Como último post do ano, deixo aqui uma bela reflexão.
É hora de fazermos uma reforma, neste texto trata de bens materiais, mas vamos aproveitar e desapegarmos dos sentimentos pequenos, dos que machucam o coração, dos que fazem mal para a alma.
Irei viajar dia 31 e retornarei dia 03.
Esperarei o Ano Novo na beira do mar no belo estado de Santa Catarina,e agradecerei pelo ano que está acabando, pela vida, saúde da minha família e dos meus amigos (vocês fazem parte da minha vida).
Desejo saúde, paz, amor, progresso, um ano com punições e justiça neste país.
Desejo que Deus proteja todos os filhos para que pais sempre os tenham por perto.
Desejo um mundo mais justo e mais humano.
Gostaria de no próximo ano escutar mais bom dia, boa tarde, muito obrigada, por favor, com licença, pois percebo que há muitas pessoas que desconhecem estas palavras mágicas.
Agradeço à todos que entraram na minha vida, eu sei que existe muitos corações bons no outro lado da tela.
Compartilhar e aprender com vocês é gratificante para mim, então meu muito obrigada de coração!
Deixo aqui um beijo estalado e um grande e forte abraço.
Até 2010.
Sempre em Alerta.
Mariana
Reforma íntima
"Natal já foi uma época em que todos doavam, compartilhavam, dividiam. Mas ficou pouco desse costume. A sociedade contemporânea transformou a comemoração do nascimento de Cristo no feriado mais consumista do ano, que pode ser redefinido pelos verbos: comprar, ganhar, receber. O resultado: as pessoas têm mais do que precisam e acumulam excessos.
A personal organizer Jane Mattos ensina que é importante não levar objetos inúteis de um ano para o outro, para que se possa fazer um balanço do período. Para se livrar de tanta tranqueira, uma palavra está em voga: desapego.
A regra é simples: entra um, sai um.– Se saírem dois ou três, melhor ainda – diverte-se a personal organizer Cristina Fonseca.
– Temos, em média, mais de 3 mil itens em nossas casas – complementa Jane.
– Há uma eterna insatisfação que faz as pessoas comprarem mais do que precisam.
Muitos acreditam que os objetos podem compensar problemas e evitar que se trabalhem questões internas – reforça a psicóloga Dulcineia Cassis.
Para não chegar à compulsão materialista, o segredo é doar e jogar fora o supérfluo.
Praticar o desapego e entrar 2010 mais leve – material e espiritualmente.– O fim de ano é ideal para arrumar a casa, pois as pessoas estão interessadas e abertas em ter uma vida melhor.
É a hora de se fazer uma reforma íntima – explica a personal organizer Cristiane Joffily.
A consultora de moda Costanza Pascolato argumenta que esse processo todo interfere até no autoconhecimento.
– Ter menos coisas no guarda-roupa ajuda a criar um estilo pessoal – defende.
Todas as especialistas sugerem que o processo seja repetido pelo menos duas vezes por ano.
E não deve ficar restrito ao armário feminino.
Utensílios de cozinha, roupas de cama e banho e o quarto das crianças também devem passar por um pente-fino.
– Há tanto lançamento infantil que os brinquedos são repostos rapidamente – argumenta Jane Mattos.
É importante, entretanto, que as crianças colaborem nesse processo para que elas criem o hábito de limpar o armário.
– Tenho percebido que, quanto mais novo, mais fácil se desprender das coisas materiais – acrescenta Jane.
Vamos: Doar , vender ou reciclar"
Texto:Caderno Donna ZH dominical
P S:Tenho conseguido acessar o blogspot somente numa parte da manhã..não sei qual e-mail a gente reclama.
quarta-feira, dezembro 30, 2009
terça-feira, dezembro 29, 2009
Nunca imaginei um dia
Até alguns anos atrás, eu costumava dizer frases como “eu jamais vou fazer isso” ou “nem morta eu faço aquilo”, limitando minhas possibilidades de descoberta e emoção. Não é fácil libertar-se do manual de instruções que nos autoimpomos. Às vezes, leva-se uma vida inteira, e nem assim conseguimos viabilizar esse projeto. Por sorte, minha ficha caiu há tempo.
Começou quando iniciei um relacionamento com alguém completamente diferente de mim, diferente a um ponto radical mesmo: ele, por si só, foi meu primeiro “nunca imaginei um dia”. Feitos para ficarem a dois planetas de distância um do outro. Mas o amor não respeita a lógica, e eu, que sempre me senti tão confortável num mundo planejado, inaugurei a instabilidade emocional na minha vida. Prendi a respiração e dei um belo mergulho.
A partir daí, comecei a fazer coisas que nunca havia feito. Mergulhar, aliás, foi uma delas. Sempre respeitosa com o mar e chata para molhar os cabelos, afundei em busca de tartarugas gigantes e peixes coloridos no mar de Fernando de Noronha. Traumatizada com cavalos (por causa de um equino que quase me levou ao chão quando eu tinha oito anos), participei da minha primeira cavalgada depois dos 40, em São Francisco de Paula. Roqueira convicta e avessa a pagode, assisti a um show do Zeca Pagodinho na Lapa. Para ver o Ronaldo Fenômeno jogar ao vivo, me inflitrei na torcida do Olímpico num jogo entre Grêmio e Corinthians, mesmo sendo colorada. Meu paladar deixou de ser monótono: comecei a provar alimentos que nunca havia provado antes. E muitas outras coisas vetadas por causa do “medo do ridículo” receberam alvará de soltura. O ridículo deixou de existir na minha vida.
Não deixei de ser eu. Apenas abri o leque, me permitindo ser um “eu” mais amplo. E sinto que é um caminho sem volta.
Um mês atrás participei de outro capítulo da série “Nunca imaginei um dia”. Viajei numa excursão, eu que sempre rejeitei essa modalidade turística. Sigo preferindo viajar a dois ou sozinha, mas foi uma experiência fascinante, ainda mais que a viagem não tinha como destino um país do circuito Elizabeth Arden (Paris-Londres-Nova York), mas um país africano, muçulmano e desértico. Aliás, o deserto de Atacama, no Chile, será meu provável “nunca imaginei um dia” de 2010.
E agora cometi a loucura jamais pensada, a insanidade que nunca me permiti, o ato que me faria merecer uma camisa-de-força: eu, que nunca me comovi com bichos de estimação, adotei um gato de rua. Pode colocar a culpa no espírito natalino: trouxe um bichano de três meses pra casa, surpreendendo minhas filhas, que já haviam se acostumado com a ideia de ter uma mãe sem coração. E o que mais me estarrece: estou apaixonada por ele.
Ainda há muitas experiências a conferir: fazer compras pela internet, andar num balão, cozinhar dignamente, me tatuar, ler livros pelo kindle, viajar de navio e mais umas 400 coisas que nunca imaginei fazer um dia, mas que já não duvido. Pois tem essa também: deixei de ser tão cética.
Já que é improvável que 2010 seja diferente de qualquer outro ano, que a novidade sejamos nós."
Martha Medeiros
Fonte:ZH
Amigos, o blogger continua "doido" sai fora do ar e não retorna. Ontem eu consegui pela manhã por pouco tempo e depois nada. Não sei até qd isto vai durar. Portanto se não retribuir as visitas, não foi por má vontade ou falta de educação.
Ontem a tarde eu não tentei pois tive febre de 38.5º e apesar do dia quente, estava embaixo de um cobertor com muito frio.
Começou quando iniciei um relacionamento com alguém completamente diferente de mim, diferente a um ponto radical mesmo: ele, por si só, foi meu primeiro “nunca imaginei um dia”. Feitos para ficarem a dois planetas de distância um do outro. Mas o amor não respeita a lógica, e eu, que sempre me senti tão confortável num mundo planejado, inaugurei a instabilidade emocional na minha vida. Prendi a respiração e dei um belo mergulho.
A partir daí, comecei a fazer coisas que nunca havia feito. Mergulhar, aliás, foi uma delas. Sempre respeitosa com o mar e chata para molhar os cabelos, afundei em busca de tartarugas gigantes e peixes coloridos no mar de Fernando de Noronha. Traumatizada com cavalos (por causa de um equino que quase me levou ao chão quando eu tinha oito anos), participei da minha primeira cavalgada depois dos 40, em São Francisco de Paula. Roqueira convicta e avessa a pagode, assisti a um show do Zeca Pagodinho na Lapa. Para ver o Ronaldo Fenômeno jogar ao vivo, me inflitrei na torcida do Olímpico num jogo entre Grêmio e Corinthians, mesmo sendo colorada. Meu paladar deixou de ser monótono: comecei a provar alimentos que nunca havia provado antes. E muitas outras coisas vetadas por causa do “medo do ridículo” receberam alvará de soltura. O ridículo deixou de existir na minha vida.
Não deixei de ser eu. Apenas abri o leque, me permitindo ser um “eu” mais amplo. E sinto que é um caminho sem volta.
Um mês atrás participei de outro capítulo da série “Nunca imaginei um dia”. Viajei numa excursão, eu que sempre rejeitei essa modalidade turística. Sigo preferindo viajar a dois ou sozinha, mas foi uma experiência fascinante, ainda mais que a viagem não tinha como destino um país do circuito Elizabeth Arden (Paris-Londres-Nova York), mas um país africano, muçulmano e desértico. Aliás, o deserto de Atacama, no Chile, será meu provável “nunca imaginei um dia” de 2010.
E agora cometi a loucura jamais pensada, a insanidade que nunca me permiti, o ato que me faria merecer uma camisa-de-força: eu, que nunca me comovi com bichos de estimação, adotei um gato de rua. Pode colocar a culpa no espírito natalino: trouxe um bichano de três meses pra casa, surpreendendo minhas filhas, que já haviam se acostumado com a ideia de ter uma mãe sem coração. E o que mais me estarrece: estou apaixonada por ele.
Ainda há muitas experiências a conferir: fazer compras pela internet, andar num balão, cozinhar dignamente, me tatuar, ler livros pelo kindle, viajar de navio e mais umas 400 coisas que nunca imaginei fazer um dia, mas que já não duvido. Pois tem essa também: deixei de ser tão cética.
Já que é improvável que 2010 seja diferente de qualquer outro ano, que a novidade sejamos nós."
Martha Medeiros
Fonte:ZH
Amigos, o blogger continua "doido" sai fora do ar e não retorna. Ontem eu consegui pela manhã por pouco tempo e depois nada. Não sei até qd isto vai durar. Portanto se não retribuir as visitas, não foi por má vontade ou falta de educação.
Ontem a tarde eu não tentei pois tive febre de 38.5º e apesar do dia quente, estava embaixo de um cobertor com muito frio.
segunda-feira, dezembro 28, 2009
A vida sob os viadutos
No Colégio Júlio de Castilhos aprendi uma canção francesa chamada Sob as Pontes de Paris (Sous les Ponts de Paris). Dizia mais ou menos o seguinte: “Sob as pontes de Paris/ quando desce a noite/ toda a sorte de vagabundos se infiltra sorrateiramente/ e ficam felizes de encontrar onde dormir”.
...Mesmo muito pobres as pessoas acabam achando uma casa; nem que seja um barraco na periferia. Morar na rua é opção, e resulta, sobretudo, de uma vida infeliz. Quase a metade dessas pessoas tem problemas familiares; 70% vivem sós, uma situação para a qual colaboram o alcoolismo e as drogas.
Ou seja: não é só uma questão social, é mais complicado que isso.
Qual é a condição básica para viver, ou sobreviver, em baixo do viaduto? Eu diria que é a indiferença. Para essas pessoas, aquilo que incomoda a classe média em absoluto não conta. A falta de privacidade, por exemplo. Tudo que os moradores de rua fazem é público, tudo. Eles estão ali, comendo, ou bebendo, ou dormindo, ou fazendo as necessidades, absolutamente indiferentes ao olhar dos outros. Há quem não consiga conciliar o sono com barulho; não é o caso deles. Por sobre suas cabeças, no viaduto, ruge o tráfego urbano, intensíssimo num país em que o carro se tornou um indicador maior de progresso e de afluências. Isso não impede que durmam (é claro que a cachaça atua como um sonífero poderoso).
Também a noção de propriedade para eles é diferente. Sim, têm as suas coisas, que em geral cabem num carrinho de supermercado – em todas as partes do mundo os gerentes desses estabelecimentos já devem ter aceito com resignação o fato de que tais carrinhos serão sumariamente confiscados. Mas, por outro lado, muitas vezes deixam essas poucas coisas abandonadas. Na manhã do domingo passado passei sob o viaduto da Silva Só, onde vivem muitos habitantes de rua. Detive-me a contemplar um colchão. Era um colchão de espuma, velhíssimo, esburacado. Sobre ele, um cobertor, igualmente velho, esburacado. Mas, e esse foi o detalhe que me impressionou, e comoveu, o cobertor estava cuidadosamente dobrado, caprichosamente dobrado. Pensei então no homem ou na mulher que o havia dobrado.
Ao fazê-lo, talvez num ato automático e reminiscente de uma infância quem sabe vivida de uma maneira melhor, essa pessoa colocara um pouco de ordem em sua vida. Uma partícula de ordem, por assim dizer, mas que deve ter contribuído para restaurar algo da dignidade que existe em qualquer ser humano, por mais precária que seja sua existência. Ao ver o cobertor dobrado, a pessoa deve ter ficado satisfeita consigo mesma: eu não sou um traste completo, eu sou alguém, ainda existe esperança para mim.
Ou seja: sob os viadutos de Porto Alegre, como sob as pontes de Paris, a vida resiste."
Autor:Moacyr Scliar
Fonte:jornal ZH
PS:Neste final de semana eu não consegui acessar a página do blogspot(somente sábado pela manhã).Tomara que este problema tenha acabado.
...Mesmo muito pobres as pessoas acabam achando uma casa; nem que seja um barraco na periferia. Morar na rua é opção, e resulta, sobretudo, de uma vida infeliz. Quase a metade dessas pessoas tem problemas familiares; 70% vivem sós, uma situação para a qual colaboram o alcoolismo e as drogas.
Ou seja: não é só uma questão social, é mais complicado que isso.
Qual é a condição básica para viver, ou sobreviver, em baixo do viaduto? Eu diria que é a indiferença. Para essas pessoas, aquilo que incomoda a classe média em absoluto não conta. A falta de privacidade, por exemplo. Tudo que os moradores de rua fazem é público, tudo. Eles estão ali, comendo, ou bebendo, ou dormindo, ou fazendo as necessidades, absolutamente indiferentes ao olhar dos outros. Há quem não consiga conciliar o sono com barulho; não é o caso deles. Por sobre suas cabeças, no viaduto, ruge o tráfego urbano, intensíssimo num país em que o carro se tornou um indicador maior de progresso e de afluências. Isso não impede que durmam (é claro que a cachaça atua como um sonífero poderoso).
Também a noção de propriedade para eles é diferente. Sim, têm as suas coisas, que em geral cabem num carrinho de supermercado – em todas as partes do mundo os gerentes desses estabelecimentos já devem ter aceito com resignação o fato de que tais carrinhos serão sumariamente confiscados. Mas, por outro lado, muitas vezes deixam essas poucas coisas abandonadas. Na manhã do domingo passado passei sob o viaduto da Silva Só, onde vivem muitos habitantes de rua. Detive-me a contemplar um colchão. Era um colchão de espuma, velhíssimo, esburacado. Sobre ele, um cobertor, igualmente velho, esburacado. Mas, e esse foi o detalhe que me impressionou, e comoveu, o cobertor estava cuidadosamente dobrado, caprichosamente dobrado. Pensei então no homem ou na mulher que o havia dobrado.
