderá: Não sei donde sois; afastai-vos de mim, todos vós que praticais a iniquidade.
Então, haverá choro e ranger de dentes, quando virdes que Abraão, Isaac, Jacob e todos os profetas estão no reino de Deus e que vós outros sois dele expelidos. -Virão muitos do Oriente e do Ocidente, do Setentrião e do Meio-Dia, que participarão do festim no reino de Deus. - Então, os que forem últimos serão os primeiros e os que forem primeiros serão os últimos. - (S. LUCAS, cap. XIII, vv. 23 a 30.)
5. Larga é a porta da perdição, porque são numerosas as paixões más e porque o maior número envereda pelo caminho do mal. E estreita a da salvação, porque a grandes esforços sobre si mesmo é obrigado o homem que a queira transpor, para vencer suas más tendências, coisa a que poucos se resignam. E o complemento da máxima: "Muitos são os chamados e poucos os escolhidos."
Tal o estado da Humanidade terrena, porque, sendo a Terra mundo de expiação, nela predomina o mal. Quando se achar transformada, a estrada do bem será a mais freqüentada. Aquelas palavras devem, pois, entender-se em sentido relativo e não em sentido absoluto. Se houvesse de ser esse o estado normal da Humanidade, teria Deus condenado à perdição a imensa maioria das suas criaturas, suposição inadmissível, desde que se reconheça que Deus é todo justiça e bondade.
Mas, de que delitos esta Humanidade se houvera feito culpada para merecer tão triste sorte, no presente e no futuro, se toda ela se achasse degredada na Terra e se a alma não tivesse tido outras existências? Por que tantos entraves postos diante de seus passos? Por que essa porta tão estreita que só a muito poucos é dado transpor, se a sorte da alma é determinada para sempre, logo após a morte? Assim é que, com a unicidade da existência, o homem está sempre em contradição consigo mesmo e com a justiça de Deus. Com a anterioridade da alma e a pluralidade dos mundos, o horizonte se alarga; faz-se luz sobre os pontos mais obscuros da fé; o presente e o futuro tornam-se solidários com o passado, e só então se pode compreender toda a profundeza. toda a verdade e toda a sabedoria das máximas do Cristo.