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06/12/2021

Muitas coisas, pouco tempo... uma reflexão


Muitas vezes acordo a pensar em mudança de vida - mudança de vida profissional. O futuro dos investigadores contratados, como eu, é incerto. O futuro da própria investigação científica em Portugal é incerto (mas isto são outras conversas...).

Acordo a pensar no tempo (e dinheiro) que gastei para aprender mais, para aprender coisas diferentes, coisas que foram muito úteis para mim e que poderiam ser também para outros. Em 2013 fiz o curso de 200 horas de instrutora de yoga. Adorei. Durante algum tempo dei aulas de yoga. Parei por falta de tempo devido à minha atividade profissional principal (a tal de futuro incerto). Em 2017 fiz o curso de Primal Health Coach. Este curso foi a solidificação das experiências que vinha a fazer nos últimos anos, não só em relação à alimentação, mas em relação a todo o nosso estilo de vida (completamente desajustado das expectativas dos nossos genes). Foi um curso completíssimo e exigente - de 2 em 2 anos tenho de fazer um exame de recertificação. Ah, ainda fiz uma licenciatura, um mestrado e um doutoramento em Psicologia - aqui foi mesmo só para aprender mais, que nunca quis ser psicóloga. E estas coisas todas coexistem com a minha formação principal, em biologia marinha, que exige atualização contínua.

Acordo muitas vezes a pensar se não seria possível conciliar as minhas várias paixões. Dar aulas de yoga, fazer coaching de saúde ancestral, usar os meus conhecimentos de psicologia como coadjuvantes. E, quem sabe, daqui a uns anos, fazer desta mélange a minha atividade principal, caso faço sentido.

Não sei. Acordo muitas vezes a pensar nisto.

O que fazer? Por onde (re)começar? Valerá a pena? Terei tempo? Serei útil?

(este é um desses dias em que acordo a pensar nisto e tenho de por as coisas no papel - bendito blog que está cá para isto!)


07/10/2019

O estado das coisas

Ultimamente tenho pensado muito acerca do futuro deste blog. Não escrever mais mas deixá-lo online, encerrá-lo de vez, ou voltar a escrever...

Desabafei na página do blog no facebook que não sei se volte a escrever ou se deixe de escrever de vez... não estava à espera de tantas respostas, de tanta vontade vossa de me voltar a ler! Obrigada!!

A verdade é que gosto de escrever aqui - mas nos últimos 5 anos, o tempo livre que usava para escrever foi ocupado com fazer trabalhos e estudar para frequências... Desde que ingressei, em 2014, na licenciatura em Psicologia, o meu tempo livre reduziu exponencialmente!!

Terminei a licenciatura em 2017, entrei no mestrado em Psicologia Clínica e, ao mesmo tempo, no doutoramento em Psicologia. Para quem não sabe, já tenho um conjunto de 3 graus académicos na área da biologia marinha... Bom, pois fui fazer mais 3, noutra área! A licenciatura está feita, o mestrado só falta a defesa da tese, e a tese de doutoramento vou entregar em breve...

Tenho mais tempo agora. Trabalho o dia todo, a fazer investigação, preparar e dar aulas, orientar alunos no laboratório, mas tenho mais tempo. Chego a casa, faço yoga, faço tarefas domésticas, e depois do jantar já não tenho que estudar. Voltei a ter esse tempo e, na verdade, prefiro aproveitá-lo para ler ou escrever do que ver Netflix (que é o que tenho feito nos últimos tempos - as duas últimas séries que devorei - La Casa de Papel e Elite). Mas adiante...

Quero voltar a escrever? Sim, tenho vontade. Tenho assuntos? Bem, para publicar posts todos os dias, não, mas de vez em quando, 1 ou 2 por semana, acho que se arranja tema... Que temas me interessam? Os de sempre - minimalismo, yoga, vida simples e saudável.

Vamos ver se isto vai para a frente! E obrigada por continuarem desse lado!


14/06/2018

Partilhar a vida pessoal online - a minha opinião

Acabei de ler este post da Lénia e lembrei-me de um comentário que deixei há muitos anos no blog da Astrid, precisamente sobre a partilha da vida pessoal nos blogs. 

A Lénia diz que a sua vida pessoal tem pouquíssimo interesse. A Astrid refletia sobre a partilha da sua vida pessoal no blog e perguntava-nos o que é que achamos fascinante na vida das outras pessoas. E eu respondi assim à Astrid isto foi em agosto de 2011!!!):

I also love to see how other people live, for many reasons. For instance, I like to read about other people's daily routines, their thoughts and ideas about living and everyday issues, how they plan their lives, how they decorate their homes... The purpose of that is basically to get inspired and thus improve my own life... 


My life has indeed changed so much (for the better) when I started reading blogs - if you remember, you inspired me to leave my car at home and walk to work! Other blogs have influenced me in so many good ways! Here are some changes I made inspired by other people I met online: I started to sew, I got into the crafting world, I opened an Etsy shop, I started to take control of my finances, I became much more organized (both at home and at work), I finaly discovered my style, in terms of fashion and home decor, I started taking more pictures (inspired by you) and bought a nice camera, I rediscovered shooting film and my dad's old Nikon camera (also inspired by you), I'm in the process of becoming an early riser, and overall, I believe I became a better mum and wife.


So, yes, getting a glimpse into other people's lives made my life much better. 


As for my own blog and sharing my life online, I obviously only share a small part of it - an edited version, as you put it. Why, because many times life is too ordinary, or there isn't enough time to write and take pictures of the interesting parts... Anyway, the best comments I get on my blog are those saying "you have inspired me to do this" - because that's precisely how I feel reading many other blogs - such as yours. So, if I can inspired just one person to improve their life just a tiny bit, I'd be happy! 

A minha opinião continua a ser esta. Eu gosto de olhar para a vida das outras pessoas (não de todas, obviamente), porque me inspira! As pessoas inspiram-me a fazer melhor, a lutar pelo que quero, a mudar o que está mal. Desde que comecei a ler blogs, penso que no verão de 2009, a minha vida mudou consideravelmente. Vi o que estava mal, o que estava bem, vi como é que as outras pessoas fazem as coisas e vi como posso aprender com os outros e fazer alterações positivas na minha vida.

Eu não descobri a pólvora! O que descrevo aqui é, simplesmente, a aprendizagem social. A aprendizagem social é uma das formas que nós usamos para aprender, por observação de um modelo (ou seja, de outra pessoa). Além de usarmos a aprendizagem social no dia a dia, muitas vezes sem nos apercebermos, esta é uma técnica que também é usada em psicoterapia, quando se quer mudar um comportamento, através da observação e imitação de um modelo que é competente no comportamento alvo.

