Para compensar a falta de afeto e carinhos maternais na minha infância, e estudando em colégio católico, tornei-me fiel e fervorosa fanática de Maria, a Mãe de Jesus, que me era apresentada como Mãe de Todos . Pouco antes de tornar-me adulta - naqueles tempos não havia a tal adolescência, numa espécie de rito de passagem, onde pelo direito ao uso de certos símbolos, como por exemplo sapatos de salto alto ou maquiagem, por volta dos 15 anos éramos incluídas no universo adulto - ciente de que não importava o quanto eu rezasse ou bajulasse essa Mãe, como a outra, ela não se importava. Não atendia minhas necessidades de carinho, e , observando o estado de abandono, muito pior do que o meu e de meu irmão, da grande parte dos filhos da terra, assim como a enorme e abissal distância que havia entre as palavras , os discursos dos pregadores, e suas práticas absolutamente afastadas da caridade e do Amor ao próximo, converti-me ao materialismo dialético marxista, com uma certa tolerância e curiosidade quanto à Teologia da Libertação. Escondendo minhas convicções em plenos "anos de chumbo" , cresci, namorei um líder estudantil, casei, ele era namorador e pelego, descasei, casei de novo e tive filhos, e ele era malandro, namorador e mentiroso. Descasei de novo. Só, como sempre, com 4 filhos para criar e uma profissão que amava, mesmo não exercendo a especialidade escolhida, por pressão de preconceitos e necessidade financeira.
MOSTRANDO
quarta-feira, 27 de junho de 2012
Minha LINHA DO TEMPO - parte I
Para compensar a falta de afeto e carinhos maternais na minha infância, e estudando em colégio católico, tornei-me fiel e fervorosa fanática de Maria, a Mãe de Jesus, que me era apresentada como Mãe de Todos . Pouco antes de tornar-me adulta - naqueles tempos não havia a tal adolescência, numa espécie de rito de passagem, onde pelo direito ao uso de certos símbolos, como por exemplo sapatos de salto alto ou maquiagem, por volta dos 15 anos éramos incluídas no universo adulto - ciente de que não importava o quanto eu rezasse ou bajulasse essa Mãe, como a outra, ela não se importava. Não atendia minhas necessidades de carinho, e , observando o estado de abandono, muito pior do que o meu e de meu irmão, da grande parte dos filhos da terra, assim como a enorme e abissal distância que havia entre as palavras , os discursos dos pregadores, e suas práticas absolutamente afastadas da caridade e do Amor ao próximo, converti-me ao materialismo dialético marxista, com uma certa tolerância e curiosidade quanto à Teologia da Libertação. Escondendo minhas convicções em plenos "anos de chumbo" , cresci, namorei um líder estudantil, casei, ele era namorador e pelego, descasei, casei de novo e tive filhos, e ele era malandro, namorador e mentiroso. Descasei de novo. Só, como sempre, com 4 filhos para criar e uma profissão que amava, mesmo não exercendo a especialidade escolhida, por pressão de preconceitos e necessidade financeira.
quarta-feira, 23 de maio de 2012
Felicidade
Fui dormir em meu quarto que não tem casa, no meio da mata que amo. Meses que não ia. Chegando quase meia noite, o que é totalmente contra-indicado, num quarto entre paredes, sem habitante há meses, chegar à noite. Fazer o que, as vezes a vida, as circunstancias, nos colocam dilemas assim. A fechadura estava emperrada, Tento, 10, 15 minutos, finalmente abre. Ufa ! Interruptor ao lado da porta, click...nada. clickclickclick, nada, procuro o do banheiro - é meu quarto na mata tem banheiro e luz elétrica, total, dez metros quadrados...click, nada, sem luz. Contas em debito automático, desço, examino o relógio-marcador-medidor, movendo-me entre o negrume da noite, com uma lanterninha que usava para examinar gargantas e reflexos oculares quando trabalhava; examino o poste, com o flash da minha velha e humilde Sony,varias fotos, olho no visor, tudo parece no lugar .Escuto forte um TUM - TUM - TUM, como pegadas de alguém correndo nas trilhas por onde subi. Medo. Não, medinho. Percebo, então, que se tratava apenas do meu coração, audível em tamanho silencio. Percorro com o facho de luz da lanterna, o piso, as paredes, e vejo, como quase sempre quando chego lá, uma aranha, dessas pernudas, sem teia, que dizem que se deve temer, lá, ao lado da cama. Habitualmente, de dia, ponho roupas, livros e objetos para fora e com delicadeza varro o animal , companhia indesejada, para bem longe, na mata. Eventualmente, amasso mesmo. Ora, trata-se do meu espaço, para elas existem muitos e muitos espaços mais. Mas impossivel toda essa manobra no escuro, com uma das mãos ocupada segurando a mini-lanterna que nem sei quanto tempo permanecerá acesa. E a danadinha, esperta que só ela, protegia-se atras de um icone de Buda, que ali fica para lembrar-me, e às raras visitas, do respeito que se deve a todas as formas de vida. Matar uma aranha sobre a cabeça de Buda ?
Tranquei a porta, empenada, para conseguir precisei dar algumas marteladas nas dobradiças, fui dormir mesmo no quartomóvel. Frio em Petrópolis ? Estou há 400 mts acima do nivel da cidade, que está a 890mts do nível do mar, deveria ser muito frio. Dormi 5 hs direto, um dos meus records de sono continuo. Um conforto delicioso. Acordo antes do amanhecer e tenho o privilegio, mais uma vez, de presenciar os contornos das montanhas que me cercam, marcando-se ante a luminosidade que surge. Sem sair do saco de dormir, no bem quentinho, e sem insetos ( Que bicho-da-mata- sou eu ? Uma fraude!). Os passarinhos todos em sinfonia, a cascata em frente, com seu rumorejar apelativo. fica-fica-fica...Saio antes do sol, ele mesmo, se mostrar. Aqui, neste vale profundo apesar da altitude, ele só dá as caras um tanto mais tarde, e preciso resolver muitas coisas, de onde estou ao centro da cidade, pelo menos uma hora. Dessa cidade até onde moram meus cães velhinhos, mais tres hs.
Mas tudo vale a pena.
Na descida, o sol começa a reluzir nas montanhas, lá longe, Maria Comprida, quase sempre parcialmente encoberta por seu chapéu de nuvens, neste dia, mais do que um chapéu, mostrava um xale.
E já no asfalto, na tal civilização, olho para onde eu estava, bem lá no alto, aos pés desse pico lá atras, ao pés do Alcobaça. Nem gosto mais de ir, porque detesto ter que não ficar.
Tranquei a porta, empenada, para conseguir precisei dar algumas marteladas nas dobradiças, fui dormir mesmo no quartomóvel. Frio em Petrópolis ? Estou há 400 mts acima do nivel da cidade, que está a 890mts do nível do mar, deveria ser muito frio. Dormi 5 hs direto, um dos meus records de sono continuo. Um conforto delicioso. Acordo antes do amanhecer e tenho o privilegio, mais uma vez, de presenciar os contornos das montanhas que me cercam, marcando-se ante a luminosidade que surge. Sem sair do saco de dormir, no bem quentinho, e sem insetos ( Que bicho-da-mata- sou eu ? Uma fraude!). Os passarinhos todos em sinfonia, a cascata em frente, com seu rumorejar apelativo. fica-fica-fica...Saio antes do sol, ele mesmo, se mostrar. Aqui, neste vale profundo apesar da altitude, ele só dá as caras um tanto mais tarde, e preciso resolver muitas coisas, de onde estou ao centro da cidade, pelo menos uma hora. Dessa cidade até onde moram meus cães velhinhos, mais tres hs.
Mas tudo vale a pena.
Na descida, o sol começa a reluzir nas montanhas, lá longe, Maria Comprida, quase sempre parcialmente encoberta por seu chapéu de nuvens, neste dia, mais do que um chapéu, mostrava um xale.
E já no asfalto, na tal civilização, olho para onde eu estava, bem lá no alto, aos pés desse pico lá atras, ao pés do Alcobaça. Nem gosto mais de ir, porque detesto ter que não ficar.
sexta-feira, 11 de maio de 2012
quinta-feira, 10 de maio de 2012
SAIA JUSTA
Um dia desses, nessas listas que deram para atravancar o facebook, ou num e-mail desses meio que spam, interessantezinho, dizia-se que não se deve usar a desculpa da idade para tudo e qualquer coisa. Então, não uso, é mesmo culpa de como sou e não sei ainda dizer o que não penso, não sou educada, não tenho modos.
