domingo, 29 de março de 2009

Meu caozinho


Algo faltava na casa
Foi amor a primeira vista
Chegou tão medroso
Para preencher nossa vida

Todo dia lá vem meu caozinho
E o meu dia já começa bem
Vou te abraçar
Vou te beijar

Vamos brincar
numa incansável diversão
e no seu jeito desajeitado
não me deixa fazer nada

Olha que caozinho mais lindo
lá vem ele tomar um banho de sol
com o olhinho observando o movimento
lá vem ele brincar

Quando fica triste
No seu passinho lento
Fica perto de mim
Que darei o meu carinho

Mas, nada abate esse grande coração
Que só traz felicidade
Lá vem ele todo desajeitado
E o meu dia termina bem

sexta-feira, 27 de março de 2009

Big Bródi




Metros à frente, uma pequena multidão aglomerava-se em forma de círculo, acompanhando algo que acontecia em seu interior. Chegando mais perto, vi uma equipe de filmagem que entrevistava uma pessoa. Alguns outros se postavam atrás do entrevistado, fazendo gracinhas para a câmera. Um pouco ao lado, um rapaz escrevia apressadamente "Mãe, tô na Grobo" em uma cartolina.
— É pro “Big Bródi” — informou-me um pedreiro que, com ferramentas na mão, descansava um pouco da labuta.
É coisa rara ver equipes de filmagem na rua, de tal forma que fiquei por ali, acompanhando com curiosidade o serviço do repórter e dos técnicos.
Uma mocinha, que também fazia parte da equipe de filmagem, aproximou-se e puxou conversa:
— O senhor não quer falar um pouquinho sobre o Big Brother? Parece tão distinto, queremos aumentar nossa audiência com as classes A e B...
— É... mas...
— Não precisa ficar tímido, é coisa rápida.
— Tá bom, você que sabe.
Levou-me então até uma maquiadora, que passou um pouco de pó no meu rosto, para diminuir o brilho da pele na hora da gravação. Poucos minutos depois, estava de frente para o câmera, recebendo umas dicas do diretor.
— É coisa rápida, o repórter vai te fazer uma pergunta e o senhor responde sem olhar pra câmera, ok?
— Tudo bem.
Em seguida, a ordem do diretor:
— GRAVAR!
E o repórter então pergunta:
— E o senhor? Quem acha que ganha o Big Brother?
— Bom, na verdade eu não acompanho muito o programa, só sei o que o pessoal comenta nas ruas. Na hora do programa eu prefiro ler alguma coisa, pode ser liter...
E o diretor, incontinenti:
— COOOORTAAAA!

terça-feira, 24 de março de 2009

VERDEJANTESAndo com pensamentos “verdes” ultimamente... até amadurecerem... terei que me reciclar! Quem sabe reverter minhas atitudes: Pegar o meu lixo de volta quando jogar na rua; usar pilhas recarregáveis; trocar minhas lâmpadas incandescentes por fluorescentes; desligar meu PC em vez de baixar um monte de porcarias por horas; fechar bem a torneira; deixar meu carro velho em casa alguns dias – andar faz bem!Tomar banho frio – não mata! Publicar meu livro em papel reciclado. Isso não é tudo, falta muita coisa... por que estou tão estressada? por que não consigo administrar meu tempo? Eu tenho que tomar vergonha na cara e plantar pelo menos uma árvore, uma mangueira serve, afinal, chupar manga de vez em quando é bom!

Talvez eu seja uma andorinha tentando apagar o incêndio da floresta... Se eu fizer minha parte... Não! Uma andorinha só não faz verão, e agora? O outono está apenas começando. Quanto tempo me resta?Ai Meus Deus! A cobra está fumando e o bicho está pegando. Será o fim? Talvez, sei lá... Não! Meus pensamentos ainda estão “verdes”...


Quando verão chegar, poderemos adiantar uma hora...Mas, se você quer se adiantar, a hora é agora!


Participe do movimento “A Hora do Planeta” – um ato simbólico promovido pela Rede WWF, no qual governos, empresas e a população de todo o mundo são convidados a demonstrar sua preocupação com o aquecimento global e as mudanças climáticas. O gesto simples de apagar as luzes por sessenta minutos, possível em todos os lugares do planeta, tem o significado de chamar para uma reflexão sobre o tema ambiental. Em 2009, a Hora do Planeta será realizada no dia 28 de março, das 20h30 às 21h30, e pretende contar com a adesão de mais de mil cidades e 1 bilhão de pessoas em todo o mundo. Mais de 170 cidades de 62 países já confirmaram sua adesão à Hora do Planeta e com certeza estarei fazendo a minha parte, e você?

segunda-feira, 23 de março de 2009

Essência do Querer






Há tanta clareza nas palavras

Que ainda que escuro fosse

e que muito barulho houvesse

tudo é absurdamente entendido e visto.

Não há meias palavras

ou interpretações dúbias.

