não sou poeta...
não corre na minha pena
a perfeita metáfora
habitada em meu coração...
apenas
disfarço meus sentimentos
brinco de enganar o tempo
presa
troco as letras
livre
perco as rimas
sou apenas um verso a velejar
com o mundo as suas dores
(Betha Mendes)
Imagem Google
MardeVersos
Outros "mares" por onde navego...
sábado, 10 de setembro de 2011
terça-feira, 2 de agosto de 2011
Instante
hoje precisei sair de mim. esvaziar-me para ver meus lábios como janelas e manhãs.
caminhei por estradas escondidas e a areia onde pisei não me machucou.
não vi meu relógio, não percebi meu tempo nem o grande olhar.
meu espelho quebrou-se, mas minhas verdades, todas, se desfragmentaram.
quase chorei quando percebi que teus olhos me devoravam.
quando percebi que o que vias dentro de mim era uma mulher imutável em seu exterior.
doce sentido o da imaginação, aquele que me deixava uma estátua a desafiar o tempo.
fui doce, fui bela, fui tentadora... devorei-te sem permitir que sequer sonhasses.
alimentei os teus desejos e pus fogo nas minhas feridas.
naquele instante, quase fui Pandora e abri a minha alma.
mas outro mundo foi mais rápido que eu... e me fechou!
(Betha Mendes)
Imagem Google
caminhei por estradas escondidas e a areia onde pisei não me machucou.
não vi meu relógio, não percebi meu tempo nem o grande olhar.
meu espelho quebrou-se, mas minhas verdades, todas, se desfragmentaram.
quase chorei quando percebi que teus olhos me devoravam.
quando percebi que o que vias dentro de mim era uma mulher imutável em seu exterior.
doce sentido o da imaginação, aquele que me deixava uma estátua a desafiar o tempo.
fui doce, fui bela, fui tentadora... devorei-te sem permitir que sequer sonhasses.
alimentei os teus desejos e pus fogo nas minhas feridas.
naquele instante, quase fui Pandora e abri a minha alma.
mas outro mundo foi mais rápido que eu... e me fechou!
(Betha Mendes)
Imagem Google
sexta-feira, 24 de junho de 2011
O cheiro da flor que plantei
quando eu não mais existir
ficarão as minhas fotografias
meu rosto que te olha
meu olhar de lembrança
meu sorriso abrigando
paisagens
lembranças
naturezas
viagens que ainda não fiz
quando eu não mais existir
meus olhos te farão companhia
mesmo que nunca saibas vê-los
ainda que não os penetre
nas paisagens que deixarei sobre a terra
quando eu não mais existir
ainda cairão chuvas sobre as minhas raízes
ainda ficarão sumos nos frutos estendidos
em árvores que plantei
e, mesmo silenciosa,
minha canção reinará
em cada palavra, em cada gesto,
em cada sonho teu
quando passarem as minhas estações
te deixo o cheiro dessa Flor que plantei
(Betha Mendes)
Foto minha
ficarão as minhas fotografias
meu rosto que te olha
meu olhar de lembrança
meu sorriso abrigando
paisagens
lembranças
naturezas
viagens que ainda não fiz
quando eu não mais existir
meus olhos te farão companhia
mesmo que nunca saibas vê-los
ainda que não os penetre
nas paisagens que deixarei sobre a terra
quando eu não mais existir
ainda cairão chuvas sobre as minhas raízes
ainda ficarão sumos nos frutos estendidos
em árvores que plantei
e, mesmo silenciosa,
minha canção reinará
em cada palavra, em cada gesto,
em cada sonho teu
quando passarem as minhas estações
te deixo o cheiro dessa Flor que plantei
(Betha Mendes)
Foto minha
sábado, 21 de maio de 2011
... Grãos...
É este o meu poema
Meu sorriso provisório
Minhas dúvidas mais estáveis
Minhas vidas em cada amanhecer
O que sou neste sol que agora desponta?
Onde estou, senão nos fios de luz que nele se escondem?
Um mar que me conduz não alivia os passos dos meus pés
Uma estrela silenciosa me cintila, mas não me diz verdades absolutas
Sou sozinha nessa estranha natureza
Não é o mundo que procuro, mas a mim
Nessa terra de homens e mulheres distantes
Um grãozinho de gente a sobreviver no simples voo das palavras
(Betha Mendes)
Imagem Google
Meu sorriso provisório
Minhas dúvidas mais estáveis
Minhas vidas em cada amanhecer
O que sou neste sol que agora desponta?
Onde estou, senão nos fios de luz que nele se escondem?