Ganhei um presente. Não, não é daqueles que ganhei no meu recente aniversario de mais uma década completa, mas este, vindo de quem vem , me envaidece. Só que... Ahá, viram, não usei o "mas " de sempre, já que quase sempre tenho restrições a tudo e ainda não aprendi a ficar calada. Como meu irmão de fantasia, o Urtigão, que dispara tiros contra tudo, todos que lhe incomodam, eu disparo palavras , depois mesmo arrependida (?) não as posso recolher, não voltam mesmo. Retomando, só que fiquei sem palavras. Ganhar uma obra de arte é um privilégio. Eu, que bicho-mesmo-do-mato-e-da-mata tenho dificuldade em entender arte e vejo tudo, é óbvio, a partir das minhas limitações, um pragmatismo narcísico. Então vejo a inter[in]venção do TONHO, que me chega por e-mail sobre uma antiga foto minha e penso - Caraca, eu tenho medo de cruz. Não consigo associá-la à espiritualidade, mas a maldade humana. Instrumento de tortura e dor. Brandida para atemorizar os pequeninos e frágeis, ferramenta para oprimir, fazer sofrer, amedrontar, apontando com ameaças de inferno eterno para pessoas como eu . Ainda, aposta a uma sombra de minha imagem, de saias largas, como são as que uso. E acompanhada das palavras "são seus pensamentos....sãos" eu, que não tenho sãos pensamentos, tenho-os vãos, tontos, perdidos, e fiquei matutando, até finalmente quase conseguir separar arte do real. Mas sinto-me agora aprisionada por aqueles elos corrente de rosário finalizada pela cruz.
Sim, sim, a composição ficou muutoligall , não tenho que me martirizar por isso, imagem adequada.
Só que tenho tanto medo da cruz quanto daqueles ícones que mostram Jesus e Maria de coração para fora, sempre penso em algum estripador, eviscerador. Violência e morte, Inquisição, não consigo associa-las a Amor. E detesto " beijo no coração".
TONHO, leva a mal, não, estamos nos conhecendo agora, embora eu tenha ido algumas vezes nestes anos ao 6vqcoisa calada, em geral, como quase sempre são minhas visitas, mesmo com esse treinamento ( parece que ineficaz) em me expor e tornar-me um ser social - socialmente de longe, protegida pelo DELETE
Ganhei um presente. Não, não é daqueles que ganhei no meu recente aniversario de mais uma década completa, mas este, vindo de quem vem , me envaidece. Só que... Ahá, viram, não usei o "mas " de sempre, já que quase sempre tenho restrições a tudo e ainda não aprendi a ficar calada. Como meu irmão de fantasia, o Urtigão, que dispara tiros contra tudo, todos que lhe incomodam, eu disparo palavras , depois mesmo arrependida (?) não as posso recolher, não voltam mesmo. Retomando, só que fiquei sem palavras. Ganhar uma obra de arte é um privilégio. Eu, que bicho-mesmo-do-mato-e-da-mata tenho dificuldade em entender arte e vejo tudo, é óbvio, a partir das minhas limitações, um pragmatismo narcísico. Então vejo a inter[in]venção do TONHO, que me chega por e-mail sobre uma antiga foto minha e penso - Caraca, eu tenho medo de cruz. Não consigo associá-la à espiritualidade, mas a maldade humana. Instrumento de tortura e dor. Brandida para atemorizar os pequeninos e frágeis, ferramenta para oprimir, fazer sofrer, amedrontar, apontando com ameaças de inferno eterno para pessoas como eu . Ainda, aposta a uma sombra de minha imagem, de saias largas, como são as que uso. E acompanhada das palavras "são seus pensamentos....sãos" eu, que não tenho sãos pensamentos, tenho-os vãos, tontos, perdidos, e fiquei matutando, até finalmente quase conseguir separar arte do real. Mas sinto-me agora aprisionada por aqueles elos corrente de rosário finalizada pela cruz.
Sim, sim, a composição ficou muutoligall , não tenho que me martirizar por isso, imagem adequada.
Só que tenho tanto medo da cruz quanto daqueles ícones que mostram Jesus e Maria de coração para fora, sempre penso em algum estripador, eviscerador. Violência e morte, Inquisição, não consigo associa-las a Amor. E detesto " beijo no coração".
TONHO, leva a mal, não, estamos nos conhecendo agora, embora eu tenha ido algumas vezes nestes anos ao 6vqcoisa calada, em geral, como quase sempre são minhas visitas, mesmo com esse treinamento ( parece que ineficaz) em me expor e tornar-me um ser social - socialmente de longe, protegida pelo DELETE
quinta-feira, 3 de maio de 2012
informação nova
Não, eu não desisti, não. Meu maior defeito, ou qualidade, talvez seja a teimosia. Mais do que perseverança.
Além das dificuldades usuais, que não canso de repetir, os mosquitos por todo lado, o mosquiteiro me incomoda também, o pcfrankestinho detonando-se a cada dia, estou com os meninos aqui, enquanto seus pais viajam a trabalho e isso me toma todo o tempo, aliás, deixa todo o tempo insuficiente. Dificuldade feliz.
Informação nova é isso ? Lógico que não, isto é para lá de requentado, é que conforme digo, as vezes ando por outros lados e hoje postei AQUI. Um dia desses foi a Velhinha Veloz, e o viciante FB, enquanto não me incluírem compulsoriamente na tal linha do tempo. Nunca fui de andar na linha e não será naquela, mesmo gostando de bater papo e "rever" antigos amigos. E aqui ando ainda com dificuldades para me situar no tal novo blogger, que os "donos" afirmam ser mais fácil, mas que faz uma velha, tal como um velho cão, ter dificuldades em reconhecer e aplicar truques novos. Com pressa e depressa, não acho os ícones que preciso clicar e como sempre tive uma certa dificuldade em reconhecer símbolos, estou engatinhando novamente, logo agora que aprendera a andar..
Essa dificuldade em reconhecer ícones, já me deixou em situações esdruxulas, como ao assistir a um concerto, na chic sala São Paulo, ao final entre os aplausos, corro ao toilete, sacumé, véia tem urgências miccionais, entro na "casinha" e ao sair vejo um homem de pé apoiado à parede em frente... Eu estava no reservado errado... ( Acho que já contei essa e seu desfecho)
Essas fotos que faço ao estilo Velhinha Veloz, sempre tem um poste, um tronco de árvore, uma gente, ou fios na cena. Eu poderia usar photoshop(?) mas me sinto mentindo, como se a foto deixasse de ser autentica. Sempre digo que vou parar para fotografar, mas sempre será na próxima, pois dessa estou com pressa de chegar. Lá, ou cá. Seja onde for.
Além das dificuldades usuais, que não canso de repetir, os mosquitos por todo lado, o mosquiteiro me incomoda também, o pcfrankestinho detonando-se a cada dia, estou com os meninos aqui, enquanto seus pais viajam a trabalho e isso me toma todo o tempo, aliás, deixa todo o tempo insuficiente. Dificuldade feliz.
Informação nova é isso ? Lógico que não, isto é para lá de requentado, é que conforme digo, as vezes ando por outros lados e hoje postei AQUI. Um dia desses foi a Velhinha Veloz, e o viciante FB, enquanto não me incluírem compulsoriamente na tal linha do tempo. Nunca fui de andar na linha e não será naquela, mesmo gostando de bater papo e "rever" antigos amigos. E aqui ando ainda com dificuldades para me situar no tal novo blogger, que os "donos" afirmam ser mais fácil, mas que faz uma velha, tal como um velho cão, ter dificuldades em reconhecer e aplicar truques novos. Com pressa e depressa, não acho os ícones que preciso clicar e como sempre tive uma certa dificuldade em reconhecer símbolos, estou engatinhando novamente, logo agora que aprendera a andar..
Essa dificuldade em reconhecer ícones, já me deixou em situações esdruxulas, como ao assistir a um concerto, na chic sala São Paulo, ao final entre os aplausos, corro ao toilete, sacumé, véia tem urgências miccionais, entro na "casinha" e ao sair vejo um homem de pé apoiado à parede em frente... Eu estava no reservado errado... ( Acho que já contei essa e seu desfecho)
Essas fotos que faço ao estilo Velhinha Veloz, sempre tem um poste, um tronco de árvore, uma gente, ou fios na cena. Eu poderia usar photoshop(?) mas me sinto mentindo, como se a foto deixasse de ser autentica. Sempre digo que vou parar para fotografar, mas sempre será na próxima, pois dessa estou com pressa de chegar. Lá, ou cá. Seja onde for.
terça-feira, 10 de abril de 2012
Jogando a toalha
Há já alguns dias venho iniciando e desistindo dessa postagem. Hoje ao sentar-me frente á máquina defeituosa, e entre os mosquitos, mais uma vez fico perdida entre tantas confusões de meus pensamentos.