Ao fazê-lo, talvez num ato automático e reminiscente de uma infância quem sabe vivida de uma maneira melhor, essa pessoa colocara um pouco de ordem em sua vida. Uma partícula de ordem, por assim dizer, mas que deve ter contribuído para restaurar algo da dignidade que existe em qualquer ser humano, por mais precária que seja sua existência. Ao ver o cobertor dobrado, a pessoa deve ter ficado satisfeita consigo mesma: eu não sou um traste completo, eu sou alguém, ainda existe esperança para mim.
Ou seja: sob os viadutos de Porto Alegre, como sob as pontes de Paris, a vida resiste."
Autor:Moacyr Scliar
Fonte:jornal ZH
PS:Neste final de semana eu não consegui acessar a página do blogspot(somente sábado pela manhã).Tomara que este problema tenha acabado.
sábado, dezembro 26, 2009
Paternidade à brasileira
"Histórias de família são sempre mais complexas do que as aparências sugerem. Nenhuma análise externa é capaz de esgotar todas as sutilezas de uma relação entre pais e filhos, marido e mulher, irmãos, avós. Quando a tragédia de uma família vira notícia de jornal, facilmente somos tentados a transformar pessoas reais, e portanto contraditórias, em personagens como os de novela – esquemáticos, previsíveis e movidos por sentimentos bons ou maus, certos ou errados. Em um caso como o do menino Sean Goldman, que envolve não apenas duas famílias, mas dois países disputando a guarda de uma criança, multiplicaram-se as tolices ditas com a tranquilidade de quem comenta o último capítulo de Viver a Vida – emboladas, em alguns casos, com estapafúrdios argumentos nacionalistas de um lado e de outro e até com questões de comércio internacional (o Senado americano teria aprovado a extensão do programa de isenção tarifária que beneficia as exportações brasileiras depois que o Supremo Tribunal Federal determinou a entrega de Sean ao pai, o americano David Goldman, na última terça-feira).
Existem leis, costumes, palpites, mas nada disso, infelizmente, garante que uma criança seja mais feliz com uma família do que com a outra. Não sabemos que tipo de pai é o americano David Goldman ou que tipo de avó é a brasileira Silvana Bianchi. A única evidência inquestionável nessa história toda é o sofrimento de um menino que perdeu a mãe aos sete anos e aos nove enfrenta uma disputa familiar dilacerante e exageradamente pública.
Mas, para além de todo o sofrimento real de um menino de verdade, o episódio tem um significado simbólico: recolocar a figura paterna no lugar que é seu de direito. O que para algumas pessoas parece óbvio, que pai e mãe deveriam ter direitos iguais na hora de decidir o destino do filho, permanece, para outras, contaminado por uma visão culturalmente afetada que coloca o homem em uma posição de “sócio minoritário” – não apenas em relação à mãe, mas até mesmo em relação à avó materna. Na carta aberta que dirigiu ao presidente Lula, Silvana Bianchi, em meio a todo o compreensível sofrimento da situação, revelou parte da visão de mundo que dá origem a disputas como essa: “Nossa formação valoriza o papel da mãe. Na ausência da mãe, a criação incumbe a avó. Assim é em todo o Brasil, de Norte a Sul, independentemente de raça, cor, religião ou classe social. É natural que estrangeiros, com formação diferente, não entendam esses sentimentos tão autenticamente brasileiros”.
Esses sentimentos “autenticamente brasileiros” estão mudando, felizmente. Muitas mulheres brasileiras gostariam que os pais lutassem pelo direito de criar seus filhos com a mesma paixão que se costuma associar às mães – que não abrem mão de seus filhos mesmo quando as circunstâncias sociais, políticas ou culturais são adversas. Queremos os Pais da Praça de Maio, os pais que vão ao presídio visitar os filhos, os pais que passam a noite velando a saúde de uma criança, os pais que orientam, sustentam, apoiam – e, quando a família se dissolve, exigem a guarda compartilhada. Se tantos homens, no Brasil, abandonam os filhos (o pai do presidente Lula é um caso típico), talvez seja porque o país ainda não tenha conseguido fundar uma paternidade “autenticamente brasileira”, baseada na convicção de que um homem e uma mulher são igualmente responsáveis pela criança que geram, e que isso é ao mesmo tempo um direito e um dever.
Não conheço David Goldman e não imagino como ele vai ajudar Sean a superar o trauma dessa disputa judicial, mas sei, sim, que tipo de pai ele é: o tipo que luta para ficar ao lado do filho."
Cláudia Laitano
Fonte: ZH 26/12
Desejo um ótimo fim de semana para todos. Um fim de semana cheio de vida, de amor e paz.
segunda-feira, dezembro 21, 2009
Alerta: O anjo da Morte está “feliz”, leve e solto
Não gostaria de entrar num tema tão “pesado”, mas achei necessário.
Neste final de semana 24 vidas foram interrompidas, somente no RS, e sem contar com as que mais tarde morrerão devido ao acidente.
24 vidas que tiveram os seus sonhos interrompidos.
24 famílias que não poderão mais abraçar e beijar alguém que para si é tão importante.
É preciso responsabilidade, zelo, cuidados redobrados, pois as festas de Natal e Ano Novo estão chegando.
Peço amor pela tua vida, piedade pelos que te amam, pelo próximo.
Teria muito que expressar neste texto, mas deixo para o blog da ONG Alerta.
A ONG Alerta a qual eu faço parte por acreditar que educação, prevenção e responsabilidade são capazes de impedir que sonhos sejam interrompidos pela esta Guerra do Trânsito, que precisa e pode ter fim.
Fique Atento, fique Vivo.
“Há muito descaso na condução dos veículos, como se dirigir fosse a mesma coisa que sair da cama...” Alessandro Castro. Chefe de comunicação da PF do RS (fonte ZH)
Em vez de eu desejar um Feliz Natal e Ano Novo, prefiro desejar:
Neste final de semana 24 vidas foram interrompidas, somente no RS, e sem contar com as que mais tarde morrerão devido ao acidente.
24 vidas que tiveram os seus sonhos interrompidos.
24 famílias que não poderão mais abraçar e beijar alguém que para si é tão importante.
É preciso responsabilidade, zelo, cuidados redobrados, pois as festas de Natal e Ano Novo estão chegando.
Peço amor pela tua vida, piedade pelos que te amam, pelo próximo.
Teria muito que expressar neste texto, mas deixo para o blog da ONG Alerta.
A ONG Alerta a qual eu faço parte por acreditar que educação, prevenção e responsabilidade são capazes de impedir que sonhos sejam interrompidos pela esta Guerra do Trânsito, que precisa e pode ter fim.
Fique Atento, fique Vivo.
“Há muito descaso na condução dos veículos, como se dirigir fosse a mesma coisa que sair da cama...” Alessandro Castro. Chefe de comunicação da PF do RS (fonte ZH)
Em vez de eu desejar um Feliz Natal e Ano Novo, prefiro desejar:
Alerta Sempre:Fiquem Atentos, Fiquem Vivos.
quinta-feira, dezembro 17, 2009
Escute o teu Coração:365 dias ao Ano
Lucas, um garoto de cinco anos enviou a cartinha para o Papai Noel de Santa Maria, pedindo uma piscina para tomar banho.
“Lucas conta que “quando era pequeno” isso não o incomodava, mas agora, que já é quase um moço, precisa de outra solução, pois seu pai disse que não tem dinheiro para fazer um banheiro.”
Ele disse que é constrangido na hora do banho. Sua mãe com o sabão na mão o coloca no tanque velho, e quando está ocupado, o Lucas e suas irmãs tomam banho de mangueira.
O sonho da sua mãe de 37 anos é ter um banheiro.
Banheiro é o sonho desta mulher.
Não tomar banho no tanque velho é o sonho de uma criança de cinco anos.
Tenho um amigo de 11 anos que o sonho era ter um pinheiro (e grande) na sua sala. Eu sabendo, dei um pinheiro para ele, o qual ficou feliz. Ele me presenteou com a sua alegria, o seu agradecimento sincero.
Um amigo de 14 anos só tinha uma calça jeans e curta, presenteei-o dando uma calça nova.
Ele não sabe, mas a sua felicidade demonstrada, o seu carinho sincero, foi um presentão para mim.
Tem um empresário de Gravataí, que também têm filiais no Brasil. Ele fica semanas na sua mansão em Gramado, somente com os empregados, nenhum filho ou neto o visita.
Será que este homem tem tudo?
Ele não precisa fazer uma cartinha para o Papai Noel para nós sabermos que presente o faria feliz.
Ouço muito no final do ano, “não vou presentear ninguém”.
Será que muitos não sabem que há presentes que não é possível comprar nas lojas?
Tem pessoas que só querem um lar, outros serem visitados pelos familiares, e muita, mas muita gente mesmo, só quer carinho, atenção, um abraço sincero.
Tem pais quer querem amor dos filhos. Há filhos que querem atenção dos pais...
Então antes de abrir a carteira e correr para as lojas, escute o teu coração e verás que é possível presentear um milhão de pessoas sem gastar “nenhum tostão”.
Pense nisto não só em dezembro, mas todos os dias da tua vida.
Sejas feliz e faça muita gente feliz, não é difícil.
“Lucas conta que “quando era pequeno” isso não o incomodava, mas agora, que já é quase um moço, precisa de outra solução, pois seu pai disse que não tem dinheiro para fazer um banheiro.”
Ele disse que é constrangido na hora do banho. Sua mãe com o sabão na mão o coloca no tanque velho, e quando está ocupado, o Lucas e suas irmãs tomam banho de mangueira.
O sonho da sua mãe de 37 anos é ter um banheiro.
Banheiro é o sonho desta mulher.
Não tomar banho no tanque velho é o sonho de uma criança de cinco anos.
Tenho um amigo de 11 anos que o sonho era ter um pinheiro (e grande) na sua sala. Eu sabendo, dei um pinheiro para ele, o qual ficou feliz. Ele me presenteou com a sua alegria, o seu agradecimento sincero.
Um amigo de 14 anos só tinha uma calça jeans e curta, presenteei-o dando uma calça nova.
Ele não sabe, mas a sua felicidade demonstrada, o seu carinho sincero, foi um presentão para mim.
Tem um empresário de Gravataí, que também têm filiais no Brasil. Ele fica semanas na sua mansão em Gramado, somente com os empregados, nenhum filho ou neto o visita.
Será que este homem tem tudo?
Ele não precisa fazer uma cartinha para o Papai Noel para nós sabermos que presente o faria feliz.
Ouço muito no final do ano, “não vou presentear ninguém”.
Será que muitos não sabem que há presentes que não é possível comprar nas lojas?
Tem pessoas que só querem um lar, outros serem visitados pelos familiares, e muita, mas muita gente mesmo, só quer carinho, atenção, um abraço sincero.
Tem pais quer querem amor dos filhos. Há filhos que querem atenção dos pais...
Então antes de abrir a carteira e correr para as lojas, escute o teu coração e verás que é possível presentear um milhão de pessoas sem gastar “nenhum tostão”.
Pense nisto não só em dezembro, mas todos os dias da tua vida.
Sejas feliz e faça muita gente feliz, não é difícil.
Desejo um ótimo fim de semana!
quarta-feira, dezembro 16, 2009
Caro amigo secreto
Achei esta "carta" muito criativa, por isso divido com vocês.
Inspirem-se e façam a sua.
" Sei que a escolha do presente é uma prerrogativa de quem dá e não de quem recebe. Acontece que, nos últimos anos, tenho sido vítima de certas “lembrancinhas”, sempre que chega o Natal. Acredito que cada um desses presentes é dado com a melhor das intenções, mas isso não é o suficiente. Como diz a grande pensadora catalã Francine de Cuellar, “gosto é que nem c..., cada um tem o seu”. Portanto, o meu precisa ser levado em conta.
Para evitar constrangimentos de parte a parte, este ano resolvi fazer uma lista do que pode e, principalmente, do que não pode, caso você tenha tirado o meu nome no sorteio do amigo-secreto. Assim, quando eu abrir um sorriso e disser que adorei o presente, pode acreditar, é verdade.
Vamos ao que não pode. Gostaria de lembrar, mais uma vez, que sou alérgico. Portanto não insista em me dar vidros de perfume. Outra coisa, eu não bebo. Ano passado ganhei uma caixa de garrafas de uísque. Não sei se você já notou, mas eu não uso gravata. Nem lenço. Também é pública e notória minha opção por uma alimentação vegetariana. Há anos! Então, não me dê espetos para churrasco, nem facas, nem grelhas. Por favor, não me dê vale-viagem, para onde quer que seja. Nem pro Caribe. Eu viajo o ano inteiro e, quando sobra um tempo, tudo o que quero é ficar em casa, quieto. E, definitivamente, pega muito mal dar de presente CD e DVD pirata.
Para ajudar sua compra, fiz uma breve lista de coisas que me fazem falta. A começar pela nova Ferrari 458 Italia. De preferência na cor vermelha e com o IPVA pago. Outra sugestão: minha TV LCD, Full HD, 42 polegadas, queimou. Taí uma boa ideia. Aproveita e manda embrulhar também um aparelho de Blu Ray. Aqui em casa a gente usa o PlayStation pra ver filmes, mas o guri não sai do Winning Eleven. Minha geladeira, caiu a porta. Tá na hora de trocar. Pode ser daquelas grandes, de aço inoxidável, pra não enferrujar mais. Mas tem que vir com o freezer e o fogão junto, senão vai bagunçar a decoração da cozinha.
Agora, se por acaso esse ano o seu orçamento anda apertado e você está pensando em me dar só uma “lembrancinha”, vamos combinar o seguinte. Esquece presente, me dá um abraço bem apertado, desejando do fundo do coração que Deus me dê saúde, paz de espírito, felicidade e dinheiro. Não necessariamente nessa ordem.
É o que também desejo pra você. E todos os meus leitores."
Cantor:Kledir Ramil (ZH:14/12)
Inspirem-se e façam a sua.
" Sei que a escolha do presente é uma prerrogativa de quem dá e não de quem recebe. Acontece que, nos últimos anos, tenho sido vítima de certas “lembrancinhas”, sempre que chega o Natal. Acredito que cada um desses presentes é dado com a melhor das intenções, mas isso não é o suficiente. Como diz a grande pensadora catalã Francine de Cuellar, “gosto é que nem c..., cada um tem o seu”. Portanto, o meu precisa ser levado em conta.
Para evitar constrangimentos de parte a parte, este ano resolvi fazer uma lista do que pode e, principalmente, do que não pode, caso você tenha tirado o meu nome no sorteio do amigo-secreto. Assim, quando eu abrir um sorriso e disser que adorei o presente, pode acreditar, é verdade.
Vamos ao que não pode. Gostaria de lembrar, mais uma vez, que sou alérgico. Portanto não insista em me dar vidros de perfume. Outra coisa, eu não bebo. Ano passado ganhei uma caixa de garrafas de uísque. Não sei se você já notou, mas eu não uso gravata. Nem lenço. Também é pública e notória minha opção por uma alimentação vegetariana. Há anos! Então, não me dê espetos para churrasco, nem facas, nem grelhas. Por favor, não me dê vale-viagem, para onde quer que seja. Nem pro Caribe. Eu viajo o ano inteiro e, quando sobra um tempo, tudo o que quero é ficar em casa, quieto. E, definitivamente, pega muito mal dar de presente CD e DVD pirata.
Para ajudar sua compra, fiz uma breve lista de coisas que me fazem falta. A começar pela nova Ferrari 458 Italia. De preferência na cor vermelha e com o IPVA pago. Outra sugestão: minha TV LCD, Full HD, 42 polegadas, queimou. Taí uma boa ideia. Aproveita e manda embrulhar também um aparelho de Blu Ray. Aqui em casa a gente usa o PlayStation pra ver filmes, mas o guri não sai do Winning Eleven. Minha geladeira, caiu a porta. Tá na hora de trocar. Pode ser daquelas grandes, de aço inoxidável, pra não enferrujar mais. Mas tem que vir com o freezer e o fogão junto, senão vai bagunçar a decoração da cozinha.
