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domingo, 21 de janeiro de 2018

Confuso

Confuso, enxergo meus medos
Não raros, sob a órbita desse orbe.
Difuso, entre os vitrais e os azuis
Um facho de luz espectral lilás
Dissipa o assombro...
Arranha-céus fixos ao chão
Suas sombras assustam
E encobrem o sol do verão.
Deixe que as raízes espalhem
Freixos, hortências..., e as heras
Cubram de frescor nossos lares;
Alimente nossas vidas com alegria.
Nossa energia consubstanciada
Não deveria estar atrelada
Às grandes indústrias e edificações,
Às inundações e perda de tantos saberes,
Morte de tanto verde e animais.
Criemos novas ações,
Façamos germinar novos ideais.
Clara seja nossa noite
Pra lucidez dos novos dias.

sábado, 21 de outubro de 2017

quinta-feira, 21 de setembro de 2017

Agora

                                         "(...) O tempo passado e o tempo futuro / O que podia ter sido e o que foi / Tendem para um fim, que é sempre presente." T.S. Eliot

Passado passou
Como um vulto na janela
Como passam os pássaros
Como um precipício 
Se revela
Os passos permanecem
Desafiadores em astro
Que transita espaço
Em trilha fixa esférica
Como tudo deixa rastro
Segue sem lastro
Passageiro
Persegue caminhos
Aventureiro
Se alinha
Fia e tece
Tecido de linho
Se despe
Forja nicho
Desfaz ninho
Recompõem ritmo
Abissal 
Contínuo cristal de sal
Precipitado no mar
Lançado para a encosta
Vidrado no olhar
Desidratado com o sol
Partir fremente
Colossal 
Rito de passagem

(Angela Gomes)
(27/09/2017)

segunda-feira, 21 de agosto de 2017

Amor fluido

Amor fluido
flui abstrato.
Ainda que termine
difuso éter
propaga réstias sobre corpos;
arestas que se encontram
não deformam cantos.
Mas, não há mais sentido
para sons, rimas, magia.
E, ainda que absorto,
revolvendo nuvens, não há espera.
Incauto, permaneço à flor da pele
Desenhando frases na estratosfera.

Amor fluido
flui abstrato
à quinta-essência de um nome
sussurrado
Entre, palavras não ditas.
Tateias pétalas na flor;
Nas entrelinhas tatuo teu retrato.

Tudo deixa marcas no tempo.
O amor, nós em nós,
cravados.
Feito gota de chuva
que despenca do céu;
no sabor da dor
cristaliza na saliva
de corpos quebrados.

Tudo quando acaba
sobra um pouco?
Mas, não ouço mais tua voz.
As folhas se desprenderam no outono
e, dentro de mim o silêncio grita.
No arquivo morto
pó de estrelas dançam sobre as árvores.
As lembranças continuam vivas:
sempre-vivas
como as flores secas.


sexta-feira, 21 de julho de 2017

Tarrafa












Noite translúcida.
Orvalho perfume de flor...
Trama entre a teia
Partículas de suor.
Sedutora escama,
Solitária cor...
Náufraga aquarela
Tingia nuances de azul
Do céu até formar o mar...
Beijo das ondas
Umedecendo os teus passos.
Nossos abraços
Às estrelas,
Soltos no grito dos astros.
Emaranhados nas pegadas,
Nossos rastros
Desenharam areia.
Sereia, peixe bordado de luz
Na manhã que principia...

domingo, 21 de maio de 2017

sexta-feira, 21 de abril de 2017

Outono



folhas pelo chão
galhos de árvores se despem
cobrem-se de outono











Foto: Efigênia Rolin, artista plástica e poetisa, na Feira do Poeta, em Curitiba. 
Angela Gomes (arquivo pessoal).

quarta-feira, 21 de dezembro de 2016

Apenas há penas para os raros (?)


Pássaros

Passantes

Passam

Passos...

Apenas há

Penas.

Pisamos 

Por onde nos deixamos

Pegadas (?)