Afinal, jogo a toalha ? Desisto do que acredito, ou não ? Mas reli páginas e páginas de mim, do que tenho deixado aqui , escrito, e percebo que, afinal, nada muda mesmo, e os problemas que quero desistir de resolver me perseguem e são essencialmente os mesmos, com roupagens novas ou disfarces, circunstancias diferentes, mas o ser que permanece atribulado é o mesmo . Será ? Ouso contradizer outro grande e respeitado filósofo, que afirmou que somos, nós e nossas circunstãncias ? Ou SOU, além de cada coisa - acontecimento- que me rodeia ?
Será, como disse uma grande e confiável amiga, o tal do Marte retrógrado, em meu trânsito astral ? Ou, como dizem as revistas de entretenimento, apenas decorrencias do meu inferno astral ? Veremos ! Tanto um como outro estão prestes a encerrar-se. Eu, que nada sei e em nada confio, que não recebi a graça da fé, apenas a da dúvida insistente, persistente, infinita, que corro atras do (auto) conhecimento, que não me satisfaço jamais, pois em nada vi a verdade que acredito que exista, que sei que de alguma forma, em algum lugar a felicidade se faz existente, tanto que se deixa perceber em rápidos lampejos, mas não mostra como ser definitivamente alcançada, talvez porque este mundinho em que vivo seja isso mesmo, que a luz não existe sem a escuridão, o bem sem o mal, pois senão como seriam conhecidos? Talvez seja essa mesma a trajetória humana que escolhi para minha existencia nesse espaço-tempo e agora, brigando comigo mesma, queira e insista em alterar esse estado de coisas?
Momentos longos onde questiono o por que se vive e para que, se não aprendo nada, se vivo e revivo as mesmas emoções as mesmas dores e alegrias, sempre, eterno retorno, e por que, principalmente, não consigo ensinar nada do pouco que aprendi ? Se as pessoas que me foram confiadas pela Vida, rejeitam meus valores, insistem em perseguir o que sei que não vai dar em nada, ou pior, sei onde vai dar, no prejuizo de anos de existencia, em prejuizos ao ambiente, ao planeta ? Como ter paciência para ver jovens tropeçando, caindo e recusando a mão estendida ? Eu sei, eu sei, cada um tem seu tempo, sua capacidade, mas a minha incapacidade de aceitar isso me corrói, destrói o pouco de vontade que ainda tenho de conviver, estar com pessoas, pois não suporto a dor, nem a do outro, e sei tambem, conforme a sapiência dos ditos populares, que o que os olhos não veem, o coração não sente, mas a razão imagina, a memória cogita, a fantasia cria dores alheias que eu sinto que deveria evitar. Ou poderia. Se me ouvissem.
Então, lavo as mãos, olho para outro lado, faço como os tres macacos? Ou sigo nesta luta que tantos ferimentos e cicatrizes deixam ? Continuo, por acreditar que o Bem é possivel, mesmo que meu coração, a cada derrota ou vitória fique mais e mais convertido em pedra ? Que a raiva comece a ocupar mais e mais espaços de mim ? Que tenha que ser sublimada pela duvida do que possa ser ?
sexta-feira, 23 de março de 2012
Como eu já sabia,
e nem penso em reclamar, (?!?!?!?!?) afinal não dá para ser diferente. Algo muito bom sempre é acompanhado pelo seu complemento, algo não bom. Mas a idade e a experiencia consequente tem que servir para alguma coisa, mesmo que eu não entenda os por ques, sei que, querendo ou não, a unica solução é aceitar o que vem mesmo que não seja exatamente o que quero, mesmo que seja absolutamente o que nem quero. Sei ?
Pois é minha saida de casa seguinte foi uma...aventura. Rio de Janeiro em horário comercial. Eu com a paciência para tráfego pesado e engarrafamentos... Paciência que desapareceu a algumas décadas atrás e nunca mais encontrei ou consegui cultivar outra... Gente, gosto de estradas, de seguir em frente, esse negócio de ficar parada ao calor do asfalto, esperando que as politicas publicas sejam eficazes, só dá errado.
Assim, vejo uma placa de saida para onde eu estava indo, " cidade universitária", saio da pista, pego a entrada, engarrafamento, a tal entrada para a linha amarela...Um funil de 5 pistas para duas, quase duas, caminhão só passa um... Não entendo como fazem algo assim. Uma linha expressa, que para ser acessada é bem parada mesmo e ainda pára a outra via expressa, de onde seguem os carros, da vermelha para a amarela, o funil magico obstrui as duas vias. Mas, sem solução, sigo e dou de cara com um portão fechado para acesso a "cidade universitária. FECHADO. Tenho que seguir pelo monstruoso engarrafamento, barulhos, o pobre bebê dentro do carro inquieto, ainda bem que a Mamãe está junto, mas nem leite acalma, o calor, o barulho, o astral de gente irritada, e levo exatos 55 minutos para sair da ilha do Fundão, de frente ao portão, seguir para o retorno, Av. Brasil, e novamente Ilha do Fundão. Quem é a BESTA que deixa uma placa indicativa sem avisar do portão fechado ? Mas sigo, pego a caçula, levo as duas para a casa - republica desta, onde ficarão uns dias a Mana e o Bebê , e novamente estou engarrafada. Peço ao gari informação se estou no caminho certo, ele diz que sim, logo ali, sigo e nada, o viaduto não está a vista, peço informação a dois senhores de aspecto distinto no carro ao lado, eles dizem, -"Não, tem que entrar a esquerda e depois a direita", gentilmente me deixam atravessar, uma ruazinha de 200 mts que levei quase 30 minutos para percorrer, para ao final descobrir que só poderia dobrar a esquerda e voltar para a ruazona onde eu estava... Que RAIVA! Que maldade ! Eu que fui desconfiar do gari, bem feito...Finalmente consegui, sigo em velocidade de muitos carros, até a subida da serra, como é possivel, agora nesta estrada só se anda a 20, 30km/h , excesso de caminhões, mas o pedágio é de auto estrada. Chego na serra. realmente não sou mais daqui: chovia e eu nem tinha calçado apropriado, perdi a prática ! Tenho nojo de pisar de sandália naquelas poças de chuva de cidade. Se fosse na roça, outra coisa, mas lama urbana ? Éca !
Noite boa, papo com amigas, dia seguinte brincadeiras com a netinha, unica menina, unica petropolitana, unica motivação para enfrentar essa cidade, e sigo viagem de volta, crente que em 3 hs chegaria em casa, tempo habitual. . Ilusão. Num entroncamento confuso, onde chego apos 2 hs para percorrer 5 km, um caminhão de " Resgate" obstruindo a agulha, obriga a que se siga por 10 km até um retorno para novamente chegar ao entroncamento. O Obstrutor continuava lá. A lentidão do tráfego permitiu ver o motivo : NENHUM. Absolutamente nada que justificasse. Seria uma experiência de como fazer tudo piorar ? Precisavam aumentar a poluição do ar, o consumo de petróleo sem sentido ? Ou são meus mestres querendo ensinar-me alguma lição ? Se era isso, dançaram, só senti muita revolta, muita raiva, tanta que já no caminho comecei a sentir dor, cheguei em casa e fiquei uma semana de cama, sem conseguir mover-me, pela dor intensa, daquilo que já sei, a doença do "eu me odeio" aquele disturbio que produz anticorpos contra meu proprio sistema, sempre que eu não consigo cumprir algo de forma a me deixar satisfeita. Não aprendo nunca, mas hoje, assim, de repente as dores todas tinham sumido, sem sequelas aparentes, pude andar, sentar sem chorar, vir aqui matar as saudades.
Mas no meu jardim-de-vasos, assim de repente, essa velha orquidea surpreendeu-me com flores, a primeira abriu no dia que Miguel nasceu, e a cada dia está mais bonita.
Resumo : ida: 240 km em sete horas; volta 180 km em seis horas e meia. Tempo suficiente para ir até Viçosa e voltar. Que saudades da turma de lá !
.
.
Pois é minha saida de casa seguinte foi uma...aventura. Rio de Janeiro em horário comercial. Eu com a paciência para tráfego pesado e engarrafamentos... Paciência que desapareceu a algumas décadas atrás e nunca mais encontrei ou consegui cultivar outra... Gente, gosto de estradas, de seguir em frente, esse negócio de ficar parada ao calor do asfalto, esperando que as politicas publicas sejam eficazes, só dá errado.