Apenas o puro desejo de entendimento.

As mãos se entrelaçam,

os sentido se buscam,

cheiros se misturam

numa essência única .

Não importa distância,

nem circunstâncias...

apenas impera o prazer único

de quem sabe

Se Querer Bem.



Reflexo d " Alma





Tela pertencente a coleção particular ,portanto não copiar sem pedido de autorização ,o artista é Raphael Sacht,mas responde por ela Diogo Viana

domingo, 22 de março de 2009

Minimalismo


Tela sobre papelão, de José e esposa
Lona sobre cabos de vassoura, de Aparecida e filhos
Jornal sobre calçada, de Maria e filha

Muito pouco sobre quase nada
A dura arte de sobreviver




ps: imagem retirada dos arquivos do jornal "O Globo"

sábado, 21 de março de 2009

Noite






A noite se adorna
Com o brilho das estrelas.
Bela moça negra.



Imagem: Série Máscaras Africanas de Ralph Sirianni.

quinta-feira, 19 de março de 2009

Parasita do seu sexo.


Parasita do seu sexo.

Incandescente mistério nos corpos
Encontro no seu o que sei meu destino,
Prazerosa estação, inocente vício.
Divina alegria todas às vezes
Enraízo das razões botões a sua vontade,
Flores a adiantarem primavera na garganta,
Pormenores de minha boca cheia.
Perco dos dias sinais, horas, ganho alimento.
É sua pele o adubo certo ao meu fogo de germinar
(falo - doce suicídio).

Luzes em seus olhos explicam coisas mais,
A língua abraça sua fúria, molha a boa ventura,
Pernas formam um arco ao seu desejo de fecundar,
Visto é o caminho da cova, fértil terreno.
Revolve minhas entranhas,
Entranha devagar o escuro e preparado íntimo,
Conhece o tempo de chuva, volta aos meus lábios.
Bom semeador sabe bem, é sua a missão de florir-me,
Em seu gozo, minha doce ressurreição
(Parasita chovo flores).

Eliane Alcântara.

terça-feira, 17 de março de 2009

De uma ex planta artificial


Foto: Felipe Ferreira


era uma planta
artificial
que ficava num canto
da sala
que não pegava sol.

via o mundo por uma
pequena fresta
na janela.

o seu dia era a noite,
interrompido
pelo desligar-se
das lâmpadas na madrugada.

as folhas tinham
um ar longínquo
e disperso.

sua raíz sonhava.

não chorava.
nunca chorou.

nunca fora engolida
pelo orvalho,
e nunca servira de ninho
para pássaros.

só os ouvira cantar
o canto de desespero
engaiolado.

se pudesse cantar,
unir-se-ia a eles
em uníssono cântico.

diante de seus olhos
plásticos suplicantes,
coloquei-a num jardim

e vi que por tanta
vontade de crescer

cresceu.

chorou.

levantei a vista para ver
as suas folhas e frutos
úmidos de orvalho,

e um passarinho cagou na minha testa.

não o vi.

apenas ouvi seu canto libertário
que ecoava pelo o jardim.

a árvore, agora permeada
pelas formigas
e pelo sol,

sorria.




André Espínola

Silêncio


Quando o silêncio
é algo que não me cabe

eu me rasgo
e me deixo em
lugares

próximos a
medos
e lagos

Lá é onde
o meu pensamento faz ruídos...
a vida faz alarido
em poças de saudade.

Onde escondo meus pequenos vagalumes.

Lá os meus momentos de silêncio
ainda são fugazes.




(Jessiely Soares)



Não sei a quem pertence a imagem... Achei no google. Se o dono da bendita aparecer reclame os créditos, e eu, acrescentarei os direitos aqui.


:)

segunda-feira, 16 de março de 2009

Ciranda


A angústia da beleza que já possuía a fez bulímica
A bulimia a fez escrava
A escravidão a fez sozinha
A solidão a fez fraca
A fraqueza a fez desistir
A desistência a fez tuberculosa
A tuberculose a fez osso
A angústia da beleza que já possuía a fez morta

Lascas flamejantes

(Sonia Cancine)



Lascas flamejantes à noite vulcão devoram
a fúria inquietante que em mim (de) flora.


Esputam rastros de chamas que cruzam os céus

Em meio a lampejos que iluminam o empíreo
Acenam-me tuas saudades de nuanças rubras

Das veladas vontades
Reviram-me a mostra suculenta
De nuvens escuras

De tua sina me ensinas a te desejar e
Na maré de teus sonhos me conduzes
Bem devagar

Para saborear o paladar das espumas

Ensinas-me a deslizar em teus braços e
Nas minhas teias jugulas teu espaço

Em rios de lágrimas corres em minhas veias
Em pensamento murmuras teus cantos
O que teu rosto revela nas minúcias de tua face

Nas lascas negras de amor espalham-se
Pequenas asas luzentes

Vens dançar tua emoção, nas pupilas dançantes minhas
Nos rastros das chamas, o espelho da tua mente.

domingo, 15 de março de 2009

Inspiração

Ávida de desejos...
Nessa selva escura de corpos epiléticos te faço vergar
Sob os meus mais insólitos devaneios a ti aprisiono
Transformo-te em meu rei voraz,
Com a energia que somente os leões têm,
Te apeteço

Envolvo-te na imagem do poder do instinto
Mais selvagem...