Além disso, acho que as pessoas são interessantíssimas! A nossa personalidade, as nossas motivações, os nossos comportamentos, tudo isso me fascina (ou não tivesse eu ido estudar psicologia). Por isso, Lénia, não digas que a tua vida pessoal tem pouquíssimo interesse. Podemos achar isso da nossa vida, mas podemos ser uma fonte de inspiração para outras pessoas - o modelo que outra pessoa vai usar para mudar algum comportamento. Compreendo que não devemos e não podemos partilhar tudo da nossa vida, obviamente! Mas, como escrevi à Astrid, o que apresentamos online é uma versão editada da nossa vida. Não é preciso partilhar todos os podres ou todas as alegrias. Às vezes basta uma frase, ou uma foto, para acender a luz na cabeça de outra pessoa - e assim fazer toda a diferença na vida de alguém.


13/03/2018

Update da vida

Tenho muitas saudades de escrever aqui no blog. Espero que vocês aí desse lado tenham saudades de me ler... A verdade é que, como já referi inúmeras vezes, desde que fui estudar Psicologia, o meu tempo livre diminuiu consideravelmente. Felizmente que estou quase no fim - este é o meu último semestre de aulas! Depois, espero voltar à programação habitual!

Mas afinal o que tenho feito? A minha vida tem sido escrever artigos, rever artigos, fazer trabalhos do curso; yoga, natação e ginásio; cuidar mais da casa, até porque na casa nova não tenho empregada; ler, ouvir música; andar a pé mais, agora que vivo no meio da cidade! Tem sido bom, estou contente com esta mudança e com os dias super ocupados. 

Reorganizei-me novamente. Fico em casa a trabalhar um dia e meio por semana. Os outros dias divido entre o trabalho no gabinete e as aulas do mestrado. À noite, no sofá, aproveito para adiantar alguma coisa, geralmente trabalhos do curso. Vai-se fazendo, é cansativo, rouba-me muito tempo, mas eu gosto.

Tenho saudades de dar passeios de bicicleta e de brincar na praia. (é verdade que não tem estado tempo para isso...) Tenho saudades de escrever aqui. Tenho saudades de me sentar numa esplanada a observar o mundo à minha volta. Falando em observar, lembram-se deste texto que escrevi há 5 anos? Incrivelmente, ontem conheci a rapariga do texto, num evento de trabalho! Não percebi logo que era ela, mas mais tarde lembrei-me. O mundo é pequenino! (devia entrar em contacto com ela e mandar-lhe o link do texto, não?)

Os dias correm assim, apressados, ocupados - e saborosos.


14/02/2018

Eu e a cidade



Eu gosto de cidades. Nasci em Lisboa (apesar de hoje em dia ser muito mais algarvia que alfacinha...) e vivi até aos 18 anos numa rua movimentada da capital. Adormeço muito melhor com o barulho dos carros a passar na rua do que com o silêncio do campo.

Há 14 anos que vivo no Montenegro, uma freguesia de Faro a meio caminho entre Faro e a praia. Mas agora surgiu uma oportunidade de ir viver para Faro, para a cidade - e aproveitei-a!
Perdi a vista para o mar, mas mantenho a vista para a serra. Ganhei uma vista desafogada sobre a paisagem urbana - de que gosto bastante. Continuo a ouvir os pássaros a cantar - esta manhã até passou uma gaivota por uma das minhas varandas! E, mais importante, tenho imenso sol que entra pela casa dentro o dia todo. 


Tenho supermercado, correios, bancos, mercado municipal, piscinas, complexos desportivos, ginásios, tudo a pouca distância a pé. Era o que eu queria - ser menos dependente do carro para me deslocar. No Montenegro, qualquer coisa tinhamos que ir de carro... A única desvantagem é que os miúdos já não podem ir de bicicleta para a escola e eu não posso ir a pé para a universidade... Mas de resto... viver na cidade tem, para mim, muito mais vantagens. Overall, estou contente com a minha casinha nova!

30/12/2017

Palavra para 2018 - consistência

Os últimos anos têm sido os mais ocupados de sempre (nunca o título deste blog expressou tão bem o que se passa na minha vida!). Felizmente que tenho apenas mais um semestre de aulas (do mestrado em psicologia clínica) e depois voltamos à programação normal!

Há uns dias encontrei uma imagem que exemplifica na perfeição aquilo com que me confronto diariamente, em todas as áreas da minha vida:


Não é só na minha vida profissional, mas em tudo... eu tenho imensas ideias e quero implementá-las a todas!! Naturalmente que querer fazer tudo, e tudo ao mesmo tempo, não resulta. Já escrevi aqui várias vezes que temos tempo para fazer tudo, mas não tudo ao mesmo tempo, mas parece que tenho vindo a esquecer-me dessa grande verdade.

Também me esqueci que, como minimalista, devemos fazer um exercício regularmente: identificar o essencial e eliminar o resto (como mostro aqui).

Em 2018, quero atacar de frente estes problemas e começar pelo que me perturba mais - a minha falta de consistência. Eu costumava dizer que sou indisciplinada, ou não sou tão disciplinada como gostaria, mas após refletir, percebi que até sou disciplinada, mas nem sempre. Por isso, o que me falta é consistência - ser disciplinada de forma consistente. 

A minha palavra para 2018 é, portanto, consistência.

2018 vai ser um ano de mudanças - literalmente! Vou mudar de casa no fim de janeiro. Comprei um apartamento em Faro e tenho este à venda (é no Montenegro, arredores de Faro, e está na Remax, para quem tiver interesse). Sempre quis viver na cidade (afinal, sou de Lisboa...) para poder andar mais a pé, e por outros motivos; uma boa oportunidade surgiu e aproveitei-a. No fim de janeiro espero partilhar aqui todo o processo de mudança e, sobretudo, como fazer um lar minimalista de raiz. Aliás, esta vai ser uma excelente oportunidade para minimizar ainda mais - apesar da casa nova ser um pouco maior que esta, muita coisa não vai lá entrar!

A minha prática de yoga também encontrou um rumo. Cancelei todas as subscrições em sites de yoga online, desisti da ideia de fazer o curso de yogaterapia (o que me interessava mais no curso era a parte da saúde mental, mas tendo formação em psicologia, parece-me estranho aprender com pessoas que não são psicólogas como é que o yoga pode ser usado como psicoterapia...), e decidi que todo o dinheiro que tiver disponível para o yoga vai ser usado para estudar ashtanga - seja em Milfontes com o Tarik e a Lea, em Cascais com a Vera, ou com muitos outros professores que viajam pelo mundo a ensinar ashtanga. 

A minha prática em casa também se simplificou. Pratico ashtanga. É isso. Não preciso de videos, aulas online, aulas diferentes todos os dias. O ashtanga não precisa de nada disso. Preciso do tapete e de força para acordar cedo todos os dias para praticar. É só isso. À tarde também pratico um pouco, mas em vez de querer fazer tudo e mais alguma coisa, limito-me aos planos de força, através de movimentos de yoga, do Dylan Werner no CodyApp.