Assim, vejo uma placa de saida para onde eu estava indo, " cidade universitária", saio da pista, pego a entrada, engarrafamento, a tal entrada para a linha amarela...Um funil de 5 pistas para duas, quase duas, caminhão só passa um... Não entendo como fazem algo assim. Uma linha expressa, que para ser acessada é bem parada mesmo e ainda pára a outra via expressa, de onde seguem os carros, da vermelha para a amarela, o funil magico obstrui as duas vias. Mas, sem solução, sigo e dou de cara com um portão fechado para acesso a "cidade universitária. FECHADO. Tenho que seguir pelo monstruoso engarrafamento, barulhos, o pobre bebê dentro do carro inquieto, ainda bem que a Mamãe está junto, mas nem leite acalma, o calor, o barulho, o astral de gente irritada, e levo exatos 55 minutos para sair da ilha do Fundão, de frente ao portão, seguir para o retorno, Av. Brasil, e novamente Ilha do Fundão. Quem é a BESTA que deixa uma placa indicativa sem avisar do portão fechado ? Mas sigo, pego a caçula, levo as duas para a casa - republica desta, onde ficarão uns dias a Mana e o Bebê , e novamente estou engarrafada. Peço ao gari informação se estou no caminho certo, ele diz que sim, logo ali, sigo e nada, o viaduto não está a vista, peço informação a dois senhores de aspecto distinto no carro ao lado, eles dizem, -"Não, tem que entrar a esquerda e depois a direita", gentilmente me deixam atravessar, uma ruazinha de 200 mts que levei quase 30 minutos para percorrer, para ao final descobrir que só poderia dobrar a esquerda e voltar para a ruazona onde eu estava... Que RAIVA! Que maldade ! Eu que fui desconfiar do gari, bem feito...Finalmente consegui, sigo em velocidade de muitos carros, até a subida da serra, como é possivel, agora nesta estrada só se anda a 20, 30km/h , excesso de caminhões, mas o pedágio é de auto estrada. Chego na serra. realmente não sou mais daqui: chovia e eu nem tinha calçado apropriado, perdi a prática ! Tenho nojo de pisar de sandália naquelas poças de chuva de cidade. Se fosse na roça, outra coisa, mas lama urbana ? Éca !
Noite boa, papo com amigas, dia seguinte brincadeiras com a netinha, unica menina, unica petropolitana, unica motivação para enfrentar essa cidade, e sigo viagem de volta, crente que em 3 hs chegaria em casa, tempo habitual. . Ilusão. Num entroncamento confuso, onde chego apos 2 hs para percorrer 5 km, um caminhão de " Resgate" obstruindo a agulha, obriga a que se siga por 10 km até um retorno para novamente chegar ao entroncamento. O Obstrutor continuava lá. A lentidão do tráfego permitiu ver o motivo : NENHUM. Absolutamente nada que justificasse. Seria uma experiência de como fazer tudo piorar ? Precisavam aumentar a poluição do ar, o consumo de petróleo sem sentido ? Ou são meus mestres querendo ensinar-me alguma lição ? Se era isso, dançaram, só senti muita revolta, muita raiva, tanta que já no caminho comecei a sentir dor, cheguei em casa e fiquei uma semana de cama, sem conseguir mover-me, pela dor intensa, daquilo que já sei, a doença do "eu me odeio" aquele disturbio que produz anticorpos contra meu proprio sistema, sempre que eu não consigo cumprir algo de forma a me deixar satisfeita. Não aprendo nunca, mas hoje, assim, de repente as dores todas tinham sumido, sem sequelas aparentes, pude andar, sentar sem chorar, vir aqui matar as saudades.
Mas no meu jardim-de-vasos, assim de repente, essa velha orquidea surpreendeu-me com flores, a primeira abriu no dia que Miguel nasceu, e a cada dia está mais bonita.
Resumo : ida: 240 km em sete horas; volta 180 km em seis horas e meia. Tempo suficiente para ir até Viçosa e voltar. Que saudades da turma de lá !
.
.
segunda-feira, 12 de março de 2012
Inacreditável ! Tudo isso em um só dia !
Dia 8 de março. Saio de casa às 3:45. Destino : Paracamby. Nem sei onde é, não fossem as informações que colhi aqui, no Sabio Google. Rumo ao desconhecido, testando o quartomóvel, ainda em recuperação depois de tantos mau-tratos de mecânicos incompetentes e/ou desonestos. E olha que ainda faltam alguns re-consertos, mas é imperioso que eu vá, vou assim mesmo. Motivo : dia de nascer meu quinto neto, e o primeiro filho de filho. Os outros, tres meninos e uma menina, são todos filhos de filhas. A familia da mãe é daquela região.
Manobro saindo do portão, tensa, a caixa de direção roncando ainda, me garantiram que posso viajar, mas que medo ! Só então percebo a claridade. Tudo claro, uma enorme lua enchendo o céu e a terra com seu brilho de reflexo. Sigo em direção sul, serpenteando, sempre a lua à frente, ora um pouco à direita, ora a esquerda, conforme a rodovia se acomoda no relevo discreto. Vez e outra, muitas vezes a neblina esgarçada, deitada sobre os mais profundos vãos da terra reluz ao brilho da noite, ainda não madrugada. Poucas vezes atravesso nesgas da névoa rala. Nas poucas montanhas rochosas, reflete-se com intensidade o brilho lunático. Sou mesmo muito sortuda. Muitas dezenas de quilômetros adiante, no retrovisor, começo a perceber um cinzento arroxeado, o dia vai chegando, e logo chego às margens da Baia de Guanabara, um visual encantado ou encantador, e onde hoje tenho uma surpresa, por conta da companheira de viagem, que se despende por ora, com um lindo espetáculo. :
Vou seguindo, sem poder parar, o tempo urge, nem pensei ao planejar a viagem, que na Dutra, a famosa Rio-Sao Paulo, no parte que iria percorrer, certamente o transito estaria dificil. Existe uma hora marcada. O Tempo está cercado, delimitado, encurtado. Sigo. Atraveso a Ponte, a baía e chega então o sol. Dourado, tímido ainda, refletindo sua beleza nas águas que acaricia,
Eleva-se aos poucos, num jogo de renascer varias vezes, nas curvas, nas elevações , e iluminando, entre os reflexos de luzes humanas na lagoa de Araruama, meu trajeto para casa.
Um dia muito, muito especial mesmo.
Mais de 500 km percorridos bem, tudo fica bem e o nenem tambem.
ps: costumo cantar para acalentar meus netos: " bem, bem, bem, tudo fica bem. Bem, bem, bem e o nenem tambem..."
Manobro saindo do portão, tensa, a caixa de direção roncando ainda, me garantiram que posso viajar, mas que medo ! Só então percebo a claridade. Tudo claro, uma enorme lua enchendo o céu e a terra com seu brilho de reflexo. Sigo em direção sul, serpenteando, sempre a lua à frente, ora um pouco à direita, ora a esquerda, conforme a rodovia se acomoda no relevo discreto. Vez e outra, muitas vezes a neblina esgarçada, deitada sobre os mais profundos vãos da terra reluz ao brilho da noite, ainda não madrugada. Poucas vezes atravesso nesgas da névoa rala. Nas poucas montanhas rochosas, reflete-se com intensidade o brilho lunático. Sou mesmo muito sortuda. Muitas dezenas de quilômetros adiante, no retrovisor, começo a perceber um cinzento arroxeado, o dia vai chegando, e logo chego às margens da Baia de Guanabara, um visual encantado ou encantador, e onde hoje tenho uma surpresa, por conta da companheira de viagem, que se despende por ora, com um lindo espetáculo. :
mas mostrando a força que costuma trazer no verão dessas plagas. E sigo. Rodando com o dia. Na Dutra, um enorme susto, um carro logo a minha frente segue em direção à mureta que separa as pistas. Freio, desvio para a direita, sabendo que, se colidisse, de nada adiantaria minha manobra, mas no ultimo átimo de segundo, o motorista acorda, creio, e desvia. Eu não vi espaço entre o carro e o muro, mas ao ultrapassá-lo, nem um arranhão visível. Graças! E sigo. Finalmente entro na rodovia estadual, está perto, tudo certo.
O que aconteceu naquela casa de saude, é digno de outra postagem, técnico-indignada. Mas ao mesmo tempo me apresentando uma realidade que eu desconhecia. Aprendizado. Estou pasma! Sim, agora finalmente entendo certas críticas e tentativas de restrições. Tenho o hábito de julgar ou avaliar o mundo pelos meus padrões, que são bastante altos. Mas vi agora que muitas outras coisas acontecem mesmo. Não é SUS, não. É "saude suplementar". Mas tudo ao final, deu certo. Miguel chegou bem.
