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sábado, 13 de setembro de 2014
quinta-feira, 13 de março de 2014
nao era...
Escrito por
DBS
ele nao era
bonito
ele nao era
rico
ele nao era
bom filho
ele nao era
bom marido
ele nao era
bom funcionario
ele nao era
engracado
ele nao era
esperto
ele nao era
querido
ele nao era
lembrado
ele nao era
nada
ele era o
nao era....
quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014
Reclamar Sempre! (DBS)
Escrito por
DBS
Reclamar Sempre!
A empresa planeja uma mudança e envolve uma galera.
A minha parte era mudar 183 links.
Eu passei o dia automatizando a operação.
Na hora H, o cara autoriza a minha mudança.
Eu rodo o 'programa'.
Em 3 minutos está tudo mudado.
O cara manda essa: "Porra, foi rápido demais, não estava no plano ser tão rápido."
Eu mando: "Desculpem por ter sido tão rápido!"
Ahahaha!
* A frase original: 'Wow - pretty much bang on schedule!'
A empresa planeja uma mudança e envolve uma galera.
A minha parte era mudar 183 links.
Eu passei o dia automatizando a operação.
Na hora H, o cara autoriza a minha mudança.
Eu rodo o 'programa'.
Em 3 minutos está tudo mudado.
O cara manda essa: "Porra, foi rápido demais, não estava no plano ser tão rápido."
Eu mando: "Desculpem por ter sido tão rápido!"
Ahahaha!
* A frase original: 'Wow - pretty much bang on schedule!'
segunda-feira, 13 de janeiro de 2014
Menos a minha (DBS)
Escrito por
DBS
naquele dia eu fechei o olho
todos os problemas acabaram
poucas lagrimas
forte dor em alguns poucos
descaso de muitos
lembrancas para o tempo dissolver
olho nao abriu mais
ninguem viu
de longe se foi
todos os ex-pertences orfaos
a vida seguiu
menos a minha
todos os problemas acabaram
poucas lagrimas
forte dor em alguns poucos
descaso de muitos
lembrancas para o tempo dissolver
olho nao abriu mais
ninguem viu
de longe se foi
todos os ex-pertences orfaos
a vida seguiu
menos a minha
sexta-feira, 13 de dezembro de 2013
Sem vocês.... (DBS)
Escrito por
DBS
Mais uma vez vem a noite...
Vem o silêncio...
Agita o coração
Saudade que rasga
É preciso suportar mais...
O sono apaga a dor mais uma vez...
E começa tudo de novo
Voltem!!!!
Vem o silêncio...
Agita o coração
Saudade que rasga
É preciso suportar mais...
O sono apaga a dor mais uma vez...
E começa tudo de novo
Voltem!!!!
quarta-feira, 13 de novembro de 2013
O Tempo (DBS)
Escrito por
DBS
O Tempo
O
Passado me revolta, o Hoje me abandona e o Futuro me amedronta! Eu quero viver
fora do Tempo....
(Danilo
Souza)
O
Passado me traz saudade, o Hoje me garante felicidade e o Futuro me faz sonhar!
Eu só quero viver....
(Danilo
Souza)
Às
vezes, sou a antítese de mim mesmo.....
(
? )
domingo, 13 de outubro de 2013
Ah... o tempo.... (DBS)
Escrito por
DBS
Estava
olhando umas fotos já antigas dos meus filhos!
Ah, o tempo não volta!
Ah, se nós
pudéssemos amarrar o tempo, eternizar a festa de casamento, a lua-de-mel, a
emoção de ver o coraçãozinho batendo na primeira ecografia. A emoção e medo de
dar o primeiro banho. Ver os primeiros sorrisos, as perninhas balançando sem
controle.
Ah, se pudéssemos sentir o mesmo abraço do dia da formatura dado pelo
pai e pelo melhor amigo, se pudéssemos manter a alegria de passar no vestibular
em todos os dias de trabalho. Se pudéssemos ser felizes com o primeiro salário,
que não dava pra nada, mas servia pra tudo. Se pudéssemos ter o mesmo carrão
velho que era o máximo, só porque era o primeiro.
Ah, se pudéssemos reviver de
verdade!!! Mas não. Não podemos. Não poderemos.
Mas se
podemos ter toda essa saudade e nostalgia, é porque vivemos com alegria. Ah, que
triste as lembranças daqueles que não tiveram nada disso.
Amanhã é
outro dia, todo novo, cada vez mais longe de tudo isso. E mais perto de mais
disso, para depois nos deixar do mesmo jeito.
Às vezes,
alegria e tristeza se confundem pela mesma coisa em momentos distintos no
tempo.
Ah, se
pudéssemos manipular o tempo!
Boa noite!
Até ontem!
sexta-feira, 13 de setembro de 2013
A vida é assim....
Escrito por
DBS
A vida é
assim....
O mal vence
o bem e fica ruim pra você e pra mim....
Para de ser
bundão....
E para de 'babar ovo' do vilão.....
Pra todo
mundo viver bem...
