terça-feira, agosto 30, 2005
Amendoins
As férias estão a acabar e, com elas, o tempo quente e os serões de Verão à volta de um prato de amendoins torrados. Há quinze anos atrás, ainda me aborrecia ter que os descascar. Com o passar do anos ganhei a paciência para isso. E é com o cheiro a amendoim no ar que me apercebo da chegada do Outono e da sua acolhedora nostalgia.
As pessoas são como os amendoins...
Há aquelas que têm dentro da casca amendoins equilibrados, e há as outras em que um dos amendoins é exagerado e os outros minúsculos. Há umas em que um leve apertão parte a casca e mostra ao Mundo amendoins saudáveis que soltam a pele sozinhos, e há outras que é preciso apertaaaar para expulsar um amendoim que se revela podre. Há ainda aquelas que é preciso apertar tanto, que se estilhaça casca e pele e amendoim. Há as de casca grande e amendoim pequeno, e há as de casca proporcional ao amendoim. Há as de casca feia e amendoim bonito, e há as de casca bonita e amendoim feio. Também há aquelas que sintonizam o aspecto do amendoim com o da casca. Há aquelas em que o sabor do amendoim fica, e há as outras em que desaparece. Também há umas em que o amendoim amarga. Há aquelas que nos partem o amendoim, e há aquelas a quem nós partimos o amendoim (nos piores casos, sem o saber). Há umas que se confundem com as outras dentro do saco, e há as outras que se destacam e que todos preferem. Há aquelas que têm um amendoim que procuramos se cair entre o monte de cascas, e há as outras que têm um amendoim que não procuramos. E há sempre o último amendoim que descascamos, tiramos a pele, e comemos.
As coisas de que um gajo se lembra enquanto come amendoins...
McGyver
As férias estão a acabar e, com elas, o tempo quente e os serões de Verão à volta de um prato de amendoins torrados. Há quinze anos atrás, ainda me aborrecia ter que os descascar. Com o passar do anos ganhei a paciência para isso. E é com o cheiro a amendoim no ar que me apercebo da chegada do Outono e da sua acolhedora nostalgia.
As pessoas são como os amendoins...
Há aquelas que têm dentro da casca amendoins equilibrados, e há as outras em que um dos amendoins é exagerado e os outros minúsculos. Há umas em que um leve apertão parte a casca e mostra ao Mundo amendoins saudáveis que soltam a pele sozinhos, e há outras que é preciso apertaaaar para expulsar um amendoim que se revela podre. Há ainda aquelas que é preciso apertar tanto, que se estilhaça casca e pele e amendoim. Há as de casca grande e amendoim pequeno, e há as de casca proporcional ao amendoim. Há as de casca feia e amendoim bonito, e há as de casca bonita e amendoim feio. Também há aquelas que sintonizam o aspecto do amendoim com o da casca. Há aquelas em que o sabor do amendoim fica, e há as outras em que desaparece. Também há umas em que o amendoim amarga. Há aquelas que nos partem o amendoim, e há aquelas a quem nós partimos o amendoim (nos piores casos, sem o saber). Há umas que se confundem com as outras dentro do saco, e há as outras que se destacam e que todos preferem. Há aquelas que têm um amendoim que procuramos se cair entre o monte de cascas, e há as outras que têm um amendoim que não procuramos. E há sempre o último amendoim que descascamos, tiramos a pele, e comemos.
As coisas de que um gajo se lembra enquanto come amendoins...
McGyver
segunda-feira, agosto 29, 2005
OS BLOGGERS DA FORTUNA - PARTE II
Como terão com certeza reparado, uma sucessão de Jackpots no Euro Milhões levou a que na próxima semana esteja em jogo um 1º prémio previsto de 57 milhões de Euros. Após o relativo sucesso da primeira iniciativa, parece-me que é capaz de não ser uma má ideia reeditar esta iniciativa inovadora.
Assim, bastará para tal manifestar a intenção de participar no já habitual mail bemvisto@portugalmail.pt e contribuir com 4€ (a entrega dos ditos seria discutida posteriormente, sabendo-se quem participa).
