domingo, 18 de março de 2012

“Os cariocas, nordestinos e goianos que me perdoem, mas Floripa é fundamental”

Acordei com o sol piscando para mim.
Já passava das oito e a Lu ainda estava em sono profundo.
Resolvi levantar.
Alimentei Amora e Frida e parti rumo ao Angeloni para comprar um pãozinho francês, alface e um tomate italiano que é tudo de bom. 
Como ainda faltavam 15 para as nove, fiquei observando o movimento na Madre, até a abertura das portas do supermercado.

Retornei para a Old House, o beija flor já estava sugando o néctar floral, o quero-quero passeava pela rua e a coruja noturna já havia partido.
Meu vizinho do 332, abriu as portas , janelas e nos brindou com um concerto de piano que percorreu os clássicos, Elton John e um popurri de música urbana.
Sorvi meu café ao belo som que emanava do 332 com o acompanhamento afinado dos pássaros, até a Amora se rendeu e também curtiu a sinfonia.
Na bacia do Itacorubi tem dessas coisas.

Dia 23 de março , a bela senhora Florianópolis estará comemorando a beleza e a juventude de seus 286 anos.
Já escrevi em outros momentos, o quanto a mãe natureza foi benevolente com Santa Catarina.
Aqui convivemos com a sinfonia harmoniosa entre a serra e o mar, e a ilha é um espetáculo a parte.
Temos o verão nordestino e o inverno europeu.
Saboreamos o chopp alemão de Pomerode ou o merlot sauvignon de Urubici, com tainha, camarão, salmão, anchova, congrio , berbigão e ostras.
Trilhamos os caminhos da Lagoinha, de Naufragados, de Ratones , do Cambirela e da Lagoa.

Os manezinhos te um dialeto próprio que um amigo denominou “golfinês” e que na real é “manezês”:
Num intica c’a minha bucica sêu istôpô.
Si quéx quéx si num quéx dix.
Mofas com a pomba na balaia.
Já rodei alguns quilômetros percorrendo outras terras, outros mares e outros luares, mas entre o Oiapoque e o Chuí há um lindo pedacinho de chão na soleira da serra e cercado pelo mar.
Plagiando um grande poeta:
“Os cariocas, nordestinos e goianos que me perdoem, mas Floripa é fundamental”

quarta-feira, 14 de março de 2012

É a vida a me testar........

Momentos, caminhos e escolhas,
Um sorriso ao levantar,
Em frente , outro concreto e outra janela,
Penso: Quem sabe um dia,
Quiça uma árvore e um canto de pássaro a me acordar.

Música para alegrar o dia,
O pó de café acabou e o açúcar também,
Caramba já são 7:00h, dá tempo.
Na fila do caixa da padaria, o tal cartão de crédito não rola
Seu padeiro, posso pagar depois?
Tive que passar um cheque de 9 reais.

PALAVRÃO!
Queimei a língua com o café.
Caramba! 07:48, vou nessa.
O pneu furado, a bateria arriada,
O carro parou, vamos empurrar?
O suor brotou na face depois do banho apressado.
Chateado? Que nada! É a vida a me testar.

Perdi o ônibus, pensei no PALAVRÃO,
Vi uma mulher sem dentes e uma criança faminta,
Moço,  Me dá um dinheiro para alimentar minha cria?
No bar, na alquimia do desespero, o leite virou álcool,
“No próximo, quem sabe, te dou de mamar.”

Caramba, não paguei a prestação  da casa!
Meu brother, este trabalho é para ontem!
OK, patrão.
Hoje tem prova? PALAVRÃO
Quebrei a chave na fechadura da porta de casa,
Cem pratas para consertar?
Eu mesmo vou desmontar.......

Furei a mão com a chave de fenda.
Eu falei que tu não irias conseguir.
Lá se vão minhas duas onças.
Pronto chefe!  já tirei a chave quebrada.
Agora, preciso trocar a fechadura.
Quanto ?
Baratinho,  apenas cem.
Outro PALAVRÃO.

