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sexta-feira, dezembro 30, 2005

2006

E eis que passados 365 dias, chegamos ao fim de mais um ano. Mais uma vez, não se pode dizer que este tenha sido um ano brilhante, quer a nível nacional, quer a nível global.

Nem é que eu seja particularmente supersticioso, mas depois de seis ou sete anos de crise que já levamos por aqui, não será altura de começarmos a considerar a possibilidade de isto decorrer da forma como desejamos bom ano? Vamos lá a pensar nisso um bocadinho...

E já que estamos numa de mudança, esquecer aquele hábito horroroso de comer 12 passas à meia-noite?

Entretanto, boas entradas, boas saídas, divirtam-se, e que Deus nosso senhor nos proteja a todos em 2006 (e já agora no que resta de 2005).




quinta-feira, dezembro 29, 2005

Fábricas...

Uma unidade fabril de produção contínua é como uma máquina, com a dimensão de um bairro, sempre em funcionamento atentamente vigiado. Os turnos, na operação, e a prevenção, na conservação, garantem o funcionamento permanente.

Há muito contacto com estes ambientes. E é a eles que associo o significado de palavras como "disponibilidade", "prevenção", "tolerância" ou "urgente". O risco de toda a unidade parar (e parar mesmo) se algo falhar, ou se alguém falhar, dá um carácter físico aos termos. É a sério!

É ridículo, por outro lado, ver alguém que nunca vestiu um fato-de-macaco tirar a estes termos o contexto que lhes deu sentido e sentir-se importante a empregá-los em vão. Como se porventura algo estivesse em risco de parar...

Geralmente o dia 26 de Dezembro é para mim um dia de férias e de regresso. Este não - tive que assegurar o funcionamento de um "escritório vazio". Perdi um dia em casa, e perdi um respeito.

McGyver





quarta-feira, dezembro 28, 2005

FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS?



Ou os cachorrinhos mais lindos do mundo?




segunda-feira, dezembro 26, 2005

TRAIÇÃO E O FIM DO MUNDO

Contrariamente ao que possam estar a pensar, o post não vai versar sobre a relação entre os dois temas do título (se bem que não seria difícil relacioná-los). Foram só duas coisas que neste dia a seguir ao Natal me apeteceu escrever.

Traição: pela primeira vez desde há vinte e tal anos para cá, que foi uma rapariga diferente a cortar-me o cabelo. Quase que me senti um adúltero, mas teve mesmo de ser.

Fim do Mundo: a quantidade de anúncios a toques de telemóveis neste Natal, com particular destaque para o toque PeidoNatal. It's the end of the world as we know it, como já dizia o outro.




domingo, dezembro 25, 2005

DIA DE NATAL

Hoje é dia de ser bom.
É dia de passar a mão pelo rosto das crianças,
de falar e de ouvir com mavioso tom,
de abraçar toda a gente e de oferecer lembranças.

É dia de pensar nos outros— coitadinhos— nos que padecem,
de lhes darmos coragem para poderem continuar a aceitar a sua miséria,
de perdoar aos nossos inimigos, mesmo aos que não merecem,
de meditar sobre a nossa existência, tão efémera e tão séria.

Comove tanta fraternidade universal.
É só abrir o rádio e logo um coro de anjos,
como se de anjos fosse,
numa toada doce,
de violas e banjos,
Entoa gravemente um hino ao Criador.
E mal se extinguem os clamores plangentes,
a voz do locutor
anuncia o melhor dos detergentes.

De novo a melopeia inunda a Terra e o Céu
e as vozes crescem num fervor patético.
(Vossa Excelência verificou a hora exacta em que o Menino Jesus nasceu?
Não seja estúpido! Compre imediatamente um relógio de pulso antimagnético.)

Torna-se difícil caminhar nas preciosas ruas.
Toda a gente se acotovela, se multiplica em gestos, esfuziante.
Todos participam nas alegrias dos outros como se fossem suas
e fazem adeuses enluvados aos bons amigos que passam mais distante.

Nas lojas, na luxúria das montras e dos escaparates,
com subtis requintes de bom gosto e de engenhosa dinâmica,
cintilam, sob o intenso fluxo de milhares de quilovates,
as belas coisas inúteis de plástico, de metal, de vidro e de cerâmica.

