quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

HOLIGANS DA POLÍTICA!

Sociólogo "PS e PSD serão hooligans da política"

O sociólogo António Barreto concedeu uma entrevista conjunta à rádio Renascença e ao Jornal de Negócios na qual teceu duras críticas aos dois maiores partidos políticos. Para o professor universitário, se PS e PSD não encontrarem “soluções duráveis e sustentáveis” e se estiverem apenas interessados em vencer eleições serão “verdadeiros hooligans da política”.
Política
PS e PSD serão hooligans da política                                  
       
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O professor universitário sublinha ainda que o PS “devia ter feito propostas”.
“Era ao PS que competia dizer ao Governo ‘nós estamos prontos, estamos prontos para rever a Constituição se for preciso, para fazer um programa conjunto do QREN, para começar a fazer uma experiência com os orçamentos e para preparar a reforma do Estado e estamos disponíveis para criar as estruturas necessárias de debate, de discussão, de estudo para que nos próximos cinco anos possamos fazer isso, independentemente de qualquer calendário eleitoral”, explica António Barreto.
O sociólogo deixa ainda um alerta sobre aquele que poderá ser o futuro do país.
“Se não for mudado o rumo, se não for mudado o método, nos próximos anos, os portugueses não aguentam. Sobretudo os mais pobres, os mendigos, os desempregados, os mais velhos, aí o país não aguenta”, frisa.

sábado, 22 de fevereiro de 2014

VOTO NULO...VOTO NULO... VOTO NULO...

Aos Reformados, presentes e aos futuros:
Comecemos, desde já, a modelar o futuro dos nossos filhos e netos. O que formos fazendo agora, vai servir de exemplo aos Governos próximos e futuros.
Não pares esta ‘onda’!
 
 
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Sim, consta da lei eleitoral.
Para quem estiver cansado de sacrificios e humilhações que não conduziram a nada, cansado da demagogia dos políticos que só pensam neles e desprezam sistematicamente os eleitores, esta constitui uma boa maneira de lhes provocar um alerta. O maior partido já é o abstencionista, mas se votarmos nulo maioritariamente, vamos obrigar à elaboração de novas listas, acho que à quebra de financiamento, e expor os partidos à indignação europeia.



Reformados........repasse urgente !...


...que  os  da '' peste  grisalha ''  mostrem a força que têm aos  '' imberbes fedorentos '' ... faremos a diferença!!!


Aos dignatários do Governo:

Mandante e mandados, fiéis seguidores dos ditames da troika:

Agradeço ao governo pelo que tem feito pelos reformados, pois eles não precisam de aumento (e podem muito bem viver sem 13º e 14º mês), não pagam  luz, gás, rendas, remédios, etc., como todas as outras categorias. Tudo lhes é dado gratuitamente, ao contrário de presidência, governo, parlamentares, juízes, assessores, etc., que têm de trabalhar duro para conseguir o pouco que têm.

Reformado, só trabalhou por 30, 35, 40 ou mais anos, descontando durante esses anos todos para uma Segurança Social que hoje o acha culpado de todos os males.

Reformado vive como teimoso, pois agora já não precisam mais dele, agora que já não trabalha ; é um vagabundo e só serve para receber o valor da reforma.
Além disso, a única greve que os reformados podem fazer é a de não mais morrerem e entupirem um pouco mais os hospitais públicos, com suas doenças.

É ISTO QUE NÓS MERECEMOS DE QUEM NOS DEVIA RESPEITAR?

Não!  Finalmente, é preciso fazer qualquer coisa!

Recordemos que se quaisquer destes políticos lá estão e têm estado, é em resultado do nosso  voto.

Lembremos o que ao longo de 38 anos tem acontecido sucessivamente ao nosso País.

Se para moralizar este sistema tivermos que anular o voto como protesto por todos estes oportunismos, pois que o façamos.

Não resultam a abstenção ou o voto em branco.
Somente uma cruz – X - grande de um canto ao outro do Boletim de Voto.

50% + 1 de votos nulos obrigam à repetição das eleições com outras listas eleitorais.
Imaginemos o impacto que uma votação assim (diferente) teria em Portugal e a imagem que daríamos à Europa e ao Mundo.
Alguém tem que começar e de alguma forma consistente e consciente para os meter todos na ordem.
Acabemos-lhes com os privilégios.Temos que ser nós a repor isto no seu devido lugar.


É ESSA A NOSSA FORÇA!

No fim, tudo está na nossa mão.
Temos é que atuar com o(s) meio(s) que temos para nos defendermos.
Portugal precisa acordar e começar a pensar seriamente nas próximas eleições, já que os idosos continuam a ser os votantes em maior número no país.
Afinal, será que as redes sociais e os correios electrónicos só servem para brincarmos às Amizades?

Pensemos nisso!.. e
demonstremos que valem... MUITO MAIS!
Não deixem de repassar...


E PREPAREM-SE PARA VOTAR... EM ....VOTO NULO!

LEMBREM-SE:
NÓS,OS DA PESTE GRISALHA, SOMOS MAIS DE 3 MILHÕES!
 
SOMOS MUITOS, ELES ‘TEMEM-NOS’!...

sexta-feira, 21 de fevereiro de 2014

O SORTEIO DAS FATURAS

PENSO QUE ISTO DE SORTEAR CARROS, PROVAVELMENTE IMPORTADOS E DE ALTO VALOR É PIOR EMENDA QUE O SONETO.
OS CARROS DE GAMA ALTA OU ACIMA DA MEDIANIA SÃO DE DIFÍCIL SUSTENTABILIDADE PARA AS FAMÍLIAS, PORQUE HOJE TODAS TÊM OS RENDIMENTOS DIMINUIDOS E COM ESTA DEMAGOGIA ATÉ SÃO CAPAZES DE IR CRIAR GRAVES PROBLEMAS FAMILIARES.
PARA MIM ESTA DECISÃO REVELA O GRAU DE CONHECIMENTO DO PAÍS POR PARTE DO GOVERNO.
PENSO QUE A MELHOR SOLUÇÃO SERIA O ESTADO REDUZIR IMPOSTOS.
CARROS, SÓ MONTADOS CÁ E DE VALOR REDUZIDO.
O MESMO SE DEVE APLICAR AOS CARROS DO ESTADO.
SENHORES GOVERNANTES DEIXEM DE ANDAR NA LUA E AO SERVIÇO DO CAPITAL ESTRANGEIRO. DÊEM O EXEMPLO GASTANDO DINHEIRO DE FORMA A DAR MÃO DE OBRA AOS PORTUGUESES.