Cancelei o ginásio. Este ano abriram dois ginásios grandes em Faro e eu inscrevi-me no primeiro, e depois desisti e fui para o segundo. E depois desisti e fui para um ginásio familiar aqui ao pé de casa. Os ginásios aborrecem-me. Não gosto de aulas de grupo e não gosto de ter que pagar uma mensalidade, quando só vou lá uma vez por semana. Por isso, quando me mudar para Faro, vou voltar para o meu ginásio preferido, que só tem máquinas e um sistema de senhas, e assim só faço o que gosto e só pago o que uso. Aliás, tenho feito muita coisa ao ar livre - até comprei um TRX para usar nas árvores (ou onde der para o prender). Estando no Algarve, há que aproveitar este sol em vez de me enfiar num ginásio!

Continuo com a natação - não falha! Mesmo quando não me apetece ir, pego em mim e vou. Se me tivessem dito há um ano atrás, quando comecei, que iria ser assim tão dedicada, não acreditava! Em termos de evolução, é incrível! Há um ano atrás ficava completamente despachada ao nadar apenas 1 piscina (25 metros). Agora consigo nadar 45 minutos sem parar (ou mais, mas quando vou nadar sozinha marco 45 minutos no relógio). A natação é, sem dúvida, das melhores coisas que faço na vida. 

Em relação ao trabalho, tenho as coisas arrumadas em caixinhas temporais. Ando envolvida em três áreas de estudo diferentes e perturba-me andar sempre a saltar de uma para outra. Por isso, decidi dedicar-me a cada área em exclusivo e só passar para outra quando estiver tudo feito da primeira. Em princípio, este ano também vai ser de grande mudança na minha situação profissional (já ouviram falar da contratação dos doutorados?) e não sei bem o que me espera... Aliás, já nem faço planos para o futuro... Concentro-me e planeio semana a semana. Tenho uma visão geral mais a médio prazo que me orienta, mas sem planos ou objetivos concretos. É como diz no livro Goal-free living do Stephen M. Shapiro - usar uma bússola e não um mapa.

E basicamente, para 2018 é isto. Agora vou estudar, pois tenho dois exames no início de janeiro... ;)

E tu, qual a tua palavra para 2018?

17/07/2017

Farta de férias e lontrices

Pois é, passaram-se 15 dias e eu já estou pronta para voltar para casa. A verdade é que sou muito caseirinha e gosto de estar na minha casinha... Já tenho imensos planos de coisas para fazer, mas aqui na praia não posso fazer nada... Aqui é só dormir, estender-me na areia, estender-me na espreguiçadeira, fazer comida, comer, umas caminhadas, e pouco mais... O J. está a trabalhar e os miúdos passam o dia com os amigos; portanto, eu estou quase sempre sozinha... Tenho o Primal Health Coach para acabar, alguns livros para ler, e pouco mais... 

E, ainda por cima, ando feita lontraPasso a explicar. 

Altura de frequências e exames é sempre um stress para mim. Maio e junho foram assim.
A juntar ao stress, a minha tendinite no ombro deu sinais de si, de tal maneira que tive que ir para a fisioterapia. Entretanto, tendinite acalmada, venho de férias e arranjo um torcicolo do pior (mesmo, nunca tinha tido um tão mau como este).
Stress e dores resultam em lontrice muito chocolate para lidar com o stress, pouquíssimo yoga por causa das dores, mais stress por causa de não fazer yoga, mais dores porque mesmo com dores não falto à natação.
Resultado - estou uma lontra. E isto tem que acabar AGORA!

Na verdade, a lontrice não é total. Estou a fazer um curso de iniciação ao crossfit (se bem que já fiz crossfit, mas queria aprender bem os movimentos), duas vezes por semana, durante 4 semanas. 
Tenho feito caminhadas depois do jantar, 45 minutos (é o caminho que tenho aqui, cerca de 4 km).
As aulas de natação já terminaram, infelizmente... em setembro há mais.
O que quero agora, enquanto estou de férias, é recomeçar a prática de ashtanga yoga, devagar. Não me vou aventurar a praticar 90 minutos logo assim de repente. É começar com 30 minutos e depois logo se vê. (esta manhã só fias saudações ao sol que já era tarde). À conta de tanta natação, perdi alguma da flexibilidade que tinha, mas isso recupero facilmente.
Ah, e vou fazer um curso de windsurf aqui no Centro Náutico da praia de Faro! O J. faz (fazia) windsurf, um dos miúdos já fez o curso (o outro preferiu canoagem), e eu pensei, já fiz vela e já fiz surf, portanto o windsurf não deve ser assim tão difícil! Portanto, daqui a uns dias lá estarei para um curso de 4 dias!

Estou muito entusiasmada com a abertura de um novo ginásio aqui em Faro, o Pump. Abre no fim deste mês e já me inscrevi. É perto de casa, é barato, e tem uma coisa que acho fantástica as aulas são quase todas de meia hora! Adoro! Curto e intenso! Vai ser perfeito para quando os miúdos estiverem nas atividades. Vou começar em agosto, quando voltar de férias. Eu não sou muito de ginásios e aulas de grupo, mas estou entusiasmada com este - espero não me desiludir!



De resto, só tenho que aprender a fechar mais a boca - sobretudo quando o que tenho à frente é chocolate...

Ah, agosto, vem depressa!

22/05/2017

Sobre a auto-disciplina (e o dinheiro deitado à rua com coisas que não faço)

As pessoas que me conhecem pessoalmente ou apenas virtualmente tendem a acreditar que eu sou muito disciplinada.

Em parte, é verdade. Sou disciplinada. Quando me proponho fazer coisas, faço. A nível académico isso é evidente: uma licenciatura, um mestrado, um doutoramento, uma segunda licenciatura prestes a terminar, um segundo doutoramento em curso e um candidatura a um segundo mestrado para breve. Se não fosse disciplinada, provavelmente isto não teria corrido assim. Também fiz outros cursos, formações, workshops, sempre com resultados positivos. O curso de instrutora de yoga é um exemplo. Agora estou a fazer a certificação em Primal Health Coach, que tem estado parada por causa de outras coisas, mas vai ser finalizada em julho ou agosto. Projetos, artigos, coisas sérias, relacionadas com o trabalho, são sempre feitas. Portanto, sim, acho que sou disciplinada.

Mas... 

Noutras coisas não sou. Certas coisas não consigo terminar. Muitas delas nem começo. Ou faço apenas durante 1 ou 2 dias e depois desisto. Para onde foi a minha auto-disciplina?

E do que é que estou a falar?

Muito simples. De todos os programas de treino/dietas/desenvolvimento pessoal que já experimentei...

Vou fazer um apanhado para ficarmos mais esclarecidos. 

Este foi o primeiro dvd de exercício físico que comprei, pouco antes de ter o meu segundo filho, com o objetivo de seguir o dvd para voltar à boa forma física. 


Acho que fiz uma ou duas vezes e desisti. Aliás, lembro-me que 1 mês depois da criança nascer, voltei para o ginásio e esqueci o dvd.

Mais tarde, comprei estes dois:



O dvd de alongamentos acho que nunca fiz todo. O dos abdominais até gosto e às vezes ainda faço alguns treinos.

Em 2011, inspirada pelo seu trabalho no The Biggest Loser, comprei este livro da Jillian Michaels.


Li-o, mas nunca fiz nada do que lá está escrito.