Tem que ser
pro herói que falemos Amém!
terça-feira, 13 de agosto de 2013
Noite Inesperada (DBS)
Escrito por
DBS
Estava
escuro já, por volta de 5:45 da tarde. Perto do natal. Hemisfério norte. Pacata
cidade dormitório de Okotoks, -12 graus. Para os cidadãos locais, tempo bom,
pouca neve, pouco vento. Rose voltava para casa. Ela vinha devagar, acidentes são,
de certa forma, frequente nessa época do ano. Ela sonhava sozinha, por dentro.
Ouvia música e pensava em um dia encontrar seu grande amor. As pessoas buscam
tantas coisas, perdem tempo com tolices e dentro delas, os sonhos vão virando
apenas pensamento e nunca ação. Se arrependia de certas escolhas, tentava se
enganar com tudo de material que tinha. Sabia que não poderia voltar atrás,
teria que fazer novas escolhas dali pra frente.
Estranhamente,
ao aguardar em um sinal, um homem acena para ela de fora do carro, pedindo para
que ela baixasse o vidro. Ela estranha, mas julga o homem de forma positiva e
baixa o vidro. Ele pergunta a ela se pode levá-lo até em casa e mostra o que
seu carro está parado mais à frente. Ele diz que o carro quebrou e precisa de
uma carona. Ela sente algo diferente por dentro, está atraída pelo homem.
Rapidamente ela precisa decidir, tudo acontece muito rápido na cabeça dela, ela
pensa no risco, ela pensa no fato de já estar parada de vidro aberto olhando
para ele.
Ela decide
levá-lo em casa e correr o risco. Ela diz sim e ele rapidamente contorna para o outro lado e entra no carro. Os dois se
olham e ela sente como se algo mais estivesse acontecendo, mas se contém um
pouco e tenta disfarçar. Ela pergunta onde é a casa dele e ele dá o endereço.
Ela inicia o trajeto até a casa dele.
Eles
iniciam um papo normal: Onde você trabalha? Mora aqui faz tempo? E em poucos
minutos chegam na casa dele. Antes de descer do carro ele olha para ela e diz:
Seria demais eu te convidar para entrar, sei que só de dar essa carona para um
estranho a essa hora, você já deve estar preocupada, mas gostaria de conhecê-la
melhor e convidá-la para jantar em algum lugar que você goste. Ela ficou sem
palavras, mas resolveu ceder e disse: Sim, gosto de correr riscos, seria ótimo.
Trocaram telefones e ele desceu, entrou em casa e ela foi embora.
Menos de 10
minutos depois, logo que Rose chegou em casa, o telefone dela tocou e era o número
daquele homem, que agora ela sabia se chamar Logan. Logan parecia apressado e
disse sem rodeios: Hoje seria uma ótima noite para jantar com você, não quero
perder tempo. Rose ficou sem palavras por uns segundos. Quis aceitar e disse
que talvez fosse melhor ela saber mais sobre ele primeiro. Ele não desistiu e
disse em seguida: Pra que esperar mais? Você é linda e não consigo parar de
pensar em você. Anote meu nome todo, pesquise sobre mim na internet e me ligue.
O nome completo era Logan Bennett. Rose ficou sem ar. Aquilo tudo era muito
louco, muito rápido e muito cheio de perigos. O mundo não aceita mais esse tipo
de encontro, estamos cercados de incertezas, pessoas com más intenções. Ela
demorou um pouco e ele perguntou de novo: E então, você tem acesso a internet,
certo?
Ela disse:
Sim, tenho. Vou verificar e te ligo. Ele agradeceu e desligou. Ela sorriu.
Lembrou do que ele disse: “Você é linda e não consigo parar de pensar em você.”
Não era fácil aceitar que algo assim tão bom pudesse ser verdade e estar
acontecendo. Era preciso conferir, aguardar, não vivemos mais assim. O receio,
o medo, os riscos tinham que ser analisados primeiro. Rose queria que fosse
mais simples. Ela temeu se arrepender e foi para o computador. Em 10 minutos,
lá estava Logan Bennett na sua tela, pelo Facebook, pelo Twitter, e ainda mais
incrível, na página da empresa dele. Uma start-up recém-comprada por uma
empresa gigante dos Estados Unidos, na área de segurança em telecomunicações.
Ela resistia em acreditar que era um golpe. Passou mais tempo vendo as informações
dele na tela e encontrou algo que a deixou arrepiada. Em um de seus posts
recentes, lá estava escrito: “Ah, se eu pudesse encontrar uma rosa, pelo menos
uma rosa, nesse imenso jardim do mundo…”. Era tudo muito louco, Rose colocou as
mãos no rosto, esfregou os olhos e continuou olhando tudo que tinha sobre ele.
Nenhuma referência a ex-namoradas, filhos, quase nada de família, apenas uma irmã
que parecia morar em outra cidade.
Rose
suspirou, pegou o telefone e marcou o encontro. Seria em um restaurante
conhecido e movimentado, ela achava que estaria mais segura. Logan ficou
visivelmente animado e disse antes de desligar: Cada segundo que desperdiçamos é
vida que deixamos de viver. E acrescentou: Gostaria de ter te encontrado antes,
muito antes.
Rose resolveu
relaxar, começou a acreditar que coisas boas também acontecem de repente. Se
arrumou e foi de novo para a casa dele. Ele disse para ela que deixaria o carro
quebrado naquele local mesmo e que cuidaria disso no dia seguinte. Foram então
conversando para um restaurante italiano famoso e com muita gente. Era
sexta-feira.