Minha mente gira na mesma rotação da terra e,
Entrego-me sem pudor.

Sinto o arrepio que minha pele e meu cheiro te causam
Rendo-me aos teus encantos, não por vontade própria
Mas, pela fúria inquietante deste vulcão que me habita

Nesta trilha de amante
me torno devota do meu tesouro, e perco os sentidos...

Purifico-me na entrega total
do latente desejo que me compromete
Entre olhos lacrimosos e felizes
Rejubilo-me completamente e,
Dou vez somente ao puro gozo

Meus lábios vermelhos e doces
Têm sede de todas as tuas fontes

Deixo teus olhos absortos aos meus e te fascino
Penetra nas entranhas de minha alma
Ensina-me que posso voar, metamorfoseando
Entre uma figura dominada e dominadora
Enfeitiço-te e,

Ao tentar alcançar aquilo que sinto e não vejo
Eu me firo...
Mesmo com minha armadura,
Sou picada pelo escorpião que estava escondido e,
Consciente, fico a observar e esperar...

A minha própria ruína

(Ro Primo)

sábado, 14 de março de 2009

...






























O verão incendeia
pele quente vulva
úmida tua língua em minha
(bunda)

ouço vozes

te enredo em minha teia
minha aranha em tuas veias

gemem vozes
grutas
sais

o verão incendeia
a praia avança
nós na areia


sandra santos

sexta-feira, 13 de março de 2009

Chão de esperança

Não tinha dado ainda tres e meia da manha ele levantou-se da cama foi ate a geladeria amarela que ficava na parede enconstada junto ao fogão do lado do armario que estava defronte a janela e a porta da cozinha.
abriu calamente a geladeira e enquanto tomava muito vagarosamente como se aprecia-se a água pensou naquela noite de sabado sabia que podia te feito alguma coisa era só ter mudado o destino das coisas afinal ele era Deus ou não era.
Foi tolo, era essa a conclusão pra seu ato. mais deixemos O criador refletindo sobre seu erro e vamos falar como se passou aquela Estória.
ha exatamente um mês michel tinha chegado de brasilia com sua familia, ele era por demais habilidoso em armas era instrutor e tudo de armas de fogo em brasilia.vinha para noso Estado para passar as ferias com mulher filhos e filhas. gostava daqui das pessoas daqui e principlamente do seu Sobrinho Caio, que com apenas doze anos sabia manejar armas de diversos calibres. ' Esse menino vai longe" pensava sempre Michel.
então o brasiliense com toda sua familia foram a praia foram ao circo ao teatro e curtiram tudo de bom que nossa terra tem pra oferecer. até que no sábado vespera do retorno pra brasilia, Michle foi tomar umas doses na praça no fiteiro do Chico.o fiteiro como sempre estava animado muito sonhos caminhavam pelas cabeças dos bebados as garotas dançavam sem parar com seus pares; tudo isso era normal pra Michel menos uma garotinha de treze anos que estava sentando no colo de um velho num canto escuro da praça, o velho seu divertia com sua mão na vulva da menina que neste momento estava contando o dinheiro do programa em meio de gemidos baixos. Aquilo era demais pra Michel que se levantou pagou a conta e foi pra casa com olhos raso da'gua. em casa ele botou no toca disco um fado português triste e foi chorar pensando naquela criançã que perdia a infancia nas mãos sujas de um velho sujo. foi dormir com a cabeça cheias de idéias. no outro dai acordou cedo e um pouco feliz o suficiente para ficar asobiando docemente o hino do flamengo.Como todos da casa estavão ainda dormindo escreveu um bilhete " Não sei a hora que vou voltar, a viagem foi cancelada, fui na casa de meu sobrinho iremos nos diverti no domingo, não sei a hora que volto. AU-REVOIR!" BY Michel.
o som do carro tocava ROADHOUSE BLUES do DOORS, Michel guiava o carro sorrateiramente pela cidade; Caio já o esperava na porta de casa. sua cabeça estava mil aquela seria a melhor aventura da sua vida.
-Você não costumar, se diverti muito pela cidade né caio? perguntou Michel.
- não muito tio, os meninos daqui são muito parados.respondeu Caio.
Michel deixou Caio no inicio do mercado publico da cidade, local belo que ficava no inicio da Avenida santa cecilia.
Michel foi para a praça. como um relampejo de demonios como uma festa no inferno, como mil anos de tormento, como sodoma e gomorra dos tempo modernos a
matança começou.
Caio pegou sua AR15 e disparou de inicio matando o vendedor de pipoca que vendia pipoca pra duas crianças. oo tiros pegaram na cabeca no coração e nas pernas.
Ao ouvir o disparo Michel pegou seu rifle e apontou pra cabeça de Chico o disparo foi forte o sangue respingou na roupa do instrutor de armas.Caio atirou numa moçã que corria desesperada o tiro pegou na virilha, atirou também no vendedor de carne o tiro foi no estomago. michle também não deixava por menos atirou na cabeça do velhinho que ontem tinha se divertido com a puta ninfeta,. atirou em um lavador de carro que tarbalahava no local o tirou foi no pulmao ele caiu por cima do capô do carro que estava lavando; atirou também em um gravida os tiros foram na cabeça e na barriga da mulher.
e pra eles tudo era inferno tudo era sangue mataram em menos de ciguenta minutos nada menos do que 68 pessoas, se encontaram então frente a frente.
-E então que ganhou a apostar? falou Michel
-Não sei tio? eu matei 37 e o senhor? falou Caio.
-31! disse tristremente Michel.
-EBA! EBA! Caio criança ainda não se conteve comemorou, feito doido. " ganhei tio eu realmente sou bom.
_ Chão de esperança é o fim! falou Michel.
-o que tio?
- Nada não, tomar teu premio.
Raaatata..................... Michel descaregou a arma na cabeça de seu sobrinho. depois olhou pra o céu sacou a 28 que estava no seu bolso e falou: Chão de esperança
é o fim!
Puuuufuu! disparou no seu coração e caiu morto no chão.