Agora, se por acaso esse ano o seu orçamento anda apertado e você está pensando em me dar só uma “lembrancinha”, vamos combinar o seguinte. Esquece presente, me dá um abraço bem apertado, desejando do fundo do coração que Deus me dê saúde, paz de espírito, felicidade e dinheiro. Não necessariamente nessa ordem.
É o que também desejo pra você. E todos os meus leitores."
Cantor:Kledir Ramil (ZH:14/12)
terça-feira, dezembro 15, 2009
O governo do RS é incompetente
Uma menina de 10 anos nasceu com uma doença rara que desencadeia uma alergia alimentar severa.
Por mês ela precisa de 50 latas de leite em pó importado. É o único alimento que o organismo aceita.
Com uma decisão judicial a favor da criança o Estado precisa fornecer o alimento, o que não vem cumprindo.
Somente neste ano, quatro vezes faltou o alimento.
Ontem o noticiário mostrou a menina que desde sexta-feira está recebendo só água através de sonda.
Ela está fraca e não pode ir à escola.
Ela chorou ontem na entrevista, e claro eu chorei também e me revoltei tanto com o atual governo. Eu senti raiva.
Por que o governo não é capaz de fazer nada direito?
Eu me revolto vendo a incompetência diária do nosso governo.
“Eles” são eleitos para zelar pelos cidadãos, e na maioria das vezes só cumprem as leis, através de ordens judiciais,e fazem pela metade.
Será que nunca irá mudar esta triste história? Os cidadãos pagam altos impostos, e os governantes são sempre incompetentes, irresponsáveis e sem coração?
Às vezes eu preferia não ter um coração tão “mole”, sofreria menos.
Por mês ela precisa de 50 latas de leite em pó importado. É o único alimento que o organismo aceita.
Com uma decisão judicial a favor da criança o Estado precisa fornecer o alimento, o que não vem cumprindo.
Somente neste ano, quatro vezes faltou o alimento.
Ontem o noticiário mostrou a menina que desde sexta-feira está recebendo só água através de sonda.
Ela está fraca e não pode ir à escola.
Ela chorou ontem na entrevista, e claro eu chorei também e me revoltei tanto com o atual governo. Eu senti raiva.
Por que o governo não é capaz de fazer nada direito?
Eu me revolto vendo a incompetência diária do nosso governo.
“Eles” são eleitos para zelar pelos cidadãos, e na maioria das vezes só cumprem as leis, através de ordens judiciais,e fazem pela metade.
Será que nunca irá mudar esta triste história? Os cidadãos pagam altos impostos, e os governantes são sempre incompetentes, irresponsáveis e sem coração?
Às vezes eu preferia não ter um coração tão “mole”, sofreria menos.
segunda-feira, dezembro 14, 2009
Grandes líderes e suas frases lapidares
Ghandi "Guiarei meu povo até a independência."
Moisés "Levarei meu povo à Terra Prometida."
Churchill "Conduzirei meu povo à vitória."
Lula "Tirarei meu povo da merda."
Moisés "Levarei meu povo à Terra Prometida."
Churchill "Conduzirei meu povo à vitória."
Lula "Tirarei meu povo da merda."
(fonte:ZH 13/12: Informe especial)
É isso aí, cada povo tem o líder que merece.
Podemos mudar a nossa história.
Desejo uma ótima semana para todos.
sábado, dezembro 12, 2009
Intolerância Futebol Clube
Se tem algo que nunca irei aceitar e compreender é a intolerância.
Fala-se muito da intolerância sobre o negro, homossexual, pobre...
A intolerância não tem poupado nem as crianças.
E hoje me refiro aos torcedores de futebol.
Pois aqui no RS a intolerância chegou aos clubes.
Há poucos dias, uma turma do Interior visitou o Olímpico e o Beira-Rio.
Os que estavam com a camisa do grêmio foram hostilizados no Beira-Rio e os que estavam com a camisa do Inter foram ofendidos no Olímpico.
(Crianças sendo ofendidas, mal-tratadas por adultos ignorantes que se dizem torcedores).
Que bela imagem os estudantes "levaram" para as suas casas, além das lamentáveis?
O que contarão para seus futuros filhos? Histórias vividas e lamentáveis nos estádios de campeões do mundo?
Em Caxias do Sul um garoto de apenas sete anos, torce pelo Juventude (que é da sua cidade) e pelo Internacional.
Este inocente foi visitar o estádio do Juventude usando a camisa do Inter e foi "barrado" pelo porteiro que "somente" seguia as orientações do clube.
Isso que aconteceu no Jaconi se repete com frequência no Olímpico e no Beira-Rio.
Os times devem ser adversários e não inimigos, e os adultos estão transferindo o ódio, o preconceito para as futuras gerações.
É a certeza da impunidade, do "pode tudo", da falta de respeito, o ódio crescendo, a prepotência sendo disseminada.
Futebol deveria ser sinônimo de paz, de conquistas.
A maldade só cresce pelo mundo afora, é pior que erva daninha.
Sou colorada e sócia, vou aos jogos, mas para mim, torcer e vibrar são sinônimos de lazer e esporte, nada mais que isto.
Não quero participar de uma guerra, quero paz, amor e respeito.
Muitas vezes entrei nas lojas do Grêmio Mania para comprar presentes para pessoas que amo, gosto e respeito e que são tricolores. Eu não sou melhor que eles, por ser colorada.
Coloco aqui a pergunta feita pelo jornal Pioneiro de Caxias do Sul:
Tu concordas com o fato de alguém vestindo uma camisa de outro time entrar no estádio de um adversário?
Fala-se muito da intolerância sobre o negro, homossexual, pobre...
A intolerância não tem poupado nem as crianças.
E hoje me refiro aos torcedores de futebol.
Pois aqui no RS a intolerância chegou aos clubes.
Há poucos dias, uma turma do Interior visitou o Olímpico e o Beira-Rio.
Os que estavam com a camisa do grêmio foram hostilizados no Beira-Rio e os que estavam com a camisa do Inter foram ofendidos no Olímpico.
(Crianças sendo ofendidas, mal-tratadas por adultos ignorantes que se dizem torcedores).
Que bela imagem os estudantes "levaram" para as suas casas, além das lamentáveis?
O que contarão para seus futuros filhos? Histórias vividas e lamentáveis nos estádios de campeões do mundo?
Em Caxias do Sul um garoto de apenas sete anos, torce pelo Juventude (que é da sua cidade) e pelo Internacional.
Este inocente foi visitar o estádio do Juventude usando a camisa do Inter e foi "barrado" pelo porteiro que "somente" seguia as orientações do clube.
Isso que aconteceu no Jaconi se repete com frequência no Olímpico e no Beira-Rio.
Os times devem ser adversários e não inimigos, e os adultos estão transferindo o ódio, o preconceito para as futuras gerações.
É a certeza da impunidade, do "pode tudo", da falta de respeito, o ódio crescendo, a prepotência sendo disseminada.
Futebol deveria ser sinônimo de paz, de conquistas.
A maldade só cresce pelo mundo afora, é pior que erva daninha.
Sou colorada e sócia, vou aos jogos, mas para mim, torcer e vibrar são sinônimos de lazer e esporte, nada mais que isto.
Não quero participar de uma guerra, quero paz, amor e respeito.
Muitas vezes entrei nas lojas do Grêmio Mania para comprar presentes para pessoas que amo, gosto e respeito e que são tricolores. Eu não sou melhor que eles, por ser colorada.
Coloco aqui a pergunta feita pelo jornal Pioneiro de Caxias do Sul:
Tu concordas com o fato de alguém vestindo uma camisa de outro time entrar no estádio de um adversário?
sexta-feira, dezembro 11, 2009
Casa do Menino Jesus de Praga
Clique no título do post
Não sei se vocês acreditam em mim, o que posso dizer que eu acredito e confio neste instituição.
A possibilidade de uma criança ter paralisia cerebral é de uma em mil.
Já a possibilidade de alguém contribuir com essa criança é bem menor.
O nº de crianças portadoras de lesões cerebrais severas não é pequena.
A Casa do Menino Jesus de Praga está completando 25 anos, e só pode cuidar de 42 crianças.
A possibilidade de uma criança ter paralisia cerebral é de uma em mil.
Já a possibilidade de alguém contribuir com essa criança é bem menor.
O nº de crianças portadoras de lesões cerebrais severas não é pequena.
A Casa do Menino Jesus de Praga está completando 25 anos, e só pode cuidar de 42 crianças.
Para cuidar de 100 crianças numa casa projetada para isso, precisa de colaborares.
A colaboração pode ser deduzida do IR (veja no site),pode ser qualquer valor...
Se somente os gaúchos doarem cada um R$5,00, este pequeno valor será multiplicado por 192 milhões.
A instituição precisa de 6,5 milhões de reais para concluir a obra.
"A Casa do Menino Jesus de Praga é uma entidade filantrópica, construída e mantida com apoio e doações da comunidade, empresas e instituições. Viabiliza atendimento a crianças com lesão cerebral grave, sequelas de doenças graves e deficiência motora permanente, todas residentes. A instituição conta com voluntários e equipe multidisciplinar permanente para atendimento 24h nas áreas de medicina clínica, pediatria, neurologia, fisioterapeuta, fonoaudiologia, nutrição, assistência social, entre outros."
A colaboração pode ser deduzida do IR (veja no site),pode ser qualquer valor...
Se somente os gaúchos doarem cada um R$5,00, este pequeno valor será multiplicado por 192 milhões.
A instituição precisa de 6,5 milhões de reais para concluir a obra.
"A Casa do Menino Jesus de Praga é uma entidade filantrópica, construída e mantida com apoio e doações da comunidade, empresas e instituições. Viabiliza atendimento a crianças com lesão cerebral grave, sequelas de doenças graves e deficiência motora permanente, todas residentes. A instituição conta com voluntários e equipe multidisciplinar permanente para atendimento 24h nas áreas de medicina clínica, pediatria, neurologia, fisioterapeuta, fonoaudiologia, nutrição, assistência social, entre outros."
Devemos sempre agradecer à Deus pela saúde dos nossos e a nossa.
Bom fim de semana para todos.
quinta-feira, dezembro 10, 2009
Mentir é uma arte ou um dom?
Entre qualidades e defeitos tenho o de ser franca, sincera, e por não saber mentir, muitas vezes fico em situação constrangedora.
Apesar de tudo não consigo imaginar eu ser diferente.
Dizem e eu acredito que "falo" muito pelas expressões faciais.
Se estiver numa loja e o vendedor nunca me viu, basta a minha expressão para saber a minha opinião.
Pois não é que o Matheus é "igualzinho" a mãe.
Ele até tenta, mas a "carinha" confessa que está mentindo.
Hoje chegou em Porto Alegre, o novo técnico do Grêmio (nosso co-irmão) e ele era técnico do Havaí.
Perguntei ao Matheus (ele estava de costas para mim) de qual Estado é o Avaí. Ele respondeu:São Paulo.
Percebi no tom da voz dele que estava mentido .
E disse-lhe que não era verdade, que vi que ele estava mentido, mesmo não olhando nos seus olhos..
O Matheus ria tanto...
(Avaí é de Florianópolis-SC).
Mentir é uma arte que pode ser aprendida ou um dom?
Conheço tanta gente que tem esse dom.
As vezes é tão grande, que para mim, eu defino como doença.
Apesar de tudo não consigo imaginar eu ser diferente.
Dizem e eu acredito que "falo" muito pelas expressões faciais.
Se estiver numa loja e o vendedor nunca me viu, basta a minha expressão para saber a minha opinião.
Pois não é que o Matheus é "igualzinho" a mãe.
Ele até tenta, mas a "carinha" confessa que está mentindo.
Hoje chegou em Porto Alegre, o novo técnico do Grêmio (nosso co-irmão) e ele era técnico do Havaí.
Perguntei ao Matheus (ele estava de costas para mim) de qual Estado é o Avaí. Ele respondeu:São Paulo.
Percebi no tom da voz dele que estava mentido .
E disse-lhe que não era verdade, que vi que ele estava mentido, mesmo não olhando nos seus olhos..
O Matheus ria tanto...
(Avaí é de Florianópolis-SC).
Mentir é uma arte que pode ser aprendida ou um dom?
Conheço tanta gente que tem esse dom.
As vezes é tão grande, que para mim, eu defino como doença.
quarta-feira, dezembro 09, 2009
Dia Mundial de Combate à Corrupção.
terça-feira, dezembro 08, 2009
Telhas desviadas:parte II
Telhas da Defesa Civil também foram usadas pela Brigada Militar para restaurar quartéis, além das vendidas nas madeireiras.
(vejam post:Solidariedade Negociada )
(vejam post:Solidariedade Negociada )
Estas telhas deveriam ser destinadas para os desabrigados do RS.
Se a Brigada Militar que é uma instituição que Deveria proteger a sociedade, se apropria de materiais dos necessitados.
Não temos mais o que dizer, além de sentir muita raiva.
A minha indignação é tanta que tenho vontade de chorar de raiva.
A cada vez eu tenho mais certeza que não devo participar de campanhas solidárias organizadas pelo governo.
Se a Brigada Militar que é uma instituição que Deveria proteger a sociedade, se apropria de materiais dos necessitados.
Não temos mais o que dizer, além de sentir muita raiva.
A minha indignação é tanta que tenho vontade de chorar de raiva.
A cada vez eu tenho mais certeza que não devo participar de campanhas solidárias organizadas pelo governo.
Desabafo ao PMDB gaúcho
Devido a informação do senador Pedro Simon (que todo o RS sabia) resolvi me manifestar como eleitora do RS!
Acho um desrespeito o que o Fogaça está fazendo (sei, sempre foi assim,em todos os partidos, de 2 em 2 anos).
No ano passado ele criticou os seus concorrentes para a prefeitura porque tinham mandatos de deputados. E agora para ele esta crítica não vale?
Acho um absurdo prometer, pedir votos para um cargo e no ano que assume mandar para o espaço o resultado das urnas.
"Eles" alegam que é em nome do "partido", blá, blá, blá... E que o "vice" irá cumprir as "promessas"...
Se o vice do Fogaça fosse o candidato, teria ele sido escolhido prefeito?
Se o Fogaça queria o Piratini, porque fez os eleitores de Porto Alegre de idiotas?
Eu já votei no Fogaça, e se votasse em Porto Alegre, no ano passado teria votado nele, porque só ele e aquela Vera que não tinham mandatos.Portanto ele estava concorrendo sozinho...
Não acredito que no PMDB não há homens com capacidade para concorrer o Piratini em 2010. Só o Fogaça? Poxa,devo pensar que está mal de políticos o PMDB.
Cumprir promessas, respeitar o resultado das urnas, honrar o mandato o qual foi eleito, vão sempre para o lixo?
A gente vê deputados concorrendo a prefeituras.Prefeitos concorrendo ao governo estadual, tudo em nome do clamor do partido, do dever, blá, blá...
Pergunto: Alguém já viu um presidente ou governador, deixar o cargo para concorrer a prefeitura, em "amor" e "dever" do partido ou da cidade?
Há, mais isto não ocorre...
Porque será?
Alguém sabe?
Não me venham responder: o Fogaça é honesto... isto é obrigação de todo cidadão.
Claro que sei que é raridade no meio político. Mas continua sendo obrigação.
O atual governo estadual "serviu" para dar cargos à turma do PMDB, e agora como serão concorrentes em 2010, recebe críticas.
Estão cuspindo no prato que ainda estão comendo?