E a familia perdoa os meios, pelo fim. Fico um tempinho, o suficiente para mudar umas "rotinas hospitalares" em beneficio da familia: levar o Miguel para o quarto, ao invés do tal berçário E então, já no meio da tarde, inicio o caminho de volta. Não posso ficar fora. Deixei em casa uma grande crise em andamento, tenho que estar presente. Apos contornar novamente a baía, o sol, escondendo-se agora manda-me sinais de " inté" pelo retrovisor empoeirado. No mesmo local onde pela manhã despedi-me da Lua, despeço-me, por ora, do sol.
Adiante, outro susto. Um caminhão, de serviços da concessionaria que administra a rodovia, muda sùbitamente de pista, me fecha, freio rápido, ainda bem que o carro aguenta, derrapa pouco, mas sem danos alem de meu coração que dispara. Ainda bem que sustos assim não são frequentes, Acho que a falta de pratica recente me deixou temerosa. E sigo, para logo adiante...Ela, novamente, despontando por tras dos morrotes do litoral.Eleva-se aos poucos, num jogo de renascer varias vezes, nas curvas, nas elevações , e iluminando, entre os reflexos de luzes humanas na lagoa de Araruama, meu trajeto para casa.
Um dia muito, muito especial mesmo.
Mais de 500 km percorridos bem, tudo fica bem e o nenem tambem.
ps: costumo cantar para acalentar meus netos: " bem, bem, bem, tudo fica bem. Bem, bem, bem e o nenem tambem..."
quinta-feira, 2 de fevereiro de 2012
Tão lindas minhas lagartixas
Tão amigas também, já que o aumento de sua população aqui em casa tem sido diretamente proporcional a diminuição dos mosquitos. Mas as vezes acabam sendo assustadoras. Quando ouço ruídos e logo penso em detestáveis camundongos. Um dia desses uma delas passando velozmente sobre a pia da cozinha assustou minha filha que me visitava, pois só percebeu vagamente o movimento, uma sombra de uma cauda e como em sua casa na mata houveram recentemente visitas indesejáveis de pequenos roedores, na sua despensa, logo achou que aqui fosse o mesmo. E hoje o susto foi meu, ao abrir um armário de cozinha onde guardo uma reserva de cereais e deparei-me com dois "cocozinhos", pretinhos, que logo atribuí aos mesmos mamíferos roedores . Subo em uma cadeira, peço a filha aqui presente em casa para ficar ao meu lado, já que, caso fosse um camundongo eu certamente iria dar um salto e esborrachar-me ao chão e começo a retirar pacote por pacote enquanto o medo começa a aparecer, o coração a acelerar; tenho a ideia brilhante de continuar a tarefa com uma escumadeira, afastando meus dedos do imenso perigo e vou, saco a saco, embalagem por embalagem investigando, explorando e os ruídos de movimentos entre os plásticos ora mais forte, ora desaparecem, o medo só aumenta, e finalmente no ultimo esconderijo, lá estava a coitadinha, enroscada como um caracol, apavorada, pobre lagartixa. Saí de perto, deixei a limpeza para depois, para dar tempo para que nossos corações se acalmassem, voltassem a frequência normal . Pequei por não estar com a câmera fotográfica, mas ilustro aqui com fotos recentes da que vive ao lado do computador e que já me pregou alguns sustos também. E com a foto da que vive na sala, que tímida, esconde-se atras de cortinas, sempre.
Todas tem nome, mas não vou dizer aqui, pode ser que, sem querer, aborreça alguém que não vai entender que gosto mesmo delas. Mesmo quando soltam aqueles ruídos, "cricrizinhos" que ou conversa, ou chamados, a principio assustam,. ( acho que minha coragem de viver é puramente faz de conta.)
PS: O Eduardo, do Varal de Ideias, recentemente mostrou os lagartos que vivem em seu terreno e eu disse lá que, quem não tem lagarto, caça com lagartixa. Mas isso hoje aconteceu mesmo. As coisas ainda estão lá, na bancada, esperando arrumação.
.
sábado, 28 de janeiro de 2012
Pelo rastro cinza em negro asfalto,
dezoito quase dezenove
das horas do horário planetário
seguem rastejando dois olhos de luz
dois pontos faróis e logo mais dois
olhares do animal animado desalmado
que arrasta pelos caminhos seus
possuidores possuidos pela necessidade
premente criada pela mente
Os cirros acumulam cinzentos reflexos
como cumulus refletindo cinzas
e ninguem vê ou sabe nada.
dezoito quase dezenove
das horas do horário planetário
seguem rastejando dois olhos de luz
dois pontos faróis e logo mais dois
olhares do animal animado desalmado
que arrasta pelos caminhos seus
possuidores possuidos pela necessidade
premente criada pela mente
Os cirros acumulam cinzentos reflexos
como cumulus refletindo cinzas
e ninguem vê ou sabe nada.
sexta-feira, 27 de janeiro de 2012
Esclarecimento
Comunismo não é stalinismo. Aquilo é um desvio, aos modos do capitalismo. Privilégios para alguns. Penso em comunismo como penso em família, os recursos igualmente distribuídos. Não imagino uma família onde se escolha o mais capacitado para ter melhores oportunidades. Todos são igualmente amados, cuidados respeitadas suas diferenças, e a todos, os pais concedem alimentação, estudos e bens materiais dentro dos recursos disponíveis. Imagine um molde de familia neo-liberal, onde se destinem os recursos apenas aos que se destacam , ou que tem aparentemente (e visto superficialmente) , mais condições, sem que seja permitido a escolha, a tentativa aos demais. Lembro-me do que estudei de tempos feudais e outros mais modernos, onde porem o modelo era o mesmo, onde ao mais velho varão era concedida toda a herança, terras, etc, restando aos demais o clero - com seu dote exigido, e a carreira militar. Evoluímos saindo desse modelo que entendo como injusto. Espero que um dia a sociedade também consiga sair desse modelo cruel, excludente.
.
.
terça-feira, 24 de janeiro de 2012
Refluxo
Calma, calma, vai passar, é só uma fase, é só uma fase, vai passar.
Tudo passa. O mal e o bem. É o TAO.
Reflita.
Controle a impulsividade. Agir sem arrepender-se depois.
Cuidado que raiva mata, quase matou. Ao outro mas também e principalmente a si próprio.
Qual pai dá a um filho brinquedos atrativos e perigosos e manda não usar ? E pune o uso ? Esse pai é Deus. O brinquedo ? A vida.
Qual pai mostra coisas bacanas , só para dizer que você não pode ter ?
Qual pai não se esforça para tirar seus filhos da miséria ?
Muitos, muitos eu sei. Mal sei o que é "pai". Então isso, criados à imagem e semelhança do criador. O erro de Descartes ? Descartar o Deus enganador.
Calma , revolta vira raiva, raiva vira hipertensão, hipertensão vira AVC, AVC vira o fim. Existe o que depois do Fim ?
Se a lagarta não morre pois vira borboleta, que absurdo isso, a borboleta não é a lagarta. Morrem ambas afinal. Sobram seus componentes quimicos planetários. Dissolvem-se, e salve Lavoisier, tudo é Devir e eu não estou doida, apenas cansada, muito cansada, com um fio finíssimo, quase roto da esperança que restou e que sei , não suporta os pesos que arrasto, fio à frente, correntes atras. Calma, tudo muda e ninguém sabe de nada, menos ainda sei eu. Raiva dos que acreditam que tudo tem jeito, mais raiva ainda daqueles que se incumbem de ser o braço de Deus, pondo dificuldades para o crescimento. Tropeçar em pedras faz crescer? que piada isso, tropeçar faz machucar o dedão, o joelho, as mãos. Pai, você não me deu as mãos. Mãe, você não me ajudou a levantar. Cresci sòzinha, aprendi a gostar de ser só. No tapa, no tranco. Pouco aprendi da caridade. Serve para a nossa salvação ? Mas então, não é.
O problema ? Pequenininho perto dos dramas alheios. Mas estão aí, os dramas alheios para mostrar o que a vida é, que é melhor desistir da fantasia chamada Esperança. Ficar de cara com a realidade, dar a cara à tapa, dar a outra face, suportar estoicamente a vida, pela duvida, pela aposta de Pascal.
Bom Dia !
segunda-feira, 9 de janeiro de 2012
Sou mesmo meiomuito burra !
Não consigo entender as pessoas, suas palavras e coisas. As coisas que dizem e suas ações.