quinta-feira, 12 de março de 2009

Ode à cadeira

Posso descansar, largar-me
E balançar as pernas
Enroscá-las nas pernas
Que são de madeira
Me encosto nas costas
E trago o cigarro
Patrocina a bebedeira
Personagem num strip-tease
Com rodas, balanço
Nos braços apoio meus braços
Dispenso a poltrona
Dê-me uma cadeira
E eu agradeço à gravidade.

Poema do Desperdício da Vida

por ter perdido
parte
(a que me dói)
da vida

eu parto
(e rasgo a página)
eu corro
(e rompo o corpo)
eu choro
(e risco do mapa)
eu mato
(a que me trai)

imediato
(o instante)
da re-vida...

eu juro
(e não cumpro)
eu vingo
(não tem cabimento)
eu chuto
(o balde)
e eu me acho
(pela última vez).

terça-feira, 10 de março de 2009

Convidadas - Escritoras do Bar do Escritor




1ª EXPOSIÇÃO LITERÁRIA FEMININA “MULHERES NUAS”.

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É com grande satisfação que o ESPAÇO CULTURAL DO POUPATEMPO do CORINTHIANS ITAQUERA vem nos proporcionar a presença literária de 17 poetisas de todo o Brasil. Venha prestigiar essas celebridades da nossa literatura brasileira. Do dia 13 de à 30 de abril de 2009De segunda à sexta-feira das 7:00 às 17:00 e aos sábados das 7:00 às 12:00

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ESTARÃO PRESENTES COM SEUS TEXTOS:

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Angela Oiticica

Flá Perez

Larissa Marques

Mariângela Padilha (Me Morte)

Sônia R.Cancine

Maria Julia Pontes

Barbara Leite

Iriene Borges

Lili Ribeiro

Érica Cristiane

Carla Abreu

Betty Vidigal

Ivone F. Santos

Mali Ueno

Rosangela Primo

Alana Nunes

Jessiely Soares
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POUPATEMPO DE ITAQUERA-dentro do complexo do Metrô CORINTHIANS ITAQUERA- ZONA LESTE DE SÃO PAULO.

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Maiores informações: 0800 7723633

