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Nestes dias após a morte de Fidel Castro, temos assistido aos mais espantosos depoimentos, relativizando e branqueando os crimes do regime comunista cubano e de Fidel em particular.
"O comunicado do Ministério das Relações Exteriores grego em relação ao programa suhur da TRT Diyanet TV intitulado Hagia Sophia na época da abundância, que será transmitido durante todo o mês de Ramadã, é inaceitável".A mídia turca pró-governo interpretou a crítica do Ministério das Relações Exteriores grego da seguinte forma: "eles ficaram preocupados com a recitação do Alcorão na Hagia Sophia".
Em 2014 a USCIRF condenou as investidas do Parlamento da Turquia de alterar o status da Hagia Sophia de Museu para mesquita. Em seu comunicado proferido naquela ocasião, a USCIRF ressaltou "... transformar a Hagia Sophia em mesquita seria inequivocamente uma medida desagregadora e provocadora. Enviaria a mensagem segundo a qual o atual governo vê a suscetibilidade das comunidades minoritárias religiosas da Turquia, particularmente a antiga comunidade cristã, como sem valor".No entanto, ao que parece, todas as críticas, pedidos e campanhas não resultaram em nada. Poucos meses depois uma decisão por parte das autoridades turcas em permitir que as leituras do Alcorão fossem transmitidas a partir da Hagia Sophia em Istambul, a Turquia decidiu nomear um imã permanente para o local.
Em vez de seguir as recomendações da USCIRF, a Turquia as ignora, pelo visto preferindo o caminho da "abominável transformação" alterando o status daquele patrimônio histórico.
A Hagia Sophia em Istambul foi a maior Catedral do mundo cristão até ser capturada e convertida em mesquita pelos turcos otomanos muçulmanos em 1453. A República Turca transformou a Hagia Sophia em museu em 1935 e o atual governo islamista da Turquia está transformando-a em mesquita. (imagem: Antoine Taveneaux/Wikimedia Commons)
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"Um grito do triunfalismo islâmico. Que tremendo equivoco se o for. Os cristãos considerariam isso, e com toda razão, um insulto intencional. A comunidade internacional veria isso como uma rejeição aberta ao seu programa de diversidade. Além disso, acredito que uma medida tão radical partindo de uma Turquia relativamente secular, irá mostrar ao mundo que, apesar das inúmeras garantias dos muçulmanos moderados do contrário, o Islã contemporâneo é intolerante na sua maneira de ver as coisas, beligerante com respeito aos infiéis e perigosamente hegemonista quanto as suas intenções".
"O cristianismo também teve o objetivo de formar uma força coesiva que iria unir os povos do Império Romano do Oriente, independentemente de seus idiomas e origens étnicas. Para os habitantes do Império Romano do Oriente, as palavras 'Romaios' − Romanos - e 'Cristãos' eram frequentemente usadas como sinônimos."A Igreja da Santa Sabedoria, conhecida como Hagia Sophia, foi projetada para ser a maior Basílica do Império Bizantino e uma obra-prima da arquitetura bizantina, foi construída na cidade por Justiniano I entre 532 e 537 da era cristã.
"As perseguições apareceram inicialmente como casos de violência, destruição, deportações e exílios. Logo em seguida, no entanto, elas se tornaram mais organizadas e extensivas e com força extrema contra os gregos (e contra os armênios)."Em consequência de séculos de campanhas de jihad violenta e jihad cultural, os cristãos de Anatólia e Constantinopla acabaram sendo exterminados. O Ocidente não protegeu os cristãos de Anatólia durante o genocídio ocorrido entre 1914 e 1923. Pelo jeito o Ocidente também não irá proteger a Europa do que parece ser a atual invasão muçulmana sem derramamento de sangue.
Robert Jones, especialista em Turquia, encontra-se atualmente radicado no Reino Unido
UM FACTO HISTÓRICO POUCO CONHECIDORui Tavares
Passo pelo centro da cidade e vejo de repente, em plena Praça do Comércio, a bandeira da Guiné Equatorial. Lá estava ela ao lado das outras oito da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa. Para nos lembrar como os interesses petrolíferos levaram à CPLP uma ditadura brutal onde há uma suposta moratória à pena de morte (que ninguém verifica), e onde o ditador rouba os recursos naturais do país para que o seu filho seja um coleccionador de carros de luxo que não podem andar nas poucas estradas asfaltadas daquela desventurada terra.