QUEM SÃO OS FASCISTAS?

em 1960
Acabemos de vez com este desbragamento, este verdadeiro insulto à dignidade de quem trabalha para conseguir atingir a meta de pagar as contas no fim do mês.
Corria o ano de 1960 quando foi publicada no "Diário do Governo" de 6 de Junho a Lei 2105, com a assinatura de Américo Tomaz, Presidente da República, e de A. Oliveira Salazar, Presidente do Conselho de Ministros.
Conforme nos descreve Pedro Jorge de Castro no seu livro "Salazar e os milionários", publicado pela Quetzal em 2009, essa lei destinou-se a disciplinar e moralizar as remunerações recebidas pelos gestores do Estado, fosse em que tipo de estabelecimentos fosse. Eram abrangidos os organismos estatais, as empresas concessionárias de serviços públicos onde o Estado tivesse participação accionista, ou ainda aquelas que usufruíssem de financiamentos públicos ou "que explorassem actividades em regime de exclusivo". Não escapava nada onde houvesse investimento do dinheiro dos contribuintes.
E que dizia, em resumo, a Lei 2105?
Dizia simplesmente que quem quer que ocupasse esses lugares de responsabilidade pública não podia ganhar mais do que um Ministro.
Claro que muitos empresários logo procuraram espiolhar as falhas e os buraquinhos por onde a Lei 2105 pudesse ser torneada, o que terão de certo modo conseguido pois a redacção do diploma permitia aos administradores, segundo transcreve o autor do livro, "receber ainda importâncias até ao limite estabelecido, se aos empregados e trabalhadores da empresa for atribuída participação nos lucros".
A publicação desta lei altamente moralizadora, que ocorreu no período do Estado Novo de Salazar, fará muito brevemente 50 anos.
Em 13 de Setembro de 1974, catorze anos depois da lei "fascista", e seguindo sempre as explicações do livro de Pedro Castro, o Governo de Vasco Gonçalves, militar recém-saído do 25 de Abril, pegou na ambiguidade da Lei 2105/60 e, pelo Decreto Lei 446/74, limitou os vencimentos dos gestores públicos e semi-públicos ao salário máximo de 1,5 vezes o vencimento de um Secretário de Estado. Vendo bem, Vasco Gonçalves, Silva Lopes e Rui Vilar, quando assinaram o Dec.-lei 446/74, pura e simplesmente reduziram os vencimentos dos gestores do Estado do dobro do vencimento de um Ministro para uma vez e meia o vencimento de um Secretário de Estado. O Decreto- Lei 446/74 justificava a alteração nos referidos vencimentos pelo facto da redacção pouco precisa da Lei 2105/60 permitir "interpretações abusivas", o que possibilitava "elevados vencimentos e não menos excessivas pensões de reforma".
Ao lermos hoje esta legislação, parece que se mudámos, não de país mas de planeta, pois tudo isto se passou no tempo do "fascismo" (Lei 2105/60) e do "comunismo" (Dec.-Lei 446/74). Agora, está tudo muito melhor, sobretudo para esses ?reis da fartazana? que são os gestores estatais dos nossos dias: é que, mudando-se os tempos mudaram-se as vontades e, onde o sector do Estado pesava 17% do PIB, no auge da guerra colonial, com todas as suas brutais despesas, pesa agora 50%. E, como todos sabemos, é preciso gente muito competente e soberanamente bem paga para gerir os nossos dinheirinhos.
Tão bem paga é essa gente que o homem que preside aos destinos da TAP, Fernando Pinto, que é o campeão dos salários de empresas públicas em Portugal (se fosse no Brasil, de onde veio, o problema não era nosso) ganha a monstruosidade de 420.000 euros por mês, um "pouco" mais que Henrique Granadeiro, o presidente da PT, o qual aufere a módica quantia de 365.000 mensais.
Aliás, estes dois são apenas o topo de uma imensa corte de gente que come e dorme à sombra do orçamento e do sacrifício dos contribuintes, como se pode ver pela lista divulgada recentemente por um jornal semanário (Sol), onde vêm nomes sonantes da nossa praça, dignos representantes do despautério e da pouca vergonha a que chegou a vida pública portuguesa.
Assim - e seguindo sempre a linha do que foi publicado - conhecem-se 14 gestores públicos que ganham mais de 100.000 euros por mês, dos quais 10 vencem mais de 200.000. O ex-governador do Banco de Portugal, Vítor Constâncio, o mesmo que estima à centésima o valor do défice português, embora nunca tenha acertado no seu valor real, ganhava 250.000 euros/mês, antes de ir para o exílio dourado de Vice-Presidente do Banco Central Europeu.
Entretanto, para poupar uns 400 milhões nas deficitárias contas do Estado, o governo não hesita em cortar benefícios fiscais a pessoas que ganham por mês um centésimo, ou mesmo 200 e 300 vezes menos que os homens (porque, curiosamente, são todos homens..) da lista dourada que o "Sol" deu à luz há pouco tempo.
Acabemos de vez com este desbragamento, este verdadeiro insulto à dignidade de quem trabalha para conseguir atingir a meta de pagar as contas no fim do mês.
Não é preciso muito, nem sequer é preciso ir tão longe como o DL 446/74 de Vasco Gonçalves, Silva Lopes e Rui Vilar:
Basta ressuscitar a velhinha, mas pelos vistos revolucionária Lei 2105/60, assinada há 50 anos por Oliveira Salazar.

