quinta-feira, 27 de novembro de 2008

Reféns das Drogas - O Usuário ou a Sociedade

É complicado começar um Blogui, com um assunto tão polemico, mas como sei que a Zero Hora não vai publicar, o negócio é começar por aqui. o título por sí só já é polemico.

Reféns das Drogas - O Usuário ou a Sociedade

Esta talvez seja a Grande pergunta da Sociedade Moderna.

Nos deparamos cada dia, cada vez mais com o problema da violência na sociedade moderna.

De um lado, vemos famílias inteiras se perdendo pelo uso e dependência de drogas. E quando pensamos que já tínhamos visto todo o poder destruidor das drogas, nos deparamos com o lixo das drogas, o resto do produto da fabricacao da cocaína. Nos deparamos com Crack.

Os próprios traficantes cariocas proibiram a entrada dessa droga nos morros cariocas, pelo baixo preço e poder destruidor provocado aos consumidores. Uma vida mais curta aos clientes do tráfico.

O poder destruidor dessa droga,está destruindo lares e mentes em todas as periferias das grandes cidades. E esse fato não se da só nas capitais. Nas grandes e medias cidades o fenomeno do Crack é o mesmo.

E essa doença chega ao centro das cidades e se prolifera de forma veloz e destruidora.

O resultado disso, é que agora os drogados matam por um tênis, por um boné ou por um Mp3.

Residências são invadidas e a violência é desmedida, porque o usuário precisa comprar a próxima pedra.

Existem duas categorias de usuários – Os Adictos, pessoas que descobrem a doença quando já estão mergulhados e no fundo do poço, e os Sem Vergonha, que utilizam a droga para se sentirem mais legais que os outros, ou para se destacar nas baladas.

Então talvez esteja chegando a hora de algum político corajoso, se posicionar e criar centros de recuperação e uso de drogas. Esses centros seriam distantes dos grandes centros urbanos (fazendas e sítios, longe das cidades), equipados com a estrutura necessária para abrigar separadamente dois tipos de usuários. Em um lado, aquelas pessoas que querem e precisam de ajuda, e de outro lado os que precisam, mas não querem ajuda. A esses seria oferecida a droga gratuitamente.

Pode parecer apologia as drogas, mas se tivéssemos locais apropriados, com equipes multidisciplinares para receber esses dois tipos de indivíduos teríamos algumas repostas imediatas na sociedade moderna.

- Menos famílias sendo destruídas, física, emocional e financeiramente, pois o usuário estaria afastado de todos e não iria precisar roubar e matar para obter a droga. E os que quisessem ajuda, teriam a disposição, ambiente propicio e equipe multidisciplinar para ajudá-los na recuperação.

- Golpe importante ao Trafico, pois seriam oferecidos aos usuários, nestes centros distantes droga e equipamentos fornecidos pelo estado (com o grande volume de drogas apreendidas pelas policias em todo pais). Assim os traficantes ofereceriam a droga somente a um menor grupo de pessoas. Porque o usuário não precisaria mais roubar pois teria a droga disponível.

Forte ação da policia contra o tráfico e os usuários, com a volta da Criminalização do uso de drogas, com penas sócias rígidas aos usuários que não fossem para os centros de recuperação e penas rígidas aos traficantes.

A dois dias atrás, passei a fazer parte das estatísticas. Ladrões invadiram minha casa, levaram eletrônicos, jóias e até minhas cuecas. Ladrões chinelos que devem ter corrido trocar o produto do roubo por pedras de Crack. Outro dia mataram num bairro próximo ao meu, um jovem de 18 anos para levar um par de tênis e um skate usados. Para que? Para trocar por pedras de Crack.

No mesmo dia, assaltos a Bancos, com extrema violência. Para que? Para financiar o trafico de drogas.

Afinal, quem é o refém nessa historia? É Obvio que somos nós. Uma sociedade assustada, que a cada dia mais se fecha, se cerca, e mesmo assim morre ao sair nas ruas.

Talvez seja o momento de algum político, que seja decidido e forte o suficiente para levantar alguma bandeira, que marque em definitvo uma mudança de posição em relação a essa nova e maldita praga, que esta tomando conta de nossas vidas.

Ou fazemos alguma coisa, ou continuaremos sendo vitimas e reféns do Crack

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