Não que faltem razões históricas para uma relação com o povo da Guiné Equatorial, por onde os portugueses também andaram e onde há ainda quem fale um dialecto de base portuguesa na ilha de Ano Bom. Mas se essas fossem razões suficientes para entrar um país na CPLP, eu preferiria ter visto outro na frente da fila: o Uruguai.
Antes que alguém diga: “mas o Uruguai tem como língua oficial o espanhol!” — interrompo para responder que não tem. O Uruguai não tem idioma oficial. E isso não acontece por acaso, mas pela razão histórica de que a República Oriental do Uruguai, como é seu nome constitucional, foi criada como uma espécie de Bélgica da América do Sul, ou seja, para servir de tampão entre o Brasil e a Argentina, sucessores do império português e do império espanhol. Por isso foi deixada propositadamente sem língua oficial, nem português nem espanhol, num esforço de neutralidade.
Muita gente já ouviu falar da uruguaia Colónia do Sacramento, que foi a mais meridional das cidades portuguesas e se situa mesmo em frente a Buenos Aires, na margem uruguaia do Rio da Prata.
Esta cidade foi intermitentemente portuguesa e espanhola durante século e meio, e serviu de moeda de troca nas negociações pela posse do território das Missões, no actual estado brasileiro do Rio Grande do Sul.
Mas há menos quem saiba que todo o Uruguai foi, no início do século XIX, parte do Reino Unido de Portugal, do Brasil e dos Algarves, com o nome de Província Cisplatina. Após 1822, o Uruguai passou a fazer parte do Império Brasileiro. Em 1825, o Uruguai tornou-se independente, não – como muita gente pensa – do império espanhol, mas sim do império brasileiro.
Este é um caso único na América de língua espanhola — mas o Uruguai é também, embora minoritariamente, de língua portuguesa. Há cidades de fronteira com o Brasil, onde o português é língua materna. O “portunhol riverense”, também chamado de “fronteiriço”, é um dialecto de base portuguesa reconhecido pelo estado uruguaio.
E a língua portuguesa é de ensino obrigatório nas escolas do país.
Para mais, o Uruguai é um país democrático e respeitador dos direitos humanos. A pena de morte foi abolida em 1907. E — esta é a melhor — já pediu e repetiu o pedido para ser observador na CPLP. Se tivéssemos sido um pouco mais activos ainda poderíamos ter tido José “Pepe” Mujica nas cimeiras da lusofonia.
É por isso que, cada vez que eu passar pelas bandeiras da CPLP e lá vir a da Guiné Equatorial hei de suspirar e pensar: mal por mal, preferia o Uruguai.
> “Quando Galileu demonstrou que a Terra girava… já os bêbados sabiam disso há séculos!”
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> “As nuvens são como os chefes… quando desaparecem fica um dia lindo…”
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> “97% da população não acredita nos políticos, e os outros 3% são os políticos.”
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> “A hierarquia é como uma prateleira: quanto mais no alto, mais inútil.”
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> “Alguns homens gostam tanto das suas mulheres que, para não as gastarem, preferem usar as dos outros.”
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> “Por maior que seja o buraco em que te encontras, sorri, porque, por enquanto, ainda não há terra por cima.”
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> “Se te estás a sentir sozinho, abandonado, e a achar que ninguém te liga… Atrasa um pagamento.”
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> “Se não puderes ajudar, atrapalha, afinal o importante é participar.”
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> Errar é humano. Colocar a culpa em alguém é estratégico.”
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> “Antes eu tinha amnésia, hoje não me lembro.”
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> “Não bebas enquanto conduzes! Porque podes entornar a cerveja.”
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> “Bebo porque sou egocêntrico… gosto quando o mundo gira à minha volta.”
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> “Vivemos tempos em que o fim do mundo não assusta tanto quanto o fim do mês.”
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> “Eu não sou contra nem a favor, muito pelo contrário!”
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> “O pára-quedas é o único meio de transporte que, quando avaria, você chega mais depressa.”