Mantém-se assim as regras que foram definidas anteriormente, e que eram:
a) Valor da participação igual para todos, não podendo ninguém participar com mais de 4€;
b) Forma da participação - Apostas múltiplas de 12€ (5 n.ºs e 4 estrelas) e o remanescente em apostas simples.
E depois de ganharmos os 57 M€, é decidir qual o destino da viagem de celebração e o que é que oferecemos ao organizador da iniciativa.
Como terão com certeza reparado, uma sucessão de Jackpots no Euro Milhões levou a que na próxima semana esteja em jogo um 1º prémio previsto de 57 milhões de Euros. Após o relativo sucesso da primeira iniciativa, parece-me que é capaz de não ser uma má ideia reeditar esta iniciativa inovadora.
Assim, bastará para tal manifestar a intenção de participar no já habitual mail bemvisto@portugalmail.pt e contribuir com 4€ (a entrega dos ditos seria discutida posteriormente, sabendo-se quem participa).
Mantém-se assim as regras que foram definidas anteriormente, e que eram:
a) Valor da participação igual para todos, não podendo ninguém participar com mais de 4€;
b) Forma da participação - Apostas múltiplas de 12€ (5 n.ºs e 4 estrelas) e o remanescente em apostas simples.
E depois de ganharmos os 57 M€, é decidir qual o destino da viagem de celebração e o que é que oferecemos ao organizador da iniciativa.
sexta-feira, agosto 26, 2005
NEWSFLASH
É bem verdade que ao longo do tempo que este blog já leva de vida, fui dizendo aqui e ali uma ou outra coisa negativa relativamente ao casamento e à consequente vida de casado.
No entanto, após alguma reflexão, tenho de admitir que nalgumas ocasiões posso ter sido ligeiramente injusto e que o casamento, apesar de tudo, sempre tem algumas vantagens.
Por exemplo, diz que custa muito menos ficar a trabalhar até às tantas (como eu estive, diga-se de passagem) quando se é casado. I wonder why...
É bem verdade que ao longo do tempo que este blog já leva de vida, fui dizendo aqui e ali uma ou outra coisa negativa relativamente ao casamento e à consequente vida de casado.
No entanto, após alguma reflexão, tenho de admitir que nalgumas ocasiões posso ter sido ligeiramente injusto e que o casamento, apesar de tudo, sempre tem algumas vantagens.
Por exemplo, diz que custa muito menos ficar a trabalhar até às tantas (como eu estive, diga-se de passagem) quando se é casado. I wonder why...
quinta-feira, agosto 25, 2005
PROVÉRBIOS
Ainda hoje estava a escrever um comentário neste simpático blog (que curiosamente, vai atingir dentro de momentos as 100.000 page views), em que ia referir esse sempre bom e velho provérbio popular "não faças aos outros aquilo que não gostavas que te fizessem a ti".
Realmente, é um provérbio simpático e é bem verdade que realmente todos nos deveríamos reger por este lema.
A não ser, claro, que sejam um homem heterossexual que goste particularmente de sexo anal... Mas pronto, lá está, há-de ser a excepção que confirma a regra.
Ainda hoje estava a escrever um comentário neste simpático blog (que curiosamente, vai atingir dentro de momentos as 100.000 page views), em que ia referir esse sempre bom e velho provérbio popular "não faças aos outros aquilo que não gostavas que te fizessem a ti".
Realmente, é um provérbio simpático e é bem verdade que realmente todos nos deveríamos reger por este lema.
A não ser, claro, que sejam um homem heterossexual que goste particularmente de sexo anal... Mas pronto, lá está, há-de ser a excepção que confirma a regra.
quarta-feira, agosto 24, 2005
SLOW NEWS DAY
E portanto, aqui vos deixo esta letra...
Of A Broken Heart - Zwan
if only i die
just once in my life
if only to try to take a guess,
to be the best
a feeling i hide
that runs this world,
that keeps us alive
i want you to climb with me
until i die of a broken heart
a broken heart
until i die of a broken heart
a broken heart
until i die
the heart of a child
is in your hands now
so let's see you smile'
cause i'm not impressed with your loneliness
and it's been a while
since you forgave all your changes made
so let's count the miles together
until i die of a broken heart
a broken heart
until i die of a broken heart
a broken heart
until i die
if only i die
just once in my life
if only to try together
until i die of a broken heart
a broken heart
until i die of a broken heart
a broken heart
until i die
E portanto, aqui vos deixo esta letra...