Em 2012, quando parti o pé a jogar ténis, comprei um dvd da Jillian, porque seria mais fácil de seguir que um livro. Comecei e recomecei várias vezes, até gosto do dvd, mas nunca fiz mais de 2 semanas seguidas (o programa é de 4 semanas).


Entretanto comecei a praticar yoga e aí sim, sou muito mais consistente, mas não tanto como gostaria...

As minhas compras de programas de treino continuaram, mas entretant rendi-me ao formato digital.

O ano passado comprei este programa de treino HIIT com pilates, o PIIT28:


Fiz só o primeiro dia e não peguei mais nele.

Este ano comprei o BodyBoss Method:


Fiz o primeiro exercício do primeiro dia. E decidi que não queria fazer mais.

Os livros/programas que comprei em formato kindle ou pdf são inúmeros...
Aqui ficam alguns exemplos:








Não completei nenhum dos programas. Geralmente nem passo da primeira semana.

O que é que isto diz acerca de mim?

Obviamente não sou tão disciplinada como pareço. Ou então gasto toda a minha força de vontade numas coisas e fico sem força para outras...

Mas nem tudo é mau!! Há coisas que faço e acho viciantes! A natação é um exemplo. Desde que voltei a nadar, em dezembro, que estou completamente rendida! Adoro, adoro, adoro!! Vou sempre às aulas, mesmo quando estou cansada ou não me apetece, e nado! Nado, esforço-me e não desisto (o professor e os colegas também contam bastante).
Quando pratico ashtanga com os meus professores Tarik e Lea também parece uma coisa do outro mundo! Da última vez até fiquei mal disposta com o esforço que fiz - mas que bem que sabe depois!

Numas coisas sou bastante disciplinada, de facto. Quando pago propinas e é importante para a minha carreira (como a universidade) ou quando tenho pessoas a olhar para/por mim (como os professores de yoga e natação), aí faço tudo direitinho!

Mas quando estou sozinha no meu canto... é para esquecer. Não tenho força de vontade suficiente. Ou, simplesmente, os programas não são bem o meu estilo, tal como o ginásio, as aulas de grupo, onde nunca vou de forma consistente, porque me aborrece.

(agora que pus no papel alguns dos programas e livros onde já gastei dinheiro e comecei a fazer contas de somar por alto... estou a ficar traumatizada com o dinheiro que já deitei à rua nestas coisas... é melhor este post ficar por aqui...)

;) ;)


10/02/2017

Menos e mais

O que é que quero menos este ano?

> televisão - ando novamente a ver demasiada televisão, pelo menos pelos meus padrões; andamos a rever todas as temporadas do House, vejo a nova temporada do Grey's Anatomy, do Scandal e do The Big Bang Theory, e vejo sempre o Mayday Desastres aéreos, quer sejam episódios novos ou não; é demasiado (são 2 episódios do House por dia!). Vou tentar limitar-me aos episódios novos e não ver episódios que já vi...

> redes sociais - já conheci tantas coisas novas e aprendi imenso através das redes sociais... mas qual é a necessidade de estar sempre a abrir o face ou o instagram? É um hábito inútil que me faz procrastinar, que me distrai, mas que já está tão enraizado e é tão automático que nem sei como o combater...

> noites a estudar - graças ao curso de psicologia, estudar ou fazer trabalhos aos dias de semana depois do jantar já se tornou normal - mas é coisa que não gosto nada. Felizmente que este semestre (o último da licenciatura) vai ser mais calmo, com menos trabalhos e menos uma disciplina. Quero aproveitar os fins de semana para rever a matéria e fazer o que for necessário, e evitar ao máximo trabalhar depois do jantar. Nas vésperas de frequências é que lá terá que ser...


E o que é que quero mais?

> natação - foi das melhores decisões que tomei - voltar a nadar. A sensação de liberdade que tenho dentro de água é incomparável, e as endorfinas que se libertam fazem-me querer voltar todos os dias. Por enquanto, tenho ido às aulas duas vezes por semana, mas quero começar a ir mais vezes fora das aulas. Tem-me feito muito bem, mesmo. Ao contrário de outras atividades onde já andei (ginásio, crossfit, até mesmo aulas de yoga), à natação não me baldo! E das vezes em que tive mesmo que faltar (uma vez por constipação, outra por ter um exame de psicologia, e duas vezes, esta semana, porque tive uma gastroenterite e ainda estou fraca), fico mesmo triste...

> yoga - mas quero uma prática mais intuitiva e menos militarizada. Já não planeio as aulas que quero fazer; prefiro ouvir o corpo - aliás, uma prática de yoga dá-nos essa sabedoria. Esta manhã, por exemplo, ainda me sinto fraca por causa da gastroenterite - não vou, portanto, fazer uma prática de ashtanga, que é esgotante, mas sim uma prática mais calma, talvez um yoga restaurativo, uns alongamentos suaves, para me ajudar a recuperar.

silêncio - estar em silêncio, ouvir o silêncio, É uma das coisas que gosto tanto no yoga como na natação. O silêncio. No yoga tenho feito mais práticas sozinha, sem seguir videos online, para não me distrair com a voz do professor e para conseguir ouvir melhor o meu corpo. A nadar, não ouço nem vejo nada do que se passa à minha volta. São práticas quase meditativas que me permitem voltar para dentro de mim.

> dormir melhor - ir para a cama mais cedo e acordar mais cedo, de preferência sem despertador. Hoje foi um desses dias em que acordei naturalmente às cinco e meia da manhã; mas dias destes são muito raros. A televisão ou o computador têm-me sugado as noites e acabo por me deitar mais tarde que o suposto... depois, não acordo à hora que é suposto, o que me deixa sem tempo para meditar e praticar yoga. Esta tem sido a regra nos últimos meses e os seus efeitos negativos notam-se.

> música clássica - durante muitos anos, ouvia sempre a Antena 2 no carro; não sei o que aconteceu, mas praticamente deixei de ouvi-la nos últimos tempos... há que retomar.

> verdura - apesar de comer muito, mas muito mais verdura do que comia há uns anos, sinto que ainda não é suficiente; a meta é ter metade do prato com verduras, e não apenas um quarto como é costume.

> ler ficção - antes de ir para a cama; durmo sempre melhor, excepto quando faço noitadas para acabar o livro...


E tu, o que é queres mais e menos este ano?

22/01/2017

O que se passa na minha vida

Basket com os miúdos

Desde setembro que ansiava por este momento - o fim dos exames, quando sinto que posso finalmente respirar fundo... Só deixei uma disciplina para exame (as outras 5 fiz por avaliação contínua) e fui fazer uma melhoria (na sexta passada) - e quando penso que agora vou ter pelo menos um mês ou mês e meio sem ter que estudar aos fins de semana, é um alívio indescritível. É que eu já nem sonho com férias - eu sonho com fins de semana livres!... E só me falta um semestre para ser licenciada em psicologia... depois só mais 2 semestres de aulas de mestrado... e acaba!!!! (mas eu, que já passei por outra licenciatura, mestrado e doutoramento, já sabia no que me tinha metido, por isso não me posso queixar - além disso, estou a adorar cada momento).