Os olhos acorrem, num alvoroço liquefeito,
ao chamamento voluptuoso dos brilhos e das cores.
É como se tudo aquilo nos dissesse directamente respeito,
como se o Céu olhasse para nós e nos cobrisse de bênçãos e favores.

A Oratória de Bach embruxa a atmosfera do arruamento.
Adivinha-se uma roupagem diáfana a desembrulhar-se no ar.
E a gente, mesmo sem querer, entra no estabelecimento
e compra— louvado seja o Senhor!— o que nunca tinha pensado comprar.

Mas a maior felicidade é a da gente pequena.
Naquela véspera santa
a sua comoção é tanta, tanta, tanta,
que nem dorme serena.

Cada menino
abre um olhinho
na noite incerta
para ver se a aurora
já está desperta.
De manhãzinha,
salta da cama,
corre à cozinha
mesmo em pijama.

Ah!!!!!!!!!!

Na branda macieza
da matutina luz
aguarda-o a surpresa
do Menino Jesus.

Jesus
o doce Jesus,o mesmo que nasceu na manjedoura,
veio pôr no sapatinho
do Pedrinho
uma metralhadora.

Que alegria
reinou naquela casa em todo o santo dia!
O Pedrinho, estrategicamente escondido atrás das portas,
fuzilava tudo com devastadoras rajadas
e obrigava as criadas
a caírem no chão como se fossem mortas:
Tá-tá-tá-tá-tá-tá-tá-tá-tá-tá-tá-tá-tá.

Já está!E fazia-as erguer para de novo matá-las.
E até mesmo a mamã e o sisudo papá
fingiam
que caíam
crivados de balas.

Dia de Confraternização Universal,
Dia de Amor, de Paz, de Felicidade,
de Sonhos e Venturas.
É dia de Natal.
Paz na Terra aos Homens de Boa Vontade.
Glória a Deus nas Alturas

António Gedeão




quinta-feira, dezembro 22, 2005

NATAL

No últimos dois anos, coloquei por esta altura este post que me parece manter ainda a sua actualidade. Ainda por cima, uma vez que grande parte de vocês nunca o terá lido e já que para os bloggers o post repetido é sempre o mais apetecido, aproveito para voltar a colocar aqui grande parte do mesmo, com a grande vantagem de este ano ainda ir a tempo de evitar males maiores...

"E nesta fase, acho que já só vale a pena falar dos presentes (que no fundo são o mais importante) e que se podem incluir nalgumas das seguintes categorias (não exaustivas):

- Os que queríamos e/ou estávamos mesmo a precisar - Normalmente só aparecem com pedidos expressos ou indirectas bastante explícitas;

- Os surpreendentes de que gostamos - Nem sabemos porque é que não nos lembrámos de os pedir antes. São raras as ocorrências registadas;

- Os surpreendentes de que não gostámos - quem é que se lembra de oferecer uma coisa destas? Frequência bastante elevada;

Já agora, porque é que quando alguém está a comprar uma casa, tem de começar a receber presentes para a casa? É o fim da invidualidade. Já estou a ver o diálogo:

"Então, compraste o presente para a Filipa?" - "Não, comprei-lhe uma coisa para a casa!". É triste.

Acho que todas estas questões dos presentes seriam bastante mais simples se as pessoas fizessem como eu faço: Perguntem o que é que a pessoa quer e comprem isso (desde que seja razoável, naturalmente - antes de incluir esta salvaguarda no meu código de comportamento pessoal, estava sempre a ir à falência).

Se as pessoas fizerem a fita do "ah, eu gosto de surpresas!" ou "não sei o que quero, escolhe tu!", azar... Não ofereçam nada ou escolham alguma coisa horrorosa. Lembrem-se que haverá sempre outros natais e da próxima (se ainda vos falarem), garanto que já vão saber o que é que querem.

Pensem lá nisso um bocado, em vez de andarem stressados a dar voltas por aí que nem baratas tontas e a gastar dinheiro desnecessariamente."





quarta-feira, dezembro 21, 2005

Listas...