Of A Broken Heart - Zwan
if only i die
just once in my life
if only to try to take a guess,
to be the best
a feeling i hide
that runs this world,
that keeps us alive
i want you to climb with me
until i die of a broken heart
a broken heart
until i die of a broken heart
a broken heart
until i die
the heart of a child
is in your hands now
so let's see you smile'
cause i'm not impressed with your loneliness
and it's been a while
since you forgave all your changes made
so let's count the miles together
until i die of a broken heart
a broken heart
until i die of a broken heart
a broken heart
until i die
if only i die
just once in my life
if only to try together
until i die of a broken heart
a broken heart
until i die of a broken heart
a broken heart
until i die
terça-feira, agosto 23, 2005
BIKINI vs LINGERIE
E é nesta altura de verão que surge uma questão. Claro que não é nada que não se tenha discutido antes (até porque a originalidade por aqui já deu o que tinha a dar), mas já agora estava curioso para ouvir a opinião de tão distintos comentadores.
Como já se pôde ver face aos insistentes pedidos de fotografias em lingerie que foram feitos por aqui, grande parte das mulheres não se sente particularmente confortável (na maior parte das situações, havendo naturalmente algumas excepções) por estar de lingerie em frente a um ou vários homens.
No entanto, em bikini, como se pode ver por essas praias, já não têm esse problema... E isto independentemente de em muitos casos o bikini poder até ser mais reduzido que a lingerie.
Será só o factor psicológico? Haverá mais qualquer coisa? Que é que as nossas meninas dizem?
E é nesta altura de verão que surge uma questão. Claro que não é nada que não se tenha discutido antes (até porque a originalidade por aqui já deu o que tinha a dar), mas já agora estava curioso para ouvir a opinião de tão distintos comentadores.
Como já se pôde ver face aos insistentes pedidos de fotografias em lingerie que foram feitos por aqui, grande parte das mulheres não se sente particularmente confortável (na maior parte das situações, havendo naturalmente algumas excepções) por estar de lingerie em frente a um ou vários homens.
No entanto, em bikini, como se pode ver por essas praias, já não têm esse problema... E isto independentemente de em muitos casos o bikini poder até ser mais reduzido que a lingerie.
Será só o factor psicológico? Haverá mais qualquer coisa? Que é que as nossas meninas dizem?
sábado, agosto 20, 2005
INFIDELIDADE RELOADED
E revisitando um tema de que já não se falava aqui há algum tempo, ocorreu-me recentemente que para quem queira manter um registo de infidelidades sem problemas, a solução é a bisexualidade (desde que oculta, claro).
E pergunta o incauto mas interessado leitor, "Porquê?". E eu, cheio de boa vontade, explico.
Uma das grandes dificuldades no processo da infidelidade é o sair sozinho com algum elemento do sexo oposto (sobretudo se esta for atraente e/ou interessante - naturalmente os casos preferidos para quem queira ser infiel), sem que haja alguma desconfiança e má vontade por parte da cara-metade relativamente a essa saída.
No entanto, quando se sai com alguma pessoa do mesmo sexo, não sendo perceptível essa ameaça, naturalmente não haverá a tal desconfiança e má vontade, podendo-se combinar todos os programas que se queira.
Não é uma solução que eu aconselhe, mas para quem estiver para aí virado, escusam de agradecer...
E revisitando um tema de que já não se falava aqui há algum tempo, ocorreu-me recentemente que para quem queira manter um registo de infidelidades sem problemas, a solução é a bisexualidade (desde que oculta, claro).
E pergunta o incauto mas interessado leitor, "Porquê?". E eu, cheio de boa vontade, explico.
Uma das grandes dificuldades no processo da infidelidade é o sair sozinho com algum elemento do sexo oposto (sobretudo se esta for atraente e/ou interessante - naturalmente os casos preferidos para quem queira ser infiel), sem que haja alguma desconfiança e má vontade por parte da cara-metade relativamente a essa saída.