Ela achou
estranho que ele ainda estava com a mesma roupa e aparentemente não tinha se
arrumado, mas ela o achava charmoso e bonito, mesmo com uma roupa já amassada e
não muito alinhada, típica de fim de dia de trabalho. Conversaram por duas
horas e ele disse não querer comer nem beber nada, disse que preferia apenas
falar e olhar para ela. Não era algo comum, mas ela estava começando a se sentir
muito bem tratada, como sempre sonhava ser. Aquilo a deixava cada vez mais
interessada nele. Ela achava que sentia amor de verdade, mas sua mente tentava bloquear
aquilo porque era cedo demais.
O
restaurante já dava algumas pistas de que ia fechar e ele então tocou nas mãos
de Rose, nas duas de uma vez. Rose gostou, apesar de serem mãos geladas. Ela
sorriu e ele disse para ela: Devemos amar enquanto ainda há calor em nossos
corações. Era estranho, mas era bom. Ela se sentia feliz, ela imaginava que
poderia ser algo mais na vida dela realmente.
Voltaram
para o carro e antes de entrar, ele a abraçou e a beijou bem devagar, cada pedaço
do lábio dela era tocado aos poucos pelo lábio dele, suas mãos geladas
acariciaram sua nuca e desceram até a base de suas costas. Ela estava quente,
mas ele era todo frio. Rose não se conteve e perguntou: Vamos esquentar seu
corpo melhor em casa?
Logan
sorriu e disse: Parece uma pergunta de sonho. Entraram no carro e foram para a casa
de Rose.
Chegaram lá
e foram para a sala ouvir música enquanto tomavam um licor e apreciavam a neve
caindo pela janela ao lado da lareira. Logan comecou a contar para Rose mais
sobre sua vida, sobre quantas pessoas ele havia deixado de lado para poder
trabalhar mais e ter sucesso. O sucesso definido pelo mundo atual. Rose se
sentia mais confortável e falou sobre ela também, falou que estava pensando em
encontrar alguém quando ele bateu no vidro e que ainda não conseguia entender
muito tudo aquilo que estava acontecendo, como se ela tivesse caido no sono e
continuado um sonho e que fosse acordar a qualquer hora. Logan aproveitou e
disse para ela: A vida é o sonho, mas às vezes, não vivemos ele. Eu ouvi o que você
dizia pelo lado de fora do vidro. Rose ficou arrepiada e achou que fosse mais
um “charme” dele para conquistá-la.
Logan
sorriu de novo. Rose achava que de certa forma, ele sorria mais com a boca do
que com os olhos. Os olhos dele eram bonitos, mas muito escuros e muito sem
brilho. O brilho dele vinha mais das palavras. Ele a beijou de novo e começaram
a tirar a roupa. Rose não queria mais resistir, ela queria aproveitar aquele
momento. Sexo com amor é algo que ela adorava e não tinha a muito tempo. Ela não
se questionava mais o fato de estar sentindo amor tão rápido. Logan disse: Perdemos tempo demais tentando definir o
amor. Ela achava que ele lia sua mente.
Os dois
corpos eram um só. Êxtase, prazer, ternura, tesão. Por 30 minutos, tudo era
extra-terrestre, incontrolável, sensorial, irracional, instintivo. Então, dois
corpos apareciam sós de novo. Logan fechou os olhos. Mesmo assim disse para
Rose: Certos momentos duram 1, 5, 10 minutos, mas na verdade, duram para
sempre. Rose fechou os olhos. Ouvia a madeira da lareira estalar com o fogo.
Rose se sentia amada. Não acreditava ainda, procurava a razão, que estava longe
dela nessa hora. Continuou de olhos fechados e acabou dormindo.
Quase oito
da manhã e Rose abriu os olhos. Ela estava calma, se lembrava de tudo. Não viu
Logan. Acreditou então que estava sonhando, mas estava nua por baixo da coberta
e nunca dormia sem roupa. A lareira ainda acessa. Dois copos de licor na mesa,
mas um ainda com licor. Lembrou que Logan não comeu e não bebeu no restaurante.
De longe viu um papel pendurado na porta com um durex. Começava a crer de novo
que não tinha sonhado. Onde estaria Logan? Teria ido embora a pé? Ficou um
pouco preocupada, teria sido roubada? Enganada?
Foi até a
porta e pegou o papel. Era um bilhete de Logan. E lá estava escrito. “Obrigado
pelo seu amor ontem. Nunca sabemos o que virá amanhã. Viva hoje!”
Ela sorriu,
ficou feliz. Sentiu o amor de novo. Achou romântico. Foi tomar banho e pensou
em ligar para ele depois.
Ela tomou
banho com calma e ao se enxugar ligou a televisão. Jornal local. Não mais de 5
minutos e a foto de Logan aparece na tela da TV. Ela olha despreocupada, mas o
texto abaixo da foto faz com que ela quase perca o folego. Dizia que Logan
Bennett, empresário local, tinha falecido na noite anterior.
Aquilo era
inacreditável, Rose não conseguia acreditar no que estava vendo e ouvindo.
Resolveu se vestir rápido e dirigir até a casa de Logan.
