Acho que esse é o termo, ¨Impossibilidade¨.
Impossibilidade de mudar o acontecido, impossibilidade de ter prevenido, impossibilidade de aceitar.
E assim tem sido na minha vida com relação as perdas. ¨Impossibilidade¨, esse é o termo. Segundo o Dicionário Priberam: impossibilidade
1. Qualidade de impossível.
2. Impedimento absoluto.
3. Falta de meios.
4. Coisa impossível.
Esse impedimento absoluto diante da morte, essa falta de meios, essa coisa impossível, que me torna pequeno. Me aperta o coração de forma doída, dolorida.Assim foi com meus pais, a mesma Impossibilidade.
Depois da impossibilidade, a sensação de aperto por não ter feito tudo, por ter feito tão pouco, por não ter feito nada. (digo por não ter feito nada, por ser tão pouco,diante do tempo e das possibilidades que tive pra fazer).
Notaram que escrevi ¨possibilidade¨? Uma unica vez nesse texto, mas que teria mudado todo esse sentimento. Ou quase todo, ou parte dele.
Poderia talvez ter o coração menos apertado, e se ainda apertado, talvez não tão doído.
Mas diante dessa ¨Impossibilidade¨, me resta com certeza, a possibilidade de construir um novo dia a cada dia novo.
Com mais atenção, com mais possibilidades aos que estão a minha volta. Com mais permissão de amar, de trocar carinhos e atenções.
Minha querida esposa Alessandra, meus amados filhos Thiago e Ana Paula. Minhas irmãs e sobrinhas (os), meus poucos amigos.
São tão poucos que valem Tanto, que há de haver um tempo para somente haver ¨Possibilidades¨.