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quarta-feira, 13 de novembro de 2013

Sobre relacionamentos a distância

Já vi vários textos sobre relacionamentos a distância, e agora decidi falar um pouco sobre a minha experiência. 

Eu já comentei aqui que meu noivo mora em outro país. Para se ter uma idéia, a viagem mais rápida do Brasil para a cidade dele dura 14 horas de voo, dividida em duas etapas de 7 horas. Quando a passagem para ir até lá está 1600 reais eu pulo de alegria de tão barato que está. (Porque é raro ser menos do que 2500).

Quando vejo comentários do tipo "para ver meu namorado eu preciso viajar sete horas de carro, é muito difícil", ou então "moro no Rio e ele em São Paulo, a ponte aérea é complicada" eu juro que tenho vontade de rir. Essas pessoas não sabem o que é dificuldade. Não sabem o que é economizar cada centavo, deixando de sair, de ir a restaurantes, de comprar roupas novas, para conseguir uma passagem. E quando você viaja todo mundo acha que você é "muito chique" porque está indo para o exterior, desconsiderando completamente os sacrifícios que você fez para conseguir a viagem, se esquecendo de que é sua única chance de ver seu namorado uma vez a cada cinco ou seis meses. 

Quem reclama de só conseguir encontrar o namorado duas vezes por mês não sabe a dificuldade que é passar três, quatro, cinco meses conversando só por skype - muitas vezes de madrugada por conta do fuso-horário. 

Entendo que cada caso é um caso, e não quero dizer que quem tem que enfrentar uma ponte aérea nacional todo o mês não tenha seus momentos difíceis. O que eu digo a essas pessoas é: o que eu não daria para estar no seu lugar! 
Não crie problemas onde não há

A reclamação mais comum de quem namora a distância é: "fico com muito ciúmes, porque durante a maior parte do dia não sei onde ele/ela está, o que está fazendo e com quem". Às pessoas que tem esse tipo de pensamento eu digo: termine. Você não está em uma relação saudável, não está fazendo bem ao outro e ele provavelmente não está fazendo bem a você. Se eu fosse do tipo que suspeita do namorado, já teria enlouquecido. Uma relação à distância só funciona quando nenhum dos dois sequer cogita a possibilidade de ser traído pelo outro. E é assim que a minha funciona.

Nós temos muitas dificuldades, sim. Todos os dias. Mas nossas dificuldades se concentram mais na falta que sentimos um do outro e no desejo de estarmos sempre juntos do que no ciúmes. 

Tenha sempre um plano com um calendário definido

Eu defendo que nenhum relacionamento amoroso se sustenta sem um plano em conjunto claro e definido, conforme já mencionei nesse post aqui. E para relacionamentos à distância, o plano dobra em importância. É preciso ter muito claro quanto tempo o casal permanecerá longe e o que fará com que o período à distância se encerre. No meu caso, quando meu noivo se mudou, eu demorei seis meses para decidir que queria ir morar com ele, e nós decidimos que nos casaríamos dentro de um ano. Se um plano desse tipo não puder ser feito rapidamente, pelo menos planejem quando irão se encontrar novamente. Ter sempre uma passagem comprada, sempre um reencontro agendado, é o que faz o relacionamento caminhar. O que atrapalha é ficar meses na expectativa de "se ver quando der", mas não fazer a ocasião acontecer.

Tenha a certeza do que quer e confie

Para um relacionamento à distância dar certo, é preciso muita certeza de ambas as partes, e acima de tudo, muita confiança. E a confiança do casal quando longe não pode ser diferente da confiança quando perto. Se você é do tipo que só confia no namorado quando está do lado, porque assim "pode vigiar", saiba que um relacionamento à distância não é para você. Aliás, talvez nem mesmo o relacionamento na mesma cidade esteja indo muito bem, já que você provavelmente está devendo umas visitas ao psicólogo...

Enfim, namorar a distância é estar sempre de malas prontas. É encontrar o equilíbrio entre viver bem sem o outro ao lado, e não deixar com que a presença dele se torne completamente dispensável. É se lembrar sempre do outro, sem deixar que a saudade a consuma e a transforme em alguém deprimida, incapaz de ser feliz sozinha. É um grande desafio, e garanto que não é para qualquer um. 

terça-feira, 12 de novembro de 2013

Procurando doces e bolos em Brasília

Estou na fase de fechar os doces e o bolo do meu casamento. Assim, vou postar a minha opinião sobre os poucos lugares que fui para ver se ajudo outras noivas. 

Em primeiro lugar, o preço. Tenho reparado que os doces estão todos na mesma faixa de preço, seja em Taguatinga, seja no Plano. Os bombons variam de 1,60 a 1,80 a unidade. Os bem casados ficam em torno de 2,00 reais Em relação a doces mais sofisticados, aí o céu é o limite. Existem opções que vão de 2,00 a 6,00 reais a unidade. 