 
AFINAL, QUEM SÃO OS FASCISTAS?    
                                                       
                                              
 

quinta-feira, 20 de fevereiro de 2014

DIMINUIR SALÁRIOS...

Na minha perspetival a diminuição de salários deve ocorrer, sem dúvida, mas aos funcionários da União Europeia. Não se justifica salários tão altos, mordomias e deslocações mensais para Strasburg.
Em quanto ficam estas deslocações? Nós pagantes temos o direito de saber.
Achamos um escândalo os salários desta gente, numa Europa em crise.
Já é tempo de acabarem os escravos.

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

INQUÉRITO DA ONU

A ONU resolveu fazer uma grande pesquisa mundial.
A pergunta era:
"Por favor, diga honestamente, qual a sua opinião sobre a escassez de alimentos no resto do mundo."

O resultado foi desastroso. Foi um total fracasso.

Os europeus do norte não entenderam o que é "escassez";
Os africanos não sabiam o que era "alimentos";
Os espanhóis não sabiam o significado de "por favor";
Os norte-americanos perguntaram o significado de "o resto do mundo";
Os cubanos estranharam e pediram maiores explicações sobre "opinião";
O parlamento português ainda está a debater o que significa "diga honestamente".

SABEDORIA VERSUS ERUDIÇÃO

SABEDORIA.......

Um homem, que tinha 17 camelos e 3 filhos, morreu.

Quando o testamento foi aberto, dizia que metade dos camelos ficaria para o filho mais velho, um terço para o segundo e um nono para o terceiro.

O que fazer?

Eram dezessete camelos; como dar metade ao mais velho? Um dos animais
deveria ser cortado ao meio?

Tal não iria resolver, porque um terço deveria ser dado ao segundo filho. E a nona parte ao terceiro.

É claro que os filhos correram em busca do homem mais erudito da cidade, o estudioso, o matemático.

Ele raciocinou muito e não conseguiu encontrar a solução, já que a mesma é matemática.

Então alguém sugeriu: "É melhor procurarem alguém que saiba de camelos, não de matemática".

Procuraram assim o Sheik, homem bastante idoso e inculto, mas com muito saber de experiência feito.

Contaram-lhe o problema.

O velho riu e disse: "É muito simples, não se preocupem".

Emprestou um dos seus camelos - eram agora 18 - e depois fez a divisão. Nove foram dados ao primeiro filho, que ficou satisfeito. Ao segundo coube a terça parte - seis camelos - e ao terceiro filho foram dados dois camelos - a nona parte. Sobrou um camelo: o que foi emprestado.

O velho pegou seu camelo de volta e disse: "Agora podem ir".

Esta história foi contada no livro "Palavras de fogo", de Rajneesh e serve para ilustrar a diferença entre a sabedoria e a erudição. Ele conclui dizendo: "A sabedoria é prática, o que não acontece com a erudição. A cultura é abstrata, a sabedoria é terrena; a erudição são palavras e a sabedoria é experiência."


17+1= 18
1º filho- 18/2= 9
2º '' - 18/3= 6
3º '' - 18/9= 2
9+6+2= 17 camelos (está cumprido o testamento)
18-17=1
sobrou 1 camelo que foi entregue ao seu proprietário.
Nota:
Isto também funciona com burros..., já que
em Portugal não temos camelos.

 
 



 

domingo, 16 de fevereiro de 2014

NÃO QUERO MORRER

 
 NÃO, NÃO ESTOU VELHO!!!!!! NÃO SOU É SUFICIENTEMENTE NOVO  PARA  JÁ SABER TUDO!
 
 
Passaram 40 anos de um sonho chamado Abril.
E lembro-me do texto de Jorge de Sena…. Não quero morrer sem ver a cor da liberdade.
Passaram quatro décadas e de súbito os portugueses ficam a saber, em espanto, que são responsáveis de uma crise e que a têm que pagar…. civilizadamente,  ordenadamente, no respeito  das regras da democracia, com manifestações próprias das democracias e greves a que têm direito, mas demonstrando sempre o seu elevado espírito cívico, no sofrer e ….calar.
Sou dos que acreditam na invenção desta crise.
Um “directório” algures  decidiu que as classes médias estavam a viver acima da média. E de repente verificou-se que todos os países estão a dever dinheiro uns aos outros…. a dívida soberana entrou no nosso vocabulário e invadiu o dia a dia.
Serviu para despedir, cortar salários, regalias/direitos do chamado Estado Social e o valor do trabalho foi diminuído, embora um nosso ministro tenha dito decerto por lapso, que “o trabalho liberta”, frase escrita no portão de entrada de Auschwitz.
Parece que  alguém anda à procura de uma solução que se espera não seja final.
Os homens nascem com direito à felicidade e não apenas à estrita e restrita sobrevivência.
Foi perante o espanto dos portugueses que os velhos ficaram com muito menos do seu contrato com o Estado  que se comprometia devolver o investimento de uma vida de trabalho.Mas, daqui a 20 anos isto resolve-se.
Agora, os velhos atónitos, repartem o dinheiro  entre os medicamentos e a comida.
E ainda tem que dar para ajudar os filhos e netos num exercício de gestão impossível.
A Igreja e tantas instituições de solidariedade fazem diariamente o miagre da multiplicação dos pães.
 