No entanto, quando se sai com alguma pessoa do mesmo sexo, não sendo perceptível essa ameaça, naturalmente não haverá a tal desconfiança e má vontade, podendo-se combinar todos os programas que se queira.
Não é uma solução que eu aconselhe, mas para quem estiver para aí virado, escusam de agradecer...
sexta-feira, agosto 19, 2005
A propósito de saunas...
Um dia destes, nas páginas deste blog, quando convidada para uma sauna a dois, uma menina respondeu, e passo a citar:
"Eu não gosto de sauna... Mas hoje teve de ser: senão não vinha trabalhar à tarde, já que a esta hora ainda estaria a fazer o caminho a pé...".
Ora bem... Se o convite surgiu, entre outros motivos, quando ela referiu ter feito sauna durante a hora de almoço, foi natural pedir um esclarecimentozinho a esta tampa. A resposta foi:
"Sim, já suspeitava que tinha de explicar tudo... Tive de fazer sauna no carro de uma colega minha para regressarmos ao escritório: o carro ficou ao sol, não tem ar condicionado e está uma torra descomunal! Got it?"
É impossível perceber as mulheres, não é?
McGyver
Um dia destes, nas páginas deste blog, quando convidada para uma sauna a dois, uma menina respondeu, e passo a citar:
"Eu não gosto de sauna... Mas hoje teve de ser: senão não vinha trabalhar à tarde, já que a esta hora ainda estaria a fazer o caminho a pé...".
Ora bem... Se o convite surgiu, entre outros motivos, quando ela referiu ter feito sauna durante a hora de almoço, foi natural pedir um esclarecimentozinho a esta tampa. A resposta foi:
"Sim, já suspeitava que tinha de explicar tudo... Tive de fazer sauna no carro de uma colega minha para regressarmos ao escritório: o carro ficou ao sol, não tem ar condicionado e está uma torra descomunal! Got it?"
É impossível perceber as mulheres, não é?
McGyver
quinta-feira, agosto 18, 2005
Uma procissão
Numa remota aldeia no interior lusitano, era Domingo de festa, o senhor padrejá tinha chegado, e o relógio da igreja marcava a hora da missa. Os fiéis acorriam em passo vagaroso e o largo do arraial ia ficando vazio.
A esposa, passando junto ao balcão onde as bebidas se servem, reparou no marido ainda encostado a ele a emborcar mais uma "mini":
"Ó Gabriel! Não bebas mais! Olha que vais levar o andor na procissão!"
O marido, olhando-a pelo canto do olho enquanto reflectia a resposta, e fixando o horizonte quando a proferiu, saiu-se com:
"Olha lá - a santinha não vai lá em cima? Ela guia-me..."
E pontuou a frase com mais um gole de cerveja.
Gostei! ;-)
McGyver
Numa remota aldeia no interior lusitano, era Domingo de festa, o senhor padrejá tinha chegado, e o relógio da igreja marcava a hora da missa. Os fiéis acorriam em passo vagaroso e o largo do arraial ia ficando vazio.
A esposa, passando junto ao balcão onde as bebidas se servem, reparou no marido ainda encostado a ele a emborcar mais uma "mini":
"Ó Gabriel! Não bebas mais! Olha que vais levar o andor na procissão!"
O marido, olhando-a pelo canto do olho enquanto reflectia a resposta, e fixando o horizonte quando a proferiu, saiu-se com:
"Olha lá - a santinha não vai lá em cima? Ela guia-me..."
E pontuou a frase com mais um gole de cerveja.
Gostei! ;-)
McGyver
quarta-feira, agosto 17, 2005
Os loucos de Lisboa
Escolhi este título porque, de facto, alguns "paravam no café quando eu lá estava"... Mas não tinham na voz "o talento dos pedintes", muito pelo contrário.