A torneira está vazando,
O gás acabou,
O chuveiro queimou,
Tua mãe espirrou,
Teu pai sumiu,
Esse cara ainda está dormindo?

A empregada pediu demissão
E agora com quem fica as crianças?
Você trabalha de madrugada e eu de dia?
Quem faz o almoço?
Como vais trabalhar de madrugada.
Hein!!!!!
Chateado? Que nada! Que nada, é a vida a me testar....



quarta-feira, 7 de março de 2012

Dia Internacional do "estar 50%"

Quem tem o hábito da escrita, sempre “corre o risco” de repetir o contexto, principalmente no tocante a datas comemorativas. Até nos telejornais há periodicamente, uma repetição de matérias e até de notícias, afinal ineditismo e criatividade também tem sua limitações.
Falar sobre a mulher não é algo simples devido ao universo de emoções, transformações, desejos, dúvidas e anseios que compõem o mundo feminino.
Já escrevi algumas vezes que, em função de nossas múltiplas existências, não “SOMOS”, ou seja, sempre “ESTAMOS SENDO” e buscamos freneticamente alcançar alguma evolução para chegar ao “SER”.
Não sei por qual motivo, ou talvez saiba, o “SER ” e o “ESTAR SENDO” sempre me levam ao “masculino” e ao “feminino”, como, hoje mais que antes, compartilho os afazeres domésticos com o meu “estar” professor, estou resgatando em minha memória digital algo que escrevi para o dia 08 de março de 2009. Creio que vale conferir............
“E aí nômades e nativos, muita praia ?
Chegando mais um final de semana e estamos diante de mais um dia especial: O dia Internacional da Mulherada.
Pensando sobre a mulher, me veio o "feminino". Um "insight" que os ditos masculinos também precisam ter, independente de opção sexual, pois uma coisa não tem nada a ver com a outra.
Devido ao "véu" do esquecimento, algo providencial para nossa evolução, não temos a consciência de que em nossas múltiplas encarnações podemos "estar" mais femininos ou mais masculinos; e a nossa busca para chegar ao "ser", com certeza , depende do quanto estamos próximos dos 50% para cada gênero. Algo difícil de aceitar principalmente para os "machões" de plantão.
Fazendo uma retrospectiva da "evolução" masculina, e evoluímos nesse sentido, temos hoje :
Homem troca as fralda das crias.
Homem beija outro homem ( jogo de futebol tá cheio de atleta beijoqueiro ), aliás o beijo masculino varia entre as culturas, mas até nessas é um beijo de "macho".
Homem faz comida.
Homem limpa a casa.
Homem, lava louça.
Homem chora,
e vai por aí; enfim divide as atividades da relação da convivência social/societária com o sexo oposto e sua prole, o que não tem nada a ver com casamento, pena que alguns confundem esse contexto.
Bem, estávamos em um almoço no lar Fabiano de Cristo, quando em uma conversa agradável o grande Sérgio disse :
Na próxima encarnação quero vir mulher, quero passar por essa coisa chamada menstruação, ficar grávida e entender o que é esse contexto.
Em um primeiro momento fiquei surpreso, depois comecei a assimilar o "desejo" do Sérgio, pois só alcançaremos o "Ser" se vivenciarmos o "estar" homem e o estar "mulher" durante nossa caminhada, assim "absorveremos" nossas metades.
A galera deva estar pensando : " O Brother, não sei não ", o que é bem natural, mas verificando os fatos históricos, suas personagens e sua frases, podemos constatar que também em algumas citações teremos essa "mensagem" de forma subliminar :
"Hay que endurecer pero sin perder la ternura jamais".
Endurecer , ser duro, é bruto e masculino.
Ternura, sensibilidade, é suave e feminino.
Um dia estava no ex CNRS e fui surpreendido ao receber rosas pelo meu aniversário, junto havia um cartão com os seguintes dizeres :
"O mais cavalheiro de todos merece ser tratado como uma dama" By Lu.
Meu 50% masculino ficou bastante surpreso.
Meu 50% feminino ficou emocionado e feliz.
Engraçado como minha querida Lu, traduziu de forma brilhante o meu “ estar homem”.
E para traduzir o que é “estar mulher”, entendo que o grande Gilberto Gil o fez magnificamente em seus belos versos:
“Quem sabe o super homem venha nos restituir a glória, mudando como um Deus o curso da história, por causa da mulher.....”
Para todos vocês, independente de “estar” homem ou “estar” mulher, um belo dia 08/03 e um belo final de semana.”
By Brother54º