Como sabem, eu gosto de tanta coisa, tenho tantos interesses, quero aprender coisas tão diferentes, que a minha vida é muito cheia, apesar da minha vontade minimalista de me focar apenas no que é mais importante (é que estas coisas são todas importantes!!). Então, o que é que ando a fazer?

> trabalho - Não sei se já viram nas notícias, mas mais de mil bolseiros pós-doutorados terão que ser contratados pelas instituições, com um contrato de trabalho de funções públicas. Eu sou uma delas - vou ser funcionário pública! Na prática, o trabalho é o mesmo... mas agora vou ter que marcar oficialmente as férias e tudo! De resto, o mesmo de sempre - muitos artigos para escrever, alunos para orientar, muita coisa para ler... o trabalho normal da investigação científica... o giro é que, além da minha área das ciências do mar, estou também envolvida em trabalhos de investigação de psicologia! Estou, portanto, a alargar os meus interesses de investigação e a aprender imenso sobre outras coisas!

> curso de psicologia - tanto a (segunda) licenciatura como o (segundo) doutoramento, os dois em psicologia, estão a correr bem; a licenciatura dá-me imenso trabalho e provoca-me imenso stress; o doutoramento tem sido canja. Mas o importante é que são coisas que puxam por mim e me dão prazer.

> yoga - É de manhã que gosto de praticar; quando não me levanto suficientemente cedo, faço nem que seja 5 minutos de prática e já não me stresso com isso. Tenho ido a retiros de ashtanga e sempre que posso vou a Vila Nova de Milfontes praticar com os meus professores. Mas não tenho dado aulas e nem estou a pensar voltar a fazê-lo tão cedo - simplesmente porque não há tempo para tudo e prefiro fazer outras coisas do que dar aulas de yoga nas condições que têm sido oferecidas (quem dá aulas em ginásios deve compreender isto...). Prefiro de longe ter tempo para me dedicar à minha prática.

Preparando-me para nadar!!

> natação - Ah, coisa mais maravilhosa, mas porque é que não fui para a natação há mais tempo?? A sério, estou a adorar. A evolução que vejo, em apenas um mês de aulas, é abismal!! Passei de conseguir nadar apenas 1 piscina e ficar logo ofegante para conseguir nadar meia hora seguida... Até já fui nadar sem ser nas aulas, tal é o prazer que aquilo me dá! E pelos vistos, até nado mariposa melhor do que pensava...

> outro desporto - Além do yoga e da natação como atividades físicas, o que faço mais são exercícios calisténicos (usando o peso do corpo, como elevações, flexões, agachamentos, etc.) para trabalhar sobretudo a força. Estou a seguir este plano de 90 dias que combina yoga e calistenia. 

Jogos em vez de televisão...

> estilo de vida - Minimalismo, vida calma, relaxada (que é impossível em altura de frequências e exames), muito ar livre, desporto com os miúdos, praia, Sol, caminhadas, bicicleta, alimentação saudável (primal/paleo, claro) - com umas transgressões de vez em quando.

> Primal Health Coach - Ah, pois, estou tão apaixonada pelas ideias da ciência e biologia evolutiva, as teorias da saúde ancestral, a ciência por trás do primal/paleo, que quis aprender mais e decidi tirar uma certificação em coaching de saúde primal (ou saúde ancestral, não sei bem como dizê-lo em português...). Estou a adorar! Claro, é mais uma coisa que tenho para estudar - são 16 avaliações com uma classificação mínima de 75% para passar, mas posso fazê-lo ao meu ritmo. Estou a aprender imenso e por isso vale a pena! E, quem sabe, até posso vir a trabalhar mesmo como coach e ajudar as pessoas a mudar de vida! (ah, pois, e também vou ser psicóloga, o que ajuda...)

Ufa... acho que é isto - o que ando a fazer neste momento... Tenho pena que o blog fique muitas vezes esquecido, mas a culpa é mesmo do curso de psicologia... Infelizmente, ainda não arranjei maneira de esticar as 24 horas do dia... ;)

03/01/2017

O que comer?

Nas últimas semanas andei a pensar muito na alimentação, nos desafios de 21 ou 30 dias, nas milhentas dietas que abundam na internet, nos estudos científicos que suportam cada uma delas... E hoje deparo-me com esta foto da Sofia onde ela escreve "Resoluções para este ano? Comer de tudo. Não há sem lactose, sem glúten, vegetariano, paleo, etc etc, nem nada rígido todos os dias a toda a hora. Comer apenas com equilíbrio!!!"

Isto vem mais ou menos na linha do que andei a experimentar nas últimas duas semanas do ano (com pausas nos dias festivos porque... dias festivos é para comer porcarias). Nestas duas semanas apontei, medi, pesei tudo o que comi. Queria ter uma noção da minha ingestão diária de calorias e das quantidades de proteína, hidratos de carbono e lípidos que como.

Escolhi os alimentos que me fazem sentir bem. Para mim, isso é o paleo/primal. Os cereais fazem-me sentir cheia e inchada, as leguminosas, que adoro, fazem-me mal aos intestinos. Não tenho problemas com os laticínios, mas raramente como, e só queijo ou manteiga. O chocolate continua a ser a minha perdição, o meu pior vício, mas está sob controlo (já consigo estar vários dias seguidos sem tocar em chocolate!).

O paleo é o que me faz sentir bem, com energia, sem fome e sem me sentir cheia e inchada. Por isso, estou com a Sofia - comer de tudo, mas tudo aquilo que me faz sentir bem. 

O que me faz sentir bem, são 3 refeições por dia. Como um bom pequeno-almoço, com ovos, muitos vegetais, alguma fruta, às vezes restos de batata (sobretudo nos dias em que tenho natação), e um abacate. Ao almoço e jantar é peixe ou carne, grelhado, frito, estufado, cozido, de uma maneira qualquer, desde que não sejam usados óleos vegetais; só azeite e gorduras animais, como manteiga ou banha. Acompanho com muita verdura, batata branca e/ou doce, e fruta se me apetecer. 

Comprovei que as ideias do Mark Sisson, a cabeça por trás do estilo Primal, fazem todo o sentido, pelo menos para mim. Ele refere (suportado por muita investigação científica) que nós precisamos de muito menos calorias do que aquelas que geralmente ingerimos. A maioria das nossas calorias devem vir das gorduras e são as gorduras que permitem controlar a sensação de saciedade ou fome - absolutamente verdadeiro! Não precisamos de tanta proteína como se pensava - as recomendações atuais são de 1,1 g de proteína por kg de massa magra. E não precisamos de hidratos de carbono para ter energia, pois o corpo prefere usar a gordura para obter energia - é preferível sermos uma fat-burning beast do que estarmos dependentes de hidratos de carbono a toda a hora, picos de açúcar no sangue e produção excessiva de insulina... 