Encostado como quase sempre ao balcão, a contentar-se com os restos da atenção e tempo do empregado do dito, parava aquele que encontrou fama e fortuna numa bola de futebol. Na mesa ao meu lado direito, parava um excêntrico desconhecido que conseguiu encontrar no mau sabor de uma bolacha de gelado pretexto para recordar os muitos lugares do Mundo por onde passou. Ausente (pára por lá num horário diferente), faltava o sorumbático grisalho e o seu cigarro de combustão lenta em pose invulgar.
São exemplos flagrantes de uma presença constante - notada por isso mesmo - que sem palavras nos explica a solidão em que vive. E que, por vezes, sem palavras a grita.
Será que é assim quando só o dinheiro fica para acompanhar a solidão? Será que esta loucura se escolhe ou se ganha? Será que é, sequer, consciente? Apenas esbocei respostas enquanto durou a minha espera. Quando saí, lá ficaram os loucos e a suas loucuras.
McGyver
Escolhi este título porque, de facto, alguns "paravam no café quando eu lá estava"... Mas não tinham na voz "o talento dos pedintes", muito pelo contrário.
Encostado como quase sempre ao balcão, a contentar-se com os restos da atenção e tempo do empregado do dito, parava aquele que encontrou fama e fortuna numa bola de futebol. Na mesa ao meu lado direito, parava um excêntrico desconhecido que conseguiu encontrar no mau sabor de uma bolacha de gelado pretexto para recordar os muitos lugares do Mundo por onde passou. Ausente (pára por lá num horário diferente), faltava o sorumbático grisalho e o seu cigarro de combustão lenta em pose invulgar.
São exemplos flagrantes de uma presença constante - notada por isso mesmo - que sem palavras nos explica a solidão em que vive. E que, por vezes, sem palavras a grita.
Será que é assim quando só o dinheiro fica para acompanhar a solidão? Será que esta loucura se escolhe ou se ganha? Será que é, sequer, consciente? Apenas esbocei respostas enquanto durou a minha espera. Quando saí, lá ficaram os loucos e a suas loucuras.
McGyver
terça-feira, agosto 16, 2005
SEMANA McGYVER
Não é que me faltem temas, ideias ou sequer textos, mas parece-me que em vez de falarmos de arrastões nas praias do Senegal ou do primeiro troféu do Sport Lisboa e Benfica na época 2005/2006, inovámos e vamos ter a semana McGyver.
Vamos ver então o que é que ele nos reserva para estes próximos dias. E que seja o que Deus quiser...
Não é que me faltem temas, ideias ou sequer textos, mas parece-me que em vez de falarmos de arrastões nas praias do Senegal ou do primeiro troféu do Sport Lisboa e Benfica na época 2005/2006, inovámos e vamos ter a semana McGyver.
Vamos ver então o que é que ele nos reserva para estes próximos dias. E que seja o que Deus quiser...
sexta-feira, agosto 12, 2005
quarta-feira, agosto 10, 2005
EXPECTATIVAS
E à medida que os anos vão passando e se vai aprendendo qualquer coisa sobre a vida, cada vez mais me vou dando conta de que quase todas as nossas desilusões, frustrações e infelicidades resultam sobretudo de uma má gestão de expectativas.
E isto a propósito de quê? Ainda ontem à noite, liguei a televisão perto das 2h da manhã e estava a dar um jogo do Mundial de Hóquei em Patins - Portugal-Macau. Não sei quanto tempo faltava, mas parecia estar perto do fim e Portugal ganhava por 17-0.
Fiquei um bocado a ver e era quase aflitivo. Os desgraçados dos rapazes da selecção de Macau mal conseguiam sair da área e quando saiam, perdiam a bola logo a seguir. Entretanto, Portugal marcou 3 golos e ficou a ganhar 20-0.
Às tantas, sem se perceber muito bem como, a 10 segundos do fim do jogo, há um remate de um jogador macaense, o guarda-redes defende, a bola ressalta para a frente e o mesmo jogador remata novamente e marca!!!
Bem, vocês deviam ter visto a cara do homem... Parecia que tinha acabado de marcar o golo que decidia o vencedor do campeonato do mundo.
Logo a seguir acaba o jogo, a equipa toda a abraçar-se, dava ar de que tinham acabado de ganhar, apesar de terem perdido 20-1... Já os portugueses, que tinham ganho 20-1 e estavam apurados para a fase seguinte, andavam por lá como se não fosse nada com eles.