domingo, 4 de março de 2012

Eu, a Lu, o siri e o amendoim


Fiquei surpreso quando o ilhéu chegou com o caminhão para sugar a gordura da caixa, chegou 45 minutos antes do horário marcado, coisa rara em se tratando de prestação de serviços by Floripa. Depois de atuar como “aj” ligando a válvula depois de 400 libras de pressão , o brother da limpeza me explicou o processo , deu algumas dicas para melhorar a relação caixa-gordura-pia-limpeza, tomou um cafezinho, me deu um abraço e tocou para encarar o novo entupimento do sábado. Como o dia estava para carioca, baianos, pernambucanos e todo povo praiano agradecerem ao papai do céu pelo final se semana de escritório na praia, eu e a Lu partimos para o lugar que o Luisinho adjetivou como “paraíso”, o Balneário dos Açores, no Pântano do Sul. Chegando de frente para o mar, o dia estava para almirante e brigadeiro e a praia estava o bicho. Estávamos meio no rango e fomos caminhando até o velho Arantes e tomamos um gostoso café com um empanado feito na hora. O Arantes estava daquele jeitão, os turistas chegando, os pescadores conferindo o tempo, os camelôs armando as barracas e as gaivotas e garças naquele passeio básico. Voltamos caminhando para o balneário e sentamos em frente ao salva-vidas, ficamos surpresos com a visita do casal de gaviões que foi documentada pelas lentes de um manezinho do local. Largamos a mochila velha de guerra, a Lu estendeu a canga e eu fui conferir como estavam as águas do Sul. A água estava o bicho, tipo piscina aquecida, tipo litoral nordestino saca; e eu fui relembrar meus tempos de “pegar jacaré” na Barra da Tijuca, deslizando nas ondas de meio e de um metro. Voltei para areia , peguei uma água , sentei ao lado da Lu e começamos a bater um papo e comer amendoim, aquele que tem aquele um invólucro de massinha parecendo um ovinho branquinho. Em um determinado momento a Lu viu aquele sirizinho branquinho que fica correndo pra lá e pra cá na areia e jogou uma casquinha do invólucro do amendoim na areia. Foram 15 minutos jogando casquinha e observando as atitudes e reações da pequena criaturinha. O sirizinho saía da toca, observava (tenho a impressão que ele tem visão 360 graus com os pequenos olhos ou tem um radar bem sensível), após verificar a periferia ele ia até a casquinha e mais do que ligeiro agarrava e carregava a mesma para sua toca. Eu e a Lu parecíamos crianças brincando com nosso pequeno companheiro. Foi um momento mágico, um presente da mãe natureza para os meninos de meia idade. Após este dia maravilhoso, à noite, rimos muito com alguns amigos assistindo ao “Stand up” do grande Darci, no restaurante Sr. Speto, bem próximo a nossa casa. Que coisa linda!!!!!!!!!

segunda-feira, 20 de fevereiro de 2012

Um dia no shopping


 
Hoje, depois de curtir a praia da Lagonhinha, entre Ponta das Canas e Brava, fui matar o rango no Iguatemi e  lembrei de algo que escrevi em março de 2008.
Detalhe, agora o flanelinha usa uma bola de tênis e o café do ponto não tem mais........

Então, era uma vez em março de 2008.......

