quinta-feira, 22 de maio de 2014

Esses dias cinzas

Incrível como esses dias cinzas mexem comigo.
Meu humor, meu astral.
Fico invariavelmente reflexivo. Me volto pra dentro de mim.
E cada introspecção que faço encoberto longe o cara que eu fui.
Não sei se isso é ruim ou bom. Sei que não sou mais o mesmo.
Não sou mais o cara alegre, o palhaço.
O caea que não se preocupava com a vida.
Acho que me vejo nesses dias cinzas.
Talvez eu esteja ficando cinza!

quinta-feira, 20 de junho de 2013

Não levo Flores!

Dias cinzas do inverno que chega!
Me atropelam junto as manifestações do povo brasileiro por mais dignidade respeito.
Nessa turba de cinzas, meu filho resolve participar desse momento histórico.
Consciente, comedido, decidido!
Preocupação da Pai que experimentou um pouco a Ditadura.
Soma-se a isso o gás lacrimogêneo e o gás pimenta e a asma de meu filho!
Dia cinza!
E eu, no meio disso tudo, longe fisicamente disso tudo em mais uma viagem a trabalho.
Sentado no banco do carona, olho o cinza do céu, o cinza do dia, o cinza do meu coração.
Meu pai, que estaria de aniversario hoje, estaria tenso e motivado com a história de seu neto.
Então hoje, aqui na estrada, longe e perto de tudo, Não Levo Flores.

quinta-feira, 23 de maio de 2013

Estradas e pensamentos

Mais uma estrada. Rotina em minha vida.
Hoje estou na carona, despreocupado.
Reflexos desarmados, meu cérebro flutua com meus pensamentos.
Paisagens se misturam com meus pensamentos.
Parece tudo meio nublado como p dia de hoje.
Angustias, curvas, anseios, freadas.
Pisca ligado, esperando o momento de acelerar e tocar a vida adiante

quarta-feira, 22 de maio de 2013

Um Ano Longe Daqui!

Um ano sem escrever!
Um ano longe daqui!
Mas minha mente continua inquieta! Minhas angustias e demandas continuam pulsando!
Sempre tentando olhar o mundo num angulo mais aberto,  buscando uma compreensão maior do que a própria árvore. Sempre tentei olhar a floresta.
Buscar uma resposta maior para as pequenas coisas. Me tornei prolixo algumas vezes (apesar de odiar a prolixidade). Por necessidade de entender as coisas na sua amplitude, olhando tudo para minimizar o mau, ou os males.
Justificar a existência humana, a minha existência.
Meus passos trilhados, meus pés fincados e pra onde vou.
É complexo esse processo mental, que em alguns momentos nos permitimos analisar.
Só quando a roda da vida diminui seu giro frenético, podemos nos permitir a isso.
Então em meio a charutos, vinhos, musicas ao fundo, jogando nossa mente para um ambiente mais idílico, mais irreal para essa realidade louca.

Estou de volta, com todas minhas inquietudes!

quinta-feira, 5 de abril de 2012

Visões de Aniversário!



Sempre acabo escrevendo no dia que comemoro aniversário!
Angustias de tempos inconclusos, de olhares de possibilidades.
Esse ano acordei diferente.
Não me detive ao passado, porque imaginei meu olhos já um pouco turvos, para olhar tão longe.
Fiquei imaginando o quanto distorcida poderia ser essa visão desse meu passado.
Não fixei meu olhar no futuro, para não ansiar mais ainda essa minha mente inquieta.
Meu olhar então, resultou num olhar periférico, próximo, mais focado.
Acho que foi o melhor olhar que tive em todos os meus dias de aniversário.
Olhei a volta e vi meus filhos (tão lindos e tão amados), vi minha  amada esposa, e minhas queridas irmãs.
Senti meus pais próximos, tão juntos do meu pensamento que os tive nessa mesma visão.
Vi meus amigos todos. Os de antes, os que permaneceram, os que reapareceram.
Foi uma bela visão a que eu tive hoje.
Agradeço a meus olhos e minha mente, que permitiram somente essa visão periférica.
Esse visão sem dores nem anseios.
Apenas a visão de estar Vivo......
De estar amando o mundo e sendo amado....
Nessa louca experiência que é viver!

quarta-feira, 4 de abril de 2012

Os Espelhos do Tempo

Não sei bem ao certo, o porque de escrever sobre isso.
É incrível como as coisas se repetem com o passar do tempo.
Vamos olhando a vida que passa, passando a vida que nos olha passar.
E vou vendo imagens, passagens, déja vús.
Vejo meu filho fazendo as mesmas coisas que eu fazia com meus pais.
Me entristeço duplamente.
Primeiro, por perceber o quanto perdi de estar mais perto (muito mais perto do que estive)
Segundo, por entender essa distância de agora.
E sei que meu filho é próximo, me ama e tudo mais.
Mas eu, pai, queria muito mais.
Queria o que eu filho deixei de dar...
Talvez para compensar o que eu não fiz....
Na verdade, realmente não sei porque escrever sobre isso.
Talvez somente pela percepção da existência desses espelhos do tempo, ou dos déja vu
Ou porque vou fazer aniversário....
Sei lá....

quarta-feira, 28 de março de 2012

Somos daqueles bichos que esperneiam

Meu pai me dizia em nossas conversas: - Somos daqueles bichos que esperneiam
Gravei essa frase, como se tivesse gravado uma imagem em minha retina.
Não existe um acordar sem ver de pronto essa imagem: - Somos daqueles bichos que esperneiam.
Assim tem sido minhas manhãs. Sem manhas..... só manhãs.
Desde que optei pela lucidez e enfrentamento da vida pela vida, tem sido assim.
Não sou de me encolher, sou de espernear...
Muitas vezes, esperneio por dentro. Me revolto revolto em mim mesmo.
Me reviro e esperneio em sinapses.... quieto, pateticamente quieto.
Sem um movimento sequer, meu cérebro esperneia, não se contenta e se arrebenta.
Não aceita o presuoposto e pressupõe sinapses.
E em sinapses, esperneia....
Assim meu pai dizia....
Somos daqueles bichos que esperneiam