Chegou lá e
tudo parecia calmo e exatamente como na noite anterior. Bateu na porta várias
vezes, chamou por alguém e nada. Até que um vizinho resolveu ir falar com ela.
O vizinho disse que a irmã de Logan havia passado por lá bem cedo e que tinha
deixado um endereço de onde o corpo seria velado. Rose não conseguia acreditar.
Disse que ia embora e antes de se virar, o vizinho fez uma pergunta que ela
achou muito estranho. Ele perguntou: Foi você a pessoa que esteve aqui ontem de
noite depois que a família saiu com ele para o hospital?
Rose estava
confusa, queria chorar, parar tudo, mas precisava ir atrás das respostas para
algo tão inpensável. Tinha medo, mas precisava ir até o endereço do velório.
Depois de
20 minutos dirigindo, chegou a uma casa afastada da cidade, na área rural. Uns
20 ou 30 carros estacionados por perto. Queria acreditar que aquilo não estava
acontecendo. Não conseguia entender se a noite passada havia sido sonho ou
outra pessoa. Era tudo tão forte e ela não conseguia acreditar que tinha sido
um sonho.
Entrou na
casa e uma mulher veio falar com ela. A mulher se apresentou como irmã de Logan
e perguntou quem ela era. Ela disse apenas que era Rose, parecia confusa. A irmã
de Logan perguntou se Rose precisava de ajuda e levou-a para sentar-se em um
sofá. Poucas pessoas conversavam por perto. Rose foi perto do caixão e viu
Logan, era ele com certeza. Não era um sonho. Rose chorou ali parada. Era a única
pessoa que chorava na casa. Rose não sabia quem eram aquelas pessoas todas.
Rose caminhou
até a irmã de Logan e disse que precisava conversar com ela em particular.
Foram para uma sala no andar de cima e Rose disse que tinha conhecido Logan no
dia anterior e que tinham jantado juntos. A irmã de Logan fez uma cara
esquisita e perguntou para Rose se ela era alguma golpista. Rose não entendeu e
disse que não. A irmã de Logan disse para Rose parar de brincadeira e que respeitasse
aquele momento de dor. Rose então pediu desculpas e perguntou para a irmã de
Logan como ele havia falecido, que era a única coisa que ela queria saber antes
de ir embora. A irmã de Logan respirou fundo, pediu desculpas e disse que
estava nervosa e contou para Rose como ele havia falecido: Ontem ao voltar
dirigindo para casa, Logan me ligou depois de encostar no acostamento e disse
que sua cabeça estava doendo demais e que estava preocupado com os coágulos.
Logan tinha três coágulos que poderiam estourar e tirar sua vida a qualquer
momento. A irmã disse então que iria buscá-lo e saiu de casa, mas quando
cheguei lá, ele estava desacordado dentro do carro. Chamei uma ambulância e
fomos com ele para casa, mas antes que pudéssemos ir para o hospital, ele não
respirava mais.
Rose estava
perplexa e disse para a irmã de Logan que precisava fazer mais uma pergunta,
mesmo tendo dito que aquela seria a última. Rose perguntou que horas Logan
havia ligado para a irmã dele. A irmã de Logan pegou o celular, abriu a tela de
ligações recentes e mostrou para Rose o horário da última ligacao do irmão. Lá
dizia 4:45 da tarde de ontem.
Rose
levantou-se, correu para o andar de baixo, correu para o carro e dirigiu direto
para a casa dela. Uma mistura de medo e tristeza. Ela não conseguia acreditar
naquilo, ela sabia que não tinha sido um sonho.
Seis
semanas depois, a vida parecia continuar. Rose pensava naquilo tudo, mas ia
levando. Até que seu maior espanto estava por vir. Havia feito um recente teste
periódico de saúde pela empresa onde trabalhava e o envelope dos resultados já
estava com seu médico. O telefone tocou e era a secretária do médico para
marcar a revisão dos resultados. Rose anotou a data e horário da consulta
futura, mas antes que a secretária desligasse, ouviu uma frase alucinante: Ah,
e parabéns pela gravidez! Temos um presentinho para você quando vier para a
consulta!
sábado, 13 de julho de 2013
Fim do Mundo falha e o mundo continua.... (DBS)
Escrito por
DBS
Fim do Mundo falha e o mundo continua....
(escrita ano passado depois que o Mundo não acabou de novo, como previsto...)
Oba! Ainda temos mais tempo!
De qualquer forma, espero que, além do humor e da expectativa, possamos refletir sobre algumas coisas:
1.Desde que nascemos, só há uma certeza, vamos morrer um dia. Então aproveite sua vida, ela vai acabar sim, um dia....
2.Gaste seu tempo com quem você ama e com o que você gosta, ou pelo menos, tente priorizar isso, afinal o seu tempo aqui é finito.
3.Não deixe para amanhã coisas simples e fáceis como dizer ‘Obrigado’, ‘Desculpa’, ’Te amo’ e outras coisinhas legais que só levam 1 segundinho e deixam a vida melhor!
4.Lembre-se também de elogiar, de rir, de dizer para as pessoas coisas boas. Não porque nosso tempo é finito, mas porque é BOM!