Mas por outro lado, a vida é uma coisa estranha. Já dizia um amigo de um amigo meu, só se perdem as que caem ao chão...
E à medida que os anos vão passando e se vai aprendendo qualquer coisa sobre a vida, cada vez mais me vou dando conta de que quase todas as nossas desilusões, frustrações e infelicidades resultam sobretudo de uma má gestão de expectativas.
E isto a propósito de quê? Ainda ontem à noite, liguei a televisão perto das 2h da manhã e estava a dar um jogo do Mundial de Hóquei em Patins - Portugal-Macau. Não sei quanto tempo faltava, mas parecia estar perto do fim e Portugal ganhava por 17-0.
Fiquei um bocado a ver e era quase aflitivo. Os desgraçados dos rapazes da selecção de Macau mal conseguiam sair da área e quando saiam, perdiam a bola logo a seguir. Entretanto, Portugal marcou 3 golos e ficou a ganhar 20-0.
Às tantas, sem se perceber muito bem como, a 10 segundos do fim do jogo, há um remate de um jogador macaense, o guarda-redes defende, a bola ressalta para a frente e o mesmo jogador remata novamente e marca!!!
Bem, vocês deviam ter visto a cara do homem... Parecia que tinha acabado de marcar o golo que decidia o vencedor do campeonato do mundo.
Logo a seguir acaba o jogo, a equipa toda a abraçar-se, dava ar de que tinham acabado de ganhar, apesar de terem perdido 20-1... Já os portugueses, que tinham ganho 20-1 e estavam apurados para a fase seguinte, andavam por lá como se não fosse nada com eles.
Mas por outro lado, a vida é uma coisa estranha. Já dizia um amigo de um amigo meu, só se perdem as que caem ao chão...
terça-feira, agosto 09, 2005
O Urinol...
Numa daquelas pausas laborais que acontecem quando têm mesmo que acontecer e que fazemos sem sequer pensar muito no assunto, dei comigo frente a um urinol com um vizinho de "micção" muito estranho... Não foi o primeiro da espécie que encontrei - foi mais um - mas nasceu nesse momento a ideia de partilhar aqui a minha admiração sobre o assunto.
Abstraído na rotina habitual daqueles momentos (abre braguilha - tira - segura- espera - sacode - guarda - fecha braguilha - lava mãos) sou surpreendido com os "Ahhh", "Ohhh", "Pfuuui", "Uhh" que vêm do urinol do lado. E nem se pode sequer dizer que o tipo fosse discreto... "Ahh", "Uhh"... Só lá faltou oclássico "Ui-ca-bom"...
Desculpem o calão: Mas a malta tem orgasmos a mijar, ou quê? Aliviar é uma coisa mas gozar (e escrevo "gozar" para não escrever "vir-se") daquela maneira é que não entendo... Vamos lá pensar nisto...
(Tenho curiosidade em saber se estes episódios também acontecem nos W.C. femininos...)
PS: A propósito de uma conversa posterior sobre o tema "saber comportar-se no W.C." com alguns leitores assíduos destas páginas, aconteceu-me num outro dia ser o único a ocupar um dos 459 urinóis do W.C. masculino do piso 0 das Galerias Saldanha Residence (Lisboa) e entrar um m@#&£@s que se instalou mesmoao meu lado. Deviamos escrever e publicar um livrinho...
McGyver
Numa daquelas pausas laborais que acontecem quando têm mesmo que acontecer e que fazemos sem sequer pensar muito no assunto, dei comigo frente a um urinol com um vizinho de "micção" muito estranho... Não foi o primeiro da espécie que encontrei - foi mais um - mas nasceu nesse momento a ideia de partilhar aqui a minha admiração sobre o assunto.
Abstraído na rotina habitual daqueles momentos (abre braguilha - tira - segura- espera - sacode - guarda - fecha braguilha - lava mãos) sou surpreendido com os "Ahhh", "Ohhh", "Pfuuui", "Uhh" que vêm do urinol do lado. E nem se pode sequer dizer que o tipo fosse discreto... "Ahh", "Uhh"... Só lá faltou oclássico "Ui-ca-bom"...