domingo, 8 de março de 2009

Convidado Allan Vidigal

(eu achava Dia da Mulher meio desrespeitoso com as mulheres em geral. Mas depois achei que não: que num mundo em que a gente ainda tem que lidar com mutilação genital feminina, com mulher ganhar menos que homem pra fazer o mesmo trabalho, com a "dupla jornada" que -- na maioria dos casos -- não é bem dividida, é importante ter pelo menos um dia em que essas questões e outras são discutidas. Melhor seria se em vez de discutir uma vez por ano, o problema fosse atacado todos os dias... Segue textinho mais ou menos sobre isso).
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Porcos
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Tem uns caras por aí (e não são poucos) que me dão vergonha de pertencer ao mesmo gênero. Às vezes parece que quase todos os homens que conheço são uns putos de uns misóginos, assumidos ou não. Deve ser por isso, aliás, que tenho poucos amigos. Uns dois ou três. Todos os outros são conhecidos com quem simpatizo, na melhor das hipóteses, ou que execro, na pior. E mesmo esses com quem simpatizo às vezes soltam umas que não dá para engolir.
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Me revolta, enoja, ver que um monte de carinha por aí fala, fala, fala, bota banca de moderninho, mas, na verdade, acha mesmo que lugar de mulher é em casa. Que mulher não é nada além de uma máquina de fazer sexo, fazer filho, fazer comida, fazer faxina. E nem sei se esses são os piores. Porque também tem aqueles que acham que mulher tem que trabalhar, sim, dividir as contas da casa. E, nas horas vagas, ser máquina de fazer sexo, fazer filhos, fazer comida e fazer faxina. Normalmente são os mesmos imbecis que ligam pra mamãe quando têm uma dorzinha de garganta. E soltam, depois de jantar e nem fazer menção de lavar a louça, "por que você não pede para a minha mãe te dar a receita do tempero dela?". Palhaços.
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Os mesmos proto-humanos que ficam nervosinhos se a mulher tem amigos no trabalho, mas vão pro happy-hour e não param de olhar para a bunda da garçonete, o decote da menina 20 anos mais nova na mesa da frente, as costas da hostess do bar. E trocam com os amigos olhares cúmplices de pseudo-sátiro, como quem quer dar a entender: "se quisesse, comia muito essa aí". E falam dos puteiros que freqüentam (comentário impertinente: vai dar uma trabalheira parar de usar trema), como se pagar uma mulher por sexo fosse prova de macheza.
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Os mesmos babacas, porcos, limitados, que parecem acreditar que o ápice da realização masculina é não ter qualquer interesse ou assunto que não seja futebol ou mulheres de quem jamais irão chegar perto. Que agem como se fosse direito inalienável de uma classe superior olhar para qualquer membro do sexo oposto como se fosse um pedaço de carne. Que reclamam que a namorada está gorda, quando eles mesmos são flácidos, moles, ensebados por dentro e por fora e no cérebro; que reclamam que ela não está depilada, quando eles mesmos fazem a barba para ir ao trabalho (provavelmente esperando que a gostosinha da recepção lance olhos em sua direção), mas, em casa, no fim-de-semana, dão folga para a espuma e a gilete; que reclamam que a casa está bagunçada quando eles mesmos são incapazes de pendurar uma toalha, ou limpar a pia depois de fazer a barba (admitindo, claro, que seja dia de ver a menina da recepção).
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Então chega de enrolação e vamos lá: minhas caras, por favor, aceitem as minhas mais sinceras desculpas em nome de todos nós por essas bestas-feras com quem compartilho mictórios e o "sexo: M" dos formulários. Não desistam da gente: tem alguns que se salvam e, quem sabe, com o tempo, a categoria como um todo não melhora um pouco?
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(mas tem um negócio: vocês precisam ter uma conversa séria com as suas amigas que toleram esse tipo de coisa porque enquanto elas deixarem, eles não vão tomar jeito).
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Allan foi especialmente convidado pela LIZ pela excelente crônica postada no Bar do Escritor no Dia Internacional da Mulher.
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sábado, 7 de março de 2009




VÁ PARA A PUTA QUE PARIU








Porque não navegar comigo Baby?
Te conduzo pelo obtuso
Do teu miolo!
Eu enrolo uma bagana fedorenta,
E, quem sabe você agüenta
O tamanho da pressão?




Tente ao menos Porra!




Não adianta vir fantasiada de cachorra,
Tampouco envolta
Em véus...
Navegue comigo para o céu,
E tenha todo o tempo do mundo
Para se arrepender.




Vá se foder!


Conduza-se para o saltitante mundo
Da puta que pariu!
Finja novamente que não me viu
E engula em seco
O que restou da minha saliva
Na tua boca.






Vá a merda Sua louca!




Mas viaje assim comigo....
Assim...
Bem gostosinho,
Caprichando no carinho,
Melhorando o que já era
Uma coisa a toa,
Uma coisa assim,
Tão boa.




Vá tomar no cu
Sua baroa!




Pronto!
Xinguei por versos,
E deixo a prosa
Para outra hora.
Sei que fui brilhante
E que haverá
Quem acredite
Tratar-se de obra-prima...




São só imbecis
Que como você,
Hão de fazer força
Para entender,
Que a força do discurso
É a inexata percepção,
De que, mesmo um palavrão,
Não extingue
A porra da semântica.






Amanhã te reservo uma manhã romântica.

sexta-feira, 6 de março de 2009

Bom dia Alegria !!!!!

Bom dia Alegria!!!!!!



Quando alguém te der Bom dia com alegria - Responda Bom dia coração!

Não importa o que as pessoas te desejam se for bom abrace e transforme em ouro.
Caso seja ruim nem repare.
Sorria intensamente para que você possa ter energia o dia todo
Abra a janela e veja que o dia esta lá, esperando você sorrir e abraçar.
Caminhe se for possível, isso fará com que você deixe seu corpo em paz.