Numa analogia às listas de casamento, parece-me boa ideia criar-se o conceito "lista de Natal". E parece-me boa ideia por dois motivos:

a) Simplificava muito a decisão sobre o que oferecer a quem. Sobretudo no que concerne às clássicas "Será que gosta?" e "Será que já tem?". (Admito que se perdia alguma da magia própria do oferecer, mas a sociedade de hoje em dia é prática e materialista, por isso não faz mal.)

b) Reduzia aquela lista de "eh-pá-era-fixe-se-alguém-me-oferecesse-isto" que se vai construindo enquanto se procuram as prendas que se oferecem. E reduzia-a em duas vertentes: quer porque se procurava menos, quer porque passavam a fazer parte da lista de Natal e podia ser que o velhote do trenó acertasse...
McGyver




Love generation

Tendo em conta a época natalícia que se vive, e inspirado no "dar e receber"próprio:

Ofereço uma prenda à primeira pessoa que me fizer chegar (por e-mail, por correio, em mão...) uma cópia (legal, ilegal, de segurança...) do tema completo "Love generation" do senhor Bob Sinclair.

A letra é esta:

(Bam, bam, baba bam, bam)
(baba bam, bam, baba bam, bam...)

From Jamaica to the world,
this is just love,
this is just love,
Yeah!

Why must our children play in the streets,
broken hearts and faded dreams,
give some love to everyone that you meet,
don't you worry, it could be so sweet,
just look to the rainbow, you will see,
sun will shine 'till the eternity,
I've got so much love in my heart,
no one can tear it apart,
Yeah.

Feel the love generation,
Yeah, yeah, yeah,
Feel the love generation,
C'mon c'mon c'mon c'mon yeah

Feel the love generation,
Yeah, yeah, yeah,
Feel the love generation,
Ooohhh yeah-yeah,

(whistling)

Why must our children play in the streets,
broken hearts and faded dreams,
give some love to everyone that you meet,
don't you worry, it could be so sweet,
just look to the rainbow, you will see,
sun will shine 'till the eternity,
I've got so much love in my heart,
no one can tear it apart,
Yeah.
(whisteling)

A prenda que aqui tenho para oferecer mede aproximadamente 18cm e pode "aquecer"quem dela souber tirar bom partido.

A linha morta é o dia 31/12/2005. Vou ficar atento ao endereço mcgyver69@sapo.pt.
McGyver




segunda-feira, dezembro 19, 2005

"Grizzly Man"

No Expresso desta semana, Carlos Tê sugeriu uma ida ao Quarteto para espreitar este documentário sobre um documentário sobre ursos. Segui o conselho, e descobri algo surrealmente cómico.

Em busca do seu lugar no Mundo, um rapaz que gostava de ursos de peluche -Timothy Treadwell - instalou-se no Alasca, em pleno território do urso grizzly, afirmou-se defensor da espécie, e impingiu-se quotidianamente aos bichos. Convenceu-se que era imprescindível e respeitado pelos animais, e acabou atacado e morto por um grizzly esfomeado seis anos depois de ter chegado.

Detalhes de bom e ousado humor negro à parte, gostei de ver o retrato e confronto da comum visão romântica e humanizada da Natureza com a sua realidade insensível e franca. Foi interessante notar a perspectiva dos que entendem a realidade e dos que a humanizam, e formar de imediato opinião sobre o erro de um dos pontos de vista. Interessante, também, foi imaginar o conjunto de valores basilares que regem avida animal, onde por exemplo a vida vale menos que a fome, a vigorar na sociedade actual como terá acontecido na origem do homem...

Recomendo!

McGyver





quarta-feira, dezembro 14, 2005

QUE A LÍNGUA PORTUGUESA....

... é muito traiçoeira, já todos nós sabíamos. Mas achei piada a uma situação que se passou comigo no outro dia e que mais uma vez mostra isso mesmo.

Uma colega minha voltou de umas férias relativamente prolongadas. Entretanto estávamos a vir juntos do café, ou qualquer coisa do género, quando começa a tocar o meu telemóvel. Vai daí, ela atira-me com um "Olha, até já tinha saudades do teu toque...".

Ela entretanto lá fez um ar mais envergonhado e fomos mas é trabalhar, que isto a produtividade nacional está de rastos...




terça-feira, dezembro 13, 2005

BEM VISTO, NÃO?

E finalmente, dois anos! Parece que foi ontem que me sentei aqui em frente ao teclado, num sábado à tarde (tenho até ideia de que ligeiramente ressacado) a ver um blog de um amigo e às tantas, acabei por criar o meu próprio blog.