A região em que moro é belíssima em sua natureza O que faz com que muita gente queira passear, conhecer. E fora da temporada, ou seja, dos poucos dias que vão do Ano Novo gregoriano ao fim de janeiro, e depois uns diazinhos no Carnaval, fica vazia, pois o frio moderado prejudica a praia e o vento intenso, chicoteia com areia os banhistas. Então, dizem, que mais de um milhão de pessoas costuma passar por aqui na alta temporada. E uma quantidade enorme de condomínios de microapartamentos permanecem vazios quase todo o ano. Uma cidade fantasma dentro de outras cidades. Cabo Frio, Buzios, Arraial, não tenho os dados, apenas minha observação do dia a dia a viver por aqui. A maior parte dos imóveis fica vazia muitos com placas de " aluga-se para temporada". Ou " Vende-se". Os altos valores pagos nesses dias parece que justificam os imóveis vazios todo o ano. Mas que permanecem demandando cuidados, algumas inúteis luzes acesas, consumindo para nada. Gasta-se água para preservá-los, para a alta temporada E sobem novos condomínios, destruindo restingas, desfazendo as dunas de areias brancas, subindo escandalosamente pelos montes verdejantes, a vegetação que tenta se restabelecer apos séculos de exploração, arrasada, enquanto se constroem jardins decorativos, com plantas exóticas e alto custo de manutenção. Regas. Aqui a água é escassa, cara, vem de longe. E joga-se fora o verde e depois joga-se fora a água para o verde quase artificial; e desperdiça-se materiais para construção de tantas casas fantasmas. Quanta madeira queimada para produzir telhados praticamente inúteis todo o ano, por não abrigarem ninguem. Porque nesse pais sobram recursos e a maioria da população mora em habitações dignas ( gente, essa ultima frase é ironia, tá )
Agora mais um projeto desses, enorme, vai ocupar uma extensa e linda praia deserta, com o entorno repleto de árvores, condomínio que apela nas vendas para o fato de estar em uma reserva, mas que para ser construído, segundo o que vi nas imagens de divulgação , irão destruir. E já estão na fase de preparação do terreno, com corte das árvores enormes e erradicação da vegetação litorânea, a maior parte do verde ( vegetação secundaria alegam em seu EIA-RIMA, eu soube ) substituído por verdes(?) gramados, piscinas (verdes?) a beira mar, quadras de esportes - tantas permanecem sem uso por aqui, para uma "elite" estupida que irá passar quatro, cinco dias ao ano, enquanto vaidosamente afirmam " tenho uma casa em Buzios".
PS: Interessante é que lá, o mar há tempos já invade as terras e em toda a extensão da Praia da Gorda vê-se árvores com suas raizes descobertas pelos fluxos da maré, muitas já mortas, tombada ou tombando. Não tem, nem na baixa maré mais de metro e meio de largura, a praia. Mas é, ainda, bastante piscosa, vizinha a uma colonia de pescadores, que ficará engastada no Condominio e certamente sem peixes, mais. E por ser " Rasa" não permite decks para embarcações a motor , assim como o banho de mar não é confortável e precisa-se caminhar um tanto adentrando o mar. Espero então a "Vingança de Gaia". Que certamente irá invadir, tomar para si, o que tomamos dela. Mas dói, ver árvores imensas em terra firme, " secundarias" desaparecerem pela ganância de uns poucos. E a terra das encostas que irá descer aos poucos a cada chuva torrencial, comum, invadindo o mar. Aplainando o relevo.
Eu não entendo. Sou mesmo burra.
A região em que moro é belíssima em sua natureza O que faz com que muita gente queira passear, conhecer. E fora da temporada, ou seja, dos poucos dias que vão do Ano Novo gregoriano ao fim de janeiro, e depois uns diazinhos no Carnaval, fica vazia, pois o frio moderado prejudica a praia e o vento intenso, chicoteia com areia os banhistas. Então, dizem, que mais de um milhão de pessoas costuma passar por aqui na alta temporada. E uma quantidade enorme de condomínios de microapartamentos permanecem vazios quase todo o ano. Uma cidade fantasma dentro de outras cidades. Cabo Frio, Buzios, Arraial, não tenho os dados, apenas minha observação do dia a dia a viver por aqui. A maior parte dos imóveis fica vazia muitos com placas de " aluga-se para temporada". Ou " Vende-se". Os altos valores pagos nesses dias parece que justificam os imóveis vazios todo o ano. Mas que permanecem demandando cuidados, algumas inúteis luzes acesas, consumindo para nada. Gasta-se água para preservá-los, para a alta temporada E sobem novos condomínios, destruindo restingas, desfazendo as dunas de areias brancas, subindo escandalosamente pelos montes verdejantes, a vegetação que tenta se restabelecer apos séculos de exploração, arrasada, enquanto se constroem jardins decorativos, com plantas exóticas e alto custo de manutenção. Regas. Aqui a água é escassa, cara, vem de longe. E joga-se fora o verde e depois joga-se fora a água para o verde quase artificial; e desperdiça-se materiais para construção de tantas casas fantasmas. Quanta madeira queimada para produzir telhados praticamente inúteis todo o ano, por não abrigarem ninguem. Porque nesse pais sobram recursos e a maioria da população mora em habitações dignas ( gente, essa ultima frase é ironia, tá )
Agora mais um projeto desses, enorme, vai ocupar uma extensa e linda praia deserta, com o entorno repleto de árvores, condomínio que apela nas vendas para o fato de estar em uma reserva, mas que para ser construído, segundo o que vi nas imagens de divulgação , irão destruir. E já estão na fase de preparação do terreno, com corte das árvores enormes e erradicação da vegetação litorânea, a maior parte do verde ( vegetação secundaria alegam em seu EIA-RIMA, eu soube ) substituído por verdes(?) gramados, piscinas (verdes?) a beira mar, quadras de esportes - tantas permanecem sem uso por aqui, para uma "elite" estupida que irá passar quatro, cinco dias ao ano, enquanto vaidosamente afirmam " tenho uma casa em Buzios".
PS: Interessante é que lá, o mar há tempos já invade as terras e em toda a extensão da Praia da Gorda vê-se árvores com suas raizes descobertas pelos fluxos da maré, muitas já mortas, tombada ou tombando. Não tem, nem na baixa maré mais de metro e meio de largura, a praia. Mas é, ainda, bastante piscosa, vizinha a uma colonia de pescadores, que ficará engastada no Condominio e certamente sem peixes, mais. E por ser " Rasa" não permite decks para embarcações a motor , assim como o banho de mar não é confortável e precisa-se caminhar um tanto adentrando o mar. Espero então a "Vingança de Gaia". Que certamente irá invadir, tomar para si, o que tomamos dela. Mas dói, ver árvores imensas em terra firme, " secundarias" desaparecerem pela ganância de uns poucos. E a terra das encostas que irá descer aos poucos a cada chuva torrencial, comum, invadindo o mar. Aplainando o relevo.
Eu não entendo. Sou mesmo burra.
sexta-feira, 6 de janeiro de 2012
Ganhei de presente do Eduardo PL, da serie de blogs do Varal de Ideias
No caso, no "Vitima da Quinta"
http://vtmadaquinta.blogspot.com/2012/01/201-vitima-da-quinta.html
e de brinde, os comentarios, que podem ler, lá.
AGRADECIDA, Eduardo.
.
quarta-feira, 4 de janeiro de 2012
Textos da insonia - nº x
Não sei mais onde buscar a verdade. Ora abaixo, ou acima, esconde-se invisível aos olhos, à mente, ao coração. E sem sono, vago, sem angustia, do quarto à sala, inúmeras vezes, infinitas, pois amanhã será o mesmo e depois, e depois. Houve tempo que pensava em entorpecer-me, curtir em álcool, mas ai de mim, nunca gostei disso ( e nem de quem gosta). Pensava em tomar pílulas, mas temia errar a dose, sou compulsiva, mas não suicida.
Há algum tempo as coisas não dão certo. Porque exijo demais ? Ou porque tento conformar-me com o que é possível ? Traí meus cães, por necessidades dos humanos com quem convivo, dei a eles menos do que mereciam, aos cães. Agora que alguns, velhos, se foram o remorso corrói. Humanos ? Merecem o que ?
Há muito tempo nada tem o gostinho bom de novidade, tudo traz o gosto amargo da derrota e não tenho nada a dizer, exceto da minha dor e incompetência e temo as punições, ameaças dos deuses amorosos, palavras colhidas e repetidas em seus livros sagrados, caso sejam mesmo sagrados. A noite vai passando, amanhece, retorno ao de sempre, kantianamente buscando a perfeição em mim.
.
