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Cruzeiro 1x3 Racing
Motivo: final da Copa Sul-Americana
Data: 23 de novembro de 2024
Estádio General Pablo Rojas (La Nueva Olla), em Assunção, no Paraguai
Gols: Gastón Martiretna, Adrián Martínez e Roger Martínez (Racing); Kaio Jorge (Cruzeiro)
Árbitro: Esteban Ostojich (URU)
Assistentes: Nicolás Tarán e Carlos Barreiro (URU)
VAR: Leodán González (URU)
Cruzeiro: Cássio; William, João Marcelo, Lucas Villalba e Marlon; Walace (Lucas Silva, aos 28’/1ºT), Lucas Romero (Álvaro Barreal, aos 31’/2ºT) e Matheus Henrique; Matheus Pereira, Gabriel Veron (Lautaro Díaz, aos 31’/2ºT) e Kaio Jorge.
Racing: Gabriel Arias; Santiago Sosa, Agustín García Basso e Marco Di Cesar; Gastón Mastirena, Agustín Almendra, Juan Fernando Quintero, Juan Ignacio Nardoni e Gabriel Rojas; Maximiliano Salas e Adrián Martínez.
Técnico: Gustavo Costas
Cartões amarelos: Lucas Romero e Lucas Silva (Cruzeiro)
Fonte: No Ataque
Ilusión é uma palavra com carga positiva no espanhol. No futebol, é usada muitas vezes para falar do sonho dos torcedores com uma grande conquista. Essa carga de desejo e esperança é bem diferente no português. Quando mencionamos o termo ilusão, é para falar de algo que acreditávamos e não se concretizou, uma fantasia amarga. E é assim que a torcida do Cruzeiro se sentiu neste sábado (23/11), na final da Copa Sul-Americana.
O castelo de cartas da Raposa desabou em frente às 40 mil pessoas que lotaram o Estádio General Pablo Rojas, em Assunção, no Paraguai. Na Nueva Olla Azulgrana, o Racing bateu o Cruzeiro por 3 a 1 e conquistou o título inédito da Sul-Americana. Gastón Martirena, Adrián Martínez e Roger Martínez fizeram os gols dos argentinos, e Kaio Jorge descontou para o time estrelado. Após 36 anos, a Academia voltou a ser campeã continental – novamente diante dos cruzeirenses, que foram as vítimas fatais da decisão de 1988 da extinta Supercopa Libertadores. Para Gustavo Costas, ex-jogador e atual técnico do Racing, foi uma tarde de ilusión. Já para Fernando Diniz, ex-atleta e atual comandante do Cruzeiro, o ano de 2024 será marcado por uma grande ilusão.
Com a derrota na Nueva Olla, a Raposa perdeu a chance de quebrar um jejum de 25 anos sem conquistas internacionais. O Cruzeiro não ganha um título continental desde setembro de 1999, quando venceu o River Plate na final da Recopa Sul-Americana.
Festa na Nueva Olla
O clima em Assunção foi positivo. Apesar do amplo domínio do Racing nas arquibancadas da Nueva Olla, a torcida do Cruzeiro cantou alto e fez o setor sul do estádio tremer. Durante os 90 minutos, os cruzeirenses emplacaram músicas como “Uma Bela Cigana” e “Somos Loucos”,. Antes e a bola rolar, o cantor Maurinho Berrodagua representou os mineiros com um breve show pré-jogo. Já o ex-volante Ricardinho, ícone celeste nos anos 1990, foi o representante do clube na entrada da taça em campo.
Racing tem início avassalador e abre vantagem no primeiro tempo
Avassalador: assim pode ser definido o início de partida do Racing. Com menos de 20 minutos, os argentinos já haviam balançado as redes três vezes. Um gol foi anulado, mas dois valeram e escancararam o quão mal o Cruzeiro entrou em campo. Tudo que o Racing tentou no início entrou. Se não fosse a intervenção do árbitro de vídeo, Gastón Martirena teria aberto o placar já aos 2′. O lateral-direito recebeu a bola na entrada da pequena área e chutou no canto do goleiro Cássio, que não conseguiu defender. A jogada do segundo tento do Racing começou após saída errada do volante Walace, que perdeu a posse dentro do campo de defesa. Aos 14′, a estrela de Martirena apareceu outra vez. O ala recebeu passe no corredor e chutou de cobertura. A bola encobriu Cássio e entrou no fundo da rede: 1 a 0. Uma desatenção da defesa com o principal goleador do Racing levou o Cruzeiro a sofrer mais um tento. Aos 19′, a dupla de atacantes argentinos entrou em ação: Maximiliano Salas cruzou na área, e Adrián Martínez empurrou a bola para fazer o 2 a 0. Desesperado por gols, o Cruzeiro precisou mexer cedo. Aos 28′, Walace foi substituído por Lucas Silva, um volante que deu novas características ao time. Nesse momento a Raposa conseguiu chegar ao ataque, só que não deu nenhum chute perigoso.
A primeira finalização a gol do Cruzeiro ocorreu aos 45′, com Lucas Villalba. Depois de um escanteio na área, a bola sobrou nos pés do zagueiro celeste, que chutou para a defesa do goleiro Gabriel Arias.
Cruzeiro marca no início do segundo tempo, mas não consegue virar é vice-campeão
Antes da final, Kaio Jorge havia feito gols em todos os jogos pelas quartas e semifinal da Sul-Americana. E na final não poderia ser diferente. Pouco após a virada para o segundo tempo, o atacante reacendeu a esperança dos cruzeirenses na Nueva Olla. Aos 7′, Kaio Jorge recebeu passe certeiro do meia-atacante Matheus Pereira e cabeceou rumo a gol. Arias fez boa defesa, mas não conseguiu que o camisa 19 pegasse o rebote e marcasse o gol do 2 a 1. No decorrer do segundo tempo, o Cruzeiro fez alterações que deixaram o time mais ofensivo e levou perigo ao Racing. Lautaro Díaz, Álvaro Barreal e Kaique Kenji foram alguns dos atacantes acionados por Diniz. O Racing também chegou ao setor ofensivo e apresentou perigo, mas em volume muito menor do que no começo do jogo. Os primeiros 20 minutos em campo garantiram o título da Academia. No fim, Roger Martínez ainda marcou e deu números finais à partida.