5.Cuide do mundo, de você, das pessoas. Isso pode fazer com que o mundo dure mais tempo!
6.Perdoe! Não perca tempo com coisas ruins. Se não for fácil perdoar, converse, ore e perdoe! Ajuda a aproveitar mais o tempo que nos resta!
7.Não fique preocupado demais com esse tempo finito, do mesmo jeito que você não escolheu o momento de nascer, não escolherá o momento de partir! Apenas viva!
E está lançada a pesquisa, não consigo achar mais nada sobre o fim do mundo mais. Tudo dizia que o mundo ia acabar em 2012 e não acabou, e não há mais previsões de fim do mundo... E agora, será que o mundo agora vai mesmo? Pra sempre?
Opa, espere, já há sim notícias do novo Fim do Mundo, em 2014. 1 de Junho de 2014! Uau, esse pessoal é rápido. http://thedustofdan.blogspot.ca/2010/06/fim-do-mundo-e-adiado-para-2014.html ehttp://www.sempretops.com/curiosidades/fim-do-mundo-2014/ (como você pode ver, dois sites realmente confiáveis, ahahaha).
Eu estou achando que esse negócio de Fim do Mundo está ficando comercial demais, daqui a pouco vão começar a vender produtos do Fim do Mundo e registrar a marca! Hmmm... deixa eu ver se o domínio está livre ainda. Putz, já pegaram no Brasil: http://www.fimdomundo.com.br/ . Deixa eu ver nos EUA agora:http://www.endoftheworld.com/ . Também já tem. Agora no Canadá: o do Canadá tá sem abrir nada... ops... (http://www.endoftheworld.ca/).
De qualquer forma, como o fim sempre está próximo, leia logo essas dicas:http://info.abril.com.br/noticias/ciencia/12-dicas-para-sobreviver-ao-fim-do-mundo.shtml (não deixe de ler a última dica, são lugares que não estão contemplados no Fim do Mundo, ou seja, lá o Mundo não vai acabar mesmo) (Yukon no Canadá está na lista, afinal lá já é o Fim do Mundo ).
E por fim, aliás, fim é o assunto da moda, já erramos 5 vezes, aliás, 6 com essa. Era pra ser em 1914, depois 1936, então 1982, então 2000 (com o Bug do Milênio, mas os nerds salvaram o mundo (e eu ajudei)) e 2011. Veja mais aqui: http://info.abril.com.br/noticias/ciencia/5-previsoes-de-fim-do-mundo-que-nao-se-concretizaram-20122012-28.shl .
Ufa, FIM. Quer dizer, CONTINUA!
quinta-feira, 13 de junho de 2013
Triste Igual
Escrito por
DBS
Não sei se sempre foi assim, mas
parece que não é algo novo. Parece que é algo igual a antes e antes...
O normal, o igual, a maioria...
sempre nos robotizando, nos rotulando, nos igualando... nos tornando cópias,
clones, previsíveis...
Não estamos preparados para coisas não
iguais, muito menos pessoas não iguais... e vamos perdendo e desperdiçando
pessoas e vidas e oportunidades de aprender coisas novas e ver o mundo de forma
diferente...
Diferente! A palavra sinistra!
Só queremos e aceitamos ser
diferente, se for um diferente igual a algo já conhecido e testado e de
sucesso. Não exatamente diferente de verdade, mas novo e novo bom, novo aceito,
novo igual a algo já ok!
E vamos vivendo nesse triste igual,
triste cenário onde não ser igual é perverso, é cruel, é perigoso, é errado...
Igual igual. Sob controle.
Triste
igual!
terça-feira, 14 de maio de 2013
A lista...
Escrito por
DBS
Ser
bom não é fácil, dá trabalho, é preciso relevar, esquecer….
Ser
bom e querer ser bom é ainda pior quando se vive em um mundo cheio de pessoas
más e cruéis...
Mas
ele seguia sua vontade de ser bom, mas mantinha uma lista...
A
lista com todos aqueles que causaram-lhe grande dor e tristeza – e
principalmente daqueles que fizeram isso sem nenhuma pena, com alegria na
maldade....
Um
dia, algo terrível aconteceu e não havia mais motivo para ser bom, ser bom era
insuportável....
A
lista apareceu....
E
pessoas desapareceram.....
Seja
bom. A crueldade só causa mal para quem persevera na bondade... uma vez que
essa perseverança se perca, os maus terão inimigos de verdade.... "que bom".....
sábado, 13 de abril de 2013
Vida Dura(Mole)
Escrito por
DBS
.:: A vida
dura ::.
Levanta
Escova
Engole
Corre
.
Trabalha
.
Engole
.
Trabalha
.
Corre
Engole
Assiste
Arruma
Deita
.:: A vida
dura-mole ::.
Levanta –
Sorri e diz bom dia
Escova –
Sorri e confere
Engole –
Devagar e aprecia
Corre –
Devagar e aprecia
.
Trabalha –
Sorri e aprende
.
Engole –
Devagar e aprecia
.
Trabalha –
Sorri e aprende
.