Novo ano
Passado o natal, passando o tal de ano, finalmente as coisas irão ficar quase normais. Sem esse frenesi de felicidade, como se as coisas mudassem por se ficar dizendo, apenas em palavras, coisas legais. Paz, amor , prosperidade, tudo de boca p'ra fora, pois em ações, poucos são os que realizam algo pelo próximo e menos ainda pelo próximo distante, aquele que se ouve falar em pesquisas, noticiários ou nem se ouve . Em meio as suas festas, quantos se preocupam realmente com a festa, por exemplo, daqueles que ajudam nos " serviços menores "? Ah ! Mas pensam, são assim mesmo, é merecimento, se tenho é porque fiz por merecer e o pobre é A) malandro B ) etc... Não vou ficar aqui enumerando preconceitos que encontro em todo canto.
Mas de repente compreendi certas coisas. Que não tenho que perdoar quem continua a repetir agressões, mas sim perdoar a mim mesma por não perdoar. E que não tenho que tolerar o intolerável, a estupidez humana, a burrice persistente, a maldade. A essas devo combater, sempre, ou estaria sendo conivente.
quinta-feira, 22 de dezembro de 2011
Dia de Festa
Hoje meus pais fariam 61 anos de casados. Se separaram cedo, já são falecidos, etc, mas isso não quer dizer que eu não comemore esse dia, afinal, sou produto disso. Tenho usado esse pretexto, dessa comemoração, para trabalhar o PERDÃO, coisa que tenho enorme dificuldade. Pedir perdão pela minha falta de compreensão para com eles, e com meus avós. Pedir perdão pela minha arrogância , pela intolerância, pela impaciência. Tanto tempo sem perceber certas coisas, certos valores. E tento, me esforço muito para perdoar, pois como eu, não eram perfeitos e muitas vezes me magoaram muito. Luto também para perdoar todos que, ao longo da vida, me injuriaram, caluniaram, ofenderam. Que pare de desejar " que deus lhes ensine", pois fingindo ser boazinha, que nunca quis o mal de quem mal me fez, no fundo desejo a retaliação, com o argumento que eu jamais seria tão dura nas "lições" como deus o é. Perdão, então. Para mim tambem
sábado, 10 de dezembro de 2011
Adoro chuva
Para me enroscar na cama, e sentir o prazer que a natureza sente com uma chuvinha.Um livro ou dois, algum bom filme, muitas vezes até um desses seriados monótonos e repetitivos. Prazer da natureza ? Nem toda a "natureza" gosta , mutos animais sofrem com as chuvas, apenas esperam passar, encolhidos onde podem, precariamente abrigados e alimentados, outros nem isso. Alguns muitos humanos também.. Muitos seres penam pela desmedida que é própria de Gaia, desmedida em beleza como em selvageria..Ou será tanta chuva por artes de um deus , como li recentemente (***), " o maníaco por água... Aquele que dividiu o Mar Vermelho e fez Noé construir uma arca ". Mas aí também o seria por ventos e fogueiras... Mas o bom mesmo de chuva é que são questões de dias, ou dia, depois temos outro tipo de clima, Sábia natureza, quando se equilibra. E como não podia deixar de ser, enquanto me regojizo, me entristeço pelas lembranças de tanta desgraça que vi em minha vida por conta da chuva que estou apreciando...
E de repente, depois de varios dias cinzentos, de uma noite inteirinha chovendo, de um dia com chuva intermitente, o vento fica forte, e mais ainda do que o comum, e enquanto cochilo sob um livro, a casa é invadida por um brilho dourado, do ocaso; acordo, vou ver, mais dourado ainda e se transforma em vermelhos e púrpuras entre nesgas de um céu azul..
.
sexta-feira, 9 de dezembro de 2011
Fé na incerteza
Tinha uma programação intensa para a semana, coisas chatas de fazer, passar por lugares que ativam memórias desagradáveis, dolorosas mesmo, esforço, cansaço, mas tudo bem, a esperança do fim de semana, de quinta em diante, o chamado/convite que recebi, para os prazeres simples de sempre, o que mais amo, brincar com minhas crianças. Tudo bem, vai compensar, faço o ruim e depois faço o bom.. Daí consegui fazer tudo, apesar de engarrafamentos desesperadores, lugares mais ainda, calma , amanhã eu vou...pensava, consolando-me, quando transportava coisas, trocando-as de lugar, de cidades, enquanto trocam de estilo de vida, ao mesmo tempo, três dos meus filhos. Mudanças. Chegando o "amanhã", ainda haviam uns poucos retoques, coisitas para levar, pegar, entregar. Tudo pronto, preparo-me para os 450 km de rodovias e fotografias, com uma chegada ao destino. Tudo pronto, e o quartomóvel, pau-pra-toda-obra, apresentou fadiga ! Sei lá, um ronco estranhíssimo quando viro o volante na manobra simples de sair da garagem e a toda curva mais fechada. Voltei. Na hora do bom, pifou ! Tá, é bom a sensação de dever cumprido, mais uma vez, mas não sou Iluminada, a ação pela ação nem sempre me satisfaz. Preciso de uma recompensa, o dia da compensação. Ou que pelo menos os organizadores daqueles trabalhos muito legais que andei fazendo e aquele outro que me deixou em crise, vocês lembram, né, pelos quais não recebi até hoje meus $$$$, e alguns já completam seis meses , me paguem o valor combinado, e virá sem juros, para que eu possa ir à oficina mecânica tentar solucionar o que ocorre. Prejuízo emocional feito, as limitações do corpo parece que se intensificam, dói muito quando me vejo frustrada assim, vai entender as tais ações autoimunes . Vai entender os mistérios desse mundo. Não adiante ficar certinha, porque o que acontece ao redor tem outras leis e regras que desconheço e discordo, mas me são impostas.
Estou muito, muito triste. Eu sei que tudo passa... Mas eu perdi mais essa.
domingo, 4 de dezembro de 2011
:-))
Estou fazendo tudo certinho. Óbvio que algumas coisas podem não dar o resultado pretendido, ou esperado. Existem outros fatores que não controlo. Fatores no Outro e no Mundo e fatores Internos, em mim mesma, Existe um tempo necessário também, para que atinja meus próprios ideais e sei que estou longe mesmo do que espero de mim. Mas estou cuidando para que sob todos os aspectos que conheço seja o melhor possível, o que seria bom para toda a humanidade, o que leve à felicidade - eudaimonia. Aqui na Terra Gaia e num Além, caso haja, caso essa seja uma realidade possível. Aposto em todas as possibilidades que já ouvi falar, que conheça ou venha a saber. Possíveis e convenientes.
Aos erros meus de cada dia busco fazer de mestres, para que me ensinem não mais cometê-los . Maus mestres, ou eu má aluna, custo muto a aprender. Apreender, compreender. Mas teimosa, como dizem que sou, uma alinhada a meus signos astrológicos mágicos, sigo tentando, perseverando, mudando em minha teimosia de perfeição. Trilhando entre dúvidas, com fé nas incógnitas.
Bom dia !
OUTRA AQUI
.
quarta-feira, 30 de novembro de 2011
quinta-feira, 24 de novembro de 2011
Listas
Gosto muito dos cantos dos pássaros que ouço por onde ando nesta minha vidinha.. Gosto dos sons do vento nas árvores e quando sopra tocando musicas nos bambuzais, ai, é lindo demais. A água da chuva no telhado, o som da chuva batendo forte no meu carro enquanto viajo. As águas cantantes dos rios encachoeirados. Sinos. Os zunidos das cigarras cantando a chuva que virá, os cricrilares dos grilos. O som penetrante de um motor a diesel, um Scania, ou mesmo dos pequenos, acalma. Uma moto grande em disparada passando pela estrada dispara o coração, aquele zunido, como gosto de ouvir. Um avião quando vai decolar. As ondas do mar. Sapos conversando na lagoa, cães na madrugada, um galo anunciando a alvorada, outro acolá. Um matraquear de crianças, alguém a gargalhar, e ainda historias com final feliz.. Tudo isso é bom de escutar.
quinta-feira, 3 de novembro de 2011
terça-feira, 1 de novembro de 2011
Estou em casa hoje apos 2000 km em cinco dias. Cumpridos compromissos, volto e sei que estou sem comidinhas nos armários ou geladeira, os ultimos dias aqui foram com os netos, antes da viagem. Odeio fazer compras. de qualquer tipo.Vou então ao jardim. Um terreno, lote, quase completamente calçado, cimento, ardósia, pedras de Sao Tome. Proprietária eu fosse, um tanto daquilo seria removido, mas inquilina, tenho que preservar a estupidez. Espalho vasos, jardineiras , onde ponho flores e cores e tempêros e odores, perfumes. Então hoje colho bananas e mamão que plantei quando aqui vim morar ,nos seis metros quadrados de areia enriquecidos paulatinamente com humus de minha compostagem. Uma goiaba e mangas, de árvores que encontrei e que a imobiliária me propôs cortar caso incomodassem. Ainda posso colher coco, vários estão "prontos" em meu (?) único coqueiro. Talvez um maracujá maduro, não olhei, há pouco estava em flores novamente. Respeitadas as porções dos passarinhos e ... tá, porque não, dos meus indesejados morcegos ( indesejados quando insistem em pendura-se dentro de casa), deixo frutas maduras nos pés, ganho sinfonias todos os dias. Salvo o meu dia, tenho refeições sem precisar sair. Como a Vida pode ser boa, também.