Comprovei tudo isto em mim. A maior ou menor ingestão de gordura é o que faz com sinta fome ou saciedade. O meu grande pequeno-almoço, tomado geralmente entre as 8 e 8h30, aguenta-me a manhã toda, permite-me ter energia para a aula de natação à hora de almoço e não estar esfomeada a seguir; almoço depois da 2h e sinto-me na boa. (e nem estou a contar com as prática de yoga, que também costumam ser puxadas...) 

O almoço tem que ter hidratos de carbono mais complexos - batatas brancas e/ou doces, ou umas castanhas assadas, que gosto tanto! Se a comida não tiver azeite, junto uns frutos secos como fonte de gordura, e assim me aguento sem fome até à hora de jantar. Ao jantar, a mesma coisa, mas nem sempre com hidratos de carbono com amido. Pode ser só a verdura e proteína, e alguma gordura. 

Comprovei que assim não tenho picos de açúcar no sangue, não tenho quebras, não sinto fome. Os meus níveis de energia são constantes ao longo do dia. Comprovei que, de facto, podemos passar daquele estado de fome constante, em que o corpo precisa sempre de hidratos de carbono para ter energia, para uma máquina de queimar gordura, assente no uso de lípidos e não de glucose. E é uma sensação fantástica!

Relativamente às calorias, de facto, ingiro muito menos do que pensava... Andei entre as 1000 e as 1300 kcal por dia (de acordo com a internet, a minha ingestão diária recomendada deveria ser à volta das 1500 kcal). Cerca de 60% dessas calorias vieram dos lípidos, 25% das proteínas e 15% dos hidratos de carbono, mais coisa menos coisa (mesmo comendo batata ao pequeno-almoço, almoço e jantar - 100 g de batata tem mais ou menos 20 g de hidratos de carbono). 

É tal como o Mark Sisson refere. Numa alimentação baseada em produtos naturais, não processados, sem medo das gorduras (que já está mais que comprovado que as gorduras não engordam, mas sim a produção excessiva de insulina provocada pela enorme ingestão de hidratos de carbono das dietas ocidentais), precisamos de muito menos comida... Os nossos antepassados caçadores-recoletores, pré-revolução agrícola, também não comiam de 3 em 3 horas... aguentavam-se muito tempo sem comer e eram saudáveis e atléticos; os registos fósseis mostram que os nossos antepassados de há 10 mil anos atrás morriam de acidentes, de infecções, mas não das doenças que nos assolam hoje.

Eu comprovei isso em mim. E fiz isto ao mesmo tempo que iniciei as aulas de natação - que me puxam mesmo muito pelo cabedal. Perdi peso, senti-me cheia de energia, não senti fome a meio da manhã nem a meio da tarde. Aliás, muitas vezes nem tinha fome à hora de jantar... 

Por isso, sim, quero comer de tudo - mas tudo aquilo que me faz sentir bem. É ir contra a maré, contra a sabedoria convencional, mas cada vez mais a investigação científica mostra que tantas ideias que nós temos, profundamente enraizadas, sobre a alimentação, estão... erradas...







18/12/2016

Um fim de semana livre!!!!!!!!!!



Finalmente!!!!!!!! Eu já nem penso em férias... ter um fim de semana sem trabalho, sem nada para estudar, é o meu sonho! E esse fim de semana chegou finalmente!!

É claro que eu não sou capaz de ficar um fim de semana em modo vegetativo... O meu desejo de fins de semana sem trabalho é precisamente para poder fazer outras coisas que são negligenciadas... E foi o que fiz este fim de semana!

Ontem, sábado, acordei bem cedo para levar um dos miúdos a um jogo de futebol. Como o campo é ao lado das piscinas, aproveitei e fui nadar um pouco (não muito, que ainda estava dorida do dia anterior). Depois, umas compras, peixe para o almoço, e fomos para casa. Fiz uma limpeza, pus roupa a lavar, tirei roupa do estendal, estendi mais roupa, dobrei roupa... De seguida, ataquei o monte de papel que tenho para digitalizar - a maior parte são os apontamentos que faço das várias disciplinas do curso de psicologia, que digitalizo sempre no final do semestre. Ainda arrumei ficheiros no computador e depois ataquei o email - recebo tanta coisa que não leio que decidi fazer unsubscribe da maior parte. Depois do jantar ainda fiz uma arrumação à cozinha enquanto ouvia podcasts, e depois li um livro, estendida em frente à lareira...



Hoje, domingo, acordei cedo também. Não fiz yoga, porque sinto que os meus músculos estão a pedir descanso (mas daqui a pouco vou fazer uma prática leve). Tratei das minhas contas, fiz o orçamento da casa para janeiro, atualizei dados nas listas de documentos que guardo no computador. Aproveitei e encomendei a nova versão deste livro, que é a minha bíblia! Fomos almoçar fora e depois fui ao meu supermercado favorito, o Apolónia, em Almancil, para comprar umas prendas de Natal - eu gosto de oferecer chás, biscoitos e coisas dessas, coisas que se usam e que não são tralha, e foi isso que comprei. Cheguei a casa, vi um episódio antigo do House enquanto bebia um dos meus novos chás, o Chai Nero. Agora estou a escrever, entretanto encomendei este livro para oferecer à minha mãe, depois vou arrumar qualquer coisa, talvez tirar a roupa do estendal, ler um pouco, praticar yoga, ler um pouco mais, passar roupa a ferro depois do jantar... e planear o dia de amanhã, que é dia de trabalho! Ah, que bem que me sabe um fim de semana assim...

16/12/2016

Fui para a natação



Em miúda fiz muito desporto... Natação foi um deles. Andava no Sporting, nas piscinas do Campo Grande. Aprendi os 3 estilos, comecei a aprender mariposa, mas depois pedi para voltar para a classe anterior para estar com a minha amiga Sara - e por isso, nunca aprendi a nadar mariposa. Quando vi para a Universidade, ainda andei uns tempos nas aulas de natação nas piscinas de Loulé. Quando abriram as piscinas cobertas em Faro, ia de vez em quando lá nadar. Quando os meus filhos começaram com as aulas de natação, aproveitava e nadava também. Nunca era grande coisa, claro. Meia dúzia de piscinas, devagar e a descansar muito pelo meio.

Já há uns quantos anos que não nadava a sério. Este verão decidi que a natação é, provavelmente, o melhor desporto para mim. Não tenho que lidar com outras pessoas, não há música horrorosa aos altos berros, não sinto o suor a escorrer pela cara, e tenho aquela sensação incrível de liberdade que só a água proporciona. Para não falar do impacto mínimo nas articulações, que já são massacradas com o yoga.

As piscinas de Faro andaram em obras e reabriram em novembro. Com as frequências e o stress todo, só esta semana fui fazer o teste de aferição e pelos vistos nado melhor do que pensava, porque me puseram na classe de aperfeiçoamento, a mais avançada. Hoje à hora de almoço tive a primeira aula.

