Frozen
– Uma Aventura Congelante é uma história sobre princesas e reinos encantados, com
inegável a qualidade da película, que revisita
e reafirma o estilo da Disney de
inserir de forma mágica a música em meio aos acontecimentos e remete aos
clássicos mais famosos como Cinderela, Branca de Neve e a Bela e a Fera.
A trama
gira em torno do conto de Hans Christian Andersen chamado de A Rainha da Neve e
narra a história das princesas Elsa e Anna, que eram muito unidas quando crianças, mas
que devido a um acidente, provocado pelos poderes da primeira, precisaram viver
separadas e distantes.
Elsa nasceu com um dom diferente de congelar
as coisas ao seu redor e criar coisas em formato de gelo, algo que ela nunca
conseguiu de fato controlar. Sendo a filha primogênita ela está fadada a se
tornar rainha do reino de Arendelle,
mas no dia de sua coroação, por acidente, acaba condenando seu reino a um
inverno eterno, que lhe obriga fugir e se esconder de todos. Neste dia Anna
entende o verdadeiro motivo do isolamento da irmã e ciente de sua inocência
resolve procurá-la em terras distantes.
Ciente das mudanças dos costumes e
pensamentos nos tempos modernos em que vivemos, Frozen – Uma Aventura
Congelante mantém laços com os clássicos do passado, mas acreditando em pequenas
mudanças capazes de atingir de maneira mais interessante o público atual. Sem
deixar de ser uma fantasia encantada, muda o foco do amor romântico entre um
príncipe e uma princesa para o verdadeiro amor entre duas irmãs. Lógico que os
romances estão presentes, mas desta vez em segundo plano e servindo apenas de
base para o sentimento familiar que rege o espetáculo.
Outra mudança bem significativa é que no
longa não existe um vilão, já que a princesa Elsa não é uma bruxa má, mas uma
pessoa com um poder que não controla e por isso não consegue evitar problemas que coloca em risco as pessoas que
ama. Há até uma tentativa de criar um verdadeiro vilão, que fica pequenino
diante da genialidade proposta em focar no grande problema de Elsa em ser uma
pessoa má contra sua própria vontade.
Os
personagens, são mesmo o ponto muito
forte da trama, tornando a obra muito mais divertida do que seria sem
essa personalidade característica deles. Anna, por exemplo, foge completamente
da perfeição das princesas do passado e se apresenta como uma pessoa engraçada,
insegura e completamente destrambelhada. Kristoff não tem nada de príncipe
encantando e é exatamente em sua ingenuidade que conquista o público já que ele
é um personagem bem real que ganha a torcida de todos. Os coadjuvantes Olaf e Sven arrancam risos (e emocionam) sem precisar
de muito esforço e enriquecem bastante a produção com magia, doçura e
encantamento.
Tecnicamente
o filme é maravilhoso e o visual incrível. Diversas cenas ficaram realmente bonitas e
ganham ainda mais relevância com a trilha sonora marcada pelos musicais muito
bem produzidos. Esse por sinal é um daqueles pontos que termina dividindo o
público que reclama do excesso de canções, mas não se pode ir contra uma característica
marcante do estúdio. Eu, por exemplo, não gosto de musicais e gostei
muitíssimo.
Frozen
– Uma Aventura Congelante, um dos melhores filmes da nova trajetória da Disney, ganhador do Oscar 2014 de melhor animação
e de melhor canção original, já é um dos meus filmes favoritos e certamente vai entrar para a lista dos
preferidos de VCS também!
Recomendadíssimo!
Abraços Literários e até a próxima.