Corre –
Devagar e aprecia
Engole –
Devagar e aprecia
Assiste – E
leia
Arruma –
Cuida
Deita –
Reza e diz boa noite
quinta-feira, 14 de março de 2013
O Dreno
Escrito por
DBS
O Dreno
A cabeça pesa
O pescoço mói
O olho vermelho
A boca seca
As mãos geladas
A garganta arranha
Tosse seca
Respiro fundo
Cansado
Estafado
Fecho
Os
Olhos
Z
.
quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013
Boa noite....
Escrito por
DBS
Descida do podio concluida
Nem a lembranca servia mais para nada
O extase se desfazia
Nada mais para comemorar
O trabalho de sempre de novo
Mais criticas que aplausos
Fotos na gaveta, medalha na parede
Realidade na pista
Nem acento mais me motiva
E vai assim errado mesmo
Quem vai ler?
E lembrar?
So pesar agora
Nada mais
A luz se apagou
Agora os lobos aplaudem
E esperam o resto
Pra triturar e uivar
Vida besta
Sem gloria
Sem nada
So no sonho
Fecho os olhos
Boa noite!
segunda-feira, 14 de janeiro de 2013
Mais um ano....
Escrito por
DBS
Mais um ano pra frente do começo
Menos um ano atrás do fim
4 novas estações
Indo
Vindo
Voltando
Muito a viver
Nada a levar
Pensar
Pausar
Continuar
Caminhar
Apenas caminhar
Quem sabe sonhar?
Quem sabe um novo amanhecer?
Um novo anoitecer?
Nada saber
Nada levar
Apenas caminhar....
quinta-feira, 13 de dezembro de 2012
Longe de casa....
Escrito por
DBS
Segunda-feira, 09:27 da manhã.... porta do hotel Mercure em BH..... Depois de um vôo de Brasília para Confins e então um ônibus e táxi para o hotel... viagem a trabalho....
Funcionário do hotel diz ao abrir a porta: “Bom dia, senhor Danilo!”
Pensei comigo: “Como é que ele sabe meu nome?” “Bom, vindo tanto para BH e ficando sempre nesse hotel, ele deve ter guardado...”
A semana seguiu como sempre, trabalho, relatórios, quarto do hotel, e-mails, nada mais....
A semana passou....
Sexta-feira, 8:13 da noite... chegando em casa depois de táxi, ônibus e avião vindo de BH para Brasília... Estaciono o carro do lado de fora do prédio... ando até a porta do prédio...
Tentei abrir o portão e estava trancado, olhei para a câmera da segurança para ver se o porteiro abria... nada.... toquei a campainha e disse: “É o Danilo!”
O porteiro respondeu: “O senhor Danilo quer que eu anuncie em qual apartamento?”
Eu disse: “Danilo, do 604!”
O porteiro: “O Danilo veio ver um Danilo do 604???”
Eu disse: “Não, eu moro aqui no prédio, no 604!”
O porteiro: “Ah, mas preciso verificar com o morador do 604 primeiro... um momento....”
A Dois Passos do Paraíso - Blitz
Longe de casa
Há mais de uma semana
Milhas e milhas distante
Do meu amor
Será que ela está me esperando
Eu fico aqui sonhando
Voando alto perto do céu
Eu saio de noite andando sozinho
Eu vou entrando em qualquer barra
Eu faço meu caminho
O rádio toca uma canção
Que me faz lembrar você, eu
Eu fico louco de emoção
E já não sei o que vou fazer...
Decidi voltar!
terça-feira, 13 de novembro de 2012
BIM BOM
Escrito por
DBS
Eu estava preparado mentalmente, seria uma batalha, mas eu precisava vencer. Acordei bem naquele dia, depois de uma boa noite de sono sem interrupção nenhuma. Era sábado de manhã, sol, temperatura boa em torno de uns 23 graus, mais ou menos 9 horas. Podia ver pela janela que o dia era lindo, manhã perfeita para um joguinho de tênis, mas eu não podia deixar de cumprir minha missão planejada durante a semana toda.
A cadeira estava lá, bem confortável, na frente do computador, com o telefone viva-voz com bateria carregada, internet ligada, todos os meus documentos digitalizados, para fácil acesso. Além disso, tinha amendoim, biscoitinhos, água, tudo preparado. Não sabia quanto tempo aquilo poderia levar. Levantei da cama, ainda de shorts sem cueca por baixo, ou seja, conforto total! Liguei o computador, peguei o número, apertei o botão para pegar linha no aparelho de telefone e fiz a ligação. A sorte estava lançada.
Do outro lado, lá veio a gravação:
- Obrigado por ligar para a Bim Celular, escolha uma das opções a seguir. Sua ligação é muito importante para nós.
Não há nada mais cínico que mensagens de `carinho` de centrais telefônicas de empresas de telefonia, eu sabia ali naquele ponto que o jogo estava começando. Um jogo tenso, de paciência, movimentos precisos, um xadrez de altíssimo nível com direito a canelada embaixo da mesa. Eu segui as instruções com muita calma e tensão. A qualquer movimento mais brusco ou tecla errada ou frase imprópria, a ligação pode cair ou ficar mudo o user transferido para o vale das almas que vagam pela opção errada dos call centers, ou centrais de atendimento.
Eu consegui me mover bem no começo e driblar o atendimento automático até ali tinha sido fácil. Depois de escolher a opção Cancelamento, ouvi a frase amedrontadora:
- Sua ligação será transferida para um de nossos consultores, por favor, aguarde.