Muitas vezes eu sinto nojo, muito nojo dos "nossos" políticos e os métodos usados para estar no poder.
Uma coisa é certa: Em 2010 o Fogaça não terá o meu voto, e ainda farei campanha contra ele...
Aguardem...
Se meu pai estivesse entre nós, estaria decepcionado com o Simon, assim como eu e outros milhares de seus ex-eleitores.
Ele o admirava e assim eu aprendi, mas o tempo passou e o nosso "Simon" não é mais o mesmo.
Esta politicagem na maioria das vezes é revoltante.
Exijo bons candidatos em 2010.
Não importa o Partido.
Renovação na Câmara,Senado e AL.
(enviei ontem esta mensagem para os dep.est,fed e o senador Simon,todos do PMDB)
Acho um desrespeito o que o Fogaça está fazendo (sei, sempre foi assim,em todos os partidos, de 2 em 2 anos).
No ano passado ele criticou os seus concorrentes para a prefeitura porque tinham mandatos de deputados. E agora para ele esta crítica não vale?
Acho um absurdo prometer, pedir votos para um cargo e no ano que assume mandar para o espaço o resultado das urnas.
"Eles" alegam que é em nome do "partido", blá, blá, blá... E que o "vice" irá cumprir as "promessas"...
Se o vice do Fogaça fosse o candidato, teria ele sido escolhido prefeito?
Se o Fogaça queria o Piratini, porque fez os eleitores de Porto Alegre de idiotas?
Eu já votei no Fogaça, e se votasse em Porto Alegre, no ano passado teria votado nele, porque só ele e aquela Vera que não tinham mandatos.Portanto ele estava concorrendo sozinho...
Não acredito que no PMDB não há homens com capacidade para concorrer o Piratini em 2010. Só o Fogaça? Poxa,devo pensar que está mal de políticos o PMDB.
Cumprir promessas, respeitar o resultado das urnas, honrar o mandato o qual foi eleito, vão sempre para o lixo?
A gente vê deputados concorrendo a prefeituras.Prefeitos concorrendo ao governo estadual, tudo em nome do clamor do partido, do dever, blá, blá...
Pergunto: Alguém já viu um presidente ou governador, deixar o cargo para concorrer a prefeitura, em "amor" e "dever" do partido ou da cidade?
Há, mais isto não ocorre...
Porque será?
Alguém sabe?
Não me venham responder: o Fogaça é honesto... isto é obrigação de todo cidadão.
Claro que sei que é raridade no meio político. Mas continua sendo obrigação.
O atual governo estadual "serviu" para dar cargos à turma do PMDB, e agora como serão concorrentes em 2010, recebe críticas.
Estão cuspindo no prato que ainda estão comendo?
Muitas vezes eu sinto nojo, muito nojo dos "nossos" políticos e os métodos usados para estar no poder.
Uma coisa é certa: Em 2010 o Fogaça não terá o meu voto, e ainda farei campanha contra ele...
Aguardem...
Se meu pai estivesse entre nós, estaria decepcionado com o Simon, assim como eu e outros milhares de seus ex-eleitores.
Ele o admirava e assim eu aprendi, mas o tempo passou e o nosso "Simon" não é mais o mesmo.
Esta politicagem na maioria das vezes é revoltante.
Exijo bons candidatos em 2010.
Não importa o Partido.
Renovação na Câmara,Senado e AL.
(enviei ontem esta mensagem para os dep.est,fed e o senador Simon,todos do PMDB)
segunda-feira, dezembro 07, 2009
Tirar vantagem é o que importa?
Nesta manhã em Porto Alegre e região metropolitana a polícia prendeu ladrões de carros, que vendiam pela internet carros clonados, desde 2007.
Um carro que no mercado o valor era 70 mil era vendido por 17 mil.
Como os compradores poderão alegar inocência na compra diante de um preço tão absurdo?
Há ladrões de cargas, porque existem os receptores, que nada são mais que “empresários”.
Se há na nossa política corruptos é porque na nossa sociedade há os corruptores e muitas vezes são chamados de “grandes empresários”.
Se os candidatos compram votos, porque alguns eleitores vendem.
Vale o ditado: Quando um não quer dois não brigam.
Será que um dia esta gente irá parar de progredir na vida através de roubos e bandidagens?
Está comprovado que classe social, cor e a quantidade do valor na conta bancária não definem e nem garante o caráter de um ser humano.
Um carro que no mercado o valor era 70 mil era vendido por 17 mil.
Como os compradores poderão alegar inocência na compra diante de um preço tão absurdo?
Há ladrões de cargas, porque existem os receptores, que nada são mais que “empresários”.
Se há na nossa política corruptos é porque na nossa sociedade há os corruptores e muitas vezes são chamados de “grandes empresários”.
Se os candidatos compram votos, porque alguns eleitores vendem.
Vale o ditado: Quando um não quer dois não brigam.
Será que um dia esta gente irá parar de progredir na vida através de roubos e bandidagens?
Está comprovado que classe social, cor e a quantidade do valor na conta bancária não definem e nem garante o caráter de um ser humano.
sexta-feira, dezembro 04, 2009
Façam seus pedidos:O Papai Noel Existe
Comprovo que o Papai Noel existe, ele é poeta e tem até um blog:
( Diariamente a partir das 16 h a gente pode encontrá-lo no shopping Moinhos em Porto Alegre.)
Ele visita o meu blog, eu sei.
Fiz os meus pedidos e publico aqui, mas mesmo assim eu levarei para entregar em mãos.
Sugiro para todos, postarem os seus pedidos, e eu o entregarei.
Afinal o Papai Noel existe, e é meu amigo.
Segue os pedidos:
Quero que os homens sejam mais humanos.
Saúde, proteção Divina para todas as pessoas do bem.
Alimentos na mesa de todas as famílias e uma família para quem não tem.
Quero mais educação e paz no trânsito e que pais não precisem chorar pela perda dos seus filhos, pois eles devem permanecer vivos para realizar os seus sonhos.
Quero que muitas escolas, empresas e faculdades recebam de braços abertos a ONG Alerta, e que as palestras dêem bons resultados.
Quero que as notícias de corrupções deste ano, no próximo seja revertido em punições.
Desejo melhores candidatos para os cargos públicos no Brasil.
Quero que as pessoas amem mais, façam mais amor e menos guerra.
Quero que todos recebam mais abraços no próximo ano .
Pedófilos longe, muito longe de todas as crianças.
Quero o fim dos maus tratos em crianças, mulheres,velhos e indefesos.
Quero segurança para todos os cidadãos.
Quero que os atuais políticos não se reelejam e que os que virão coloquem as barbas de molho, porque os eleitores estarão mais atentos.
Quero saúde, paz, amor, carinho e dignidade neste mundo.
Como sou filha de Deus quero algumas coisinhas materiais:
Um notebook de preferência colorido ou vermelho, mas aceito de outra cor, e tem de ser a prova de ladrão.
Quero que o blackberry do Gerson não funcione quando ele estiver com a família.
Quero que o preço dos livros diminuem.( Sonho com o dia em que todo mundo possa entrar nas livrarias,escolher o seu livro, sem ter de pagar preços tão altos).
Descobrir uma loja com roupas boas, bonitas e baratas.
Por enquanto é só, assim que eu lembrar de mais alguma coisinha, eu acrescento:
Façam os seus pedidos (não se acanhem), eles serão entregues ao Papai Noel.
Bom fim de semana para todos.
Sugiro para todos, postarem os seus pedidos, e eu o entregarei.
Afinal o Papai Noel existe, e é meu amigo.
Segue os pedidos:
Quero que os homens sejam mais humanos.
Saúde, proteção Divina para todas as pessoas do bem.
Alimentos na mesa de todas as famílias e uma família para quem não tem.
Quero mais educação e paz no trânsito e que pais não precisem chorar pela perda dos seus filhos, pois eles devem permanecer vivos para realizar os seus sonhos.
Quero que muitas escolas, empresas e faculdades recebam de braços abertos a ONG Alerta, e que as palestras dêem bons resultados.
Quero que as notícias de corrupções deste ano, no próximo seja revertido em punições.
Desejo melhores candidatos para os cargos públicos no Brasil.
Quero que as pessoas amem mais, façam mais amor e menos guerra.
Quero que todos recebam mais abraços no próximo ano .
Pedófilos longe, muito longe de todas as crianças.
Quero o fim dos maus tratos em crianças, mulheres,velhos e indefesos.
Quero segurança para todos os cidadãos.
Quero que os atuais políticos não se reelejam e que os que virão coloquem as barbas de molho, porque os eleitores estarão mais atentos.
Quero saúde, paz, amor, carinho e dignidade neste mundo.
Como sou filha de Deus quero algumas coisinhas materiais:
Um notebook de preferência colorido ou vermelho, mas aceito de outra cor, e tem de ser a prova de ladrão.
Quero que o blackberry do Gerson não funcione quando ele estiver com a família.
Quero que o preço dos livros diminuem.( Sonho com o dia em que todo mundo possa entrar nas livrarias,escolher o seu livro, sem ter de pagar preços tão altos).
Descobrir uma loja com roupas boas, bonitas e baratas.
Por enquanto é só, assim que eu lembrar de mais alguma coisinha, eu acrescento:
Façam os seus pedidos (não se acanhem), eles serão entregues ao Papai Noel.
Bom fim de semana para todos.
Beijos!
quinta-feira, dezembro 03, 2009
Para voltar a crer
"Não faltam motivos para descrer da humanidade.
Vamos combinar que fizemos coisas extraordinárias, mas nossa passagem pela Terra não está sendo, exatamente, um sucesso. Para cada catedral erguida bombardeamos três, para cada civilização vicejante liquidamos quatro, a cada gesto de grandeza correspondem cinco ou seis de baixeza, para cada Gandhi produzimos sete tiranos, para cada Patrícia Pilar 17 energúmenos.
Inventamos vacinas para salvar a vida de milhões ao mesmo tempo em que matamos outros milhões pelo contágio e a fome.
Criamos telefones portáteis que funcionam como gravadores, computadores – e às vezes até telefones –, mas ainda temos problema com a coriza nasal.
Nosso dia a dia é cheio de pequenas calhordices, dos outros e nossas.
Rareiam as razões para confiar no vizinho ao nosso lado, o que dirá do político lá longe, cuja verdadeira natureza muitas vezes só vamos conhecer pela câmera escondida.
Somos decididamente uma espécie inconfiável, além de venal, traiçoeira e mesquinha.
E estamos envenenando o planeta, num suicídio lento do qual ninguém escapará. E tudo isso sem falar no racismo, no terrorismo e no Big Brother Brasil.
Eu tinha desistido de esperar pela nossa regeneração.
Ela não viria pela religião, que se transformou em apenas outro ramo de negócios. Nem viria pela revolução, mesmo que se pagasse para o povo ocupar as barricadas. Eu achava que a espécie não tinha jeito, não tinha volta, não tinha salvação. Meu desencanto era total. Só o abandonaria diante de alguma prova irrefutável de altruísmo e caráter que redimisse a humanidade. Uma prova de tal tamanho e tal significado, que anularia meu ceticismo terminal e restauraria minha esperança no futuro. E esta prova virá neste domingo, se o Grêmio derrotar o Flamengo no Maracanã.
Se o Grêmio derrotar o Flamengo, o Internacional pode ser campeão.
Mas o mais importante não é isso. Se o Grêmio derrotar o Flamengo mesmo sabendo as consequências e o possível benefício para o arquiadversário, estará dando um exemplo inigualável de superioridade moral. A volta da minha fé na humanidade não interessa, Grêmio. Pense no que dirá a História. Pense nas futuras gerações!
Luis Fernando Veríssimo
Fonte:ZH
Vamos combinar que fizemos coisas extraordinárias, mas nossa passagem pela Terra não está sendo, exatamente, um sucesso. Para cada catedral erguida bombardeamos três, para cada civilização vicejante liquidamos quatro, a cada gesto de grandeza correspondem cinco ou seis de baixeza, para cada Gandhi produzimos sete tiranos, para cada Patrícia Pilar 17 energúmenos.
Inventamos vacinas para salvar a vida de milhões ao mesmo tempo em que matamos outros milhões pelo contágio e a fome.
Criamos telefones portáteis que funcionam como gravadores, computadores – e às vezes até telefones –, mas ainda temos problema com a coriza nasal.
Nosso dia a dia é cheio de pequenas calhordices, dos outros e nossas.
Rareiam as razões para confiar no vizinho ao nosso lado, o que dirá do político lá longe, cuja verdadeira natureza muitas vezes só vamos conhecer pela câmera escondida.
Somos decididamente uma espécie inconfiável, além de venal, traiçoeira e mesquinha.
E estamos envenenando o planeta, num suicídio lento do qual ninguém escapará. E tudo isso sem falar no racismo, no terrorismo e no Big Brother Brasil.
Eu tinha desistido de esperar pela nossa regeneração.
Ela não viria pela religião, que se transformou em apenas outro ramo de negócios. Nem viria pela revolução, mesmo que se pagasse para o povo ocupar as barricadas. Eu achava que a espécie não tinha jeito, não tinha volta, não tinha salvação. Meu desencanto era total. Só o abandonaria diante de alguma prova irrefutável de altruísmo e caráter que redimisse a humanidade. Uma prova de tal tamanho e tal significado, que anularia meu ceticismo terminal e restauraria minha esperança no futuro. E esta prova virá neste domingo, se o Grêmio derrotar o Flamengo no Maracanã.
Se o Grêmio derrotar o Flamengo, o Internacional pode ser campeão.
Mas o mais importante não é isso. Se o Grêmio derrotar o Flamengo mesmo sabendo as consequências e o possível benefício para o arquiadversário, estará dando um exemplo inigualável de superioridade moral. A volta da minha fé na humanidade não interessa, Grêmio. Pense no que dirá a História. Pense nas futuras gerações!
Luis Fernando Veríssimo
Fonte:ZH
quarta-feira, dezembro 02, 2009
Síndrome de Dálmata, existe?
Quem não conhece o torpedo premiado, que geralmente uma empresa de televisão envia para o sortudo.
Eu já recebi um Astra Sedan mais quatro mil de Natal, do celular prefixo 35.
Claro que não "liguei" para saber como faria para receber estes prêmios.
Dias atrás recebia com insistência uma ligação a cobrar do prefixo "23”, eu não atendi, pois sabia que era de "bandidos", mas ouvi do Matheus:
"Atende, mãe, só para ver o que o bandido quer"...
Pois hoje o Jornal Hoje relatou e mostrou a gravação de um diálogo de um repórter com o "golpista".
Ele recebendo um torpedo premiado, fez a ligação "para saber como receberia o seu prêmio".
O golpista "verificou" no sistema, e confirmou que o repórter tinha sido contemplado com um carro, e que receberia entre as 18 horas ás 18h15min h, mas antes teria que fazer um depósito de R$ 300,00, R$400,00 ou R$ 600,00 para ajudar uma criança com Síndrome de Dálmata.
E o pior é saber que tem muita gente que cai nestes golpes.
Eu já recebi um Astra Sedan mais quatro mil de Natal, do celular prefixo 35.
Claro que não "liguei" para saber como faria para receber estes prêmios.
Dias atrás recebia com insistência uma ligação a cobrar do prefixo "23”, eu não atendi, pois sabia que era de "bandidos", mas ouvi do Matheus:
"Atende, mãe, só para ver o que o bandido quer"...
Pois hoje o Jornal Hoje relatou e mostrou a gravação de um diálogo de um repórter com o "golpista".
Ele recebendo um torpedo premiado, fez a ligação "para saber como receberia o seu prêmio".
O golpista "verificou" no sistema, e confirmou que o repórter tinha sido contemplado com um carro, e que receberia entre as 18 horas ás 18h15min h, mas antes teria que fazer um depósito de R$ 300,00, R$400,00 ou R$ 600,00 para ajudar uma criança com Síndrome de Dálmata.