"Estava eu um tanto quanto "down"
        Naqueles dias que a gente se sente meio "caçador de mim, doce ou atroz , manso ou feroz" ,
        Querendo a "casa no campo, onde eu pudesse ficar no tamanho da paz"
        Sonhando com a "espanhola, essa fruta sobre o meu paladar "
        Saca ?
        E aí fui para o meu  "alone happy hour"
        Cheguei no Iguatemi, vi umas motos da suzuki
        E tinha alguém do tal BBB, assinando uma playboy básica
        Tem muito marmanjo babando na beleza do photoshop
        Ao vivo e a cores, com um pouquinho de lucidez, as "Deusas" são bem "Mortais"
        Sem falar no "vamos ver" que não será diferente com certeza e talvez bem mais "caro"......
        Depois de vagar pelos corredores da "moda"
        E ratificar preços "very expensive" por simples pedaços de pano
        (afinal só para pagar o condomínio é uma baba)
        Fui tomar um chopp, para lucubrar nosso belo modelo de "consumismo" sem grana
        Afinal "falsidade" também tem limite
        É engraçado observar pessoas/atitudes no shopping
        Namoros, briguinhas, piscadinhas, mal humor , sorrisos, uns moleques enchendo o saco ( dos pais ) , os   choppeiros, as "gostosas", as não tão  "gostosas", os galãs, os malas, as coroas jurando que são gatinhas, os tiozinhos jurando que são gatinhos , os marombeiros, os atletas ( só no chá gelado ), os bibas, as bibas, as tribos
        E toda aquela gente que não compra nada , mas anda um "bocado"
        E eu, depois do segundo chopp, não resisti e comi um belo de um sanduba da mais querida, a MORTADELA
        Como eu tava de bobeira e naqueles dias de guerra não declarada
        Afinal também tenho meus "demônios"
         Fui tomando mais uns choppsss e segurando a "onda"
        De repente , para minha surpresa , surgiu algo que considerei inusitado
        O flanelinha do shopping.
        Explicarei:
        Tem um cara com uma flanela presa na sola do sapato que fica olhando "marquinas" no chão
        Quando vê sua "vítima" tenta, esfragando o pé "enflanelado" ,  destruí-la.
        Impressionante...........
        Depois do chopp, do sanduba e ainda observando as "curiosidades" do shopping
        Fui tomar um café arauto (café cultivado a mil metros de altitude com aroma marcante) , e a menina do Café do Ponto, fez aquela pergunta :
        O senhor sabe como é servido o arauto?
        OBS : Há uma preocupação em relação a toalinha , o ilustre freguês pode levá-la como "brinde"
        Para quem não sabe , o café arauto é servido em uma bandeja com uma toalhinha ( tipo aquela que era/é fornecida em alguns vôos ), um copinho com água e o famoso café.
        A toalinha é para fazer o "asseio" e  a água para "habilitar" as papilas gustativas a saborear o líquido "precioso"
        Chique não ?
        Alguns vão achar que é frescura, e acho que é mesmo
        Talvez de observador , eu seja o "observado"
        Bem, é isso aí,  e durante  o chopp e o café eu resolvi escrever este monte de bobagem  

