28 de novembro de 2014

Cardápio com tradutor por favor

Momento desejo de macarrons

No cardápio de muitos restaurantes, plaquinhas e declamação dos garçons, ando precisando de tradução. Não! Não estou viajando por fora do Brasil e não estou indo em restaurantes estrangeiros. É que andam por aqui (e por todo canto imagino) falando outra língua, na verdade é um tal de dialeto com as palavras: proteína, carboidrato, oleoginosas e toda uma nova nomenclatura dada a carnes, massas e comestíveis em geral. Entendo que calça boca de sino já foi pantalona e hoje é flare, que modinhas são isso mesmo, mas é precisos se falar todas as línguas, afinal vivemos num mundo globalizado. Põe lá proteína e para quem não é da modinha, dos regimes, academias e afins, para crianças, idosos e para mim, põe o nome tradicional da tal.
A parte porém, de última dessa nova mania é a mania que as pessoas tem de se meter na vida do alheio e também a de fixar num assunto tipo chiclete. Sair para almoçar em grupo hoje é ter que ouvir recitas, recomendações, descrições sobre o que  se pôs no prato e sobre o que pomos. Eu que como de tudo, adoro uma caloria, sou tolerante e amante de glúten e nunca me interessei por exemplo em saber o que era a carninha torrada e suculenta que vende no tabuleiro da baiana, chamada: passarinha, me reservo ao direito de comer sem querer saber. Fui informada ainda assim que a tal passarinha é o baço do boi, com uma cara pausada após a informação, que imaginava eu não riria mais consumir a iguaria. Só que não né! Em nada mudou minha vida saber essa informação. 
Gosto de curiosidades, acho importante comermos coisas saudáveis, creio que somos o que comemos e que muita gente tem uma relação complicada com a comida. Eu gosto de folhas, saladas, grãos, pão, leite, carnes, verduras, enlatados. Gosto de experimentar sabores, gosto das memórias e prazeres de coisas que gosto e posso, graças aos Deuses da saúde e do meu cuidado com ela, sem excessos e não tendo quilinhos a mais. Me benzendo após essa declaração, como recomendação amiga, de uma criatura que por vezes sai comigo para escolha de figurinos e que disse certa vez: - Não abre o bocão e diz que veste 36 ou precisa de uma peça PP, dá raiva nas pessoas, boas e más, pensa que você precisa tá bem protegida contra as pragas. Passei a dizer baixinho....risos.

3 comentários:

  1. Sempre lindo te ler e adorei a parte final! Que os deuses da balança te protejam sempre!rs bjs, lindo fds! chica

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  2. oi Tina

    Devemos comer tudo com moderação, e como a Chica disse que os Deuses da balança nós protejam amém rs...

    bjokas =)

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  3. Li que uma moça, hoje acrescentada de tempo, adorava cozinhar para os amigos. Sempre pensava em casas e apartamentos que pudessem acomodar ela, a cozinheira, com visão e interação para com os amigos. e assim as amizades eram regadas - boa comida, boa conversa. Até que começaram os pedidos, a princípio, até que moderados e possíveis de serem atendidos: "nào estou comendo carne vermelha". Ok, vamos de peixe.
    Mas com o tempo, era não pode lactose, ovolactovegetariano, sem glutén por favor, alergia ao corante tal e... a cozinheira guardou as panelas. Agora nem chá ou café.
    Respeito quem realmente tem a necessidade por doença, recomendação médica. Muitos estão na modinha...
    Gosto mesmo é da modinha de café com amigos, comida de rua dividida a três, sorvetinho com colher colorida e até biscoito pra cachorro. E não é que é bom?!

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