Eu gelei, mas me segurei na cadeira e comecei a jogar Tetris e transferi o aparelho para o viva-voz para acompanhar a música até o atendimento. Lá pela terceira partida de Tetris (e eu sou bom em Tetris), um barulho e uma voz humana:
- Bom dia, setor de cancelamentos, com quem estou falando? Por favor, número de cadastro na Bim de trás para frente, data de aniversário no formato romano, quem matou Odete Roitman, artilheiro do Brasil na copa de 1958, notação simples do fenilpropileno reagindo com cloreto de amônia e os três últimos dígitos do seu CPF multiplicado por 7,1.
Eu pude sentir um silêncio demoníaco do outro lado, mas eu estava preparado. Já tinha ouvido aquele mesmo pedido em uma ligação anterior durante a semana. Respostas dadas e 2 segundos de silêncio ao que ouvi a voz humana de novo:
- Muito obrigado pelas informações corretas, senhor. Elas são importantes para sua segurança.
Aquelas últimas três palavras ecoaram em minha cabeça e me lembrei daquela música dos anos 80… `para sua segurança….`, mas em menos de 1 segundo, reagi e evitei o golpe da desligada na cara. Era mais uma tentativa de me impedir de concluir a missão. Então falei rápido, mas sem mostrar ansiedade:
- Por gentileza, gostaria de cancelar meu celular com a Bim.
Aquele era um momento crucial, eles sabiam agora que eu estava no ataque e tinha furado o primeiro bloqueio. A voz tenebrosa disse sem mais comentários:
- O senhor será trasnferido para o setor de controle de qualidade para podermos registrar os motivos do seu cancelamento. Por favor, aguarde. Lembre-se que todas as ligações serão gravadas e utilizadas contra o senhor em caso de quaisquer dúvidas, conflitos ou problemas posteriores, além de publicadas na internet de forma anônima com seu nome, caso possamos fazer graça da sua cara.
Eu respirei fundo, era mais uma peça do xadrez que era derrubada, senti que tinha perdido uma torre. Precisava resistir, viva-voz de novo, 9:45, silêncio na casa, comecei agora com uma navegada nos jornais pela internet. Depois de mais ou menos 13 músicas ouvidas, um estalo na linha. Tremi. Segurei o mouse com força. Ouvi outra voz, era uma voz suave, quase angelical. Ela disse:
- Senhor, bom dia, estamos aqui no setor de controle de qualidade e queremos que o senhor saiba que você é um cliente valioso para nós, que prezamos a sua escolha em utilizar nossos serviços e que gostaríamos de fazer com que sua experiência conosco fosse adiante querendo saber nesse momento como podemos fazê-lo ficar. E, nesse sentido, gostaríamos de saber o motivo do cancelamento.
Aquela sequência de palavras suaves com um tom leve e doce quase me hipnotizaram depois de 55 minutos aguardando, mas eu estava focado, aquele dia era um dia diferente, estava preparado para um sábado inteiro de batalha. Confesso que estava vivendo algo novo, não tinha ainda chegado naquela fase da batalha antes e aquela pergunta era quase um cheque contra meu esquadrão de peças no tabuleiro daquela ligação de Guerra.
Eu tinha um motivo, mas precisava agir com cuidado, muito cuidado. Dizem que no tênis, o que separa um grande vencedor do perdedor é a reação dele naquele segundo que antecede como ela vai bater aquela bola a mais. Ele vai bater mirando a quina da quadra com força total ou ele vai passar a bola de novo aguardando o erro do adversário? Eu tinha que agir.
Comecei minha resposta. O motivo.
- Senhora, na verdade, hoje é um dia especial para mim e logo depois que eu acordei, eu refleti um pouco, tendo tido uma ótima noite de sono, e por algum motivo quase que inexplicável eu tive uma visão, algo quase celestial. Pude apenas espreguiçar, abrir bem os olhos e decidi de forma definitiva e com muita certeza sem explicações e teses técnicas nem compreensíveis pela humanidade ou qualquer ser inteligente, que hoje eu iria e deveria, por motivos sobrenaturais de vozes interiores e cósmicas, ligar para a Bim e cancelar meu celular. Foi isso. Apenas isso.
O silêncio me corroia. Dois segundos se passaram e ouvi a voz do outro lado:
- O senhor pode anotar o número do protocolo de cancelamento, por favor?
Cheque-mate!
A cadeira estava lá, bem confortável, na frente do computador, com o telefone viva-voz com bateria carregada, internet ligada, todos os meus documentos digitalizados, para fácil acesso. Além disso, tinha amendoim, biscoitinhos, água, tudo preparado. Não sabia quanto tempo aquilo poderia levar. Levantei da cama, ainda de shorts sem cueca por baixo, ou seja, conforto total! Liguei o computador, peguei o número, apertei o botão para pegar linha no aparelho de telefone e fiz a ligação. A sorte estava lançada.
Do outro lado, lá veio a gravação:
- Obrigado por ligar para a Bim Celular, escolha uma das opções a seguir. Sua ligação é muito importante para nós.