E o pior é saber que tem muita gente que cai nestes golpes.
Os meio honestos
"Tenho lido as mais diversas opiniões a respeito de como deve jogar o Grêmio no próximo domingo contra o Flamengo: há os defensores de o time entregar o jogo para não permitir que o Inter seja campeão, e há os que defendem a dignidade acima de tudo: tem que jogar pra valer e seja o que Deus quiser (tudo indica que Deus vai querer ver o Rio de Janeiro em festa, mesmo que o Grêmio dê tudo de si...).
Na lista das minhas preocupações cotidianas, o futebol nem entra. Ele está, no máximo, na lista das minhas diversões, e não chega a ocupar os 20 primeiros lugares. Ocupou, na minha adolescência. Hoje, é uma alegria pontual, que acontece apenas em finais de campeonato e em jogos de Copa do Mundo, quando o Inter e a Seleção Brasileira estão em campo. Sou colorada, é sabido. E brasileira.
Como colorada, obviamente que eu adoraria que o Grêmio goleasse o Flamengo dentro do Maracanã, e se vencer com jogadores pouco experientes, tanto melhor: seria a chance de despontarem novos ídolos. Mas essa sou eu, uma reles mulherzinha cujas paixões insanas estão reservadas para outros setores da vida, jamais para o futebol, e que nunca se importou de o Grêmio vencer campeonatos, desde que o Inter já estivesse fora do páreo. Desculpe a inocência.
Pelo que me foi dito por quem tem melhor memória do que eu, os colorados também já fizeram das suas para prejudicar o Grêmio. Se é verdade que o Inter algum dia jogou propositadamente mal, então também não honrou os próprios calções.
Rivalidade tem limite. Pode ser algo divertido e infantil, no que a infantilidade tem de melhor, que é o nosso resgate dos tempos do colégio, das gincanas, das turmas de rua. Natural que, mesmo crescidos, o espírito de disputa permaneça, que se diga “bem feito” quando o lado de lá perde, que se toquem flautas, que se soltem foguetes quando nosso adversário leva um gol. Coisa de piá.
O limite da rivalidade é extrapolado quando deixamos de ser gremistas ou colorados para virar um tipo de torcedor mais agressivo: aquele que é, antes de tudo, antigremista ou anticolorado, e que torce mesmo é pela humilhação do oponente em qualquer circunstância. É o lado perverso da infantilidade: são homens e mulheres que não conseguiram transpor os ritos de passagem, não suportam se sentir inferiores e confundem o futebol com uma espécie de religião. Aí deixam de pensar.
Se você fosse mãe ou pai de um jogador de futebol que entrasse em campo pressionado a perder, que conselho daria a seu filho?
a) “Faça o que seu patrão mandar. Emprego não anda fácil.”
b) “Se você é macho, jogue mal e ferre seu inimigo. Honra é pra boiola.”
c) “Quem tem escrúpulo, tem todos os dias. Não é desonesto no domingo e depois compensa sendo honesto na segunda-feira.”
Tomara que estejamos de acordo sobre escrúpulos, não só pro bem do futebol, mas pro bem do país, que está precisando."
Martha Medeiros
Fonte:ZH
Na lista das minhas preocupações cotidianas, o futebol nem entra. Ele está, no máximo, na lista das minhas diversões, e não chega a ocupar os 20 primeiros lugares. Ocupou, na minha adolescência. Hoje, é uma alegria pontual, que acontece apenas em finais de campeonato e em jogos de Copa do Mundo, quando o Inter e a Seleção Brasileira estão em campo. Sou colorada, é sabido. E brasileira.
Como colorada, obviamente que eu adoraria que o Grêmio goleasse o Flamengo dentro do Maracanã, e se vencer com jogadores pouco experientes, tanto melhor: seria a chance de despontarem novos ídolos. Mas essa sou eu, uma reles mulherzinha cujas paixões insanas estão reservadas para outros setores da vida, jamais para o futebol, e que nunca se importou de o Grêmio vencer campeonatos, desde que o Inter já estivesse fora do páreo. Desculpe a inocência.
Pelo que me foi dito por quem tem melhor memória do que eu, os colorados também já fizeram das suas para prejudicar o Grêmio. Se é verdade que o Inter algum dia jogou propositadamente mal, então também não honrou os próprios calções.
Rivalidade tem limite. Pode ser algo divertido e infantil, no que a infantilidade tem de melhor, que é o nosso resgate dos tempos do colégio, das gincanas, das turmas de rua. Natural que, mesmo crescidos, o espírito de disputa permaneça, que se diga “bem feito” quando o lado de lá perde, que se toquem flautas, que se soltem foguetes quando nosso adversário leva um gol. Coisa de piá.
O limite da rivalidade é extrapolado quando deixamos de ser gremistas ou colorados para virar um tipo de torcedor mais agressivo: aquele que é, antes de tudo, antigremista ou anticolorado, e que torce mesmo é pela humilhação do oponente em qualquer circunstância. É o lado perverso da infantilidade: são homens e mulheres que não conseguiram transpor os ritos de passagem, não suportam se sentir inferiores e confundem o futebol com uma espécie de religião. Aí deixam de pensar.
Se você fosse mãe ou pai de um jogador de futebol que entrasse em campo pressionado a perder, que conselho daria a seu filho?
a) “Faça o que seu patrão mandar. Emprego não anda fácil.”
b) “Se você é macho, jogue mal e ferre seu inimigo. Honra é pra boiola.”
c) “Quem tem escrúpulo, tem todos os dias. Não é desonesto no domingo e depois compensa sendo honesto na segunda-feira.”
Tomara que estejamos de acordo sobre escrúpulos, não só pro bem do futebol, mas pro bem do país, que está precisando."
Martha Medeiros
Fonte:ZH
terça-feira, dezembro 01, 2009
Só há noticias de corrupção
Não aguento mais saber de tanta corrupção.
São denúncias e mais denúncias diariamente.
Saber que alguém foi punido pelas "leis brasileiras" ou pelo povo, isto eu não sei, não.
Enquanto isto continuar: "roube e ficarás bem" o nosso País irá cada vez mais para baixo.
Eu não sei até aonde pode ir a degradação humana.
Quando a gente acha que não há mais nada no mundo da política capaz de nos chocar, encontramos algo mais nojento, e no Brasil.
Mas 2010 está chegando, e será o momento de fazer justiça nas urnas.
Renovação na Câmara, no Senado e na AL.
segunda-feira, novembro 30, 2009
As cartinhas para o Papai Noel
Hoje estive nos correios em Gravataí para buscar cartinhas das crianças escritas para o Papai Noel.
O funcionário disse que ainda não estava disponível e deu as costas.
Depois telefonei para saber quando eu poderia ir ler as cartas e fui informada que todas estão sendo encaminhadas para Porto Alegre.
O funcionário disse que ainda não estava disponível e deu as costas.
Depois telefonei para saber quando eu poderia ir ler as cartas e fui informada que todas estão sendo encaminhadas para Porto Alegre.
(Segundo informações , é que não há pessoas disponíveis para este trabalho).
Mas daí é sacanagem, eu acho.
Eu deduzo que a população de Gravataí não irá em Porto Alegre para buscar cartinhas, até porque eu não irei.
Porque eles dificultam "as boas ações"?
O que eu farei, é atender as crianças do Natal passado, mas sem saber qual foi o pedido para o Bom Velhinho.
É que eu pego as cartas e eu mesmo vou no endereço entregar o presente, e faço isto em família.
Entregar os presentes para os correios levar às crianças está fora dos meus atos.
E como moro em Gravataí, quero crianças que morem também aqui.
Confesso, fiquei frustada com esta mudança, pois acredito que muitas crianças daqui não terão seu pedido atendido.
Mas daí é sacanagem, eu acho.
Eu deduzo que a população de Gravataí não irá em Porto Alegre para buscar cartinhas, até porque eu não irei.
Porque eles dificultam "as boas ações"?
O que eu farei, é atender as crianças do Natal passado, mas sem saber qual foi o pedido para o Bom Velhinho.
É que eu pego as cartas e eu mesmo vou no endereço entregar o presente, e faço isto em família.
Entregar os presentes para os correios levar às crianças está fora dos meus atos.
E como moro em Gravataí, quero crianças que morem também aqui.
Confesso, fiquei frustada com esta mudança, pois acredito que muitas crianças daqui não terão seu pedido atendido.
Por que as coisas boas acabam enquanto as ruins permanecem?
Imagina se os correios de Porto Alegre também não quiserem mais receber as cartinhas, irão mandar para onde? para o Polo Norte?
Faço isto não por ser boazinha, mas é uma forma de agradecimento à Deus. ELE sabe disto.
domingo, novembro 29, 2009
sexta-feira, novembro 27, 2009
As belezas do RS hoje no Globo Repórter
Na minha opinião há raros programas na TV aberta que são bons, e um deles é o Globo Repórter.
Hoje o programa será todo sobre as belezas do RS e SC.
Alguns lugares eu conheço, outros não, mas pelas poucas imagens que vi no programa local ao meio-dia.
Eu garanto, é imperdível, as imagens e os lugares são lindos.
O RS é encantador, eu tenho certeza que vale a pena conhecer este meu belo Estado.
Nós gaúchos somos muitos receptivos.
Desejo um ótimo fim de semana, que ele seja iluminado por Deus.
"Faça o que for necessário para ser feliz.
Mas não esqueça que a felicidade é um sentimento simples.
Você pode encontrá-la e deixá-la ir embora por não perceber sua simplicidade".
Mário Quintana
P.S:Reveja o programa em www.g1.globo.com/globoreporter
quinta-feira, novembro 26, 2009
O Voo do filho do Lula e seus 15 amiguinhos
Hora, hora! Alguém imagina qual será o resultado?
Ainda bem que Papai Noel existe! Ho ho ho!
"A Comissão de Fiscalização Financeira e Controle da Câmara dos Deputados aprovou ontem requerimento solicitando à Força Aérea Brasileira (FAB) a lista de passageiros do voo do Boeing 737, o Sucatinha, do dia 9 de outubro. Nele, viajaram o presidente do Banco Central, Henrique Meirelles, o filho do presidente Lula, Fábio Luiz Lula da Silva, o Lulinha, e mais 15 acompanhantes.Segundo reportagem da Folha, o avião estava prestes a pousar em Brasília quando o comandante teve de voltar a São Paulo, a pedido de Meirelles. Lulinha e os demais passageiros embarcaram e o voo retornou à capital federal. Depois de ter confirmados os nomes dos passageiros, a comissão pretende tomar medidas para apurar o caso." (Zero Hora)
quarta-feira, novembro 25, 2009
Enxaqueca,não!
Sábado acordei às 4 horas com uma dor imensa de cabeça, e estive assim o dia inteiro, a noite piorou. Resumindo: ontem foi o pior de todos os dias, a dor imensa, também no corpo, nos olhos, enjoava com qualquer cheiro.
Eu nunca tinha me sentido assim, sou uma pessoa privilegiada por não adoecer, não saber o que é dor. E de repente esta dor constante, e que até o toque do telefone virou um martírio (isto que é o hino do Internacional).
Hoje fui obrigada a ir ao médico e ele diagnosticou: enxaqueca.
Eu não acreditei muito no médico bonitão, até porque nem foi feito exames.
O médico disse que ontem quando estava com muita dor eu devia ter ido para “tomar injeção na veia” e se eu sentir assim novamente é para voltar à clínica para tomar a injeção (daí que eu não vou).
As minhas cinzas serão jogadas no Beira-Rio, mas quero que isto demore.
Uma coisa eu tenho certeza, não quero sentir mais esta dor, seja ela enxaqueca ou não.
Quero voltar a ser privilegiada.
P.S: a dor sumir ontem a noite (26/11)
Eu nunca tinha me sentido assim, sou uma pessoa privilegiada por não adoecer, não saber o que é dor. E de repente esta dor constante, e que até o toque do telefone virou um martírio (isto que é o hino do Internacional).
Hoje fui obrigada a ir ao médico e ele diagnosticou: enxaqueca.
Eu não acreditei muito no médico bonitão, até porque nem foi feito exames.
O médico disse que ontem quando estava com muita dor eu devia ter ido para “tomar injeção na veia” e se eu sentir assim novamente é para voltar à clínica para tomar a injeção (daí que eu não vou).
As minhas cinzas serão jogadas no Beira-Rio, mas quero que isto demore.
Uma coisa eu tenho certeza, não quero sentir mais esta dor, seja ela enxaqueca ou não.
Quero voltar a ser privilegiada.
P.S: a dor sumir ontem a noite (26/11)
segunda-feira, novembro 23, 2009
Até quando: Idosos sofrerão Maus-tratos?
O MP estava investigando há mais de seis meses o asilo "Casa De Repouso Sonho Meu”(Caxias do Sul-RS), denúncias de maus-tratos, péssimas condições de higiene, sala para "tortura", aplicação de soníferos ( pois era uma maneira de diminuir o número de funcionários).
MP interditou o "asilo".
Segundo a imprensa, era cobrado R$800,00 por idoso, e os que não recebiam visitas de familiares, eram os alvos dos maus-tratos.
Os proprietários negam as acusações, mas uma ex-funcionária confirma.
Eu pergunto: este asilo não recebia visitas de voluntários e da fiscalização?
E os familiares que frequentavam o asilo, não enxergavam as condições dos outros idosos?
Eu visito um asilo daqui de Gravataí, e entro nos quartos, pois muitos idosos não ficam pelo pátio ou na sala aonde há vários sofás e a TV.
Eu sou meio metida, nunca perguntei se posso ir aos quartos, mas nunca fui impedida, e se isso ocorresse, eu desconfiaria.
É o governo maltratando os trabalhadores aposentados, e "empresários" faturando através do descaso dos familiares de idosos esquecidos.
Respeito, dignidade e carinho, são o mínimo que todo ser humano merece, principalmente na infância e velhice.
Muitos nestas fases não sabem como se defender e são abusados pelos monstros que se dizem humanos.
Vale lembrar:
"O que me preocupa não é o grito dos maus. É o silêncio dos bons."
Martin Luther King
MP interditou o "asilo".
Segundo a imprensa, era cobrado R$800,00 por idoso, e os que não recebiam visitas de familiares, eram os alvos dos maus-tratos.
Os proprietários negam as acusações, mas uma ex-funcionária confirma.
Eu pergunto: este asilo não recebia visitas de voluntários e da fiscalização?
E os familiares que frequentavam o asilo, não enxergavam as condições dos outros idosos?
Eu visito um asilo daqui de Gravataí, e entro nos quartos, pois muitos idosos não ficam pelo pátio ou na sala aonde há vários sofás e a TV.
Eu sou meio metida, nunca perguntei se posso ir aos quartos, mas nunca fui impedida, e se isso ocorresse, eu desconfiaria.
É o governo maltratando os trabalhadores aposentados, e "empresários" faturando através do descaso dos familiares de idosos esquecidos.
Respeito, dignidade e carinho, são o mínimo que todo ser humano merece, principalmente na infância e velhice.
Muitos nestas fases não sabem como se defender e são abusados pelos monstros que se dizem humanos.
Vale lembrar:
"O que me preocupa não é o grito dos maus. É o silêncio dos bons."
Martin Luther King
sexta-feira, novembro 20, 2009
Admiráveis são os aposentados
Há uma batalha declarada no Brasil, aposentados defendidos pelo senador Paulo Paim e o governo Lula se aliando ao PSDB, ambos pensando no próximo governo.
Lula e seus companheiros dizem-se constrangidos pelo Paim, e que não há condições de atender a reivindicação mais que justa dos aposentados.
