Não queres tu mas quero eu e eles também
De resto, a suposta 'quase falta de pernas' parece-me um argumento quase-ridículo, quando, ainda por cima contra uma equipa italiana (sempre bastante bem preparados fisicamente, como sabemos) e actual campeã da europa, a equipa joga a segunda parte inteira a 100 à hora e deixa-os nas cordas grande parte do tempo.
Ontem ficou demonstrado que o Benfica, com este treinador, não deve nada a nehuma equipa portuguesa, FC Porco incluído.
Com um bom guarda-redes, dois centrais que prometem uma parceria gloriosa (David Luiz é uma máquina, senhores!; Luisão está a jogar muito bem e ainda vai melhorar), com o Petit a demonstrar contra o Milan o jogador de grande categoria que é - impressiona qualquer apreciador ver um atleta que esteve de fora, lesionado por 2 meses, reaparecer com um nível técnico altíssimo, aliado a um posicionamento táctico quase irrepreensível e a uma disponibilidade física e mental que assusta -, e depois Léo, Bynia, Katso, Rui Costa, Maxi Pereira (que golo!, que jogo!, que... surpresa de jogador!), Rodriguez, Cardozo, Di Maria e Adu, mais Nuno Gomes (ele e o Luís Filipe fizeram um excelente jogo, ao contrário do que é habitual), deixam-me descansado. E nada amargo.
Sabemos que 2 ou 3 jogadores vão reforçar a equipa em Janeiro e, com Camacho no clube, isto é sinónimo de qualidade.
Espero ainda, sinceramante, que o Benfica ganhe na Ucrânia (vai ser um jogo super difícil): esta equipa, estes jogadores e este treinador merecem estar na UEFA e, mais do que isso, precisam de lá estar. Com a quantidade de jogadores novos (no clube e no B.I.) que o plantel tem é imperioso continuarem a fazer jogos europeus, até para se recolher essa experiência e esse ritmo mais à frente. O David Luiz fez ontem a primeira aparição na Champions - e foi como foi -, já o imaginaram com 10 ou 20 jogos destes no lombo?
É evidente que a participação na Champions foi 'de menos' - tenho perfeita consciência que, ao contrário do Sporting, a Taça UEFA não era o 'objectivo máximo' a atingir, e que o grupo, como sempre soubemos, estava perfeitamente ao nosso alcance. Só que aquele início de época resultou num desequilibrio que durou 2 ou 3 meses, naturalmente. E o jogo em casa com Shaktar foi o único que me deixou um sabor amargo. Pela pobre exibição, sobretudo.