Morrem mais velhos em solidão, dão por eles pelo cheiro, os passes sociais impedem-nos de  sair de casa,  suicidam-se mais pessoas, mata-se mais dentro de casa, maridos, mulheres e filhos mancham-se  de sangue , 5% dos sem abrigo têm cursos cursos superiores, consta que há cursos superiores  de geração espontânea, mas 81.000  licenciados estão desempregados.
Milhares de alunos saem das universidades porque não têm como pagar as propinas, enquanto que muitos desistem de estudar para procurar trabalho.
Há 200.000 novos emigrantes, e o filme “Gaiola Dourada”  faz um milhão de espectadores.
Há terras do interior, sem centro de saúde, sem correios e sem finanças, e os festivais de verão estão cheios com bilhetes de centenas de euros.
Há carros topo de gama para sortear e auto-estradas desertas. Na televisão a gente vê gente a fazer sexo explícito e explicitamente a revelar histórias de vida que exaltam a boçalidade.
Há 50.000 trabalhadores rurais que abandonaram os campos, mas  há as grandes vitórias da venda de dívida pública a taxas muito mais altas do que outros países intervencionados.
Há romances de ajustes de contas entre políticos e ex-políticos, mas tudo vai acabar em bem...estar para ambas as partes.
Aumentam as mortes por problemas respiratórios consequência de carências alimentares e higiénicas, há enfermeiros a partir entre lágrimas para Inglaterra e Alemanha para ganharem muito mais do que 3 euros à hora, há o romance do senhor Hollande e o enredo do senhor Obama que tudo tem feito para que o SNS americano seja mesmo para todos os americanos. Também ele tem um sonho…
Há a privatização de empresas portuguesas altamente lucrativas e outras que virão a ser lucrativas. Se são e podem vir a ser, porque é que se vendem?
E há a saída à irlandesa quando eu preferia uma…à francesa.
Há muita gente a opinar, alguns escondidos com o rabo de fora.
E aprendemos neologismos como “inconseguimento” e “irrevogável” que quer dizer exactamente o contrário do que está escrito no dicionário.
Mas há os penalties escalpelizados na TV em câmara lenta, muito lenta e muito discutidos, e muita conversa, muita conversa e nós, distraídos.
E agora, já quase todos sabemos que existiu um pintor chamado Miró, nem que seja por via bancária. Surrealista…
Mas há os meninos que têm que ir à escola nas férias para ter pequeno- almoço e almoço.
E as mães que vão ao banco…. alimentar contra a fome , envergonhadamente , matar a fome dos seus meninos.
É por estes meninos com a esperança de dias melhores prometidos para daqui a 20 anos, pelos velhos sem mais 20 anos de esperança de vida e pelos quarentões com a desconfiança de que não mudarão de vida, que eu não quero morrer sem ver a cor de uma nova liberdade.
 
Júlio Isidro
 

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

A SER VERDADE NÃO HÁ VERGONHA

Subsídios de Férias e de Natal dos deputados para 2014 aumentam 91,8%!  
ESCANDALOSO.....GATUNAGEM...
 
A notícia é mesmo verdadeira e vem no Diário da República.
O orçamento para o funcionamento da Assembleia da República foi já aprovado em 25 de Outubro passado, fomos ver e notámos logo, contudo já sem surpresa, que as despesas e os vencimentos previstos com os deputados e demais pessoal aumentam para 2014.
Mais uma vez, como é já conhecido e sabido, a Assembleia da República dá o mau exemplo do despesismo público e, pelos vistos, não tem emenda.
Em relação ao ano em curso de 2013, o Orçamento para o funcionamento da Assembleia da República para 2014 prevê um aumento global de 4,99% nos vencimentos dos deputados, passando estes de 9.803.084 € para 10.293.000,00 €.
Mais estranho ainda é a verba relativa aos subsídios de férias de natal que, relativamente ao orçamento para o ano de 2013, beneficia de um aumento de 91,8%, passando, portanto, de 1.017.270,00 € no orçamento relativo a 2013 para 1.951.376,00 € no orçamento para 2014 (são 934.106,00 € a mais em relação ao ano anterior!).
Este brutal aumento não tem mesmo qualquer explicação racional, ainda assim fomos consultar a respetiva legislação para ver a sua fórmula de cálculo e não vimos nenhuma alteração legal desde o ano de 2004, pelo que não conseguimos mesmo saber as causa e explicação para tanto..
Basta ir ao respetivo documento do orçamento da Assembleia da República para 2014 e, no capítulo das despesas, tomar atenção à rubrica 01.01.14, está lá para se ver.
Já as despesas totais com remunerações certas e permanentes com a totalidade do pessoal, ou seja, os deputados, assistentes, secretárias e demais assessores, ao serviço da Assembleia da República aumentam 5,4%, somando o total € 44.484,054.
Os partidos políticos também vão receber em 2014 a título de subvenção política e para campanhas eleitorais o montante de € 18.261.459.
Os grupos parlamentares ainda recebem uma subvenção própria de 880.081,00 €, sendo a subvenção só para despesas de telefone e telemóveis a quantia de 200.945,00 €.
É ver e espantar!
 
Caso tenham dúvidas é só consultarem o D.R., 1.ª Série, n.º 226, de 21/11/2013, relativo ao orçamento de 2014, e o D.R., 1.ª Série, n.º 222, de 16/11/2012, relativamente ao orçamento de 2013.
 
    E não se faz nada? As pessoas de bem, a Igreja e as várias instituições não se levantam a denunciar esta malandragem que, depois nos vem pedir o voto?
Só por inocência ou estupidez se pode votar nesta gentalha que nos chula e nos goza...
 
 

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

ESTE PAÍS NÃO É PARA IDOSOS, ETC.