"Eles" estão numa saia justa, pois a categoria dos aposentados é imensa. E contrariar a "massa" em véspera de eleição, é para ficar com medo das consequências.
Apesar do grande número dos aposentados, sempre foram esquecidos pelo governo.
Esta categoria resolveu agir e não dar trégua ao governo, estão dormindo nos corredores do Congresso e estão dispostos a proporcionar um desgaste eleitoral.
Lula que de bobo não tem nada, quer dividir o prejuízo com os líderes aliados e também com o PSDB.
Os aposentados resolveram não aceitar a proposta do governo e estão dispostos a lutar.
Não dá para admitir que alguém trabalhe 35 anos, pague INSS referentes a 10 salários e quando se aposenta, vê a cada ano a diminuição e desvalorização de uma vida inteira.
Os políticos mantêm altas as suas aposentadorias.
Os governadores "assumem" um Estado por quatro anos, e após isto, começam a receber uma pensão 50% a mais que quando estavam no "poder".
Para eles a justiça e para os trabalhadores as migalhas?
Alegar que ser justo com os aposentados quebraria o Brasil é uma mentira deslavada.
O que quebra o nosso país é o abuso de poder, o desvio de verbas, o superfaturamento das obras, enfim é a corrupção que está presente em todos os governos.
Acho admirável a união desta classe, mostra o quanto é possível pressionar os políticos.
Se hoje eu tivesse que bater palmas, curvar-me diante de uma majestade, tirar o chapéu, faria para os aposentados que estão lutando bravamente por sua causa, tão justa e mais que merecida.
Bravos guerreiros!
Lula e seus companheiros dizem-se constrangidos pelo Paim, e que não há condições de atender a reivindicação mais que justa dos aposentados.
"Eles" estão numa saia justa, pois a categoria dos aposentados é imensa. E contrariar a "massa" em véspera de eleição, é para ficar com medo das consequências.
Apesar do grande número dos aposentados, sempre foram esquecidos pelo governo.
Esta categoria resolveu agir e não dar trégua ao governo, estão dormindo nos corredores do Congresso e estão dispostos a proporcionar um desgaste eleitoral.
Lula que de bobo não tem nada, quer dividir o prejuízo com os líderes aliados e também com o PSDB.
Os aposentados resolveram não aceitar a proposta do governo e estão dispostos a lutar.
Não dá para admitir que alguém trabalhe 35 anos, pague INSS referentes a 10 salários e quando se aposenta, vê a cada ano a diminuição e desvalorização de uma vida inteira.
Os políticos mantêm altas as suas aposentadorias.
Os governadores "assumem" um Estado por quatro anos, e após isto, começam a receber uma pensão 50% a mais que quando estavam no "poder".
Para eles a justiça e para os trabalhadores as migalhas?
Alegar que ser justo com os aposentados quebraria o Brasil é uma mentira deslavada.
O que quebra o nosso país é o abuso de poder, o desvio de verbas, o superfaturamento das obras, enfim é a corrupção que está presente em todos os governos.
Acho admirável a união desta classe, mostra o quanto é possível pressionar os políticos.
Se hoje eu tivesse que bater palmas, curvar-me diante de uma majestade, tirar o chapéu, faria para os aposentados que estão lutando bravamente por sua causa, tão justa e mais que merecida.
Bravos guerreiros!
quinta-feira, novembro 19, 2009
Temporal no RS
Hoje antes das 13 horas, o céu ficou preto, começou vento forte e muitas chuva.
Eu que nunca tinha sentido medo da natureza, hoje senti.
Sabia que o Matheus estava dentro da escola, mas só pensava nele.
A escola liberou somente os alunos após a autorização dos pais, pois tinha postes caidos e fios soltos nas ruas.
Sabia que viria temporal, mas não pensei que fosse tão forte.
Eu que nunca tinha sentido medo da natureza, hoje senti.
Sabia que o Matheus estava dentro da escola, mas só pensava nele.
A escola liberou somente os alunos após a autorização dos pais, pois tinha postes caidos e fios soltos nas ruas.
Sabia que viria temporal, mas não pensei que fosse tão forte.
Pior é saber da destruição em várias cidades.
A energia veio a pouco tempo, faltou em toda Gravatai e na maior parte do RS.
A primeira foto é de Gravataí e a outra de Porto Alegre.(fotos retiradas do zerohora.com)
A primeira foto é de Gravataí e a outra de Porto Alegre.(fotos retiradas do zerohora.com)
terça-feira, novembro 17, 2009
Sou contra o casamento "no papel"
Sei que irei ser criticada, afinal a minha opinião é diferente da maioria das pessoas, mas colocarei mesmo assim.
Sou contra o casamento "no papel".
É aquele juramento que ninguém sabe se poderá cumprir, acho um absurdo.
Claro que todo mundo "quer ser feliz até que a morte os separe", mas a realidade tem mostrado que não é bem assim.
Se o papel fosse sinônimo de felicidade, amor e respeito, eu teria um casamento "no papel".
Para mim promessa é dívida, e como eu vou jurar amar, respeitar até que a morte nos separe?
E se o amado se transformar num traste, se eu não estiver feliz ao lado dele? Como fica o juramento?
Para mim, não serve.
Estava eu num casamento a qual a noiva estava casando com um "cara" que para os meus conceitos não era uma pessoa do bem. Confidenciei para a pessoa ao meu lado"coitada, casando com este cara", ouvi que isto não é coisa para ser dita dentro de uma igreja.
Eles casaram, a festa foi linda, maravilhosa e eles foram infelizes até a separação. Hoje ela está feliz da vida "casada" não no papel, tem um filho do atual marido, e irradia felicidade.
Uma conhecida casou com um lindo rapaz, a festa "foi o sonho da família".
Sou contra o casamento "no papel".
É aquele juramento que ninguém sabe se poderá cumprir, acho um absurdo.
Claro que todo mundo "quer ser feliz até que a morte os separe", mas a realidade tem mostrado que não é bem assim.
Se o papel fosse sinônimo de felicidade, amor e respeito, eu teria um casamento "no papel".
Para mim promessa é dívida, e como eu vou jurar amar, respeitar até que a morte nos separe?
E se o amado se transformar num traste, se eu não estiver feliz ao lado dele? Como fica o juramento?
Para mim, não serve.
Estava eu num casamento a qual a noiva estava casando com um "cara" que para os meus conceitos não era uma pessoa do bem. Confidenciei para a pessoa ao meu lado"coitada, casando com este cara", ouvi que isto não é coisa para ser dita dentro de uma igreja.
Eles casaram, a festa foi linda, maravilhosa e eles foram infelizes até a separação. Hoje ela está feliz da vida "casada" não no papel, tem um filho do atual marido, e irradia felicidade.
Uma conhecida casou com um lindo rapaz, a festa "foi o sonho da família".
Ele sofreu um acidente, quase morreu, ficou com sequelas, deixou de ser um homem perfeito fisicamente. bem ela não aguentou a situação e separou.
Quem sou eu para condená-la? Ela não estava preparada para "viver na doença, na tristeza, até que a morte os separe", mas não sabia disto. E sentindo-se despreparada, fez o que achou melhor, tentar a felicidade de outra maneira.
As pessoas são humanas, e ninguém sabe o que lhe espera no futuro, como irão reagir.
Pergunto: Como fazer um juramento, se desconhecemos o futuro?
Para mim não dá.
Prefiro viver no "pecado" (como não sou casada no papel, para minha mãe eu sou pecadora), mas prefiro estar na busca diária da felicidade plena, sem juramentos que não sei se poderei cumprir.
Quem sou eu para condená-la? Ela não estava preparada para "viver na doença, na tristeza, até que a morte os separe", mas não sabia disto. E sentindo-se despreparada, fez o que achou melhor, tentar a felicidade de outra maneira.
As pessoas são humanas, e ninguém sabe o que lhe espera no futuro, como irão reagir.
Pergunto: Como fazer um juramento, se desconhecemos o futuro?
Para mim não dá.
Prefiro viver no "pecado" (como não sou casada no papel, para minha mãe eu sou pecadora), mas prefiro estar na busca diária da felicidade plena, sem juramentos que não sei se poderei cumprir.
Para mim "promessa" é dívida e não podemos prometer o que não temos certeza se conseguiremos cumprir, e é isto que eu ensino para o Matheus.
Agora podem me xingar a vontade, mas é isto que eu sempre pensei.
Agora podem me xingar a vontade, mas é isto que eu sempre pensei.
quinta-feira, novembro 12, 2009
Conquiste!
terça-feira, novembro 10, 2009
Solidariedade Negociada
Foi descoberto um esquema que desviava telhas destinadas a flagelados pela chuva no RS.
Material prometido a desabrigados era repassado a madeireiras e vendido na Capital e região metropolitana.
Um oficial da reserva da Brigada Militar é um dos suspeitos de envolvimento junto com empresários ( bandidos).
O material equivale a quatro carretas carregadas ( até agora descoberto).
A investigação começou quando concorrentes das lojas de material de construção estranharam que algumas madeireiras vendiam as telhas a 40% do preço de mercado.
Os policiais civis tentam agora descobrir se as telhas foram desviadas antes ou depois que a Defesa Civil doou o material a prefeituras de 75 municípios afetados por vendavais.
Até hoje 12 pessoas foram presas.
Solidariedade saqueada também aconteceu no ano passado em SC.
A venda de produtos oferecidos às vítimas da trágica em SC no final do ano levou a Polícia Civil a indiciar nove pessoas no mês passado.
O país inteiro ficou solidário ao povo catarinense, e parte das doações foram roubadas.
Continuo afirmando que os políticos são o reflexo da maioria dos que os elegem, pois é mais fácil pensar só em si, em tirar vantagem.
O jeitinho brasileiro está em todas as classes sociais.
Como alguém pode dormir tranqüilo, sabendo que roubou alimentos, roupas e abrigo dos necessitados?
Uns roubam o próprio material e outros desviam os impostos.
Não importa a forma que é feita ou a quantidade roubada, a falta de caráter e a crueldade é prejudicial aos mais necessitados.
Material prometido a desabrigados era repassado a madeireiras e vendido na Capital e região metropolitana.
Um oficial da reserva da Brigada Militar é um dos suspeitos de envolvimento junto com empresários ( bandidos).
O material equivale a quatro carretas carregadas ( até agora descoberto).
A investigação começou quando concorrentes das lojas de material de construção estranharam que algumas madeireiras vendiam as telhas a 40% do preço de mercado.
Os policiais civis tentam agora descobrir se as telhas foram desviadas antes ou depois que a Defesa Civil doou o material a prefeituras de 75 municípios afetados por vendavais.
Até hoje 12 pessoas foram presas.
Solidariedade saqueada também aconteceu no ano passado em SC.
A venda de produtos oferecidos às vítimas da trágica em SC no final do ano levou a Polícia Civil a indiciar nove pessoas no mês passado.
O país inteiro ficou solidário ao povo catarinense, e parte das doações foram roubadas.
Continuo afirmando que os políticos são o reflexo da maioria dos que os elegem, pois é mais fácil pensar só em si, em tirar vantagem.
O jeitinho brasileiro está em todas as classes sociais.
Como alguém pode dormir tranqüilo, sabendo que roubou alimentos, roupas e abrigo dos necessitados?
Uns roubam o próprio material e outros desviam os impostos.
Não importa a forma que é feita ou a quantidade roubada, a falta de caráter e a crueldade é prejudicial aos mais necessitados.
segunda-feira, novembro 09, 2009
Milagres
Os dias estão cada vez mais curtos, esta é a sensação que temos.Parece que o tempo voa.
O que estamos fazendo do nosso tempo?
Estamos conseguindo viver como merecemos, estamos achando tempo para amar, sorrir, para os nossos amigos e nossa família?
Ou um presente numa data especial, substitui atenção e afeto?
O que seria data especial?
Para mim cada dia é único e não volta.A vida é uma só.
Tenho como lema:"devemos amar as pessoas como se não houvesse o amanhã".
Por isso, achei muito interessante este texto e compartilho nesta segunda-feira para ele ser refletido.
Desejo uma semana produtiva para todos.
Um grande abraço, de urso de preferência.
Mariana Moura
"Meu calendário de mesa tem uma frase de Albert Einstein, ou atribuída a ele, pois hoje ninguém mais pode ter certeza de autenticidade alguma.
De qualquer maneira, é um jogo de palavras tão bem-feito, que deve ter sido mesmo elaborado por uma mente brilhante. Diz: “Existem apenas duas maneiras de ver a vida. Uma é pensar que não existem milagres e a outra é que tudo é um milagre”.
Gostei da citação e resolvi mostrá-la a um colega de trabalho. Ele olhou distraído para a cartolina que eu tinha nas mãos e exclamou assustado:
– Meu Deus, já é novembro!
Também me espantei. Nem tinha percebido que o ano já está quase dobrando a esquina. A gente olha os dias e não vê o mês.
Pensei: pode ser mesmo que tudo seja um milagre, mas passa depressa demais. Novembro sempre me causa desconforto, pois precede aquela reta final do ano em que as pessoas ficam ensandecidas, querem ir a todas as festas, querem comprar tudo o que veem, sentem-se obrigadas a dar presentes, correm mais no trânsito, estressam-se demasiadamente.
Final de ano é tempo de bipolaridade, de euforia e depressão. Sei que tudo é relativo – como diria o autor da frase –, há quem ame a agitação, mas costumo ficar desnorteado com tanto compromisso e tanta pressão.
Se eu pudesse fabricar o meu próprio milagre de fim de ano, reeditaria uma cena de um dos filmes da série Super-Homem, aquela em que o herói voador faz o planeta girar ao contrário para o tempo retroceder. Nem precisaria voltar muito. Eu nem usaria meus superpoderes para recuperar as alegrias da infância ou as aventuras da juventude.
Bastaria retornar alguns dias neste calendário de papel, talvez até o início da primavera, só para que as pessoas reduzissem o ritmo de seus passos e a marcha de seus corações.
Temos pressa de quê?
Se não existem milagres, é bom que façamos as coisas devagar e bem-feitas, já que a construção do mundo depende da nossa inteligência e da nossa capacidade de realizar. Se tudo é fruto de um prodígio acima da nossa compreensão, de um sopro no barro ou de uma explosão galáctica, mais razão ainda para curtir com gosto e prazer a parte que nos toca.
Como não posso parar o planeta, nem fazer a vida recuar, faço o que está ao alcance de minhas mãos e retrocedo duas folhas do calendário. Encontro em setembro uma frase de Santo Agostinho – ou atribuída a ele, sempre é bom frisar – que talvez seja a resposta para esta angustiada reflexão: “Não há lugar para a sabedoria onde não há paciência”.
Tudo bem. Só não me obriguem a correr também."
Texto do jornalista Nilson Souza
Fonte:ZH 07/11
O que estamos fazendo do nosso tempo?
Estamos conseguindo viver como merecemos, estamos achando tempo para amar, sorrir, para os nossos amigos e nossa família?
Ou um presente numa data especial, substitui atenção e afeto?
O que seria data especial?
Para mim cada dia é único e não volta.A vida é uma só.
Tenho como lema:"devemos amar as pessoas como se não houvesse o amanhã".
Por isso, achei muito interessante este texto e compartilho nesta segunda-feira para ele ser refletido.
Desejo uma semana produtiva para todos.
Um grande abraço, de urso de preferência.
Mariana Moura
"Meu calendário de mesa tem uma frase de Albert Einstein, ou atribuída a ele, pois hoje ninguém mais pode ter certeza de autenticidade alguma.
De qualquer maneira, é um jogo de palavras tão bem-feito, que deve ter sido mesmo elaborado por uma mente brilhante. Diz: “Existem apenas duas maneiras de ver a vida. Uma é pensar que não existem milagres e a outra é que tudo é um milagre”.