Pense com muita alegria em tudo de bom que a vida já lhe trouxe.
Esqueça o que não vale a pena isso só cria tristeza.
Entenda o quanto as pessoas precisam do seu bom dia.
Ah! E se você tiver alguém maravilhoso ao seu lado abrace intensamente.
Sinta seu peito ao dele e perceba as batidas do coração isso é muito bom.
De sua mão mesmo que tremula e suada de emoção.

E diga: Bom dia Minha Alegria! A resposta será: Bom dia coração!

Não deixe o dia passar despercebido faça dele o momento da sua vida.
Por mais obstáculos que possam aparecer mostrar-se forte e vença todos.
Persista para que jamais se sinta fracassado
Veja que o melhor valor da vida é conquistar e ser cúmplice sem recuar.

Muito bom ter a força que você me dá e muito mais ver você firme sem se importar com nada e entender que o meu sorriso e meu bom dia e tudo que temos para vencer.

Ah! Que bom te dizer: Bom dia! Minha Alegria!

Sentir que o dia é nosso, eu e você Alegria.
Vibre sempre em pensamentos positivos e nunca diga talvez, seja sempre firme e determinada.
Por que somente a alegria verdadeira é que prevalece.

Então Minha Alegria, Bom dia!
Bom dia Coração!


“um novo olhar é para mim vida que sempre existiu, alegria atrai alegria”


Edson Rufo

Disfarce

Disfarce

Para um dia comum um medo inevitável

Dias coloridos, sonhos apagados.

Às vezes é difícil, tomamos tombo e temos que respirar ao mesmo tempo, tão profundo que perdemos o sentido da vida.

Ai é o momento que percebemos o que fizeram com gente.

A vida vira inferno o tempo vira nada.

Mas a energia flui e você se levanta.

A vida te espera.

Não disfarce suas fraquezas, com sorriso e gentileza

Não mascare seu caráter com atitudes, inevitável.

Querer ser você disfarçada de alguém.

Alguém que você não existe.

Disfarce.

Disfarce seus soluços e suas lagrimas

Disfarce seus impulsos, que destrói.

Só não disfarce sua face que não mente.

Seus gestos que são contundentes.

Sua lagrima.

Um dia que pra você jamais será comum.

Não dá para disfarçar a dúvida

De quem esta ao meu lado.

Meu amado ou para me usar.

Seria medo da alegria ou dúvida de pagar.

Disfarce o quanto dá.

Disfarce e somente assim.

Nunca saberá que sinônimo do amor é o amar

Edson Rufo

Surpreenda-me

Surpreenda-me
De todas as maneiras que você puder.
Com seu sorriso, livre e alegre
Com teus pensamentos vivos e divertidos.
Com seus sonhos que me incluem.
Surpreenda-me
De maneira que você sempre fez.
Da maneira como sempre faz.
Desse jeito que me fascina.
Da vida que sempre quis.
Adoro vê-la acordar com esse sorriso.
E acima de tudo com a sua beleza.
Com esse humor distinto de todos que já vi.
Superando-me e me surpreendendo-me, como nunca vi.
Já vi alegria na vida, mas a sua é do universo.
É de um infinito incomparável
De luz absoluta.
E qualquer movimento ou atitude que você sempre toma é superar.
Você surpreende-me de maneira que não imaginava.
Aonde não existia alegria, você levou.
Aonde o riso desapareceu você chegou.
Quando a estrada estava fechada você abriu.
E pedir agora: Surpreenda-me.
E imaginar o que você fará amanhã.

Cinzeiros (da série "Úteis & Fúteis")

Execro pensamentos bestas deflagrados por comentários idiotas de pessoas e objetos imbecis que nada sabem acerca de mobilidade e calor. Minha vida inexistente permeada sempre foi e será de movimento, emoção, energia, sentimento e aventura. Pra lá e pra cá, no vai-e-vem, acompanho, sempre calado, o ritmo, por vezes frenético, por vezes "piano" dos fumacentos humanos a soprar os fumos dos fumos coados e escoados por seus pulmões azeviches. Curto os calores, dos homens, dos fumos. Tem os cubanos, fedor assaz, calor demais, fumante loquaz. Tem os mentolados, aspirados por viados de olhos amendoados e mancebos amancebados com encéfalos desvairados. Tem os baratos sem filtro, subproduto destinado ao mercado interno cognonimamente chamado populacho. Tem variegados mais além. Malgrado malgrados, com grado ou sem, vêm todos a mim, aquecer-me, inocular-me vida das e de cinzas. Tão-só peço que me não peçam que aprecie ébrios. Atabalhoados, dificulta-lhes sobremaneira manter-me preso entre os dedos. Invariavelmente, deslizo por suas frias mãos úmidas. Destroço-me com estardalhaço. Grito, mudo, ao surdo mundo imundo rotundo. Desprovido de som e de forma, encerro meus dias de glória no fétido lixão. Sina ingloriosa. Vilipêndio de cadáver. Absoluto desrespeito. Sacrilegio o destino de meus algozes: apinhados de tubos, sarapintados de manchas, amarelecidos, macilentos, estúpidos, fumarão à sorrelfa, aspirarão a desgraça através de diminutos buracos na traquéia, olhos buliçosos e néscios. Nostálgicos, súplices, buscar-me-ão. Em vão.
Carlos Cruz

quinta-feira, 5 de março de 2009

Eu vi uma mulher morrer

Em seu rosto todas as idades pereceram
serenamente.

