Foi um domingo bonito o de ontem. Começou e terminou com arco íris. As belas cores da missão pintaram uma diocese reunida em volta do seu Bispo na sua Catedral. Foi bonito ver tantos rostos, tantas caras, novas e velhas, com rugas e sem rugas, a celebrar a alegria da fé e o compromisso na missão. Somos, agora mais que nunca, uma Igreja em estado de missão. Vive esta hora!
Deixo e partilho alguns excertos da homilia de D. António Francisco na abertura da Missão Jubilar na Sé de Aveiro
1.Jesus escolheu a sua terra (...) para iniciar o Ano de graça do Senhor.
Aquele momento, (...) foi para Jesus o dia sonhado pelo Pai, a hora pensada pelo Espirito que O ungiu e o tempo por Ele desejado para ser tempo novo e único, tempo de vida e de salvação da humanidade.
Esta é, a partir da igreja-mãe da Diocese, casa e escola da fé e da comunhão do Povo de Deus em Aveiro, verdadeira hora jubilar.
Daqui vão partir como mensageiros da profecia de Isaías, testemunhas das bem-aventuranças, discípulos de Jesus e missionários em Seu nome.
2. Do tempo vivido como Diocese, desde 1938, guardamos a memória abençoada, hoje feita profecia e missão (...).
A intuição sentida e a decisão firmada de convocar uma Missão Jubilar, por ocasião dos setenta e cinco anos da restauração da nossa Diocese, inspiram-se na certeza de que é o Espirito de Deus que convoca, acompanha e guia a Igreja, (...), e nos oferece horas com oportunidades únicas (...).
Guardei esta hora, desde o início do meu ministério em Aveiro, no silêncio do meu coração, para que ela chegasse, sem pressa nem precipitação, no momento e da forma por Deus escolhidos(...).
Coloquei, desde logo, a Missão no coração de Deus para que seja Ele a moldar o coração humano (...). Levei esta hora aos pés de Maria, a Mãe de Jesus e nossa Mãe, e do brilho do seu olhar, senti que nunca faltará à Missão Jubilar a ternura do seu coração e o dom do seu amor pela Igreja de Aveiro.
A Missão Jubilar é dom de Deus traduzido para todos nós em tesouro de fé a dar sentido e luz à vida de tantas pessoas. É farol de esperança (...) e âncora de caridade a dar firmeza aos pés vacilantes (...).
3."Vive esta hora", com sabor a tempo novo e a novo ardor, na terra que Deus nos deu (...) e no campo aberto e livre do coração humano e das novas realidades do mundo.
Hora de levantar as amarras deste Barco que é a Igreja, que queremos renovada na caridade, educadora da fé, Igreja orante, família de famílias, rosto de esperança para o mundo, para que saibamos colocar Deus nos (...) espaços humanos desertos, sem vida, sem fé, sem esperança e sem amor.
Hora para erguer e alargar a tenda de Deus, (...) nesta nova geografia da missão e neste tempo único da evangelização, uma tenda onde Deus envolva a nossa humanidade.
Hora de mensagem levada às crianças e aos jovens, que lhes fale (...) da alegria de acreditar e do testemunho feliz da vocação que se reflectem na beleza do nosso ministério, na diversidade dos carismas da vida consagrada e no amor das famílias.
Hora de oração, de celebração e de formação da fé, de vivência em comunidade cristã (...).
4.Vamos levar a cada família e deixar em cada casa, mês a mês, o eco da Palavra de Deus e da voz da Igreja, que abre a porta da fé e do coração e nos ensina o caminho da confiança, da proximidade, da relação fraterna e da ajuda solidária.
Vamos aprender de Jesus a revestirmo-nos desta identidade feliz que nos vem do baptismo e a vestirmos a alma desta pureza de vida que investe e faz a diferença, sempre que proclama e vive as bem-aventuranças.
Vamos fazer tudo para que, pela fé e pelas obras dos cristãos, brilhe, na nossa terra, «a alegria e o encanto do nosso encontro com Cristo» (Bento XVI).
5.Estamos em Missão. Trabalhemos, como se tudo dependesse do nosso ânimo, do nosso entusiasmo e da nossa entrega. Rezemos, porque a Deus devemos a inspiração, d’Ele esperamos a força e n’Ele reside a eficácia da Missão Jubilar, para que aqui nasça um imenso património de esperança e daqui se anteveja e antecipe este viver renovado da Igreja do futuro.
brevemente ecos aqui e
aqui
Pe. JAC