Gostei da citação e resolvi mostrá-la a um colega de trabalho. Ele olhou distraído para a cartolina que eu tinha nas mãos e exclamou assustado:
– Meu Deus, já é novembro!
Também me espantei. Nem tinha percebido que o ano já está quase dobrando a esquina. A gente olha os dias e não vê o mês.
Pensei: pode ser mesmo que tudo seja um milagre, mas passa depressa demais. Novembro sempre me causa desconforto, pois precede aquela reta final do ano em que as pessoas ficam ensandecidas, querem ir a todas as festas, querem comprar tudo o que veem, sentem-se obrigadas a dar presentes, correm mais no trânsito, estressam-se demasiadamente.
Final de ano é tempo de bipolaridade, de euforia e depressão. Sei que tudo é relativo – como diria o autor da frase –, há quem ame a agitação, mas costumo ficar desnorteado com tanto compromisso e tanta pressão.
Se eu pudesse fabricar o meu próprio milagre de fim de ano, reeditaria uma cena de um dos filmes da série Super-Homem, aquela em que o herói voador faz o planeta girar ao contrário para o tempo retroceder. Nem precisaria voltar muito. Eu nem usaria meus superpoderes para recuperar as alegrias da infância ou as aventuras da juventude.
Bastaria retornar alguns dias neste calendário de papel, talvez até o início da primavera, só para que as pessoas reduzissem o ritmo de seus passos e a marcha de seus corações.
Temos pressa de quê?
Se não existem milagres, é bom que façamos as coisas devagar e bem-feitas, já que a construção do mundo depende da nossa inteligência e da nossa capacidade de realizar. Se tudo é fruto de um prodígio acima da nossa compreensão, de um sopro no barro ou de uma explosão galáctica, mais razão ainda para curtir com gosto e prazer a parte que nos toca.
Como não posso parar o planeta, nem fazer a vida recuar, faço o que está ao alcance de minhas mãos e retrocedo duas folhas do calendário. Encontro em setembro uma frase de Santo Agostinho – ou atribuída a ele, sempre é bom frisar – que talvez seja a resposta para esta angustiada reflexão: “Não há lugar para a sabedoria onde não há paciência”.
Tudo bem. Só não me obriguem a correr também."
Texto do jornalista Nilson Souza
Fonte:ZH 07/11
sábado, novembro 07, 2009
Cerveja reduz o estresse
"O consumo regular e responsável de cerveja pode, além de diminuir o estresse, melhorar a eficiência do metabolismo de dietas ricas em gordura.
Pesquisadores chilenos usaram ratos e constataram que aqueles que tomaram quantidades consideradas responsáveis de cerveja ficaram menos estressados e metabolizaram melhor os carboidratos.
Os pesquisadores do Instituto de Ciências da Faculdade de Medicina Clínica Alemã deram a um grupo de animais 10 gotas diárias de cerveja durante três meses e meio. Outro grupo não recebeu. Ao passarem por um estresse controlado, os ratos que consumiram cerveja apresentaram níveis menores de excitação emocional.
Os ratos que consumiram a dieta rica em gordura e cerveja subiram menos de peso do que aqueles que foram submetidos à mesma dieta, mas não ingeriram bebida alcoólica, apesar de o acesso a água e comida ser livre e sua atividade física a mesma. "
Santiago, Chile
Fonte:ZHPesquisadores chilenos usaram ratos e constataram que aqueles que tomaram quantidades consideradas responsáveis de cerveja ficaram menos estressados e metabolizaram melhor os carboidratos.
Os pesquisadores do Instituto de Ciências da Faculdade de Medicina Clínica Alemã deram a um grupo de animais 10 gotas diárias de cerveja durante três meses e meio. Outro grupo não recebeu. Ao passarem por um estresse controlado, os ratos que consumiram cerveja apresentaram níveis menores de excitação emocional.
Os ratos que consumiram a dieta rica em gordura e cerveja subiram menos de peso do que aqueles que foram submetidos à mesma dieta, mas não ingeriram bebida alcoólica, apesar de o acesso a água e comida ser livre e sua atividade física a mesma. "
Santiago, Chile
A dose saudável- Segundo a pesquisa, o consumo correto para um adulto é de duas latas ou 0,7 litro por dia.
Beba com moderação, por favor!
Se for dirigir,não beba, se beber, não dirija.
Eu não gosto de cerveja.
Amigos
sexta-feira, novembro 06, 2009
Cama na mesa
Divirtam-se neste hilário texto do escritor gaúcho Carpinejar.
Imaginar que é possível saber como o homem é na cama somente observando como ele se comporta a mesa, é muito divertido.
"Há tudo que é teoria sobre o sexo, confio naquela que antecipa a performance masculina a partir do jeito que o marmanjo avança na comida.
A melhor forma da mulher não se incomodar depois é convidar seu pretendente para uma simbólica e inofensiva refeição. Assim como há a tradicional reunião-almoço, é possível criar um jantar pré-sexual.
Teste seu parceiro. É seguro, preciso e previne futuros gastos com terapeuta.
Se o homem separa demais as comidinhas, cria cercas entre o arroz e o bife e a salada, come devagar como Gandhi, tem um pudor hospitalar com qualquer tempero, cisca o que não gosta, é nojento na escolha do cardápio, pede para trocar o copo, tem várias manias de limpeza, não estique a noite. Por favor, a primeira impressão já saiu com pouca tinta, não insista com a impressora.
É um daqueles sujeitos que converterá o guardanapo num babador e fará um macacão se tornar um tip top. Não conseguirá se recuperar de uma mancha de molho. Sairá correndo ao banheiro e ficará comentando o azar pelo resto da noite.
Sua atuação comprometerá, é um convite à compaixão. Ele terá medo da própria saliva, usará as posições mais confortáveis e não acreditará na combinação de sexo oral e amor. É o típico perfil de quem vai ligar no dia seguinte e conversará com sua mãe. Não confie em homem que telefona no dia seguinte.
Até pode parecer de boa cepa e família, refinado, perfeito para campanha de detergente. Não se engane. Difícil discernir o educado do reprimido. Psicopatas também são gentis.
Mas, caso ele faça três andares no prato, coloque o ovo em cima do arroz, o bife em cima do ovo, e encontre um espaço para a massa e a couve refogada, não hesite: seu desempenho promete passionalidade.
Os talheres terão a função de andaimes do edifício. Alternará as mãos com a perícia apressada de um bárbaro. A sensação é que tira agora o atrasado de um mês. Nada é posto de lado, nenhum fiapo de carne é desperdiçado, nenhuma ervilha, mistura as porções com coragem e gula. Lembrará Alexandre, o Grande, raspando a porcelana como se conquistasse novamente o Egito e o Afeganistão.
Observe ainda se ele deixa escorrer a gema pelo canto da boca – um requinte da espontaneidade, assim cumprirá com louvor o teste vocacional.
Demonstrará trejeitos de insaciável. Não temerá qualquer entrega. Não vai ficar olhando onde está se deitando, nem dobrará as roupas antes de enlaçá-la nos braços. Seguirá o impulso, derrubará os obstáculos pela frente e levará o abajur pela coleira a passear pelo quarto.
Homem bom é o que baba. A boca cheia de desejos."
FABRÍCIO CARPINEJAR
Fonte:ZH
Imaginar que é possível saber como o homem é na cama somente observando como ele se comporta a mesa, é muito divertido.
"Há tudo que é teoria sobre o sexo, confio naquela que antecipa a performance masculina a partir do jeito que o marmanjo avança na comida.
A melhor forma da mulher não se incomodar depois é convidar seu pretendente para uma simbólica e inofensiva refeição. Assim como há a tradicional reunião-almoço, é possível criar um jantar pré-sexual.
Teste seu parceiro. É seguro, preciso e previne futuros gastos com terapeuta.
Se o homem separa demais as comidinhas, cria cercas entre o arroz e o bife e a salada, come devagar como Gandhi, tem um pudor hospitalar com qualquer tempero, cisca o que não gosta, é nojento na escolha do cardápio, pede para trocar o copo, tem várias manias de limpeza, não estique a noite. Por favor, a primeira impressão já saiu com pouca tinta, não insista com a impressora.
É um daqueles sujeitos que converterá o guardanapo num babador e fará um macacão se tornar um tip top. Não conseguirá se recuperar de uma mancha de molho. Sairá correndo ao banheiro e ficará comentando o azar pelo resto da noite.
Sua atuação comprometerá, é um convite à compaixão. Ele terá medo da própria saliva, usará as posições mais confortáveis e não acreditará na combinação de sexo oral e amor. É o típico perfil de quem vai ligar no dia seguinte e conversará com sua mãe. Não confie em homem que telefona no dia seguinte.
Até pode parecer de boa cepa e família, refinado, perfeito para campanha de detergente. Não se engane. Difícil discernir o educado do reprimido. Psicopatas também são gentis.
Mas, caso ele faça três andares no prato, coloque o ovo em cima do arroz, o bife em cima do ovo, e encontre um espaço para a massa e a couve refogada, não hesite: seu desempenho promete passionalidade.
Os talheres terão a função de andaimes do edifício. Alternará as mãos com a perícia apressada de um bárbaro. A sensação é que tira agora o atrasado de um mês. Nada é posto de lado, nenhum fiapo de carne é desperdiçado, nenhuma ervilha, mistura as porções com coragem e gula. Lembrará Alexandre, o Grande, raspando a porcelana como se conquistasse novamente o Egito e o Afeganistão.
Observe ainda se ele deixa escorrer a gema pelo canto da boca – um requinte da espontaneidade, assim cumprirá com louvor o teste vocacional.
Demonstrará trejeitos de insaciável. Não temerá qualquer entrega. Não vai ficar olhando onde está se deitando, nem dobrará as roupas antes de enlaçá-la nos braços. Seguirá o impulso, derrubará os obstáculos pela frente e levará o abajur pela coleira a passear pelo quarto.
Homem bom é o que baba. A boca cheia de desejos."
FABRÍCIO CARPINEJAR
Fonte:ZH
Filmes:A Troca e Divã
Sugiro dois filmes que assisti nesta semana e gostei muito:
A Troca: é uma história baseada num fato real que acontece em 1928.
Divã: é um filme brasileiro de maior sucesso baseado no livro do mesmo nome da escritora Martha Medeiros.
Primeiro virou peça de teatro e devido o sucesso, neste ano estreou o filme.
A troca
Christine Collin (Angelina Jolie) é uma mãe que ora fervorosamente para que seu filho Walter (Gattlin Griffith) retorne para casa. O menino foi seqüestrado em uma manhã de sábado, após ela ter saído para trabalhar. Com a ajuda do reverendo Briegleb (John Malkovich) e após meses de buscas intensas, finalmente, a polícia encontra o garoto. Mas algo está errado e, em seu coração, Christine desconfia que ele não seja seu filho verdadeiro.
Christine Collin (Angelina Jolie) é uma mãe que ora fervorosamente para que seu filho Walter (Gattlin Griffith) retorne para casa. O menino foi seqüestrado em uma manhã de sábado, após ela ter saído para trabalhar. Com a ajuda do reverendo Briegleb (John Malkovich) e após meses de buscas intensas, finalmente, a polícia encontra o garoto. Mas algo está errado e, em seu coração, Christine desconfia que ele não seja seu filho verdadeiro.
Divã
Mercedes (Lília Cabral) é uma mulher de 40 anos, casada com Gustavo (José Mayer) e mãe de dois filhos, que decide procurar um psicanalista. A princípio, a decisão, que seria apenas para matar uma curiosidade, provoca uma série de mudanças em seu cotidiano. No divã, Mercedes questiona seu casamento, a realização profissional e seu poder de sedução. A melhor amiga, Mônica (Alexandra Richter), companheira de todos os momentos, vê de perto a transformação de Mercedes e participa de suas novas experiências e descobertas, apesar de nem sempre concordar com suas escolhas.
quarta-feira, novembro 04, 2009
Somos todos irmãos
terça-feira, novembro 03, 2009
Nunca aceitei o Racismo
Já contei no blog que minha mãe é racista (Quando era criança queria casar com negro ).
A mãe mora pertinho de Curitiba-PR e ontem eu falando com ela, eis que disse que deseja que Deus me dê uma boa nora (o Matheus só tem 13 anos.É cedo para eu ser sogra).
E completou a frase, dizendo :"que não seja negra, porque negro tem de casar com negro,e branco com branco."
Disse que ensino o Matheus a não ter preconceito, a ser livre do racismo.
Daí sim, ela ficou preocupada e me perguntou se o Matheus gosta de negro.
Minha mãe está com 70 anos e como me disse uma amiga, ela não irá mudar.
A minha sogra também é racista, quando ela via um negro(a) bonito dizia:"se fosse branco era bonito". De tanto eu brigar com a sogra por isso, ela não diz mais.
Em 2006 dei um livro para o Matheus muito lindo,sobre o racismo.
Conta a história de um menino que queria mudar de cor para acabar com as gozações.
O autor é :Júlio Emílio Braz.
Valor do livro:R$21,50 a 25,50.
A mãe mora pertinho de Curitiba-PR e ontem eu falando com ela, eis que disse que deseja que Deus me dê uma boa nora (o Matheus só tem 13 anos.É cedo para eu ser sogra).
E completou a frase, dizendo :"que não seja negra, porque negro tem de casar com negro,e branco com branco."
Disse que ensino o Matheus a não ter preconceito, a ser livre do racismo.
Daí sim, ela ficou preocupada e me perguntou se o Matheus gosta de negro.
Minha mãe está com 70 anos e como me disse uma amiga, ela não irá mudar.
A minha sogra também é racista, quando ela via um negro(a) bonito dizia:"se fosse branco era bonito". De tanto eu brigar com a sogra por isso, ela não diz mais.
Em 2006 dei um livro para o Matheus muito lindo,sobre o racismo.
Conta a história de um menino que queria mudar de cor para acabar com as gozações.
O autor é :Júlio Emílio Braz.
Valor do livro:R$21,50 a 25,50.
Eu recomendo.Felicidade não tem cor
"O preconceito é mais velho do que a consciência e do que a inteligência.Invariavelmente nasce da ignorância, do medo e da incompreensão" Júlio Emílio Braz.
O preconceito sempre existiu, o racismo é muito perigoso na nossa democracia, pois é possível mudar a classe social,de partido, de time (opa! de time não),de marido,mulher,de cidade, profissão e até de sexo, mas jamais alguém poderá mudar de raça.
Conto está história, não para minha mãe ser xingada, até porque todo mundo que lê o meu blog tem um familiar ou amigo querido que é preconceituoso.
Relato este fato, porque sempre achei que a cor,a classe social,a beleza ou falta dela, a perfeição física não define o caráter e o valor do ser humano.
E posso dizer que o Matheus sabe disto.
"Em quanto a cor da pele for mais importante que o brilho dos olhos havera guerra."
Bob Marley
"O preconceito é mais velho do que a consciência e do que a inteligência.Invariavelmente nasce da ignorância, do medo e da incompreensão" Júlio Emílio Braz.
O preconceito sempre existiu, o racismo é muito perigoso na nossa democracia, pois é possível mudar a classe social,de partido, de time (opa! de time não),de marido,mulher,de cidade, profissão e até de sexo, mas jamais alguém poderá mudar de raça.
Conto está história, não para minha mãe ser xingada, até porque todo mundo que lê o meu blog tem um familiar ou amigo querido que é preconceituoso.
Relato este fato, porque sempre achei que a cor,a classe social,a beleza ou falta dela, a perfeição física não define o caráter e o valor do ser humano.
E posso dizer que o Matheus sabe disto.
"Em quanto a cor da pele for mais importante que o brilho dos olhos havera guerra."