Aaaaahhhhhhh!!!!!!!!! Sim, nado melhor e tenho mais resistência do que pensava. Fizemos saltos e nisso até sou relativamente boa. Acho que nadei um total de 24 piscinas, nos 3 estilos, o que para quem não nadava a sério há muitos anos, foi um milagre... Por mais preparação física que uma pessoa tenha por causa de outros desportos, não é suficiente para a natação. Ao fim de de 3 ou 4 piscinas, já me doíam os peitorais e as pernas. Continuei, fiz tudo, aldrabei um pouco no fim de cada piscina... Mas nadei. Tomei atenção aos reparos do professor, tirei dúvidas, tentei melhorar a técnica. O professor disse que na segunda semana toda a gente quer desistir, mas que as coisas melhoram a partir da terceira, e depois já não querem outra coisa. 

Espero mesmo que isso aconteça comigo. Eu gosto de nadar. E os outros desportos que tenho experimentado têm sempre coisas que me fazem desistir... Por exemplo, apesar de gostar de power jump, de spinning, e de algumas outras aulas de ginásio, não suporto a música e os gritinhos. Gostei de quase tudo no crossfit, mas não da filosofia que o professor é que sabe; e infelizmente, não gosto nada da parte do halterofilismo... nem de ficar toda suja, suada, cheia de magnésio nas mãos e na roupa e até na cara (lembrou-me os tempos de ginástica acrobática).

Quero nadar. Agora quero mesmo nadar. Não quero mais andar a saltitar de desporto em desporto, de ginásio em ginásio. O bom de fazer isso, de ir experimentando, é que cada vez conheço-me melhor e sei o que gosto e o que não gosto.

Gosto de yoga - ashtanga yoga, vinyasa flow, estilos mais atléticos de yoga (se bem que uma prática yin ou restaurativa sabe e faz muito bem de vez em quando). Gosto de treino calisténico, trabalhar o corpo com o seu próprio peso - elevações, flexões, agachamentos, coisas dessas, que também se usam muito no yoga. Gosto de andar a pé e de bicicleta, mas como meio de transporte e para passear. Em vez de ir de carro, ir a pé. Em vez de passear ao fim de semana com a família de carro, passear de bicicleta. 

E gosto de nadar. Espero mesmo que este seja o início de uma duradoura paixão...

E tu? Se andas na natação, se começaste ou recomeçaste, conta-me a tua experiência!



28/11/2016

Tempos ocupados

É hora de almoço, acabei de comer, em casa, em frente à televisão. Apeteceu-me pegar no computador e escrever um pouco no blog... coisa que, desde que me meti no curso de psicologia, tenho feito muito pouco...

Esta é uma daquelas alturas terrivelmente cheias. É frequências, é trabalhos para acabar e apresentar. É artigos para alterar, melhorar, escrever, é teses para corrigir, é artigos pendentes para rever, é resumos de congressos para escrever. A juntar a tudo isto, como se eu não fosse já suficientemente ocupada, um professor convenceu-me a fazer um segundo doutoramento, desta feita em psicologia, usando parte do meu trabalho de pós-doutoramento em ciências do ambiente, mas que já tem uma componente importante de psicologia... Portanto, como agora os doutoramentos também têm aulas no 1º ano (quando fiz o meu doutoramento em ciências do mar não havia esta parte letiva), tenho mais aulas, mais trabalhos e mais coisas para fazer.

A coisa vai-se fazendo, a verdade é essa. E a verdade é que em alturas de muito trabalho, eu consigo ser super produtiva e ando cheia de energia (mais do que quando tenho pouca coisa para fazer) - isto é uma qualquer hipomaniazinha que eu devo ter (os psicólogos percebem do que estou a falar...), mas ainda bem que assim é, senão não sei como é que aguentava...

Tenho praticado yoga, bastante até, e decidi finalmente abraçar o desapego na minha prática - não me preocupar com o resultado, com a flexibilidade, com a força. Praticar, apenas, sem ter um objetivo pré-definido em mente. 

Voltei ao chocolate preto, depois de umas semanas em que devorava uma tablete de chocolate de leite com avelãs praticamente todos os dias ao pequeno-almoço. Voltei a ter cuidado com a alimentação e tento fazer uma alimentação primal/paleo a maior parte do tempo.

Não vou tirar férias na semana entre o Natal e a passagem de ano. Tenho demasiado trabalho. O que mais quero agora não são férias, mas sim fins de semana livres. Fins de semana de inverno passados em frente à lareira com um livro nas mãos, uns petiscos para o jantar e um filme ao serão. É com isso que agora sonho. De resto, está tudo bem!...


30/10/2016

Ainda estou viva! E a praticar ashtanga!


A sério, estou mesmo!! Acho que nunca tinha ficado tanto tempo sem escrever... praticamente 2 meses... Alguns de vós manifestaram saudades de ler (obrigada!) e a verdade é que eu também sinto saudades de escrever... Por isso, vou aproveitar agora, que estou sozinha no Monte Velho, sentada numa sala linda, enquanto os meus companheiros deste retiro de ashtanga foram à praia surfar...

Então, o que é que tenho andado a fazer? Basicamente, a trabalhar. É o meu novo projeto de trabalho (uma coisa muito interdisciplinar entre a gestão costeira e a psicologia ambiental), as aulas do último ano da licenciatura em psicologia, e ainda outro projeto que implica aulas às sextas ao fim da tarde... Depois, há a família, a casa, a prática de yoga, o crosstraining que comecei a fazer duas vezes por semana (porque gosto de coisas puxadas e de fazer força!), as leituras... o mesmo de sempre.

Mas este fim de semana larguei tudo e vim praticar ashtanga - num sítio lindo, com uma professora que adorei (se estiveres em Cascais e quiseres conhecer esta prática, aproveita!). Saio destes retiros sempre com imensa vontade de começar a levar a minha prática mais a sério - comprometer-me, ser mais disciplinada, praticar todos os dias e não arranjar desculpas. Já percebi que isto, para mim, não é uma prática física - a parte física para mim é fácil. Para mim, esta é uma prática de disciplina - é nisso que tenho que trabalhar e é isso que ganho com a prática.

Eu sou a de cor de rosa de cabeça para baixo... (foto roubada à Verinha)

Ao longo deste fim de semana, conheci pessoas muito interessantes - uma delas até me reconheceu do blog!! (sim, Diana, és tu!) É sempre muito bom! Vim com a minha querida amiga Maria João, que está a apaixonar-se pelo ashtanga - é o que acontece com a maioria das pessoas que experimentam esta prática! (a Vera explica isso muito bem aqui) Conheci mulheres com histórias de vida fantásticas, com carreiras, com famílias - mas também com tempo para se dedicarem à sua prática de yoga. Porque, quando queremos, fazemos por isso. Não arranjamos desculpas. Porque, quando queremos as coisas, temos não só que agir, mas também sonhar, planear e acreditar que é possível!