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

Gestão

Comecei minha vida profissional na década de 70 e nesta época a “gestão” de pessoal se resumia em um cartão de ponto e um cartão de atividade, onde neste eram estipulados os tempos de execução de cada tarefa. Quando necessário os “tempos” eram devidamente “manipulados” pelo supervisor; sabe como é: Não podemos comprometer nossa “eficiência”.
Após alguns anos, sob a batuta do cartão de atividade, fui promovido ao “marasmo” do mundo estatal onde a gestão era bem similar ao funcionalismo público, ou seja, ser “amigo” do rei significava o “tudo” e aos “inimigos” apenas o rigor da lei. Tinha muita gente boa , excelentes profissionais, mas também tinha muito mala.
Aliás, atualmente, em se tratando de serviço público não mudou muito, estão tentando emplacar a gestão a lá modelito empresa privada, mas acabar com os vícios e o ranço não é algo trivial. Melhorou muito com a seleção via concurso público e realização de avaliação por desempenho, mas a “politicagem”,a tão sonhada estabilidade e a incompetência dos gestores ainda emperram o operacional.
Acho bem interessante quando aparece alguma matéria na telinha referente a concursos públicos e sempre surge aquela pergunta que tem sempre a mesma resposta:
Pergunta: - O que mais te motiva para a carreira pública?
Resposta: - A estabilidade no emprego
A estabilidade no emprego não pode ser um DIREITO e sim um DEVER respaldado e avaliado pelo cumprimento de metas.
Ao cobiçar um cargo de auditor de um tribunal ou policial federal o fator motivador não pode ser a estabilidade no emprego e sim a vontade e a determinação para contribuir com a mudança de tudo aquilo que nos envergonha e nos oprime.
Voltando a minha carreira, em ambas situações mencionadas, gestão de serviço e gestão de negócio eram algo muito distante de nossa realidade profissional, simplesmente tocávamos o barco. Cliente? O que é isso....
No final da década de 90, patrocinado pelo modelo Neoliberal, vieram as privatizações. Sem entrar no contexto levantado no livro “A privataria Tucana”, afinal “isto é política seu Luiz”; a privatização permitiu uma melhora considerável na prestação de serviços onde os profissionais do setor começaram a ter contato com uma nova realidade operacional, voltada para excelência na prestação de serviços, e foram apresentados a novos conceitos de gerência e gestão. Em paralelo, a regulamentação do setor forneceu as “armas” necessárias para que os clientes pudessem reivindicar seus direitos enquanto consumidores.
Cabe ressaltar que em 1993 a Telebrás patrocinou um grupo de trabalho, onde participaram algumas operadores como TELESC, TELEPAR e TELEMIG, para elaboração de um projeto com um novo conceito de gerência : TMN – Telecommunications Management Network - modelo definido pelo ITU-T e que deveria ser implantado nas empresas estatais. Na época o pessoal tomou como referência empresas de telecomunicações canadenses. O modelo da Telebrás holding, e suas operadoras estaduais, tinha todos os requisitos, pessoal técnico e capacidade para oferecer os mesmos serviços que hoje utilizamos, com competitividade e bom desempenho, todavia tudo o que emperra o funcionalismo público ( estabilidade, falta de autonomia da gestão, politicagem etc) emperraram a máquina operacional do modelo estatal.
Bem, com a privatização do setor, aprendemos muito o como fazer e o como não fazer, infelizmente no mundo privado também tem muito gestor BUNDÃO, e muito mala amigos do rei; é como um recente CCIE by Brasil me falou um dia:
- aqui o fundamental não é resolver a falha e sim achar um “culpado”.
Descobri algo bastante interessante no modelo privado: se seu gerente ou diretor viver com medo de perder o emprego, mude correndo de empresa, ele usa o medo e faz “terror” para cobrir sua incompetência. Afinal é mais fácil fazer terrorismo do que aprender com os “erros”. O medo inibe o discernimento e anula a criatividade.
Para piorar tudo o governo Lula, com anuência do CADE e ANATEL, fizeram uma grande cagada e criaram um monopólio privado.
Vou fazer uma pergunta básica : - vocês acham que uma empresa cuja abrangência incorpora características culturais e geográficas tão distintas, pode oferecer serviços com excelência? Eu respondo que, baseado no modelo TELEBRÁS, até pode, mas sua estrutura gerencial deve ser regionalizada (sem gerentes medrosos), a “holding” deve fazer um contrato de gestão e definir metas com as regionais, seu NOC deve estar situado em local com mobilidade urbana e infra estrutura, a equipe de suporte deve ter sinergia e competência, os sistemas devem estar integrados e recebendo insumos de uma base de dados atualizada e confiável, processos e procedimentos bem estruturados, definição de uma política de remuneração baseada no mérito e a terceirização tem que ser repensada. (Muitos não irão gostar desta afirmação).
Vocês devem estar pensando: - Onde o brother quer chegar? Eu respondo:
- temos uma deficiência crônica em gestão que começa na educação.
Por qual motivo não temos profissionais especializados para determinados cargos se a cada ano aumenta o número de “graduados”?
Por qual motivo um percentual considerável de graduados tem dificuldades em falar, escrever, conhecer outros idiomas, sintetizar uma idéia, elaborar uma apresentação, etc ?
Temos sérios problemas de gestão no ensino público e no privado. A meta do ensino não pode ser aprovação mas a qualificação profissional.
Por qual motivo existe uma insatisfação generalizada entre “colaboradores” e “gestores”? Temos vários vícios que impedem a gestão eficiente em um contexto mais amplo.
Nosso ambiente de trabalho não pode ser uma competição velada entre o grupo, mas sim uma equipe com sinergia e comprometimento, tipo um por todos e todos por um.
O gestor não pode ser o “chefe” ditador, tem que ser o “líder” facilitador.
O concorrente não é um inimigo, é um incentivador para o exercício da criatividade.
O cliente não é um chato, é um parceiro que incentiva a melhoria da qualidade do serviço prestado.
O ambiente profissional deve ser sempre uma partida de frescobol, onde a meta de todos é não deixar a bola cair, onde não há vencedor e nem vencido.
Em um momento profissional, participei de um curso de Gestão de Pessoal ministrado pela Fundação Dom Cabral. No término do curso, nosso brilhante instrutor (o Zé) solicitou que fizéssemos um comentário sobre o curso em geral. Quando chegou minha vez eu respondi :
- quando comecei este curso me achava o cara, o coordenador; hoje me sinto o “cocô do cavalo do bandido”.
O difícil não é aprender, é o re aprender.
Obrigado Zé.
“Tu me dizes, eu esqueço; tu me ensinas, eu lembro; tu me envolves, eu aprendo” By Benjamim Franklim

