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quinta-feira, 23 de maio de 2013
sábado, 11 de maio de 2013
DOÇURA OU DIABRURA CXIX
Cá estou eu, em fim de semana, desta vez ouvindo o chilrear dos pássaros, sinal que estou toda "arrebitada"! Dá forte mas rapidamente se desvanece. E foi também, rapidamente, que a semana passou voando!
Claude Monet |
CAMINHAR
Caminhava na rua
descalça mas nua
corria nas nuvens
voava com o vento
num sopro do tempo.
Mas era feliz
porque era menina.
Habitava as estrelas
das fadas mais belas
namorava com o mar
com as ondas baloiçando
os cabelos voando.
Mas era feliz
porque era menina
Também era flor
uma esperança, rancor
de não ser valente
queria ser princesa
e foi sempre "Teresa".
Mas era feliz
porque era menina.
Às vezes coração
outras solidão
nascera contente.
Sonhava? Vivia?
Nem ela sabia.
Mas era feliz
Porque era menina.
Maria Idina Morgado Carvalho
Autora incluída na colectânea "Incomensurável" (poesia) coord. de Ângelo Rodrigues, 13 autores, Ed. Minerva,2000
AGORA CHEGOU A ALTURA DE ENVIAR BEIJINHOS EMBRULHADOS COM RECOMENDAÇÕES PARA UM FIM DE SEMANA APROVEITADO AO SEGUNDO, COM MUITOS SORRISOS E COM SOL NO CORAÇÃO!
quarta-feira, 8 de maio de 2013
SILÊNCIO
Estou sentada na salinha do meu Refúgio, não oiço nada lá
fora, está um silêncio tão grande que me chamou a atenção, que me desviou da
leitura que estava fazendo e me fez abrir o computador , colocá-lo sobre o
colo, coisa rara de acontecer, normalmente faço-o sentada a uma mesa e fez
emergir do meu eu interior, uma vontade imensa de registar o que sinto.
Porque não oiço os cães da aldeia? Porque não oiço vozes
indistintas? Porque não oiço o vento? Este silêncio acalma-me mas temo-o! Será
possível acontecerem estas duas situações tão antagónicas?
Não estou surda, acabei de ouvir a minha voz! Falo muitas
vezes em voz alta, será que gosto assim tanto de me ouvir? Será que me sinto
só, eu que sou gregária e raramente estou sozinha? Estarei a ficar senil? Não
me parece!
A solidão forçada também me atemoriza, espero nunca a vir
a sentir na vida.
“ O silêncio é de ouro” diz o povo e é, é-o quando o “barulho”
serve para “agredir” quer com poluição sonora, quer com palavras carregadas de
hipocrisia, de agressividade, de falsas promessas… Hoje este silêncio não é de
ouro, é de chumbo, pesado e cinzento…
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