01/09/2016

Setembro vida nova

Adoro setembro!! Já escrevi isso aqui muitas vezes, mas é mesmo verdade - setembro é dos meus meses preferidos (ao contrário de agosto). É o início do ano letivo, o fim das férias, o regresso às rotinas que eu tanto gosto! Quando penso em setembro lembro-me de ser pequena, em Lisboa, da azáfama de comprar o material escolar, de me deliciar com o cheiro dos livros e dos cadernos, do início das aulas no Colégio - sim, eu gostava da escola! Recordo-me também, lá mais para o fim do mês, das primeiras chuvas, do cheiro a terra molhada, do caminho pelo Campo Grande para ir para as aulas... Do recomeçar das atividades, do ballet, da ginástica, da natação. Ver os amigos de novo, conversas, brincadeiras... Adoro setembro!

Esta alegria com o mês de setembro tem-me atingindo todos os anos, e este ano não é diferente. Quero fazer planos, organizar as coisas, ser mais eficiente, menos procrastinadora, ser o melhor possível - os sonhos do costume. Mas a experiência já é muita e sei bem que o que funciona melhor é manter as coisas simples... não querer demasiado e focar-me no essencial.

Hoje é dia 1 de setembro e é dia de Lua Nova - o dia não podia ser melhor para refletir, para fazer planos, para começar coisas novas!

Já há muito tempo que não faço listas de objetivos, mas este mês apetece-me! Aqui ficam então os meus objetivos para este maravilhoso mês de setembro...

Trabalho

> Este mês quero sobretudo ler. Vou iniciar um novo projeto e tenho que ler muito para me pôr a par das coisas, para fazer planos e para ter novas ideias.

> Tenho também um artigo para acabar de escrever, um que está com os co-autores e espero que venham as respostas de três que estão submetidos...

> Por fim, quero fazer umas arrumações e limpezas no laboratório, coisa rápida...

Curso de psicologia

> As aulas começam a meio do mês. Não haverá muito para fazer ou estudar este mês, mas quero avançar logo com os trabalhos, para não deixar tudo para a última da hora.

Yoga

> Quero praticar ashtanga 6 dias por semana como manda a tradição e não arranjar desculpas. É só isto.

(outras) Atividades físicas

> Ando muito numa de street workout. Sinto-me novamente criança quando me penduro nas barras e dou cambalhotas! Mas a sério, adoro o street workout - o treino calisténico, apenas com o peso do corpo. Tenho um sítio bom ao pé de casa para praticar e quero começar a levar isto mais a sério!

> Quero também ir para as aulas de natação. Vou inscrever-me e ficar à espera de uma vaga.

> Relativamente ao ginásio, pretendo fazer apenas uma aula de power jump, e apenas porque tenho que lá ir por causa do judo dos miúdos...

> De resto, muita atividade não estruturada - brincar, jogar jogos, raquetes, mergulhos para a piscina (enquanto o tempo permitir), andar a pé, ou seja, divertir-me ao mesmo tempo que mexo o corpo!

Brincando...

Casa

> O que mais quero é planear sempre os menus semanais e ir ao supermercado uma só vez por semana. A sério! Não quero perder tempo com estas coisas...

> Relativamente às limpezas e restante gestão da casa, acho que as coisas estão bem orientadas. Tenho empregada que vai uma vez por semana e deixa a casa impecável. Damos uma aspiradela ao fim de semana, passo o pano do pó aqui e ali e fica bom. Os miúdos já estão mais crescidos e responsáveis e ajudam com as coisas deles... E mantenho a regra de não começar a semana de trabalho com roupa para passar - é a minha atividade preferida de domingo, sobretudo quando chove,.. passar a roupa enquanto vejo um filme...

Para este mês acho que é tudo... Tenho coisas pontuais que quero fazer (como pintar um quadro de ardósia na parede do escritório, ou aumentar o tampo da minha secretária), mas coisas grandes são estas... Vamos ver como corre! Mas tenho um feeling que este vai ser um excelente mês!!


21/08/2016

Como aproveitar o tempo quando os miúdos estão nas atividades e outras cenas

Os meus dois filhos sempre foram muito desportistas. Desde pequenos que fazem desporto e ao longo destes anos já experimentaram várias modalidades, enquanto nós nos desdobramos para os acompanhar a todo o lado... Nunca fui pessoa de ficar sossegadamente sentada a olhar enquanto eles têm aulas de natação ou treinos de judo. Gosto - preciso! - de aproveitar essas horas para fazer alguma coisa útil!

Já fiz caminhadas, já fui nadar, já fiz aulas de ginásio, musculação, já levei o portátil para trabalhar, já levei livros para ler... No último ano letivo fazia aulas de power jump e pilates no ginásio, enquanto eles estavam no judo. Outros dias, dava as minhas aulas de yoga enquanto o pai andava com eles para trás e para a frente.

Este ano, as coisas vão mudar. Já não vou dar aulas de yoga porque não dá mesmo - o tempo não estica e prefiro dedicar-me a mim, à minha prática, às minhas coisas, do que ter esse compromisso. Um dos miúdos vai voltar para a natação, o que me deixa muito entusiasmada - será que é agora que vou também inscrever-me nas aulas, em vez de ir nadar só 5 minutos de vez em quando? Eu fiz natação em miúda, mas nunca aprendi a nadar mariposa, só os outros 3 estilos...

Gosto de setembro e do início do ano letivo. Novas atividades, novos horários, novas rotinas... Vai ser um ano diferente, muito bom, de certeza, com mudanças - os dois miúdos no 2º ciclo, eu com um novo projeto de trabalho, o último ano da licenciatura em psicologia e, espero, mais tempo para mim!

Mas que atividades físicas fazer quando acompanho os miúdos? Por agora tenho duas opções: aulas de ginásio ou aulas de natação. A segunda hipótese agrada-me muito mais, mas tudo depende dos horários. Ah, já me imagino de fato de banho, touca e óculos a deslizar pela água e a aprender, finalmente, a nadar mariposa!

O cross-fit seria outra opção. Experimentei duas aulas em julho, adorei, mas... senti que uma prática de cross-fit iria afetar negativamente a minha prática de yoga. E não gostei daquela filosofia que os treinadores é que sabem e temos que fazer o que eles mandam - sou muito má a cumprir ordens...

As aulas de ginásio aborrecem-me. Não gosto das músicas, não gosto dos gritinhos, não gosto de ver pessoas a fazer aulas atrás de aulas atrás de aulas sem noção do que andam a fazer, como se isto fosse quanto mais, melhor. Gosto do power jump. O pilates não me desafia, o piloxing é sempre a mesma coisa, zumba nem morta me apanham numa aula dessas. Mas, sobretudo, não consigo estar uma hora a ouvir aquelas músicas naquele volume ensurdecedor.

A musculação já era. Já não faz sentido para mim o isolamento de músculos, o treinar com pesos, o olhar-me ao espelho para ver os músculos inchados. O que gosto agora e faço de vez em quando, em casa, é treino calisténico, com o peso do corpo - flexões, elevações, agachamentos, pranchas - e suas variantes. 

A minha prática de yoga também tem evoluído. E está mais simples. Nada de grandes planeamentos, de muita diversidade. Praticar ashtanga é o que eu gosto de fazer. E é nisso que me tenho focado.

Enfim... são as minhas divagações de agosto, este mês que não me agrada nada, enquanto espero ansiosamente pelo setembro!...
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