Doces infantis

Os doces de festas infantis, como brigadeiro, etc, são muito mais baratos, e eu considero uma ótima opção. É claro que ninguém vai encher uma mesa de casamento de brigadeiro, não é isso, mas contratar pelo menos 200 brigadeiros e mais uns 100 doces de festa infantil pode ser uma boa idéia, já que são doces que todo mundo gosta. Esse tipo de doce costuma sair a 0,80. Alivia o orçamento e é garantia de sucesso de público. 


As doceiras de Brasília - em notas de 0 a 10 (No quesito preço, quanto maior a nota, mais barato é)

Maria Amélia

A mais famosa de todas. Como agora só atende para degustações em um condomínio lá no jardim botânico, eu desisti. Para quem mora lá, ou mesmo no Lago Sul, imagino que seja super conveniente, mas não para mim. Então estou deixando aqui minha indignação com a distância. Afinal, uma rede que tem não sei quantas filiais em Brasília, da Asa Sul a Águas Claras, ter apenas um ponto que oferece degustação (um ponto quase em Goiás, diga-se de passagem), é um absurdo. 

Marina

Também muito famosa, tem a maior variedade de maquetes que vi até agora. 

Atendimento: 8
Doces: 9
Bolos: 8
Bem casado: 8
Preço: 9

Lalé (Alessandra Lazzarini)

Melhor bem casado! Por que? É puro recheio, simples assim. 

Atendimento: 7
Doces: 9
Bolos: 9
Bem casado: 10
Preço: 9

Maria de Fátima

Melhor atendimento e melhores bolos. Eu detesto bolo com a massa encharcada. Os da Maria de Fátima são bem sequinhos, mas fofos e macios, sem ser seco demais. 

Atendimento: 10
Doces: ainda não provei - depois volto com o update
Bolos: 10
Bem casado: não provei
Preço: 8

Por enquanto é isso, quando tiver mais novidades eu atualizo aqui.


Update: Amei os doces da Maria de Fátima. Acabei fechando bolo, maquete e doces da Maria de Fátima, bem casados da Lalé.

E vocês viram que a Marina faliu e deixou um monte de noivas na mão? E foi tipo, um mês depois que me casei. Me deu um arrepio quando vi as notícias e me lembrei que quase fechei doces e bolos lá... Minha solidariedade às noivas que tiveram o casamento estragado por essa empresa. 

quarta-feira, 6 de novembro de 2013

O vestido das madrinhas e as noivas tiranas

Acabei de assistir a estréia do programa O Vestido Ideal: Madrinhas, do canal pago Discovery Home and Health. Eu já gostava de assistir de vez em quando ao "Vestido Ideal" original, em que o foco são as noivas escolhendo seus vestidos. Nessa nova série, a noiva vai com as amigas em busca do vestido das "bridesmaids". 

Nos Estados Unidos é tradição que as madrinhas (bridesmaids) se vistam todas iguais, ou dentro da mesma paleta de cores, tradição essa que está sendo trazida ao Brasil. Nesse caso, a palavra final sobre o vestido é da noiva, que procura harmonizá-lo com a decoração e com o grau de formalidade da festa. Encontrar um único vestido que agrade tanto à noiva quanto às madrinhas, qualquer que seja a quantidade dessas, com certeza não é tarefa fácil. E fica ainda mais difícil quando uma das partes é exigente demais. Como tenho visto muitas noivinhas querendo adotar essa tradição, acho que não custa nada usar as situações do programa como exemplo do que não fazer.

A primeira noiva havia elegido como tema de seu casamento o pavão e suas cores, logo: azul, verde, roxo... Até aí, sem traumas. A dama de honra, que na cultura americana seria a "madrinha-mor" ou algo assim, foi a grande criadora de caso. Afirmando definitivamente que detestava vestidos longos, a moça fez questão de desaprovar todos os vestidos que a noiva gostava. É claro que noiva precisa ter bom senso, afinal, ela está escolhendo um vestido que nem ao menos irá usar, mas se a madrinha concordou em usar algo escolhido pela noiva, ela deveria tentar ser flexível. 

A segunda noiva era quase um general. Ela contou que havia convidado as madrinhas por e-mail, e que nesse mesmo e-mail havia explicado (leia-se ordenado) exatamente o que queria. As regras da noiva: orçamento de até 500 dólares para o vestido (a ser pago por cada madrinha), todas as madrinhas com penteado baixo, e por aí vai. E quem não gostasse das determinações dela, podia muito bem ir embora. Vamos avaliar com mais calma esse caso. A noiva convida suas madrinhas POR E-MAIL, nem ao menos se dá ao trabalho de convidar pessoalmente, ou por telefone, e ainda quer ordenar cada micro detalhe do visual das moças. Eu passei o programa inteiro me perguntando como aquelas amigas não iam simplesmente embora. 