SÓ UM ÓDIO VISCERAL E PROFUNDO AOS PORTUGUESES PODE JUSTIFICAR QUE PASSOS COELHO NOS QUEIRA ELIMINAR DE VEZ.
TODAS AS MEDIDAS POR ELE TOMADAS VISAM O ÊXODO OU A ANIQUILAÇÃO SOCIAL , CULTURAL E ECONÓMICA DA POPULAÇÃO.
ACABAM-SE AS BOLSAS AOS CIENTISTAS E PONTAPEIA-SE DAQUI PARA FORA PESSOAS ALTAMENTE QUALIFICADAS.
ENTRETANTO CRIAM-SE «VISTOS-TALENTO PARA A INVESTIGAÇÃO, ARTISTAS E EMPREENDEDORES, IMIGRANTES DE PRIMEIRA» E VISTOS GOLD PARA MULTIMILIONÁRIOS ESTRANGEIROS.
PARAFRASEANDO O TÍTULO DO FILME " ESTE PAÍS NÃO É PARA "IDOSOS DIREI QUE ESTE PAÍS NÃO É PARA VELHOS, NÃO É PARA NOVOS, NÃO É PARA CIENTISTAS, NÃO É PARA ARTISTAS, NÃO É PARA PESSOAS HONESTAS E TRABALHADORAS.
ESTE PAÍS É PARA UMA CORJA DE CHICOS ESPERTOS ASSOCIADOS A NEGOCIATAS ECONÓMICAS QUE VISAM O ENRIQUECIMENTO DE UMA MINORIA  À CUSTA DO CRESCENTE EMPOBRECIMENTO NACIONAL.
Eduarda Pinheiro in Visão n.º 1093



quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

A Coadoção

- Serão justas as leis da coadopção?...      Um assunto a meditar.


 

A COADOPÇÃO DA TERESINHA !

 
 
 
 
1 – A Teresinha tinha 6 anos quando a mãe, vítima de cancro da mama, faleceu. Desde o ano de idade que vivia com a mãe, perto dos avós e dos tios maternos. Foram estes a passar mais tempo com ela, durante a doença da mãe. Acima de tudo os primos... de quem tanto gostava, e com quem brincava longas horas…

2 – Durante estes 5 anos teve sempre um relacionamento saudável com o pai. O facto de o pai viver com um companheiro, o Jorge, nunca foi motivo de comentário. Contudo, desde os tempos do divórcio, o pai e os avós maternos ficaram de relações cortadas.
Após o óbito da mãe, a Teresinha foi viver com o pai, e com o Jorge.

3 – Os avós maternos receberam então uma notificação para comparecer em Tribunal onde lhes foi comunicado que a sua "neta" tinha sido coadoptada pelo companheiro do pai, pelo que deixava de ser sua neta. Foi-lhes explicado que por efeito da coadopção os vínculos de filiação biológica cessam.
É o regime legal aplicável (art. 1.986.º do C.C. – "Pela adopção plena, extinguem-se as relações familiares entre o adoptado e os seus ascendentes e colaterais naturais").
Nada podiam fazer. Choraram amargamente a perca desta neta (depois da filha) que definitivamente deixariam de ver e acompanhar.

A Teresinha que tinha perdido a mãe, perdia também os avós, os tios e os primos de quem tanto gostava. Nunca mais pôde brincar com aqueles primos ou fazer viagens com o tio Zé e a tia Sandra que eram tão divertidos. A Teresinha tinha muitas saudades daquelas pessoas que nunca mais vira.
Não percebia porque desapareceu do seu nome o apelido "Passos" (art. 1.988.º n.º1 – "O adoptado perde os seus apelidos de origem").

4 – Um dia perguntou ao pai porque mudara de nome. Foi-lhe dito que agora tinha outra família. Não percebeu e, calou… Na escola, via que os outros meninos tinham uma mãe e um pai, mas ela não.
 
5 – Quando chegou aos 16 anos de idade foi ao ginecologista, sozinha. Ficou muito embaraçada com as perguntas que lhe foram feitas sobre os seus antecedentes hereditários maternos. Nada sabia. Percebeu que o médico não a podia ajudar na prevenção de varias doenças... Estava confusa. Nada sabia da mãe. Teria morrido? Teria abandonado a filha?

6 – Até que um dia descobriu em casa, na gaveta de uma cómoda, um conjunto de papéis em cuja primeira pagina tinha escrito SENTENÇA. E leu... que "o superior interesse da criança impunha a adopção da menor pelo companheiro do pai, cessando de imediato os vínculos familiares biológicos maternos, nos termos do disposto no art. 1.986.º do C.C., tal como o apelido materno (Passos) (art. 1.988.º n.º1 do C.C.) que era agora substituído por... Tudo por remissão dos arts. X.º a Y.º da Lei Z/2013.
 
7 – O que mais a impressionara naquele escrito foi o facto de que quem a escrevia parecia estar contrariado com a decisão que estava a tomar. E, a dado passo escrevia "Na verdade, quando da discussão da lei Z/2013 na Assembleia da Republica o Conselho Superior da Magistratura e a Ordem dos Advogados emitiram parecer desfavorável à solução legislativa que agora se aplica. Porém, "Dura lex sede lex". A Teresinha não percebeu...

8 – Durante anos procurou a Família materna, em vão... Mas rapidamente consultou os Diários da Assembleia da Republica onde constavam os nomes dos deputados que tinham aprovado aquela lei que lhe tinha roubado os mimos da avó Rosa, as brincadeiras do avô Joaquim... e os primos.
A Teresinha queria voltar ao tempo destes, que são sangue do seu sangue, mas não pode porque esses anos foram-lhe usurpados. Vive numa busca incessante pela sua identidade. Se as outras raparigas da sua idade sabem das doenças que a mãe e o pai tiveram, porque é que ela não pode saber? Porque lhe negam esse direito?
 
9 – Leu então num livro que "a adopção é uma generosa forma de ajudar crianças a quem faltam os pais e a família natural para lhes dar um projecto de vida. A adopção é sempre subsidiária".
E perguntou – Onde está a minha família que nunca me faltou mas, de mim foi afastada por estatuição legal e decisão judicial?
A Teresa está muito triste.

10 – O pai e o Jorge entretanto divorciaram-se… e a Teresa é obrigada a ir passar os fins-de-semana a casa do Jorge… porque a Regulação das Responsabilidades Parentais assim o ditou.

11 – Teresinha, nós estamos aqui!
 
 
 
 

terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

VALE A PENA LER E MEDITAR...