Não há nada mais cínico que mensagens de `carinho` de centrais telefônicas de empresas de telefonia, eu sabia ali naquele ponto que o jogo estava começando. Um jogo tenso, de paciência, movimentos precisos, um xadrez de altíssimo nível com direito a canelada embaixo da mesa. Eu segui as instruções com muita calma e tensão. A qualquer movimento mais brusco ou tecla errada ou frase imprópria, a ligação pode cair ou ficar mudo o user transferido para o vale das almas que vagam pela opção errada dos call centers, ou centrais de atendimento.
Eu consegui me mover bem no começo e driblar o atendimento automático até ali tinha sido fácil. Depois de escolher a opção Cancelamento, ouvi a frase amedrontadora:
- Sua ligação será transferida para um de nossos consultores, por favor, aguarde.
Eu gelei, mas me segurei na cadeira e comecei a jogar Tetris e transferi o aparelho para o viva-voz para acompanhar a música até o atendimento. Lá pela terceira partida de Tetris (e eu sou bom em Tetris), um barulho e uma voz humana:
- Bom dia, setor de cancelamentos, com quem estou falando? Por favor, número de cadastro na Bim de trás para frente, data de aniversário no formato romano, quem matou Odete Roitman, artilheiro do Brasil na copa de 1958, notação simples do fenilpropileno reagindo com cloreto de amônia e os três últimos dígitos do seu CPF multiplicado por 7,1.
Eu pude sentir um silêncio demoníaco do outro lado, mas eu estava preparado. Já tinha ouvido aquele mesmo pedido em uma ligação anterior durante a semana. Respostas dadas e 2 segundos de silêncio ao que ouvi a voz humana de novo:
- Muito obrigado pelas informações corretas, senhor. Elas são importantes para sua segurança.
Aquelas últimas três palavras ecoaram em minha cabeça e me lembrei daquela música dos anos 80… `para sua segurança….`, mas em menos de 1 segundo, reagi e evitei o golpe da desligada na cara. Era mais uma tentativa de me impedir de concluir a missão. Então falei rápido, mas sem mostrar ansiedade:
- Por gentileza, gostaria de cancelar meu celular com a Bim.
Aquele era um momento crucial, eles sabiam agora que eu estava no ataque e tinha furado o primeiro bloqueio. A voz tenebrosa disse sem mais comentários:
- O senhor será trasnferido para o setor de controle de qualidade para podermos registrar os motivos do seu cancelamento. Por favor, aguarde. Lembre-se que todas as ligações serão gravadas e utilizadas contra o senhor em caso de quaisquer dúvidas, conflitos ou problemas posteriores, além de publicadas na internet de forma anônima com seu nome, caso possamos fazer graça da sua cara.
Eu respirei fundo, era mais uma peça do xadrez que era derrubada, senti que tinha perdido uma torre. Precisava resistir, viva-voz de novo, 9:45, silêncio na casa, comecei agora com uma navegada nos jornais pela internet. Depois de mais ou menos 13 músicas ouvidas, um estalo na linha. Tremi. Segurei o mouse com força. Ouvi outra voz, era uma voz suave, quase angelical. Ela disse:
- Senhor, bom dia, estamos aqui no setor de controle de qualidade e queremos que o senhor saiba que você é um cliente valioso para nós, que prezamos a sua escolha em utilizar nossos serviços e que gostaríamos de fazer com que sua experiência conosco fosse adiante querendo saber nesse momento como podemos fazê-lo ficar. E, nesse sentido, gostaríamos de saber o motivo do cancelamento.
Aquela sequência de palavras suaves com um tom leve e doce quase me hipnotizaram depois de 55 minutos aguardando, mas eu estava focado, aquele dia era um dia diferente, estava preparado para um sábado inteiro de batalha. Confesso que estava vivendo algo novo, não tinha ainda chegado naquela fase da batalha antes e aquela pergunta era quase um cheque contra meu esquadrão de peças no tabuleiro daquela ligação de Guerra.
Eu tinha um motivo, mas precisava agir com cuidado, muito cuidado. Dizem que no tênis, o que separa um grande vencedor do perdedor é a reação dele naquele segundo que antecede como ela vai bater aquela bola a mais. Ele vai bater mirando a quina da quadra com força total ou ele vai passar a bola de novo aguardando o erro do adversário? Eu tinha que agir.
Comecei minha resposta. O motivo.
- Senhora, na verdade, hoje é um dia especial para mim e logo depois que eu acordei, eu refleti um pouco, tendo tido uma ótima noite de sono, e por algum motivo quase que inexplicável eu tive uma visão, algo quase celestial. Pude apenas espreguiçar, abrir bem os olhos e decidi de forma definitiva e com muita certeza sem explicações e teses técnicas nem compreensíveis pela humanidade ou qualquer ser inteligente, que hoje eu iria e deveria, por motivos sobrenaturais de vozes interiores e cósmicas, ligar para a Bim e cancelar meu celular. Foi isso. Apenas isso.
O silêncio me corroia. Dois segundos se passaram e ouvi a voz do outro lado:
- O senhor pode anotar o número do protocolo de cancelamento, por favor?
Cheque-mate!
sábado, 13 de outubro de 2012
Verdades...
Escrito por
DBS
Assim é a vida…
A verdade do governo…
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E no final, é tudo mistério!
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