Um mar que me conduz não alivia os passos dos meus pés
Uma estrela silenciosa me cintila, mas não me diz verdades absolutas
Sou sozinha nessa estranha natureza
Não é o mundo que procuro, mas a mim
Nessa terra de homens e mulheres distantes
Um grãozinho de gente a sobreviver no simples voo das palavras
(Betha Mendes)
Imagem Google
domingo, 15 de maio de 2011
Tua
Guarda o meu silêncio
a minha guerra
aquela fotografia
Guarda minha alma triste
o meu passado
aquele fruto roubado
Guarda as curvas do meu corpo
tatuado em tuas mãos
com nossos sangues misturados
Guarda o tudo inacabado
o ingresso do cinema
a corda solta do violão
Guarda a minha voz chorando
o voar dos nossos rebentos
a juventude querendo ir
Guarda o meu sorriso
em tua felicidade
nessa paixão sem ciência
Guarda-me solta
sem gaiolas, sem promessas
Guarda-me
pois isso tudo sou
e sou tua!
(Betha Mendes)
Imagem Google
a minha guerra
aquela fotografia
Guarda minha alma triste
o meu passado
aquele fruto roubado
Guarda as curvas do meu corpo
tatuado em tuas mãos
com nossos sangues misturados
Guarda o tudo inacabado
o ingresso do cinema
a corda solta do violão
Guarda a minha voz chorando
o voar dos nossos rebentos
a juventude querendo ir
Guarda o meu sorriso
em tua felicidade
nessa paixão sem ciência
Guarda-me solta
sem gaiolas, sem promessas
Guarda-me
pois isso tudo sou
e sou tua!
(Betha Mendes)
Imagem Google
domingo, 1 de maio de 2011
Presente
te deixo o calor que sentes
com o passeio de minha mão
te moldando ao mundo.
te deixo a alegria
que, tantas vezes,
foi pássaro livre em nossos lábios
sem voo certo, sem pouso fixo.
te deixo, sem vontade, a semente rude
sofrendo pra brotar da terra
e se fazer Mãe.
o grito ininterrupto da dor inacabável te deixo
em mil faces desaparecidas,
em mil recortes de jornal;
o rosto adulto de quem, na escura madrugada,
se levanta pro labor maldito
sem boneca, sem sonhos, sem abraços de ninar.
te deixo a força
do sorriso
da fragilidade
das porções gulosas de felicidade
com que, juntos, nos saboreamos:
no mel de Baco
no ego de Narciso
no prazer de Vênus
no emergir da caixa de Pandora
que, corajosamente, nos faz sobreviver
e viver sobre(tudo).
e... quando menos esperarmos
nossos planetas não serão iguais
e separados
estaremos juntos
ultrapassando as molduras
de todas as fotografias...
Betha Mendes
Imagem Google
com o passeio de minha mão
te moldando ao mundo.
te deixo a alegria
que, tantas vezes,
foi pássaro livre em nossos lábios
sem voo certo, sem pouso fixo.
te deixo, sem vontade, a semente rude
sofrendo pra brotar da terra
e se fazer Mãe.
o grito ininterrupto da dor inacabável te deixo
em mil faces desaparecidas,
em mil recortes de jornal;
o rosto adulto de quem, na escura madrugada,
se levanta pro labor maldito
sem boneca, sem sonhos, sem abraços de ninar.
te deixo a força
do sorriso
da fragilidade
das porções gulosas de felicidade
com que, juntos, nos saboreamos:
no mel de Baco
no ego de Narciso
no prazer de Vênus
no emergir da caixa de Pandora
que, corajosamente, nos faz sobreviver
e viver sobre(tudo).
e... quando menos esperarmos
nossos planetas não serão iguais
e separados
estaremos juntos
ultrapassando as molduras
de todas as fotografias...
Betha Mendes
Imagem Google
sábado, 23 de abril de 2011
Canção
Dá-me a canção para ouvir
o embalo de flautas e ventos
escondidos num olhar obscuro
de medo sobre o incontrolável.
Dá-me nesta canção a poesia
no balanço de rimas e cantos
edificando a ruína que em palavras
se gastou...
Dá-me a voz nesta canção
não deixa que ela finde o seu
trajeto-destino
de perpetuar inocência e riso
histórias descalças
pensamentos desnudos
gritos
medo e solidão.
Dá-me esta canção e eu te devolvo
porque, comigo, multiplicada
impossível sua finitude
sua indiferença
sua mudez.
(Betha Mendes)
Imagem Google
o embalo de flautas e ventos
escondidos num olhar obscuro
de medo sobre o incontrolável.
Dá-me nesta canção a poesia
no balanço de rimas e cantos
edificando a ruína que em palavras
se gastou...
Dá-me a voz nesta canção
não deixa que ela finde o seu
trajeto-destino
de perpetuar inocência e riso
histórias descalças
pensamentos desnudos
gritos
medo e solidão.
Dá-me esta canção e eu te devolvo
porque, comigo, multiplicada
impossível sua finitude
sua indiferença
sua mudez.
(Betha Mendes)
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