Bob Marley
segunda-feira, novembro 02, 2009
Trogloditas
Nesta segunda-feira que para muitos é um dia de tristeza,deixo aqui o artigo de um jornalista do Grupo RBS, para ser refletido.
Desejo uma ótima semana para todos.
Por Cláudio Brito*
"Inacreditável, absurdo, lamentável. Para mim, incompreensível. Refiro-me à reação de universitários de São Paulo, da Uniban, no ABC, ante a presença de uma colega, de 20 anos, trajando vestido curto. Não acreditei no que li e ouvi nos sites e outros espaços da moderna comunicação, mas estava lá, no YouTube e certamente em dezenas de celulares dos jovens que perseguiram e humilharam a moça, que acabou sendo retirada da universidade escoltada por policiais militares e ofendida por bárbaros que lhe gritavam palavrões enquanto passava entre eles em seu vestido justo, curto e vermelho, como a foto que vi, ou rosa, como a notícia que li. Colante, a mostrar as formas da moça e subindo a cada passo que dava, causou inaceitável agressão moral. Chamaram-na de tudo que se possa encontrar nos dicionários para humilhar e ferir, criando-se um fato incabível em 2009 e em um ambiente universitário.
O que terá disparado tamanha violência?
Como explicar a cena?
A moça deixou de ir às aulas, a vida de sua família está alterada. Sua mãe, uma semana depois do caso, chamada pela reitoria, reuniu-se com a direção da casa de ensino, nada se soube da conversa. Há uma sindicância para apuração de responsabilidades, o que será difícil realizar. Afinal, foram dezenas de homens e mulheres na aberração cometida. A jovem na sala de aula e a turma de ofensores na porta a gritar, filmar e fotografar. Garotas faziam o mesmo. As motivações dos rapazes e das moças, presumo, foram diferentes.
Não sou psicólogo, mas me permito supor que eles a desejassem e elas a invejassem. Frustrados, todos partiram para o preconceito e o barbarismo.
Preconceito que não faltou a um dos soldados que a ofendida chamou, graças a um bom colega que lhe alcançou um celular. Ao explicar aos jornalistas o que tinha acontecido, o policial disse que a estudante fora à faculdade em “trajes inapropriados”, causando furor e indignação, razão dos xingamentos e provocações.
Como se fosse natural e admissível que alguém precisasse de proteção da polícia e de um avental comprido para sair de uma universidade. Triste e ridículo que ela precisasse sair, retirada, ou ninguém se responsabilizaria pelas consequências.
Há 40 anos, na Rua da Praia, duas meninas passaram por algo parecido. Estavam de minissaia. Há 40 anos.
Lembro-me ainda de alguns casos semelhantes em visitas de alunas de colégios femininos aos colégios masculinos, fosse para a divulgação de uma quermesse, fosse para uma atividade de integração. Há mais de 40 anos, quando as escolas, na maioria, não eram mistas.
Houve um tempo em que homens arrastavam mulheres pelos cabelos e batiam com tacapes em suas cabeças, há pelo menos 400 mil anos.
Creia, aconteceu agora, não em uma caverna, mas em uma universidade.
Trogloditas aprovados no vestibular e na busca do diploma. Serão titulados um dia e andarão por aí. A difundirem asneiras e agressividade.
*Jornalista
Jornal Zero Hora
Desejo uma ótima semana para todos.
Por Cláudio Brito*
"Inacreditável, absurdo, lamentável. Para mim, incompreensível. Refiro-me à reação de universitários de São Paulo, da Uniban, no ABC, ante a presença de uma colega, de 20 anos, trajando vestido curto. Não acreditei no que li e ouvi nos sites e outros espaços da moderna comunicação, mas estava lá, no YouTube e certamente em dezenas de celulares dos jovens que perseguiram e humilharam a moça, que acabou sendo retirada da universidade escoltada por policiais militares e ofendida por bárbaros que lhe gritavam palavrões enquanto passava entre eles em seu vestido justo, curto e vermelho, como a foto que vi, ou rosa, como a notícia que li. Colante, a mostrar as formas da moça e subindo a cada passo que dava, causou inaceitável agressão moral. Chamaram-na de tudo que se possa encontrar nos dicionários para humilhar e ferir, criando-se um fato incabível em 2009 e em um ambiente universitário.
O que terá disparado tamanha violência?
Como explicar a cena?
A moça deixou de ir às aulas, a vida de sua família está alterada. Sua mãe, uma semana depois do caso, chamada pela reitoria, reuniu-se com a direção da casa de ensino, nada se soube da conversa. Há uma sindicância para apuração de responsabilidades, o que será difícil realizar. Afinal, foram dezenas de homens e mulheres na aberração cometida. A jovem na sala de aula e a turma de ofensores na porta a gritar, filmar e fotografar. Garotas faziam o mesmo. As motivações dos rapazes e das moças, presumo, foram diferentes.
Não sou psicólogo, mas me permito supor que eles a desejassem e elas a invejassem. Frustrados, todos partiram para o preconceito e o barbarismo.
Preconceito que não faltou a um dos soldados que a ofendida chamou, graças a um bom colega que lhe alcançou um celular. Ao explicar aos jornalistas o que tinha acontecido, o policial disse que a estudante fora à faculdade em “trajes inapropriados”, causando furor e indignação, razão dos xingamentos e provocações.
Como se fosse natural e admissível que alguém precisasse de proteção da polícia e de um avental comprido para sair de uma universidade. Triste e ridículo que ela precisasse sair, retirada, ou ninguém se responsabilizaria pelas consequências.
Há 40 anos, na Rua da Praia, duas meninas passaram por algo parecido. Estavam de minissaia. Há 40 anos.
Lembro-me ainda de alguns casos semelhantes em visitas de alunas de colégios femininos aos colégios masculinos, fosse para a divulgação de uma quermesse, fosse para uma atividade de integração. Há mais de 40 anos, quando as escolas, na maioria, não eram mistas.
Houve um tempo em que homens arrastavam mulheres pelos cabelos e batiam com tacapes em suas cabeças, há pelo menos 400 mil anos.
Creia, aconteceu agora, não em uma caverna, mas em uma universidade.
Trogloditas aprovados no vestibular e na busca do diploma. Serão titulados um dia e andarão por aí. A difundirem asneiras e agressividade.
*Jornalista
Jornal Zero Hora
Finados e o meu Internacional
domingo, novembro 01, 2009
O último a lembrar de nós
Amigos, neste domingo, dia de todos os santos, deixo aqui um texto para reflexão sobre a nossa "vida".
Desejo que este feriadão seja para todos cheio de paz, tranquilidade e amor.
Beijos e um grande abraço.
"Recentemente li Rimas da Vida e da Morte, do excelente Amós Oz, que narra os delírios de um escritor que, ao participar de um sarau literário, começa a olhar para cada desconhecido na plateia e a criar silenciosamente uma história fictícia para cada um deles, numa inspirada viagem mental. Lá pelas tantas, em determinado capítulo, o autor comenta algo que sempre me fez pensar: diz ele que a gente vive até o dia em que morre a última pessoa que lembra de nós. Pode ser um filho, um neto, um bisneto ou um admirador, mas enquanto essa pessoa viver, mesmo a gente já tendo morrido, viveremos através da lembrança dele. Só quando essa pessoa morrer, a última que ainda lembra de nós, é que morreremos em definitivo, para sempre. Estaremos tão mortos como se nunca tivéssemos existido.
Pra minha sorte, tive poucas perdas realmente dolorosas. Perdi um querido amigo há mais de 20 anos, e perdi uma avó que era como uma segunda mãe. Lembro deles constantemente, sonho com eles, busco-os na minha memória, porque é a única homenagem possível: mantê-los vivos através do que recordo deles. Daqui a 100 anos, ninguém mais se lembrará nem de um, nem de outro, eles não terão mais amigos, netos ou bisnetos vivos, eles estarão definitivamente mortos, e pensar nisso me dói como se eles fossem morrer de novo.
Aquele que compõe músicas, faz filmes, escreve livros, bate recordes ou é um Pelé, um Picasso, um Mozart, consegue uma imortalidade estendida, mas, ainda assim, será sempre lembrado por sua imagem pública, não mais a privada, não mais a lembrança da sua voz ao acordar, da risada, do bom humor ou do mau humor, não mais daquilo que lhe personificava na intimidade. Serão póstumos, mas não farão mais falta na vida daqueles com quem compartilharam almoços, madrugadas, discussões, já que essas testemunhas também não estarão mais aqui.
Alguém me disse: se você acreditasse em reencarnação, nada disso te ocuparia a mente. De fato, não acredito, e mesmo que eu esteja enganada, de que me serve a eternidade sem poder comprová-la? Se sou um besouro reencarnado ou se já fui uma princesa egípcia, que diferença faz? Minha consciência é que me guia, não minhas abstrações. Sou quem sou, sou aquela que pode ser lembrada. Não me conforta ser uma especulação.
É provável que ainda não tenha nascido aquele que será o último a me recordar, a rever minhas fotos, a falar bem ou mal de mim. Nem tive netos ainda. Qual será a data de minha morte definitiva? Não será a do meu último suspiro, e sim a do último suspiro daquele que ainda me carrega na sua lembrança afetiva – ou no seu ódio por mim, já que o ódio igualmente mantém nossa sobrevivência. Cafajestes e assassinos também se mantêm vivos através daqueles que lhes temeram um dia.
Nessa véspera de Finados, queria fazer uma homenagem a ele: ao último ser humano a lembrar de nós, a ter saudade de nós, a recordar nosso jeito de caminhar, de resmungar, o último a guardar os casos que ouviu sobre nós e a reter nossa história particular. O último a pronunciar nosso nome, a nos fazer elogios ou a discordar de nossas ideias. O último a permitir que habitássemos sua recordação. Bendita seja essa criatura, que ainda nos manterá vivos para muito além da vida.
Bendita seja essa criatura, que ainda nos manterá vivos para muito além da vida."
Texto da Martha Medeiros
Zero Hora 01/11
Desejo que este feriadão seja para todos cheio de paz, tranquilidade e amor.
Beijos e um grande abraço.
"Recentemente li Rimas da Vida e da Morte, do excelente Amós Oz, que narra os delírios de um escritor que, ao participar de um sarau literário, começa a olhar para cada desconhecido na plateia e a criar silenciosamente uma história fictícia para cada um deles, numa inspirada viagem mental. Lá pelas tantas, em determinado capítulo, o autor comenta algo que sempre me fez pensar: diz ele que a gente vive até o dia em que morre a última pessoa que lembra de nós. Pode ser um filho, um neto, um bisneto ou um admirador, mas enquanto essa pessoa viver, mesmo a gente já tendo morrido, viveremos através da lembrança dele. Só quando essa pessoa morrer, a última que ainda lembra de nós, é que morreremos em definitivo, para sempre. Estaremos tão mortos como se nunca tivéssemos existido.
Pra minha sorte, tive poucas perdas realmente dolorosas. Perdi um querido amigo há mais de 20 anos, e perdi uma avó que era como uma segunda mãe. Lembro deles constantemente, sonho com eles, busco-os na minha memória, porque é a única homenagem possível: mantê-los vivos através do que recordo deles. Daqui a 100 anos, ninguém mais se lembrará nem de um, nem de outro, eles não terão mais amigos, netos ou bisnetos vivos, eles estarão definitivamente mortos, e pensar nisso me dói como se eles fossem morrer de novo.
Aquele que compõe músicas, faz filmes, escreve livros, bate recordes ou é um Pelé, um Picasso, um Mozart, consegue uma imortalidade estendida, mas, ainda assim, será sempre lembrado por sua imagem pública, não mais a privada, não mais a lembrança da sua voz ao acordar, da risada, do bom humor ou do mau humor, não mais daquilo que lhe personificava na intimidade. Serão póstumos, mas não farão mais falta na vida daqueles com quem compartilharam almoços, madrugadas, discussões, já que essas testemunhas também não estarão mais aqui.
Alguém me disse: se você acreditasse em reencarnação, nada disso te ocuparia a mente. De fato, não acredito, e mesmo que eu esteja enganada, de que me serve a eternidade sem poder comprová-la? Se sou um besouro reencarnado ou se já fui uma princesa egípcia, que diferença faz? Minha consciência é que me guia, não minhas abstrações. Sou quem sou, sou aquela que pode ser lembrada. Não me conforta ser uma especulação.
É provável que ainda não tenha nascido aquele que será o último a me recordar, a rever minhas fotos, a falar bem ou mal de mim. Nem tive netos ainda. Qual será a data de minha morte definitiva? Não será a do meu último suspiro, e sim a do último suspiro daquele que ainda me carrega na sua lembrança afetiva – ou no seu ódio por mim, já que o ódio igualmente mantém nossa sobrevivência. Cafajestes e assassinos também se mantêm vivos através daqueles que lhes temeram um dia.
Nessa véspera de Finados, queria fazer uma homenagem a ele: ao último ser humano a lembrar de nós, a ter saudade de nós, a recordar nosso jeito de caminhar, de resmungar, o último a guardar os casos que ouviu sobre nós e a reter nossa história particular. O último a pronunciar nosso nome, a nos fazer elogios ou a discordar de nossas ideias. O último a permitir que habitássemos sua recordação. Bendita seja essa criatura, que ainda nos manterá vivos para muito além da vida.
Bendita seja essa criatura, que ainda nos manterá vivos para muito além da vida."
Texto da Martha Medeiros
Zero Hora 01/11
quinta-feira, outubro 29, 2009
Um MEIO ou uma DESCULPA?
Por Roberto Shinyashiki
"Não conheço ninguém que conseguiu realizar seu sonho, sem sacrificar feriados e domingos pelo menos uma centena de vezes. Da mesma forma, se você quiser construir uma relação amiga com seus filhos, terá que se dedicar a isso, superar o cansaço, arrumar tempo para ficar com eles,deixar de lado o orgulho e o comodismo.
"Não conheço ninguém que conseguiu realizar seu sonho, sem sacrificar feriados e domingos pelo menos uma centena de vezes. Da mesma forma, se você quiser construir uma relação amiga com seus filhos, terá que se dedicar a isso, superar o cansaço, arrumar tempo para ficar com eles,deixar de lado o orgulho e o comodismo.
Se quiser um casamento gratificante, terá que investir tempo, energia e sentimentos nesse objetivo. O sucesso é construído à noite! Durante o dia você faz o que todos fazem. Mas, para obter um resultado diferente da maioria, você tem que ser especial. Se fizer igual a todo mundo,obterá os mesmos resultados.
Não se compare à maioria, pois, infelizmente ela não é modelo de sucesso.Se você quiser atingir uma meta especial, terá que estudar no horário em que os outros estão tomando chopp com batatas fritas. Terá de planejar, enquanto os outros permanecem à frente da televisão. Terá de trabalhar enquanto os outros tomam Sol à beira da piscina. O mundo não está nem aí, se você está cansado ou triste, ele não para. E quem vive lamentado ou reclamando da vida nunca vai conseguir chegar em lugar nenhum.
A realização de um sonho depende de dedicação. Há muita gente queespera que o sonho se realize por mágica, mas toda mágica é ilusão, e ailusão não tira ninguém de onde está, em verdade a ilusão é combustíveldos perdedores pois...
Quem quer fazer alguma coisa, encontra um MEIO. Quem não quer fazer nada, encontra uma DESCULPA!!
Amigos, após esta leitura peço-lhes um favor. Desde 2007 batalho para que um projeto na AL vire lei e acabe com a pensão dos ex-governadores.
Este projeto está na Comissão de Constituição e Justiça da AL e será apreciada na próxima terça-feira.
Peço-lhes que enviem e-mail para os deputados da comissão para eles apreciarem a favor e este projeto possa ir para ser votado na AL.
Os endereços dos e-mails e a mensagem está no post abaixo.
Muito obrigada.
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