23 de julho de 2016

Amar é ter um pássaro pousado no dedo
E quem tem um pássaro pousado no dedo 
Sabe que, a qualquer momento
Ele pode voar
Quem me ensinou foi Rubem Alves
Na foto uma viuvinha
Que marido achou na garagem e trouxe para mim
Elas me alegram
Desde menina
Pousam e se vão
Post por Cuca
Uma ser humaninha canina
Que nunca pousei minhas mãos em suas madeixas cor de ouro
E que voou hoje para o céu dos cachorros
Meu carinho Chica amada
E o sentimento
De que, o que importa
É o que nos importa
#dasefemeridadeseeternidades

13 de julho de 2016

Das dores e esperas

Eu disse na escola que tinha alergia a Merthiolate, acharam era medo e em minutos eu toda empolada lá estava. Quem tem pouco (ou muito) mais de 30, sabe a relação direta entre o medicamento e a dor, não só pelas causas para o uso, mas também pelo ardor causado pelo danado liquido avermelhado. Eu, piveta que era, vivia ralando os joelhos, cotovelos, rancando os tampos dos dedos e um primo do Merthiolate me salvava com sopro cheio de bactérias curativas depois. 
Ai, com o tempo criou-se uma fórmula que não arde e como muitos remédios a cura é a duras penas. Santa Água Maravilha! E esse post além das reminiscências, é uma ferida, que resolvi cutucar nessa prosa. Nessa onda do tudo sem açúcar, sal, lactose, glúten, sem dor, geração estranha que canta e exibe o sofrer como estilo de vida, gente exibida, estressada, desapegada, despachada além do senso do ridículo e do coletivo, reza a manada que gente antenada não sente nada, nem de ruim, nem de bom, suave na nave. 
Babys, kids, teens anestesiados, que não sabem o que é ardor, fome, sede, espera em fila, paciência, tempo de preparo, época de tal fruta. Todos cercados de aparelhos, apetrechos, apps anti mimimis, pitis, ses, sempre a mão. Água, com gás, aroma, vitaminas, da torneira nem passa na cabeça, pela guela então!  Bolachas e iogurtes sem gosto, smartphones inseparáveis, tablet, carregadores, analgésicos, contatos sem chance são decorados. Tudo assim misturado, insosso.
Filhos, maridos, esposas, amigos não podem esperar, nem meia hora, nem uma. Nem minutos para uma resposta nas redes sociais. Ou envios ficam no limbo, sem ser vistos ou vistos e não respondidos. Filas? Não! Restaurantes sem espaço específico para crianças não! Sem Wi-Fi não mesmo!
O viver as dores e esperas e o tanto que ensinam, a urgência por paciência em série para todos, resistência ao calor, ao frio, as mazelas, porque tem muita coisa que continua ardendo, doendo, demorando ainda que a moda seja camuflar e cultuar a falsa sensação de que nada mais é difícil, doído, doido, de que tudo é imediato, aceitável, que o prático vale mais que o rebuscado, que todo mundo é valente, contente, perfeito, saudável. Afff!

7 de julho de 2016

De por aqui por ai

Porque somos aventureiros
Rumo ao infinito
Entre saltos
Mergulhos
E nas muitas estradas da vida
Viajando em nosso lindo Balão azul
Das minhas férias por ai
Aos poucos trago ou não