De seus olhos lembranças jorraram
até secar.

De sua boca suspiros vários
em seu último alento

Eu dormi em seu corpo rígido e frio
até de manhã

Quando acordei me recobria
sua carne dura
e seus ossos me aprisionavam severamente
estrangulavam-me a alma

Eu não me debati
Sequer tentei gritar
Mas tinha fome de viver
e comecei a mastigar

Iriene Borges

Assassinato na Avenida paulisrta


Exercício proposto pelo Prof. Marco Antunes na oficina literária da Câmara dos Deputados: Conte-nos como, onde e quem matou Adelaide Santoro numa história de suspense que não pode ter mais que dez linhas.

Era tarde, por volta das oito horas da noite. Antes de sair tranquei os arquivos e levei um café para a doutora Adelaide Santoro. Ela estava pálida, estranha. Perguntei se ela estava bem. Agitada, estalava os dedos e olhou duas vezes para o enorme relógio da parede. Jamais tive liberdades com a doutora, mesmo assim ainda perguntei se ela queria desabafar comigo. Respondeu-me que não, que eu poderia ir embora e que já havia chamado um táxi para levá-la para casa. Todos nós, do escritório, sabíamos que o doutor Santoro guardava um revólver na gaveta direita da escrivaninha. Tenho certeza que não havia mais ninguém nas salas. Todos já haviam saído. Juro que não fui eu quem matou a Doutora Adelaide Santoro.

quarta-feira, 4 de março de 2009

O OUTRO

Sou outro, outra vez
refletido em um rosto que não reconheço
não sei onde me encontro
não sei qual é o preço
da sanidade que não controlo
da ingenuidade que me consola
da concordância com o mundo
ou da revolta que ainda guardo
há na mente tantos quartos !
Tantas lembranças, tantos fardos
mas vou à luta novamente
erguendo-me da lona
onde atirado estava
no fundo da minha vala
que cavei para me defender
dos assaltos ao coração
da covardia e da traição
da minha própria condenação !
sem defesa e sem juiz
me acuso continuamente
por teimar em ser feliz
por sorrir serenamente
enquanto o caos me consumia
levando os socos ainda sorria
fingindo ser tão poderoso
inatingível e inalcançável

Era outro eu que se valia
da bravura e covardia
que dissimuladamente exibia
Estóico !
era o brado que retumbava
por qualquer lugar que eu passava
Heróico !
feitos meus que não contei
que nem mesmo acreditei
terem sido obras minhas...

Mas isso é passado de um outro
que guardo longe dos olhares
e me acompanha aos lugares
sem ser visto por ninguém...

Mesmo comigo ele insiste
quer provar que ainda existe
quer provar que é alguém

Sonho sólido em tintas frescas

Não me chame no escuro. não me chame no escuro
não me chame
eu já quase me acostumo

Fico pensando e pinto um quadro

Perdi mais um sorriso
Mas esta manhã não me perdeu
Estou no quadro
Ar-te
Penso horas

Eu tenho agora a imagem dele sem as distorções de ontem
A imagem que me inspira limpa
Olho
Ele indiferente. Desenho com os dedos contornos, linhas

Quero explicar
que aqui dentro deste quadro imóvel tem pouca luz
a lâmpada do quarto é de 20 watts. só por isso

Pergunto:
Daí, de onde você está, pode ver?
Eu sei que não dá.

terça-feira, 3 de março de 2009

Instante da Poesia*



(Monólogo para Charles-Pierre Baudelaire)



Ah! Áridos tempos, no âmago da poética vida.

Lembro-me de Goethe, alias, de Fausto... ou seria o jovem Werter!?

Foste tu, Ó Esperança, sobre a tênue mágoa que míngua a nódoa cadavérica?

Sim, provido por cá estou, do invólucro escuro, em meu estômago, pela lógica das lágrimas antagônicas num espetáculo melancólico. Bêbado em dionísico bálsamo, num sarcófago êmulo, num título métrico, num monólogo improlífico.

O indébito Amor não pode ser poesia, pois assim, hastear a ânsia e com ela fervilhar o ódio, seu Cornífero Ser faz-se presente e rege o tremor: - Pântano Erótico!

Deveras, tudo é poesia!

Em meu cérebro lêvedos litófilos, em lúgubres veleidades, da poética, da mórbida, do solilóquio vagaroso. Entretanto, já lânguido o ânimo evita-me.

Deixe cair sobre a mobília à pétala efêmera, ascenda à vela, alumie o crânio... mesmo o texto mais lúgubre, tétrico nos eleva a instantes de poesia!

