Uma calçada para subir com o fulgor da paixão e descer com a convicção de regressar. Um espelho de momentos de contemplação, em que sentado num degrau observo, ouço e sinto privilégios que me sejam concedidos. Um lugar de recato onde semear divagações será a forma de descobrir novos caminhos.
domingo, 30 de setembro de 2012
Marítimo
não sei se és porto ou barco,
não sei se chego ou se te espero;
o que importa
quando os corpos se atracam em nós
de desassossego?...
sábado, 29 de setembro de 2012
quinta-feira, 27 de setembro de 2012
Conversa
ah se tu viesses pegar-me as mãos que trago nos bolsos e experimentar-lhes a textura com que me despem quando escrevo...
ah se tu viesses dizer-me que já não é segredo que todas as noites te desnudas para te cobrires com estas palavras que já não me cabem nos bolsos...
ah se tu viesses dizer-me ser hoje o dia para trocarmos palavras, talvez de bolsos ou até mesmo de mãos... quem sabe pararíamos para perceber que o coração é um bolso que precisamos franquear antes que as palavras se gastem.
terça-feira, 25 de setembro de 2012
segunda-feira, 24 de setembro de 2012
Sem Margens
dá-me o Tejo,
e um beijo,
dá-me o rio,
dá-me o cio,
serei gaivota
na tua rota,
serei ávida canoa
que na tua pele ecoa,
em ti prometo mergulhar
e no teu leito navegar
até que o cansaço seja foz
onde entregaremos a voz.
depois com o silêncio nos dedos,
afogaremos em carícias os medos
e no teu corpo de mulher,
poema serei por [re]escrever!
domingo, 23 de setembro de 2012
Aposta
a manhã
acordou a jogar com as palavras.
sobre uma página branca
lanço algumas como se dados fossem.
tento[-te] a minha sorte.
sábado, 22 de setembro de 2012
sexta-feira, 21 de setembro de 2012
quinta-feira, 20 de setembro de 2012
sábado, 15 de setembro de 2012
Sem idade
o amor também ganha rugas
e nelas sulcam-se vales,
jazigos de histórias...
umas que se desvanecem no esquecimento,
outras que se eternizam em perpétuos [re]encontros.
e nelas sulcam-se vales,
jazigos de histórias...
umas que se desvanecem no esquecimento,
outras que se eternizam em perpétuos [re]encontros.
sexta-feira, 14 de setembro de 2012
Cristais
pudesse a água ser tão cristalina
quanto o olhar que implora aos lábios que se molhem
e as margens não precisariam de pontes para se tocarem...
Em leitura
fosse
teu corpo
o livro
que abro
e leio
para nele penetrar
e nele me [a]guardar[es]
no delírio
de ser[es] miragem
a que me prendo
para me aguar.
terça-feira, 11 de setembro de 2012
segunda-feira, 10 de setembro de 2012
domingo, 9 de setembro de 2012
Veias
nasço sangue
no verbo provocado
que teu 'rasto' deixa em mim,
oferecendo-me leito
em veias de palavras...
sábado, 8 de setembro de 2012
Pedra_das... XVII
a insensibilidade faz-se colectiva
sempre que perante o descompasso da vida não se evita um luto antecipado.
sexta-feira, 7 de setembro de 2012
Inóspito
Já não te vibra na boca
o nome
que mãos diluídas
deixaram pelo chão,
em sombras
de passos... partidos.
quinta-feira, 6 de setembro de 2012
Pedra_das... XVI
há - no meio da multidão - um vácuo
que se torna cárcere das palavras, eco de passos perdidos.
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