Apenas há

Penas

Sob os pés

Que deixaram rastros (?)


Entretanto e, contudo,

Embora aflitos em conflitos e, confusos

Gravitamos esfera que circunda astro.


Saudemos, então,

Novo verão, no pólo sul.

Com asas camufladas de azul, solar

Pra festejar novo solstício.

Que nossos voos permaneçam

Desafiadores e raros

quarta-feira, 21 de setembro de 2016

Nau Lua















Ensina-me uma canção
Para despertar a lua

Desencantá-la do seu sono
Imerso na densidade das esferas

Componha uma canção
Isenta de pecados

Dissolva-os com a saliva
Do nosso amor trocado

Componha uma canção
Com notas soltas
E acordes de jasmim

Que seja doce e,
Dissolva na boca
Das noites lilases

Na transparência do negro azul mar
fim

Afete
O amor
O amargo
O denso
O fraco

Clareie a lua
A sua canção

O afeto
O gosto
O som


De cifra 
Astro irradiado

domingo, 21 de agosto de 2016

Contraste


Como pode haver poesia
Se existem barrigas vazias

Se há crianças em perigo
Refugiados sem abrigo

Se o medo é companheiro
A liberdade usurpada

A convivência insana?

Mas, poesia é tão intensa que,
Crava n’ alma as dores e,

Faz ouvir os gritos de pavores
Perceber o amargo do sangue

As cores que o corte derrama
A lucidez que a tez exclama!

Rogo em prece às Musas
Para que o bom senso que jaz reviva

Como brotos depois da chuva
Como a paz que trazem as flores

Para que viver e a Primavera
Continuem a fazer sentido


(Angela Gomes, 23/09/2015)

quinta-feira, 21 de julho de 2016

Conversas a sós


Conversas a sós,
Entre mim e,
Sombras que me habitam.

Entre as que me agradam
E, as que me irritam.

Na solidão de uma cela
Cheia da minha companhia.

No aconchego do descanso
E, terror da luz que as clareia.

Entre, quem ama e se odeia.

Entre o que se conhece
E o que não se imagina.

Ante a contemplação
Do que nunca termina...

Cosmos em átomos...,
Moléculas em desenhos abstratos.

Meu amor em um porta-retrato
Desbotado pelo tempo
Perdido.


(08/09/2013)

segunda-feira, 21 de março de 2016

Moro na “República de Curityba”


Sou cidadã brasileira, porém
Moro, por mera tolice
Dita “República de Curityba”.
Onde moro as leis são diferentes.
Questiono se,
Moro, sobretudo, por soberba e vaidade.
Irresponsável ou, quiçá, ardil;
Supostamente no suprassumo do poder,
Moro qual deidade, com a mídia alienante, 
Fomenta confronto civil.
Disseminar subterfúgios para “subjugar” 
Representante democraticamente eleito
Parece, no mínimo, desconfiável.
As diferenças clamam por respeito.
Todos têm ou não iguais direitos?
E, a vestir as cores da bandeira?
Ideologias separam pessoas, separam partidos.
Mas, respeitadas as diferenças
Somos todos, nação brasileira.

Imagem: da web

domingo, 21 de fevereiro de 2016

quinta-feira, 21 de janeiro de 2016

Rarefeito


O que desperta
Depois da noite desfeita
Falsas certezas
Razões perfeitas
Na praticidade da desilusão?

Nem tudo são escolhas
A luz do dia cega e seca
O cobertor, o frio...
E, num arrepio
Tudo que parece o fim
Será
Como o que surge de um vazio
Cheio de deserto trancado no peito
E, ainda que eu não entenda direito
Tudo se parece com tudo
Como um passado incerto
Coberto pelo orvalho perfume da deusa
Difuso pela superfície ondulada do mar
Mas, tangível no aroma da terra molhada

domingo, 21 de junho de 2015

In cwb













Luz dos pinheirais

Belíssima Curitiba

Gelada e solar


Imagem da web: neve em Curitiba no inverno de 1975.