Cronica do amor.
Ninguém ama outra pessoa pelas qualidades que ela tem, caso contrário os honestos os simpáticos e não fumantes teriam uma fila de pretendentes à porta. O amor não é chegado a fazer contas, não obedece razão.
O verdadeiro amor acontece por empatia, por magnetismo, por conjunção estelar...
Ninguém ama outra pessoa porque ela é educada, veste-se bem ou gosta de Caetano.
Ama-se pelo cheiro, pelo mistério, pela paz que o outro lhe dá, ou pelo tormento que provoca.
Ama-se pelo tom de voz, pela maneira que os olhos piscam pela fragilidade que se revela quando mesmo se espera.
Você ama aquela petulante: Você gosta de rock e ela de chorinho, você gosta de praia e ela tem alergia ao sol, você abomina Natal e ela Ano Novo.
Nem no ódio combinam.
Você ama aquele cafajeste que veste o primeiro trapo que encontra no armário, que não emplaca uma semana nos empregos, está sempre duro e é meio galinha.
Ele não tem a menor vocação para príncipe e mesmo assim você não consegue despachá-lo.
Quando a mão dele toca sua nuca, você se derrete feito manteiga.
Ah! o Amor, esta raposa.
Quem dera o amor não fosse um sentimento mas uma equação matemática:
Eu linda+você inteligente= nós dois apaixonados.
Não funciona assim. Amar não requer conhecimento prévio, nem consulta no SPC.
Ama-se justamente pelo que o amor tem de indefinível.
Honestos existem aos milhares, generosos em pencas, bons motoristas, bons pais de família tá assim , ó!
Mas ninguém consegue ser do jeito que o amor da sua vida é...! ""
Encontrei na net ...Texto do Arnaldo Jabor.