 Olhem que vale a pena ler…
 
Discurso do embaixador Guatemalteco: a verdadeira e a falsa dívida externa
  

" Um discurso feito pelo embaixador Guaicaípuro Cuatemoc, de ascendência indígena, sobre o pagamento da dívida externa do seu país, o México, embasbacou os principais chefes de Estado da Comunidade Europeia.
A Conferência dos Chefes de Estado da União Europeia, Mercosul e Caribe, em Madrid, viveu um momento revelador e surpreendente: os Chefes de Estado europeus ouviram perplexos e calados um discurso irónico, cáustico e historicamente exacto.


Eis o discurso :
"Aqui estou eu, descendente dos que povoaram a América há 40 mil anos, para encontrar os que a "descobriram" há 500... O irmão europeu da alfândega pediu-me um papel escrito, um visto, para poder descobrir os que me descobriram. O irmão financeiro europeu pede ao meu país o pagamento, com juros, de uma dívida contraída por Judas, a quem nunca autorizei que me vendesse. Outro irmão europeu explica-me que toda a dívida se paga com juros, mesmo que para isso sejam vendidos seres humanos e países inteiros, sem lhes pedir consentimento. Eu também posso reclamar pagamento e juros.
 
Consta no "Arquivo da Companhia das Índias Ocidentais" que, somente entre os anos de 1503 a 1660, chegaram a São Lucas de Barrameda 185 mil quilos de ouro e 16 milhões de quilos de prata provenientes da América.

Teria aquilo sido um saque? Não acredito, porque seria pensar que os irmãos cristãos faltaram ao sétimo mandamento!

Teria sido espoliação? Guarda-me Tanatzin de me convencer que os europeus, como Caim, matam e negam o sangue do irmão.

Teria sido genocídio? Isso seria dar crédito aos caluniadores, Bartolomeu de Las Casas ou Arturo Uslar Pietri, que afirmam que a arrancada do capitalismo e a actual civilização europeia se devem à inundação dos metais preciosos tirados das Américas.

 Não, esses 185 mil quilos de ouro e 16 milhões de quilos de prata foram o primeiro de tantos empréstimos amigáveis da América destinados ao desenvolvimento da Europa. O contrário disso seria presumir a existência de crimes de guerra, o que daria direito a exigir não apenas a devolução, mas uma indemnização por perdas e danos.
 

Prefiro pensar na hipótese menos ofensiva
 

Tão fabulosa exportação de capitais não foi mais do que o início de um plano "MARSHALL MONTEZUMA", para garantir a reconstrução da Europa arruinada por suas deploráveis guerras contra os muçulmanos, criadores da álgebra e de outras conquistas da civilização.
Para celebrar o quinto centenário desse empréstimo, podemos perguntar: Os irmãos europeus fizeram uso racional responsável ou pelo menos produtivo desses fundos?

Não. No aspecto estratégico, delapidaram-nos nas batalhas de Lepanto, em navios invencíveis, em terceiros reichs e várias outras formas de extermínio mútuo.
No aspecto financeiro, foram incapazes - depois de uma moratória de 500 anos - tanto de amortizar capital e juros, como de se tornarem independentes das rendas líquidas, das matérias-primas e da energia barata que lhes exporta e provê todo o Terceiro Mundo.

Este quadro corrobora a afirmação de Milton Friedman, segundo a qual uma economia subsidiada jamais pode funcionar, o que nos obriga a reclamar-lhes, para seu próprio bem, o pagamento do capital e dos juros que, tão generosamente, temos demorado todos estes séculos para cobrar. Ao dizer isto, esclarecemos que não nos rebaixaremos a cobrar de nossos irmãos europeus, as mesmas vis e sanguinárias taxas de 20% e até 30% de juros ao ano que os irmãos europeus cobram dos povos do Terceiro Mundo.

Limitar-nos-emos a exigir a devolução dos metais preciosos, acrescida de um módico juro de 10%, acumulado apenas durante os últimos 300 anos, concedendo-lhes 200 anos de bónus. Feitas as contas a partir desta base e aplicando a fórmula europeia de juros compostos, concluimos, e disso informamos os nossos descobridores, que nos devem não os 185 mil quilos de ouro e 16 milhões de quilos de prata, mas aqueles valores elevados à potência de 300, número para cuja expressão total será necessário expandir o planeta Terra.

Muito peso em ouro e prata... quanto pesariam se calculados em sangue?
Admitir que a Europa, em meio milénio, não conseguiu gerar riquezas suficientes para estes módicos juros, seria admitir o seu absoluto fracasso financeiro e a demência e irracionalidade dos conceitos capitalistas.

Tais questões metafísicas, desde já, não nos inquietam a nós, índios da América. Porém, exigimos a assinatura de uma carta de intenções que enquadre os povos devedores do Velho Continente na obrigação do pagamento da dívida, sob pena de privatização ou conversão da Europa, de forma tal, que seja possível um processo de entrega de terras, como primeira prestação de dívida histórica..." 
 

 
 

segunda-feira, 10 de fevereiro de 2014

UM AGRADÁVEL ESPECTACULO MÚSICAL

OS FILHOS DO 25 DE ABRIL

UMA OPINIÃO



Não confio na minha geração nem para se governar a si própria. E temo pela que se segue.
Filhos do 25 de Abril

26/04/2013 | 00:02 | Dinheiro Vivo


A geração que fez o 25 de Abril era filha do outro regime. Era filha da

ditadura, da falta de liberdade, da pobre e permanente austeridade e da 4.ª

classe antiga.

Tinha crescido na contenção, na disciplina, na poupança e a saber (os que à

escola tinham acesso) Português e Matemática.

A minha geração era adolescente no 25 de Abril, o que sendo bom para a

adolescência foi mau para a geração.

Enquanto os mais velhos conheceram dois mundos – os que hoje são avós e

saem à rua para comemorar ou ficam em casa a maldizer o dia em que lhes

aconteceu uma revolução – nós nascemos logo num mundo de farra e de festa,

num mundo de sexo, drogas e rock & roll, num mundo de aulas sem faltas e

de hooliganismo juvenil em tudo semelhante ao das claques futebolísticas mas

sob cores ideológicas e partidárias. O hedonismo foi-nos decretado como

filosofia ainda não tínhamos nem barba nem mamas.

