Eu me acostumei a não te ver chegar à minha porta
A varar as madrugadas sem a tua companhia
Ao sumiço do teu perfume nos cantos da minha casa
A dormir sem pensar e a acordar sem chorar
Eu me acostumei a não dizer teu nome toda hora
A viver sem as tuas tantas restrições
A dançar a tua dança sem sentir teu corpo
A fazer planos que não incluíam você
Eu me acostumei a não mais fazer amor
A atender ao telefone e não ouvir a tua voz
A pensar antes de cometer doces loucuras
A não ter mais comigo a luz do teu olhar
Na verdade eu me acostumei
A falta imensa que você me faz
Eu só não consegui me acostumar
A saudade que não tem fim
E que você deixou em mim...
By Inez Sodré - 11/04/2010
Imagem by Regiane Cristina