terça-feira, 17 de janeiro de 2012

Haole

E aí nômades e nativos, tudo na paz?
Iniciamos a verão com a indignação dos locais com os “haole”, em função do que estamos chamando de turismo predatório.
Nos versos do Caetano tem uma mensagem, cuja dimensão é bem maior do que parece, que diz: “Da força da grana que ergue e destrói coisas belas”. Além da grana, tem essa falta exarcebada de bom senso que está embutida nos “valores” fúteis que norteiam o mundo contemporâneo, tipo as mensagens subliminares de mau-caratismo interpretadas pelos heróis do senhor Pedro Bial, no lixo cultural chamado Big Brother Brasil e outras merdas que rolam na “mídia” em geral. Lastimável.
Conforme comentei em outras ocasiões, seguindo nosso modelito sócio-econômico, quanto mais a ilha “progredir” com belos e não sustentáveis, ecologicamente falando, condomínios com vista para o mar, novos Shopping Center , novas “baladas” etc, teremos mais violência, alteração do clima, inundações e cada vez mais os babacas jogarão latas de cerveja nas ruas, rasgarão dinheiro, farão striptease em público, sujarão as praias.
Em uma visão cinematográfica, guardando as devidas proporções, vejo nos dias de hoje os nativos olhando os haole invadindo as praias, como os índios viram a chegada dos portugueses, e suas “doenças”, em 1500.
Alguns irão pensar : esse brother é um retrógrado, reacionário, xenófobo e babaca. Não sou não, o problema é que ninguém pensa, por questões $$$$$ e comodismo, na ocupação racional dos espaços, no tão falado planejamento estratégico e continuamos a votar nessa cambada de incompetentes , e aqui cabe vários adjetivos, que ditam as regras do jogo.
Não adianta construir novas pontes e alargar rodovias, temos que melhorar o transporte público, temos que criar ciclovias.
Não adianta construir uma porrada de condomínio bacana se não temos tratamento de esgoto.
Algum político irá vomitar o seguinte discurso: Temos que criar empregos na construção civil, temos que vender carros novos etc. Eu pergunto: Senhores políticos, os senhores conhecem ou já ouviram falar em planejamento ? O que esta porrada de assessores produzem?
É exigir muito de alguém com tão poucos neurônios “ativos”.
Bem, infelizmente esse discurso continua vazio e o mais importante é postar um vídeo no youtube, tomando champagne e rasgando dinheiro, durante as férias em Floripa.
O importante é acompanhar, no facebook ou twiter, as aventuras dos heróis do senhor Pedro Bial na versão estupro .
Em um futuro não muito distante as Beach Break serão Beach Shit............
http://www.youtube.com/watch?v=Gt344yychA8&feature=related