A grande descoberta da minha geração foi a opinião: a opinião como princípio
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e fim de tudo. Não a informação, o saber, os factos, os números. Não o fazer,

o construir, o trabalhar, o ajudar. A opinião foi o deus da minha geração. Veio

com a liberdade, e ainda bem, mas foi entregue por decreto a adolescentes e

logo misturada com laxismo, falta de disciplina, irresponsabilidade e

passagens administrativas.

Eu acho que minha geração é a geração do “eu acho”. É a que tem controlado

o poder desde Durão Barroso. É a geração deste primeiro-ministro, deste

ministro das Finanças e do anterior primeiro-ministro. E dos principais
directores dos media. E do Bloco de Esquerda e do CDS. E dos empresários do


parecer – que não do fazer.

É uma geração que apenas teve sonhos de desfrute ao contrário da outra que

sonhou com a liberdade, o desenvolvimento e a cidadania. É uma geração sem

biblioteca, nem sala de aula mas com muita RGA e café. É uma geração de

amigos e conhecidos e compinchas e companheiros de copos e de praia. É a

geração da adolescência sem fim. Eu sei do que falo porque faço parte desta

geração.

Uma geração feita para as artes, para a escrita, para a conversa, para a

música e para a viagem. É uma geração de diletantes, de amadores e

amantes. Foi feita para ser nova para sempre e por isso esgotou-se quando a

juventude acabou. Deu bons músicos, bons actores, bons desportistas, bons

artistas. E drogaditos. Mas não deu nenhum bom político, nem nenhum grande

empresário. Talvez porque o hedonismo e a diletância, coisas boas para a

escrita e para as artes, não sejam os melhores valores para actividades que

necessitam disciplina, trabalho, cultura e honestidade; valores, de algum

modo, pouco pertinentes durante aqueles anos de festa.

Eu não confio na minha geração nem para se governar a ela própria quanto

mais para governar o país. O pior é que temo pela que se segue. Uma geração

que tem mais gente formada, mais gente educada mas que tem como

exemplos paternos Durão Barroso, Santana Lopes, José Sócrates, Passos

Coelho, António J. Seguro, João Semedo e companhia. A geração que aí vem

teve-nos como professores. Vai ser preciso um milagre. Ou então teremos que

ressuscitar os velhos. Um milagre, lá está.
Pedro Bidarra



Publicitário, psicossociólogo e autor

Escreve à sexta-feira

Escreve de acordo com a antiga ortografia



domingo, 9 de fevereiro de 2014

NINGUÉM SE VÊ A SI PRÓPRIO

Já lhe aconteceu, ao olhar para pessoas da sua idade, pensar: não posso estar assim tão velho(a)?!!!!

Veja o que conta uma amiga:
- Estava sentada na sala de espera para a minha primeira consulta com um novo dentista, quando observei que o seu diploma estava exposto na parede.
Estava escrito o seu nome e, de repente, recordei-me de um moreno alto, que tinha esse mesmo nome.
Era da minha turma do Liceu, uns 30 anos atrás, e eu perguntei-me: poderia ser o mesmo rapaz por quem eu tinha me apaixonado na época?
Quando entrei na sala de atendimento, imediatamente afastei esse pensamento do meu espírito. Este homem grisalho, quase calvo, gordo, com um rosto marcado, profundamente enrugado... era demasiadamente velho para ter sido a minha paixão secreta.
Depois de ele ter examinado o meu dente, perguntei-lhe se ele tinha estudado no Colégio Sacré Coeur.
- Sim, respondeu-me.
- Quando se formou?, perguntei.
- 1965. Por que pergunta?, respondeu.
- É que... bem... o senhor era da minha turma!, exclamei eu.
E então, este velho horrível, cretino, careca, barrigudo, flácido, lazarento perguntou-me:

- A Sra. era professora de quê?
 


 

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

AS PLEBEIAS SÃO UM PROBLEMA PARA A REALEZA

Acordo pré-nupcial dá a guarda das filhas a Felipe:
 01.2 - 15hPor: Débora Solano
 
 
O colunista decidiu redigir uma crónica publicada no 'El Mundo' em que revela o acordo pré-nupcial dos príncipes das Astúrias e o que acontece caso o casamento real termine. O tema veio dar que falar depois serem publicadas algumas notícias que deram a conhecer que a princesa tem por hábito realizar "escapadelas" em Portugal, para se divertir na noite de Lisboa e do Porto, sempre disfarçada com perucas e sem aliança de casamento.
Como será de esperar, em caso de divórcio Letizia perde o título de princesa das Astúrias e o tratamento de Alteza Real mas não só. A princesa das Astúrias perde também o direito à guarda das filhas.
"Um dos pontos mais controversos dos acordos pré-nupcial foi a guarda dos filhos em caso de divórcio. Letizia teve de aceitar que , em caso de separação , a guarda dos filhos será concedida a Don Felipe . Se o casamento acabar, Leonor, de 8 anos e Sofia, de 6 anos,  terão de continuar a residir no Palácio de Zarzuela, sendo que a educação das meninas seria uma preocupação exclusiva da Coroa", revelou Cote Villar.
Quanto às habitações, muitas vezes um dos aspetos mais polémicos dos divórcios, "Letizia seria recompensada com duas moradias adequadas à sua posição".
Há anos que a família real espanhola acreditava ter solucionado os problemas de carácter da princesa. No entanto, os planos não correram da melhor maneira e Letizia continua a não querer estar sujeita às obrigações enquanto membro da realeza e tem recusado os atos oficiais no fim de semana.
Os cidadãos espanhóis têm mencionado várias vezes que a Letizia mudou de forma radical desde que casou com Felipe, tendo perdido o ar leve, jovem e simpático, para se tornar numa mulher tensa, fria e artificial.
 