E o hálito de cânhamo e álcool faz-se presente, o óbolo artificial. Baudelaire diria, em palavras simbolistas, que o mais importante seria tecer versos e morrer de amor, e seus séqüitos fariam tímidos, o êxodo cultural e a pictórica cena, seria vista, e a poesia bem quista!

Ó recôndito amor platônico!


* Texto escrito para o trabalho de lingüística (Que Coisa Mais Esdrúxula – Capitulo do Livro – A língua de Eulália de Marcos Bagno) sob orientação da Profª Angélica – Ung.

ANIMAIS SEM DESTINO






O que podemos fazer por eles?Acordo cedo e abro a janela para receber mais um lindo dia, mas vejo cenas que me entristecem:

Vejo um cão faminto comendo lixo, vejo um homem que atira água nele, para que saia de frente da sua casa, onde faz, provavelmente, sua única refeição, por quanto tempo, não sei... Covardemente fecho a janela e os olhos, mas peço a São Francisco de Assis, que proteja aquele animalzinho tão indefeso e frágil. Sigo o meu dia, tenho muitas coisas pra fazer, logo mais vou sair.Saio em busca de tantas coisas, dia comum de trabalho, vou ao banco, correio, faço tudo certo, rápido e volto pra casa. Mas quando andei por aí, ainda vi coisas que não gostaria de ter visto.No centro da cidade, em frente a bares e lanchonetes, mais animais abandonados, ignorados, com um semblante de fome, implorando um pouco de comida e atenção, mas as pessoas passam por eles como se fossem invisíveis, ninguém percebe que eles têm sentimentos mais fortes e melhores que os nossos, ninguém se compadece, ninguém nada! E eu, mais uma vez, covardemente, volto pra casa, inerte e impotente diante a tanto descaso.Mas já sei o que fazer:- Quando chegar à noite, reunirei restos de comida, colocarei num pote e deixarei do lado de fora do muro para que algum cão faça sua refeição. Aquele animal faminto pode passar por aqui novamente e na madrugada, ninguém o enxotará, ninguém lhe dirá “chô!”, com um balde d’água nas mãos. Então, terei feito minha parte.Terei mesmo feito a minha parte??

Liege Marla

TEXTO DE MEU LIVRO: “HERÓIS ANIMAIS DE RUA”

segunda-feira, 2 de março de 2009

Manifesto dos Textos de Álcool Contruídos

Para a alma destilada ao vinho, termos da fuga do passado se revelam mau caminho. E do presságio se fazem destinos mal traçados de tinta escorrida. Vermelha tinta, pingada e maltratada. Riscados os papéis que se acumulam, numa trilha de sons assonoros, folhas de areia pétrea que se esvaem na mais fina brisa, e espalham suas palavras que se infiltram no céus e nos mares, viajando nas veredas aos pares.

Tecelagens de frases imperfeitas, que de serem partidas de sentido falta de ser sabido o paradoxo que é o fascínio. Encanto, vislumbre e sabor, mágicas palavras de alto de álcool teor. Física mal-calculada e regrada, de normas e regras quebradas. De rachado servem-se o legado das Memórias e do Rancor.

Partes de um mesmo todo, acasos e imoralidades. Peças de um quebra-cabeças que do encaixe se fazem atrasadas. Anacrônicos pedaços de um cérebro sem coração, fios que se ligam sem qualquer emoção ou sensação, culpados pelo seu próprio homicídio sem causa, sem dolo, sem culpa, sem nada. E das suas cinzas só resta a efêmera lembrança da palavra que um dia foi, e que numa próxima corda vocal pode vir a ser.

domingo, 1 de março de 2009

Problema de Memória

O problema de Gilles com a memória é que ele se lembrava de tudo. Tudo mesmo. Uma dia tentou se lembrar de antes da própria gestação, que dizia ter sido aterrorizante por sentir os órgãos e membros se desenvolvendo.

- essa não! – Lembrou, repentinamente, da vida anterior. Nela, ele também se lembrava de tudo. E já tinha tentado se lembrar da vida anterior a aquela. Cascatas de memórias antigas jorraram, ele sempre tentando se lembrar da vida anterior. Era atordoante.

Sentiu-se mal. Foi mais difícil que aprender a conviver com os próprios sentidos depois de instalados no corpo recém formado. E ele já tinha com o que se preocupar. O problema de Gilles era com a memória. Ele se lembrava de tudo.

poeMetos...

Eu sou assim
Meio verdade, meio mentira
Eu sou concreto, meio abstrato
E se não gostas
Me basto
Sou assexuada
Dona de mim
Maldito!
Toma tua cria
Tua composição química
Pois que sem ti pereço
Em podridão...
Me toque!
Em ritual e mãos
Deu a volta quase nua
Trocando as horas, minutos,
Total e cafajestemente,
Chorou devagarinho...
Bocas, carnes e bunda,
Potra única, vadia
Com gosto de inocência




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