sexta-feira, fevereiro 29, 2008
E agora que já foram dados os parabéns, uma pequena discussão futebolística.
O meu problema com o nosso treinador actual (e os 3 anteriores, pelo menos) é a falta de ambição.
Há quem diga que o Benfica não tem hoje em dia jogadores com qualidade suficiente, que isto já não é como nos bons velhos tempos e que portanto não pode jogar de forma tão ofensiva e essas coisas todas. Para mim, não é uma questão de estar a discutir se o plantel actual é espectacular ou péssimo.
Sendo bem verdade que os jogadores que temos actualmente poderão não ser tão bons como alguns que já tivemos, não deixam de ser todos (ou quase todos, excluindo o Luís Filipe e poucos mais) internacionais dos seus países nas suas categorias (e são países que vão desde o campeão europeu, vice-campeão europeu, vice-campeão africano, Vencedor da Copa América ao Campeão mundial de Sub-21).
Se me disserem que não podemos ir jogar a Milão, a Madrid, a Manchester, Porto e até mesmo outros mais fracos com tácticas super-ofensivas, aceito perfeitamente (até porque ao longo da nossa história, poucas terão sido as ocasiões em que o pudemos fazer, mesmo nos nossos melhores momentos).
Agora, jogar em casa, contra uma equipa do meio da tabela da II Divisão B, só com um ponta de lança e mais 3 jogadores ofensivos (e mesmo estes com a ressalva de os alas recuarem sempre a apoiar os laterais), com 4 defesas e 2 trincos, parece-me impensável.
O meu problema com o Camacho é sobretudo esta atitude face ao jogo de que o importante é não sofrer golos e pode ser que às tantas, com sorte e numa bola parada se consiga meter alguma lá para dentro. E às vezes até pode funcionar, mas muitas vezes não. E desta atitude acaba por decorrer o facto de não termos um modelo de jogo e de raramente termos um futebol atractivo: é que o nosso objectivo não é jogar bom futebol ou jogar para ganhar. É jogar para não perder, sendo que, se as coisas correrem bem, até podemos acabar por ganhar.
A consequência disso, se forem a reparar, é que a nossa diferença de 12 pontos face ao Porto, explica-se pelos 6 empates a mais - ou 6 vitórias a menos - que temos (a maior parte deles, sobretudo em casa), porque derrotas temos as mesmas. E ainda houve uns quantos golos nos minutos finais que nos safaram de ter mais alguns empates.
Para mim, o motivo para termos melhores resultados fora é mesmo o facto de nesses jogos as equipas adversárias se sentirem na obrigação de atacar mais, o que nós, como equipa defensiva e de contra-ataque que somos, agradecemos e aproveitamos.
Felizmente (ou infelizmente, numa perspectiva de médio prazo), ao contrário do Fernando Santos que tinha azar, o Camacho tem sorte. E por isso, lá tivemos algumas vitórias nos últimos minutos no campeonato, ganhámos ao Shaktar Donetsk por um erro brutal do defesa ucraniano, empatámos com o Nuremberga em desespero de causa e por aí fora. E como o Sporting também não vai fazendo grande coisa e os jogos para a taça têm sido em casa e contra equipas de escalões inferiores ou do fundo da tabela, lá nos vamos aguentando com o 2º lugar, meias-finais da taça e 8os de final da Taça UEFA.
Mesmo na primeira passagem cá, o que o Camacho fez de relevante foi o 2º lugar em 2003/04 (garantido sobretudo depois de sermos massacrados metade do jogo em Alvalade, e acabarmos por ganhar com golo a 3 minutos do fim com um tiro do Geovanni bem de fora da área - de notar que o treinador adversário era o Fernando Santos - lá está o binómio Sorte/Azar) e ganhámos a taça, no prolongamento, numa final em que fomos completamente dominados pelo Porto de Mourinho, mesmo este jogando com 10 mais de metade do jogo.
E mais uma vez relembro que acho que o Camacho a nível motivacional e de ganas é um bom gestor de homens, mas temos a infelicidade de perceber pouco de futebol.
Por isso, para podermos dar os parabéns sem ser só no dia 28 de Fevereiro só espero que venhamos a ter um treinador ofensivo, que queira ganhar os jogos, que vá para cima dos adversários e não descanse enquanto não estivermos a ganhar. E a desculpa não pode ser a falta de qualidade dos jogadores, porque na maioria dos jogos estamos a jogar contra o Paços de Ferreira, o Leixões, o Leiria ou outros que tal. E se os nossos não são bons, imaginem então os deles.
quarta-feira, fevereiro 27, 2008
Pelo sim, pelo não, tenho sempre umas duas ou três embalagens de Cillit Bang em casa. Nunca se sabe quando é que aparece um carregamento de moedas para limpar.
segunda-feira, fevereiro 25, 2008
... a dizer que gostava do Jorge Gabriel. E olhem que já ouço pessoas há muito tempo. Para dizer a verdade, até já ouvi umas quantas pessoas a dizer exactamente o oposto.