Voltando ao caso das noivinhas brasileiras. Tenho visto muitas reclamando sobre o visual dos convidados, querendo mandar carta, e-mail, lembretes, enfim, com regras sobre o que vestir e o que não vestir. Meninas, não façam isso. Por maior que seja o medo de alguma moça aparecer com um vestido curto demais, ou algum rapaz de tênis e calça jeans, é muito antipático mandar esse tipo de recomendação aos convidados. É o mesmo que demonstrar falta de confiança nas pessoas. Ah, mas se alguém aparecer assim eu vou ficar muito irritada, vou passar vergonha, a festa vai ficar feia. Minhas queridas, vamos combinar que se vocês não conseguirem aproveitar o próprio casamento por causa da roupa de duas ou três pessoas a coisa está muito feia para o seu lado. E quanto à vergonha, quem vai passar é o convidado, pois é ele quem vai se sentir inadequado ao receber os olhares feios dos outros. E se a roupa da pessoa for assim tão ruim, tire poucas fotos com ela e aproveite mais as fotos em que ela não está. Pronto, simples assim. 

Quanto às madrinhas de vestidos iguais. 

Pense duas, três, quatro vezes se você acha assim tão importante que suas madrinha se vistam da mesma cor, ou com o mesmo modelo. Pedir às madrinhas que usem um vestido de acordo com as cores que você escolheu é o mesmo que transformá-las em parte da decoração da sua festa. Será que isso é mesmo necessário? 

Muitas noivas querem estar no controle de tudo, algumas chegando ao limite da obsessão. Relaxar em alguns pontos pode fazer muito bem à mente e significar um trabalho a menos. 

Se você realmente quiser determinar os vestidos das madrinhas, tente ouvir o que elas têm à dizer e ser flexível, principalmente na questão orçamento. 

Foi convidada para ser madrinha e a noiva está determinando seu vestido? Avalie o modelo proposto e dê sua opinião com delicadeza. Se você não amou o vestido, mas também não detestou, o melhor é usá-lo de boca fechada. Dizer "não gostei muito, mas vou usar" não ajuda ninguém. Deixe para dar opiniões apenas se for solicitada ou se achar o vestido horroroso. A noiva com certeza agradece. 

sábado, 2 de novembro de 2013

O que eu quero no meu casamento

Ontem foi o dia do "não quero", hoje é o dia do "quero":

- Quero que a decoração seja exatamente como sonhei - e como combinei com a decoradora. Sei que ela não vai conseguir ler a minha mente para fazer exatamente igual, mas confio que ficará lindo;
- Quero que meus convidados confirmem presença direitinho. E se quiserem levar mais alguém, que liguem antes e perguntem se pode. Nada de aparecer lá com a namorada do sobrinho do sogro só porque achou que não faria mal levar. Se pedir antes eu até deixo, mas né, olha a educação;
- Quero gente animada e feliz, sorrindo pra valer;
- Quero ter tempo para tirar fotos lindas com o noivo e com os convidados;
- Quero que as pessoas entendam que eu não tenho todo o tempo do mundo. Tenho que dar atenção aos convidados, sim, mas também tenho que comer, beber, dançar e me divertir;
- Quero uma cerimônia bonita e com significado, ainda que seja só civil;
- Quero todo mundo animado para soprar as bolhinhas de sabão na hora da saída dos noivos;
- Quero a mulherada toda animada na hora do bouquet, apesar de ter poucas convidadas solteiras;
- Quero que todo mundo se divirta e que saia com a sensação de que o casamento foi único, e não apenas "mais um". 

Por enquanto acho que é isso. Depois do casamento teremos: o que deu certo e o que não deu!

sexta-feira, 1 de novembro de 2013

O que não quero no meu casamento

Acho que já pensei bastante sobre esse assunto. Tanto, que jurava que já tinha escrito a respeito. Enfim, estive pensando novamente no que não quero no meu casamento e resolvi fazer uma listinha rápida. A intenção é comparar com o que acontecer no dia e ver o que deu certo e o que não. Vamos lá:

O que não quero no meu casamento:

- Uma cerimônia que ultrapasse meia hora, pra ninguém ficar cansado;
- Convidados entrando na frente das equipes de fotografia e filmagem, querendo tirar suas próprias fotos;
- Convidados atrapalhando as fotografias e a filmagem com os flashes de suas próprias câmeras;
- Celulares tocando no meio da cerimônia; (e o convidado ainda atendendo pra falar "não posso atender, tô num casamento"). 
- Crianças chorando no meio da cerimônia e os pais insistindo em tentar acalmar ali mesmo. Poxa, a criança não tem culpa de chorar, mas a primeira coisa que os pais tem que fazer é sair com ela pra bem longe e acalmar láaaa em outro lugar;
- Penetras;
- Gente reclamando de qualquer coisa: da bebida, da comida, da decoração, do frio, do calor... Não tem elogios para fazer? Cale-se. Deixe para falar mal no dia seguinte, pelas minhas costas, como as pessoas normais fazem;
- Som muito alto, vou pedir ao DJ para ter bom senso;
- Também não quero muito gelo seco, talvez até nem tenha. Detesto aquela fumaçada toda;
- Não quero que os convidados comecem a carregar as minhas flores da decoração à medida que forem saindo;
- Não quero namoradas e namorados recentes dos meus amigos e primos querendo sair em todas as fotos. Imagina o álbum depois cheio de "fulanos" e "fulanas" que ninguém nunca mais viu porque os relacionamentos terminaram?

Acho que é só isso. Bem simples, não é mesmo? Estou pedindo demais? Sinceramente, acho que não. Veremos depois o que aconteceu...