Desculpem o calão: Mas a malta tem orgasmos a mijar, ou quê? Aliviar é uma coisa mas gozar (e escrevo "gozar" para não escrever "vir-se") daquela maneira é que não entendo... Vamos lá pensar nisto...
(Tenho curiosidade em saber se estes episódios também acontecem nos W.C. femininos...)
PS: A propósito de uma conversa posterior sobre o tema "saber comportar-se no W.C." com alguns leitores assíduos destas páginas, aconteceu-me num outro dia ser o único a ocupar um dos 459 urinóis do W.C. masculino do piso 0 das Galerias Saldanha Residence (Lisboa) e entrar um m@#&£@s que se instalou mesmoao meu lado. Deviamos escrever e publicar um livrinho...
McGyver
segunda-feira, agosto 08, 2005
SENEGAL
E como tudo é que é bom tem de acabar, cá estou eu de volta do curto mas interessante período de férias no Senegal.
Ficámos duas semanas perto de Dakar, que serviram sobretudo para descansar, com muita praia, piscina, desporto e leitura, entremeados com 5 excursões a pontos de interesse no país, desde visitas ao Lac Rose (um lago salgado, que em certas condições atmosféricas se torna cor-de-rosa e do qual é extraído sal), a reservas de animais (onde vimos girafas, rinocerontes, etc.), passando pela ilha dos escravos (de onde partiram entre 15 a 20 milhões de escravos para as Américas, entre os séculos XV a XIX) e ainda uma visita a Dakar (onde vive, sobretudo nos arredores, cerca de 1/4 da população do país).
Sendo verdade que é um país bastante pobre, em que a actividade económica principal é a agricultura e a pesca, não é um país miserável . Os senegaleses não aparentam estar sub-nutridos (afinal, a fome é negra), fazem muito desporto (é vulgar verem-se largos milhares a correr/jogar futebol/fazer exercício) num passeio de 4/5 kms), mas vê-se que a vida não deve ser fácil.
No entanto, aparentam ser felizes. Há quem diga que é porque, sendo um país em que 90% da população é muçulmana, ao contrário de nós que optámos pela mono...tonia, eles por lá convivem alegremente com a poligamia.
Por outro lado, eles dizem que nós é que estamos no caminho certo, dado que conseguimos ter os benefícios da poligamia, mas sem ter que estar a viver com mais do que uma mulher em casa...
Quem estará certo, neste mundo multicultural?
E como tudo é que é bom tem de acabar, cá estou eu de volta do curto mas interessante período de férias no Senegal.
Ficámos duas semanas perto de Dakar, que serviram sobretudo para descansar, com muita praia, piscina, desporto e leitura, entremeados com 5 excursões a pontos de interesse no país, desde visitas ao Lac Rose (um lago salgado, que em certas condições atmosféricas se torna cor-de-rosa e do qual é extraído sal), a reservas de animais (onde vimos girafas, rinocerontes, etc.), passando pela ilha dos escravos (de onde partiram entre 15 a 20 milhões de escravos para as Américas, entre os séculos XV a XIX) e ainda uma visita a Dakar (onde vive, sobretudo nos arredores, cerca de 1/4 da população do país).
Sendo verdade que é um país bastante pobre, em que a actividade económica principal é a agricultura e a pesca, não é um país miserável . Os senegaleses não aparentam estar sub-nutridos (afinal, a fome é negra), fazem muito desporto (é vulgar verem-se largos milhares a correr/jogar futebol/fazer exercício) num passeio de 4/5 kms), mas vê-se que a vida não deve ser fácil.
No entanto, aparentam ser felizes. Há quem diga que é porque, sendo um país em que 90% da população é muçulmana, ao contrário de nós que optámos pela mono...tonia, eles por lá convivem alegremente com a poligamia.
Por outro lado, eles dizem que nós é que estamos no caminho certo, dado que conseguimos ter os benefícios da poligamia, mas sem ter que estar a viver com mais do que uma mulher em casa...
Quem estará certo, neste mundo multicultural?