 
A Rainha Dona Sofia tinha razão quando levantou sérias reservas a este casamento, face à folha de serviço da Letízia, pouco condigna com a os requisitos mínimos da Casa Real...mas o Felipe andava obstinado...agora???...noitadas em Lisboa e Porto sob disfarce...o fim da macacada!!!...
O que o berço não dá dificilmente se adquire na Escola da vida...
 
 
 

A CORRUPÇÂO EM PORTUGAL

  https://www.youtube.com/watch?v=qimy8CcWpyQ<https://www.youtube.com/watch?v=qimy8CcWpyQ>
  

FAZENDO GRAFITIS EM TEERÃO

domingo, 2 de fevereiro de 2014

JOGOS DA LUSOFONIA




Um português a levar Goa ao ouro através do futebol

Francisco Neto relata o orgulho local após triunfo frente a Moçambique

Por Vítor Hugo Alvarenga       ontem às 00:16

Um português a levar Goa ao ouro através do futebol
O português Francisco Neto comandou a seleção de futebol de Goa (Índia) nos Jogos da Lusofonia e garantiu a medalha de ouro para um dos poucos - o único? - estados indianos que continua a preferir o desporto-rei. Na final, um triunfo por 3-2 frente a Moçambique permitiu a festa dos locais.

A Maisfutebol Total encontrou o treinador português no Aeroporto de Dabolim, à espera de um voo para Mumbai. Faltavam 40 minutos para o embarque. Tempo suficiente para a entrevista, a conversa através do IPad de Francisco Neto.

O jovem treinador (32 anos) de Mortágua não esconde o tremendo orgulho pelo feito histórico, enquanto prepara o seu regresso ao cargo de coordenador do Gabinete Técnico da Associação de Futebol de Viseu.

«Depois do que aconteceu, já não queriam que eu regressasse», começa por dizer Francisco Neto, entre sorrisos. «Há alguma especulação em redor de um possível regresso mas nada de concreto. Vou voltar à AF Viseu, onde me sinto muito bem, e só um projeto bem estruturado me faria sair de lá».

Goa surgiu no horizonte em meados de 2013, por intermédio de um professor da Faculdade de Desporto da Universidade do Porto. Francisco Neto aceitou o desafio: preparar os goenses para o torneio de futebol dos Jogos da Lusofonia, inicialmente agendados para novembro.

«No início foi difícil. Cheguei em agosto, na altura das monções, estava sozinho e as condições iniciais não foram as melhores. No primeiro treino tinha apenas 6 bolas disponíveis, não tinha apoios médicos e alguns jogadores não foram libertados pelos seus clubes. Por outro lado, já pairava a incerteza sobre a realização dos jogos em novembro devido ao atraso nas obras de alguma infraestruturas. Para além do choque cultural enorme, claro», recorda.

Após um longo processo, entre avanços e recuos, os Jogos da Lusofonia foram realizados neste mês de janeiro. Francisco Neto teve mais tempo para preparar a equipa. «Quando regressei a Goa, em dezembro, já sabia o que ia encontrar e tinha noção dos pontos fortes e fracos do futebol local. Fui alterando comportamentos para ir ao encontro do que pretendia.»



O treinador português reuniu um grupo que encheu os goeses de orgulho. «Apesar de sermos a seleção de Goa (Índia), só tínhamos um jogador de outro estado. E mesmo esse joga num clube de Goa. Isso não aconteceu nas outras modalidades, já que houve poucos goeses a participar.»

«Por isso mesmo, durante os quatro jogos do torneio lotámos a capacidade dos estádios. Depois da final, cerca de cinco mil pessoas ficaram na rua a fazer a festa, havendo até confrontos com a polícia», explica.

Francisco Neto colheu os frutos do seu trabalho. «Incidi sobre a intensidade e a capacidade de concentração. Os jogadores são evoluídos tecnicamente, estão adaptados ao clima mas têm falta de experiência competitiva. Aqui os campeonatos iniciam nos sub-14, depois há sub-16 e sub-18. Não há sub-15 ou sub-17. E os campeonatos duram no máximo três meses. Quando chegam aos sub-21, temos menos jogos oficiais que um sub-15 em Portugal», frisa.

O atraso na realização dos Jogos da Lusofonia impediu a participação de seleções como Portugal, Brasil ou Cabo Verde. Moçambique seria a favorita à conquista do troféu, mas Goa sorriu no final.

A seleção orientada por Francisco Neto venceu Moçambique no primeiro jogo da fase de grupos (2-1). A vingança foi servida no segundo jogo, com o adversário a triunfar pela margem mínima (1-0). Após um sorteio para determinar o líder do grupo, Goa enfrentou Macau nas meias-finais e superou o obstáculo: 2-0.

No jogo decisivo, nova vitória frente a Moçambique (3-2) e a festa. «As chaves foram a união, o espírito de entreajuda, a seriedade dos jogadores e a vontade de aprender mais todos os dias. Um exemplo: depois da firnal, os jogadores podiam ir para casa ou ficar a dormir mais uma noite no hotel: decidiram ficar todos juntos!»

O português agradeceu o apoio de amigos e família. «Não só no torneio, mas também nos meses em que estive sozinho em Goa. Ninguém tem a noção do quanto isso foi importante». De qualquer forma, o maior elogio vai para os seus jogadores. «Eles marcaram-me. Há ali histórias de vida incríveis, de jogadores que cresceram em habitações sem casa de banho, que passaram fome, mas que amam o futebol. São uns sobreviventes e deram-me uma lição de vida.»

«Devo salientar que ninguém esperava isto inicialmente. Na última edição dos Jogos da Lusofonia, Goa sofreu 18 golos e marcou apenas dois. Sendo a seleção anfitriã, ninguém queria passar pelo mesmo. O nosso objetivo era diminuir a diferença entre uma seleção estadual (só temos jogadores de Goa) e as seleções nacionais, para além de disfrutar o momento. Felizmente, tudo correu bem», remata.