Lembro-me que o nome surgiu quase imediatamente e o resto é história (ou quase).Para já, acho que posso dizer que tem sido uma experiência interessante, que se vão conhecendo algumas pessoas por aqui (elas então, são umas kidas) e que os comentários são sempre animados e divertidos. Só continuam a faltar mesmo é algumas fotos, mas como hoje também é dia de aniversário, pode ser que...

Claro que à medida que o blog tem vindo a evoluir (mais visitas, mais comentadores, mais colaboradores, novas features, etc.), o próprio âmbito e textos se têm vindo a modificar. Só o extraordinário aspecto do mesmo é que se mantém...:-)

Por outro lado, também é verdade que dois ano já é muito tempo, e que às tantas isto também já cansa um bocadinho e que portanto, apesar de gostarmos deste blog como ele é, a partir de hoje é bem provável que passemos a ter um figurino diferente ao nível da (não) publicação de textos, pelo menos até ao novo ano chegar. Não será tanto um adeus, é mais um, como dizem os outros, ATÉ JÁ!

Ainda não vai ser desta que vamos ter um jantar de Natal que toda a logística ainda é razoavelmente complicada, sobretudo neste época... É o que dá ter um blog que chega aos quatro cantos do país.

Anyway, cá deixo alguns números do BV, 2x365 dias depois:

Visitas - 60208 (a partir de 21/12/03)
Page Views - 125822 (a partir de 21/12/03)
Comentários - 13864 (a partir de 20/05/04 - os anteriores ficaram irremediavelmente perdidos e não contabilizados)
Posts - 538




segunda-feira, dezembro 12, 2005

PRÉ-AVISO

Este pequeno post serve só para anunciar que este magnífico e extraordinário blog (ou, como diria o homem que não consegue mentir, este espectacular, excelente, bonzinho, razoável, já vi pior, é mau, é mau…) vai cumprir o seu segundo aniversário já na próxima terça-feira.

Não quis deixar de vos dar esta notícia com alguma antecedência, até para assim terem todas tempo de ir tirar umas fotografias à praia de bikini (ou algum outro presente mais interessante de que se lembrem entretanto), para oferecer ao BV no dia 13.

Mas vejam lá, cuidado com as constipações, que está frio!!!




quinta-feira, dezembro 08, 2005

PRESIDENCIAIS

Não é para me gabar mas não voto Cavaco.

7




quarta-feira, dezembro 07, 2005

Mamilos

O mamilo feminino é a cereja no topo do bolo.

E mais não escrevo...
McGyver




terça-feira, dezembro 06, 2005

SONHOS

Hoje em dia, tudo muda cada vez mais e cada vez mais depressa. Ainda há poucos anos, o grande "sonho" de muitos dos portugueses, era ter uma sorte brutal e ganhar o Totoloto para assim ficar milionário e poder deixar de trabalhar e gozar a vida com mais serenidade.

Entretanto, chegou o Euro Milhões, e agora vai-se a ver, e nas últimas semanas o 1º prémio do Totoloto, em semanas em que não haja Jackpot, não chega aos 500.000€, ou seja, menos de 100.000 contos.

Onde é que isto vai parar, agora que ganhar o Totoloto já mal dá para comprar um T3 no Parque das Nações e um carro decente (como um BMW Série 6, igual ao que sei que me estão a pensar oferecer como presente de Natal e de anos)?

Está tudo perdido, é o que é...




segunda-feira, dezembro 05, 2005

Despedidas...

Não gosto das despedidas. Não gosto dos "adeus" nem dos "até qualquer dia". Não gosto das palavras que o significam porque não gosto do instante em que se inicia uma ausência indefinida de alguém de quem gosto. (Dos "até logo" já desgosto menos.)

Porque me parece que algo se perde nesse instante.

Perde-se a presença, perde-se o "estar com", perde-se o que se ganhou com o"olá". Acaba o que quer que tivesse começado antes. E quando voltar aacontecer, mesmo que seja no momento seguinte, já não será a continuação... Será um recomeço.

Meditando no caso, consigo encontrar na minha alma no lusco-fusco de uma despedida o reflexo do que me importo com a pessoa que se despediu de mim. E de quem eu me despedi, também.

Talvez o sucesso de uma relação se descubra, afinal, no "adeus" e se construa nas ausências, mais que no "olá" e nas presenças. Não gosto de despedidas...

McGyver





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