No entanto, há-de haver alguém a gostar dele, para o homem entrar em todos os concursos em prime-time, estar na campanha do BCP, fazer os jogos do Buzz e por aí fora.
Quem são então essas pessoas que gostam tanto do Jorge Gabriel? Aguardo denúncias.
sexta-feira, fevereiro 22, 2008
terça-feira, fevereiro 19, 2008
Como seres humanos que somos, é natural que desejemos e que estes desejos sejam habitualmente de algo melhor para nós e eventualmente, nalguns casos, para os outros.
Ao longo dos anos que levo de vida (e já não são poucos), já ouvi pessoas desejarem ser mais bonitas, mais ricas, mais viajadas, mais felizes, mais calmos, menos preguiçosas, mais altas, mais baixas, mais magras, com mamas maiores, com casas maiores, carros melhores, tudo e mais alguma coisa.
No entanto, não me lembro de alguma vez ter ouvido alguém a pedir para ser mais inteligente. E esta, hein?
segunda-feira, fevereiro 18, 2008
Se há uma coisa de que uma pessoa se dá conta quando está fora do país, é que realmente há muitos portugueses a ganhar a sua vida lá fora.
Agora, se a vida de um emigrante já de si é difícil, será que não de mais ainda por cima terem como principal contacto com o seu simpático país de origem a RTP Internacional (Ok, para além do contacto com os outros emigrantes, mas é melhor nem irmos por aí)?
É que é mesmo do piorzinho que tenho visto por aí.Pelo menos, sempre é da maneira que se percebe que os filhos dos emigrantes não queiram ter nada a ver com o país dos seus pais e a sua cultura.
Mudando radicalmente de tema, vale bem a pena emigrar para Espanha na altura de encher o depósito, que a gasolina sempre é 30 cêntimos mais barata. Num depósito, poupam-se 24€. Não fosse pelo tempo, compensava-me ir a Badajoz sempre que quisesse encher o depósito. Os bascos que não se ponham a imitar os Kosovares, que ainda acabam com a gasolina ao mesmo preço que o nosso.
quarta-feira, fevereiro 13, 2008
DIA DOS NAMORADOS
E cá estamos novamente nós em mais um dia de S.Valentim, que aparentemente é o dia dos namorados (para além de ser o dia em que faz três anos que iniciei a minha relação laboral com a empresa que actualmente me emprega).
Não me vou alongar muito sobre considerações de ser um dia "criado" por questões meramente comerciais, que já não vale a pena.
Só umas questões:
- Quantos namoros é que terão acabado ontem, só à conta de presentes mal escolhidos, fins de semana ou jantares românticos que afinal correram mal?
- Porquê dia dos namorados e não dia das namoradas?
- E se fosse dia das namoradas, será que queria dizer que podíamos ter mais que uma?
Acho que vale a pena pensar um bocadinho nisto...
terça-feira, fevereiro 12, 2008
MULHERES...
Quase nunca ninguém gosta de estar à espera. Então quando se trata de estar à espera por motivos que se podiam perfeitamente evitar, ainda se torna mais enervante. Como no seguinte caso.
Normalmente, quando chego a um estabelecimento comercial, como por exemplo uma tabacaria, escolho o que quero comprar e vou pagar (o que já não é mau de todo). Como já tenho mais ou menos ideia de quanto é que vai ser (aliás, na grande maioria das vezes já sei precisamente), enquanto espero vou tirando a carteira, o dinheiro e quando me dizem o valor devido, pago e naturalmente vou-me embora.
Agora, da próxima vez que foram a uma tabacaria, reparem no que fazem a maior parte das mulheres. Naturalmente, põem-se na fila para pagar. E no entretanto o que é que fazem?
Nada, esperam.
Finalmente, chega a vez delas. A pessoa que as atende regista os itens que a senhora quer comprar, e diz-lhes quanto é que é. Nessa altura, as mulheres reagem, aparentemente algo surpreendidas.
Só então, abrem a mala, tiram a carteira (e hão-de reparar o tempo que demoram a encontrar a carteira), pensam se vão pagar com cartão ou dinheiro, perguntam novamente quanto é que é, contam o dinheiro e finalmente, após alguns largos, largos, largos segundos, lá acabam por pagar.
Agora digam-me: de que é que elas estão à espera? Que o homem diga: “Deixe lá estar isso, hoje não é preciso pagar…”???
sábado, fevereiro 02, 2008
... pensado o que é que ia fazer ao dinheiro se tivesse ganho o Euromilhões. 65 milhões iam servir para ajudar crianças desfavorecidas. O resto, era para gastar com raparigas favorecidas.
Não deu e entretanto vou de férias, que a minha vida não é isto.
Beijinhos e abraços e portem-se bem, até ao meu regresso.