Ver mais .AQUI
domingo, 2 de outubro de 2011
Depressão
As vezes me toco em como sou estupida mesmo. Fui aceitar um trabalho, outro " cuidados médicos em eventos", porque preciso muito do $$$$$$ para saldar uma dívida com minha irmã, dívida que se arrasta a ponto de me envergonhar imensamente. Agropecuária. Evento para estimular a matança de bovinos. Já me incomoda. Só que ao chegar lá, descubro que era eufemismo para acompanhar uma companhia de Rodeios. EU ODEIO RODEIO !!!!!!!!!!!!!!!!!!! Odeio maus tratos a animais. E não podia sair, abandonar o posto. É crime. E permaneci, no fundo satisfeita em saber que na véspera um " Peão " havia sido pisoteado por um touro, e culpada por me regojizar com o sofrimento humano de um ser apenas ignorante. Mas lutando para não desejar que todos os peões se dessem mal. No segundo dia, (a burra gananciosa ou necessitada assumira 36 horas), pelo menos eu não estaria presente no horário dos rodeios, vou ver um carneiro que desde a véspera estava amarrado perto do meu carro, pastando; penso eu, idiota que sou, para aparar o mato que por ali crescia, bicho sujo, certamente não para ser exposto, e que neste dia começara a balir sem parar. Vou conversar com o animal, faço-lhe cafuné, ele se acalma. Grita novamente quando me afasto, volto e fico ali um tempinho conversando até que a recepcionista vem me chamar:- " Doutora, atendimento !" Vou então, um início de resfriado. Busco ser simpática com meus pacientes, puxo um tiquinho de prosa, dou conselhos sobre alimentação , e o senhor, que cuida da limpeza das baias (? é assim que chama ?) dos Nelores expostos, diz - " Ah! mas hoje a gente vai comer bem, o patrão mandou um carneiro para queimar. O churrasco vai ser bom !" Engasguei. Chorei. Desabafei com os colegas da equipe, ninguém entendeu meu desespero. Certamente virei alvo de chacota o que não me importa nem um pouco. Não tinha como roubar ou comprar o pobre bicho que chorava, ele seria também logo substituído por outro. Arrisquei - " gente, Cordeiro de Deus, é como se referem a Jesus " risos e afirmações do quanto a carne de carneiro é gostosa.
Ainda lá, e reforçado depois em casa, decidi (durante minha noite agitada) : que se danem minha irmã e minha dívida. Pagarei quando puder, se ela se apertar, não tenho solução, vendo meu carro. Mas isso,esse trabalho, não. Não mereço. Não posso.
( foto de 01/10. Sob a sombra das arquibancadas e submetidos a um calor infernal, sem vento, ficam em minusculas barracas as equipes de apoio, alguns com esposa e filhos, alem de alguns peões que sonham com o sucesso )
quinta-feira, 15 de setembro de 2011
DIFICULDADES...
Enquanto não resolver meu problema de mosquitos - ainda eles, não dão uma trégua , aqui onde moro, mal consigo usar o pc. Ao computador e apesar do calor tenho que ficar com mangas e calças compridas, botas em pés e pernas, uma cobertura - saia sobre calças pois eles picam através da roupa, e mesmo com tudo, as mãos ficam avariadas. Algumas vezes uso luvas cirúrgicas. Mas o calor se torna desconfortável, insuportável mesmo e obriga o uso de outros aparelhos elétricos, simultaneamente, o que é contra meus princípios, abusar dos recursos do planeta a serem compartilhados. Então tenho escrito pouco, postado menos ainda., e só essa semana ( dããã...) me occorreu instalar mosquiteiro de tela de tecido sobre o computador, alem dos que tenho sobre as camas, apos meses e meses de uso de produtos químicos que já me produziram reações alérgicas- eu que nunca sofri alergia a nada, exceto à maldade. ( Meu kit-permanente inclui velas e incensos de citronela, ventilador ligado, repelentes naturais e outros não tão assim, alternados, lampadas a aparatos elétricos anti-insetos e por aí vai.) Buda que me perdõe, mas ele, Iluminado, há de entender. Eu, não sei se me sinto confortável matando tanto assim.
Isto foi apenas uma introdução para explicar o porque de, embora a viagem tenha se encerrado no domingo, apenas hoje que venho comentar.
IRRESPONSABILIDADE
Percorri cerca de 2000 km em rodovias e estradas de terra semana passada e horrorizada com a seca e queimadas que vi, fiquei com a impressão que este ano estão piores que em anos anteriores. ( Ver mais AQUI) A região percorrida é o que pode-se chamar de minha zona de conforto, ou o espaço entre casas de filhos e netos que percorro frequentemente com a desculpa de ajudar, mas essencialmente trata-se de prevenir meus males do coração ( ver mais AQUI). Mas o que chamou a atenção desta vez é que a grande maioria das queimadas estão nas beiras de rodovias, vi alguns focos iniciando-se, outros já estendendo-se até longe e não vi queimadas em torno de estradas de terra de pouco transito, e as percorri aos montes, quero dizer, aos kilômetros.( montes também, de terra, barro, pó ) Nestas, a poeira está alta, cobre e tinge até o topo das árvores. Idem com os pastos ressequidos, mas não vi extensões queimadas, o que me fez concluir que a menor parcela de culpa é dos produtores rurais, como afirma-se comumente, culpabilizando-os por queimadas produzidas e que sei que ocorrem, sim, mas nos casos em questão, não . Ninguém iria atear fogo ao pasto onde estão seus próprios animais, famintos e emagrecidos, mas vivos, e fugindo da ação do fogo.( E ao chegarem aos limites das cercas ?.) E o fogo começa, eu insisto, às margens das rodovias. Então concluo: mais um dano dos cigarros, atirados irresponsavelmente pelas janelas dos veículos que passam em fúria, e seus ocupantes seguem sem a menor noção da consequência de seu gesto automático.
Campanha : SEJAM RESPONSÁVEIS COM SUAS PONTAS DE CIGARROS ! A NATUREZA NECESSITA DE TODO CUIDADO AGORA.
Isto foi apenas uma introdução para explicar o porque de, embora a viagem tenha se encerrado no domingo, apenas hoje que venho comentar.
IRRESPONSABILIDADE
Percorri cerca de 2000 km em rodovias e estradas de terra semana passada e horrorizada com a seca e queimadas que vi, fiquei com a impressão que este ano estão piores que em anos anteriores. ( Ver mais AQUI) A região percorrida é o que pode-se chamar de minha zona de conforto, ou o espaço entre casas de filhos e netos que percorro frequentemente com a desculpa de ajudar, mas essencialmente trata-se de prevenir meus males do coração ( ver mais AQUI). Mas o que chamou a atenção desta vez é que a grande maioria das queimadas estão nas beiras de rodovias, vi alguns focos iniciando-se, outros já estendendo-se até longe e não vi queimadas em torno de estradas de terra de pouco transito, e as percorri aos montes, quero dizer, aos kilômetros.( montes também, de terra, barro, pó ) Nestas, a poeira está alta, cobre e tinge até o topo das árvores. Idem com os pastos ressequidos, mas não vi extensões queimadas, o que me fez concluir que a menor parcela de culpa é dos produtores rurais, como afirma-se comumente, culpabilizando-os por queimadas produzidas e que sei que ocorrem, sim, mas nos casos em questão, não . Ninguém iria atear fogo ao pasto onde estão seus próprios animais, famintos e emagrecidos, mas vivos, e fugindo da ação do fogo.( E ao chegarem aos limites das cercas ?.) E o fogo começa, eu insisto, às margens das rodovias. Então concluo: mais um dano dos cigarros, atirados irresponsavelmente pelas janelas dos veículos que passam em fúria, e seus ocupantes seguem sem a menor noção da consequência de seu gesto automático.
Campanha : SEJAM RESPONSÁVEIS COM SUAS PONTAS DE CIGARROS ! A NATUREZA NECESSITA DE TODO CUIDADO AGORA.
Assinar:
Postagens (Atom)